Sei lá,
temos que levar também em conta o problema das "parcerias" que foram feitas no ínicio do projeto para levá-lo adiante.
Sendo assim se as companhias americanas oferecem os melhores preços/condições e não fazem (fizeram) restrições a encomenda principal (no caso do S Tucano - a FAB) e se os sistemas requeridos pela FAB (no caso) foram os americanos que apresentaram as melhores vantagem então não há nada que se possa fazer...
Bom... o Chaves pode chegar para a Embraer e dizer que banca a instalação de equipamento diferente (russo, chinês, etc) mas daí existe toda a parte de pesquisa, homologação, mudanças na linha de produção, aceitação, perspectivas, etc (ou seja um investimento bem pesado que pode não ser justificado pelo número de encomendas daquele país)...
Acho que os EUA estão errados até o último fio de cabelo ao bloquear a venda, afinal de contas não há uma resolução na ONU contra a Venezuela e até os americanos tiveram que admitir que o Chaves foi eleito "honestamente".
Acho que existe uma jogada para empurrar o T-6 para outros países dizendo que quando vc compra deles não há "restrições". Acho também que não interessa a eles comercialmente ver a Embraer vender Tucanos como no passado e através disso se aproximar de mercados como Singapura, México, Emirados, Líbia (virou amigo de novo), o UK (concorrência para a seleção do novo "tucano" acontece daqui a um ano) e Israel - só para citar alguns.
O que esses países tem a ver com a Venezuela, pode ser nada, mas pode ser tudo levando-se em consideração que ao consolidar contratos no exterior o S Tucano passa ser um produto mais exposto ao mercado internacional e elogios sobre ele não viriam somente da FAB.
Outro fator é que uma linha de produção bem alimentada é sinônimo de diminuição de custos e investimentos em melhorias da plataforma (assim como adaptações específicas para cada cliente)
Tentando mudar a minha perspectiva em relação ao assunto... pessoalmente acho que quando o Chaves fez o favor de botar a boca no trombone, ele mesmo "melou" o negócio (não acho que ele é burro, e vai lá saber se isso não foi feito de propósito para minar a pressão que o Governo brasileiro estava fazendo por esses contratos - afinal de contas eles foram anunciados a um bom tempo atrás e com os russos eles assinaram rapidinho)...
Ao anunciar o problema ele literalmente colocou a Embraer para escanteio (pois ela não quer perder as vendas de E-jets para os EUA por conta de alguns S. tucanos e AM-X - "live to fight another day"
).
Bom... é isso que eu acho... só uma outra maneira de ver o problema
[]s
CB_Lima