EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Racionalidade, realidade e pragmatismo.
Depois de 23 anos - entre lançamento, seleção, decisão e recebimento - para conseguir um substituto dos Mirage III, o comando da FAB deve ter aprendido alguma coisa em relação ao seu reequipamento.
Acrescente-se as estes os novos Legacy 500 e Phenom 100 para o GEIV e GTE, e possivelmente na próxima década o começo da substituição dos C-95/97/98 pelos ALT-100, além da substituição dos T-25 Universal, o processo de modernização dos T-27, e também o lançamento na próxima década do programa para a sua substituição. Tudo por potencialmente com aeronaves nacionais.
abs
Depois de 23 anos - entre lançamento, seleção, decisão e recebimento - para conseguir um substituto dos Mirage III, o comando da FAB deve ter aprendido alguma coisa em relação ao seu reequipamento.
Acrescente-se as estes os novos Legacy 500 e Phenom 100 para o GEIV e GTE, e possivelmente na próxima década o começo da substituição dos C-95/97/98 pelos ALT-100, além da substituição dos T-25 Universal, o processo de modernização dos T-27, e também o lançamento na próxima década do programa para a sua substituição. Tudo por potencialmente com aeronaves nacionais.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
O que seria o ALT-100??? Aquela figura colorida e bonitinha que vai ter que ter muita sorte em virar um produto real? Não sei se podemos contar com isso como um futuro vetor da FAB. Quem sabe, mas a próxima década está logo ali? Só vejo futuro para este projeto se a Embraer resolver absorver esta Start-up e tocar o projeto.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Bom, na midia há notícias de que houve venda da aeronave (2+3) e que o pessoal da FAB e demais forças, além de várias empresas do setor aeronáutico tem interesse no mesmo e que estão conversando.
Só isso já dá uma pá de informações que merecem no mínimo uma análise mais apurada.
Gosto da ideia de a Embraer ter companhia no setor projetos e produção de aeronaves. É bom pra ela, para o mercado e para todo mundo.
Concorrentes no Brasil são um bom sinal de que a empresa fez muito bem o seu papel de estatal.
Abs
Só isso já dá uma pá de informações que merecem no mínimo uma análise mais apurada.
Gosto da ideia de a Embraer ter companhia no setor projetos e produção de aeronaves. É bom pra ela, para o mercado e para todo mundo.
Concorrentes no Brasil são um bom sinal de que a empresa fez muito bem o seu papel de estatal.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Bom, tudo isso com cara de ser puro marketing.
Ainda não apresentaram como o projeto será financiado. Quem financiará os milhões necessários para o desenvolvimento, construção de projetos e certificação?? Onde isso será feito, já que hoje a empresa se resume a uma sala apenas?
Não questiono a capacidade de quem está na empresa... Conheço as pessoas e são muito competentes... Mas e os responsáveis por todos os outros aspectos de um projeto? Já foram contratados? Quem pagará os salários?
Tomara que dê certo... Mas dizer que é uma alternativa de substituição para a FAB é um pouco demais.
O que acho mais provável, como disse, és empresa andar um pouco mais na elaboração do conceito e depois vender o projeto para pra empresa.
A Novaer está aí posta servir de exemplo do quanto é complicado se estabelecer neste mercado.
Ainda não apresentaram como o projeto será financiado. Quem financiará os milhões necessários para o desenvolvimento, construção de projetos e certificação?? Onde isso será feito, já que hoje a empresa se resume a uma sala apenas?
Não questiono a capacidade de quem está na empresa... Conheço as pessoas e são muito competentes... Mas e os responsáveis por todos os outros aspectos de um projeto? Já foram contratados? Quem pagará os salários?
Tomara que dê certo... Mas dizer que é uma alternativa de substituição para a FAB é um pouco demais.
O que acho mais provável, como disse, és empresa andar um pouco mais na elaboração do conceito e depois vender o projeto para pra empresa.
A Novaer está aí posta servir de exemplo do quanto é complicado se estabelecer neste mercado.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Olá Cássio,
Não duvido de nada do que dizes, até porque, o setor aeronáutico do país em termos de industria é bem pequeno e muito arriscado, como de praxe costuma ser tudo que se faz em P&D neste país.
Mas eu tendo a crer que o pessoal da Novaer está trabalhando em cima destas questões e assim que houver uma definição dos aspectos técnicos da aeronave, vai-se passar a fase seguinte que é constituir a parte financeira e industrial do projeto.
Creio que dentro e fora da FAB há muita gente torcendo, e quiçá trabalhando, para que o ATL-100 se torne uma realidade.
Não que a Embraer não pudesse fazer coisa igual ou melhor, mas, a empresa hoje está em outro patamar, o que deixa um espaço bem interessante para empresas menores procurarem preencher com seus projetos/produtos.
O nosso mercado de aviação civil apesar de todas as potencialidades ainda é muito problemático e arriscado. Quando não é o Estado atrapalhando, não ajuda, e quando não ajuda, atrapalha. A mesma coisa em relação as empresas, e a sua visão de curtíssimo prazo e lucros exorbitantes. Mas essa é uma mentalidade que ainda vai levar muitos anos para conseguir mudar. E rudo isso e muito mais impacta diretamente na nossa capacidade produtiva e pesquisa e desenvolvimento.
O ATL-100, se der certo, é um passo a frente na evolução do que já temos aí. A Embraer fez o seu trabalho de fomentar uma industria aeronáutica no país. Está mais do que na hora de ver essa industria cortar o cordão umbilical e traçar seus próprios voos.
Boa sorte para nós.
abs
Não duvido de nada do que dizes, até porque, o setor aeronáutico do país em termos de industria é bem pequeno e muito arriscado, como de praxe costuma ser tudo que se faz em P&D neste país.
Mas eu tendo a crer que o pessoal da Novaer está trabalhando em cima destas questões e assim que houver uma definição dos aspectos técnicos da aeronave, vai-se passar a fase seguinte que é constituir a parte financeira e industrial do projeto.
Creio que dentro e fora da FAB há muita gente torcendo, e quiçá trabalhando, para que o ATL-100 se torne uma realidade.
Não que a Embraer não pudesse fazer coisa igual ou melhor, mas, a empresa hoje está em outro patamar, o que deixa um espaço bem interessante para empresas menores procurarem preencher com seus projetos/produtos.
O nosso mercado de aviação civil apesar de todas as potencialidades ainda é muito problemático e arriscado. Quando não é o Estado atrapalhando, não ajuda, e quando não ajuda, atrapalha. A mesma coisa em relação as empresas, e a sua visão de curtíssimo prazo e lucros exorbitantes. Mas essa é uma mentalidade que ainda vai levar muitos anos para conseguir mudar. E rudo isso e muito mais impacta diretamente na nossa capacidade produtiva e pesquisa e desenvolvimento.
O ATL-100, se der certo, é um passo a frente na evolução do que já temos aí. A Embraer fez o seu trabalho de fomentar uma industria aeronáutica no país. Está mais do que na hora de ver essa industria cortar o cordão umbilical e traçar seus próprios voos.
Boa sorte para nós.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Só dois pontos...
1- Pelo que sei a Novaer já era. Deixou de existir. Um amigo meu, ex-Embraer, trabalhava lá, e me disse que todo mundo foi demitido e a empresa parou, depois do imbróglio que foi a feira nos Emirados árabes.
2- que eu saiba não já nenhum movimento na FAB quanto ao ATL-100. Quando chegar a hora, a FAB vai procurar por um substituto do Bandeirante, e não duvide que a Embraer estará pronta para fazer sua proposta!
1- Pelo que sei a Novaer já era. Deixou de existir. Um amigo meu, ex-Embraer, trabalhava lá, e me disse que todo mundo foi demitido e a empresa parou, depois do imbróglio que foi a feira nos Emirados árabes.
2- que eu saiba não já nenhum movimento na FAB quanto ao ATL-100. Quando chegar a hora, a FAB vai procurar por um substituto do Bandeirante, e não duvide que a Embraer estará pronta para fazer sua proposta!
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Bem, quanto ao ponto um, se for assim mesmo, só posso lamentar, e muito. No ponto dois, eu tenho certeza que a engenharia da Embraer tem não apenas uma, mas várias opções de substitutos para os bandeco. E isso não é de hoje.Cassio escreveu: ↑Qua Ago 21, 2019 12:11 pm Só dois pontos...
1- Pelo que sei a Novaer já era. Deixou de existir. Um amigo meu, ex-Embraer, trabalhava lá, e me disse que todo mundo foi demitido e a empresa parou, depois do imbróglio que foi a feira nos Emirados árabes.
2- que eu saiba não já nenhum movimento na FAB quanto ao ATL-100. Quando chegar a hora, a FAB vai procurar por um substituto do Bandeirante, e não duvide que a Embraer estará pronta para fazer sua proposta!
A substituição dos Bandeirante deve começar a se dar já na próxima década, em termos de planejamento, uma vez que um avião não é algo que se colocada da tela do PC para a pista de um dia para o outro. Apesar da modernização, esses aviões estão há muito fora de linha. Assim, um substituto a altura é algo que vai demandar um certo trabalho e tempo. Acredito eu que a FAB tem bastante claro que até 2030 tem de começar a pensar na sua substituição. Afinal, já são mais de trinta anos nas costas. E por melhor que sejam, não podem voar indefinidamente.
abs
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Não tenho maiores detalhes... Mas teve briga dos sócios da Novaer no meio...
Este link ajuda um pouco com a história...
http://tecnodefesa.com.br/novaer-demite ... lidus-llc/
Este link ajuda um pouco com a história...
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Novamente, é mais que lamentável que esse tipo de situação ocorra e ninguém aqui faz nada para defender uma empresa nacional em um segmento da indústria que é considerado da mais absoluta prioridade em qualquer pais dito civilizado.
É um péssimo sinal e um indicativo claro do quão ineptos e irresponsáveis somos no que diz respeito à proteção e valorização da P&D nacional.
Estamos nos condenando de novo à manter-nos na periferia do mundo.
Dois projetos que poderiam ser a solução para vários problemas de substituição de meios na FAB.
Mas preferiram deixar a empresa sozinha.
Depois ainda querem reclamar quando a Embraer resolve fazer negócios com seu patrimônio.
Fazer o quê... país de vira latas.
Abs
É um péssimo sinal e um indicativo claro do quão ineptos e irresponsáveis somos no que diz respeito à proteção e valorização da P&D nacional.
Estamos nos condenando de novo à manter-nos na periferia do mundo.
Dois projetos que poderiam ser a solução para vários problemas de substituição de meios na FAB.
Mas preferiram deixar a empresa sozinha.
Depois ainda querem reclamar quando a Embraer resolve fazer negócios com seu patrimônio.
Fazer o quê... país de vira latas.
Abs
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Pessoal, uma pergunta de um completo leigo no assunto: qual a verdadeira importância de um meio como os aviões-radares quando entram em cena caças com tecnologia embarcada de última geração? Pergunto isso pois, fazendo um comparativo dos nossos E-99 + F-5E/FBR e, futuramente, do Gripen + E-99, a importância doa E-99 quando em conjunto com um avião limitado como os nossos F-5 é muito maior do que em conjunto com caças modernos como os Gripens? Não sei se compreenderam a minha dúvida.
"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Boa noite!
Não sou especialista, sou leigo no assunto.
Mas a posse de um E-99 ainda mais modernizado é um multiplicador
de eficiência e eficácia de um vetor o tornando mais letal.
Um grande abraço.
Não sou especialista, sou leigo no assunto.
Mas a posse de um E-99 ainda mais modernizado é um multiplicador
de eficiência e eficácia de um vetor o tornando mais letal.
Um grande abraço.
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Olá Super Flanker,Super Flanker escreveu: ↑Qui Set 12, 2019 8:35 pm Pessoal, uma pergunta de um completo leigo no assunto: qual a verdadeira importância de um meio como os aviões-radares quando entram em cena caças com tecnologia embarcada de última geração? Pergunto isso pois, fazendo um comparativo dos nossos E-99 + F-5E/FBR e, futuramente, do Gripen + E-99, a importância doa E-99 quando em conjunto com um avião limitado como os nossos F-5 é muito maior do que em conjunto com caças modernos como os Gripens? Não sei se compreenderam a minha dúvida.
O conceito por trás dos aviões AEW e AEW&C é a provisão da maior consciência situacional possível dentro do maior alcance dentro do teatro de operações. Estes aviões via de regra hoje desempenham uma miríade de missões além de serem um radar voador.
Hoje, estes vetores são capazes de, além do alerta aéreo antecipado, realizar funções de ISR - inteligência, vigilância e reconhecimento - além de prover também larga capacidade de comando, controle e comunicações.
A depender da estratégia de cada país, tais vetores podem de pequenos turbohélice a grandes jatos widebody como o proposto Airbus A-330 AEW&C. Quanto maior o avião, maior as capacidades nele instaladas.
Com a miniaturização dos componentes e sistemas eletrônicos caminhando a passos largos, aviões executivos e da categoria dos E-Jet estão se tornando muito atrativos para quem não pode, ou não quer, um AEW custando algumas centenas de milhões de dólares, mas que fazem o mesmo serviço por uma fração do preço daqueles.
Assim, a modernização que por hora passam os E-99 os elevará a um novo patamar de capacidades e competências na seara AEW&C e também, agora, na ISR e C2. Isto será um multiplicador de forças em relação ao Gripen E/F que por si só já possui uma capacidade superlativa em termos de guerra eletrônica.
Um Gripen E sozinho é capaz de fazer muito em um TO no qual esteja engajado pelas muitas capacidades em EW que possui. Operando em conjunto com os E-99, com certeza eles poderão dominar com maior segurança e eficiência este mesmo espaço, e além.
abs
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
FCarvalho escreveu: ↑Sex Set 13, 2019 12:20 pmOlá Super Flanker,Super Flanker escreveu: ↑Qui Set 12, 2019 8:35 pm Pessoal, uma pergunta de um completo leigo no assunto: qual a verdadeira importância de um meio como os aviões-radares quando entram em cena caças com tecnologia embarcada de última geração? Pergunto isso pois, fazendo um comparativo dos nossos E-99 + F-5E/FBR e, futuramente, do Gripen + E-99, a importância doa E-99 quando em conjunto com um avião limitado como os nossos F-5 é muito maior do que em conjunto com caças modernos como os Gripens? Não sei se compreenderam a minha dúvida.
O conceito por trás dos aviões AEW e AEW&C é a provisão da maior consciência situacional possível dentro do maior alcance dentro do teatro de operações. Estes aviões via de regra hoje desempenham uma miríade de missões além de serem um radar voador.
Hoje, estes vetores são capazes de, além do alerta aéreo antecipado, realizar funções de ISR - inteligência, vigilância e reconhecimento - além de prover também larga capacidade de comando, controle e comunicações.
A depender da estratégia de cada país, tais vetores podem de pequenos turbohélice a grandes jatos widebody como o proposto Airbus A-330 AEW&C. Quanto maior o avião, maior as capacidades nele instaladas.
Com a miniaturização dos componentes e sistemas eletrônicos caminhando a passos largos, aviões executivos e da categoria dos E-Jet estão se tornando muito atrativos para quem não pode, ou não quer, um AEW custando algumas centenas de milhões de dólares, mas que fazem o mesmo serviço por uma fração do preço daqueles.
Assim, a modernização que por hora passam os E-99 os elevará a um novo patamar de capacidades e competências na seara AEW&C e também, agora, na ISR e C2. Isto será um multiplicador de forças em relação ao Gripen E/F que por si só já possui uma capacidade superlativa em termos de guerra eletrônica.
Um Gripen E sozinho é capaz de fazer muito em um TO no qual esteja engajado pelas muitas capacidades em EW que possui. Operando em conjunto com os E-99, com certeza eles poderão dominar com maior segurança e eficiência este mesmo espaço, e além.
abs
Não me parece que a pergunta tenha sido "para que serve um -99", assim, e com base em um estudo complicado como o inferno (em Inglês Técnico ainda por cima) que li uns tempos atrás, tento responder conforme entendi o questionamento e dentro do pouco que sei:
Um radar com antena AESA, embora descrito pelo fabricante como capaz de varrer por uns 60 a 75º a partir do eixo longitudinal, perde grande parte de sua eficiência ali pelos 45º; para solucionar ou pelo menos reduzir essa deficiência, aeronaves AEW/AWACS com este tipo de antena a usam no dorso ou bordos e tão longa quanto possível (ou o Erieye seria um quadradinho em cima do -99). Obviamente não se pode fazer isso com caças, então optaram por usar antenas de varredura híbrida (Typhoon e Gripen, por enquanto), que movem fisicamente a antena mais algumas dezenas de graus, fazendo com que algo que foi apanhado pela, digamos, "visão periférica" do radar, o seja "mais frontalmente", sem precisar manobrar a aeronave. Assim, seja com varredura mecânica, eletrônica ou híbrida, o radar de um caça está limitado a um cone frontal, quase sem visão para os lados e ZERO para a retaguarda. E é por aí que se morre.
Eis que entra o AEW/AWACS: ele já está na retaguarda dos caças e, no caso do -99, voando mais ou menos em "S", para cobrir 360º ou mesmo transversal, após já ter detectado alvos de interesse. Uma das muitas vantagens é que os caças podem voar sem emitir com radar, recebendo via data-link os dados necessários; só precisam ligar na hora de fazer o rastreio/telemetria para mandar um BVR no lombo de quem se atravessar. Nos caças citados (e no Rafale também) ainda tem o IRST que, em condições ideais (céu limpo, IN fora de nuvens e com grande emissão termal, como o FLANKER da VZ) pode até fazer as vezes do radar só que no modo inteiramente passivo, ou seja, o AEW detecta, passa as informações para o WAD/HUD/HMD, o Piloto do caça rastreia, atira e dá no pé, sem sequer ser notado pelo IN que, no melhor caso, só vai saber da fria em que entrou quando enxergar o fino rastro de fumaça do bólido que está chegando para mandá-lo pro chão. Ademais, um AEW&C como o -99 assim é chamado por levar a bordo um Controlador de Missão (sei lá o nome correto), que ajuda os caças a se posicionarem fora da zona de detecção por parte do IN, podendo atacar a partir de "pontos cegos" sem tê-los. É mais ou menos como movimentar as peças em um jogo de xadrez tridimensional.
Claro, sempre há uma variante emergencial, usada quando não há AEW/AWACS disponível, que é um caça passar a voar no mesmo padrão daqueles e emitindo sempre. Vai ter menor alcance e capacidade de detecção, além de se expor (pela mesma emissão) o tempo todo e não ter como cobrir sua própria retaguarda; uma alternativa seria variar periodicamente entre as aeronaves do grupo da Missão mas, como dito, é coisa EMERGENCIAL, pois não há como substituir plenamente, na base do improviso, uma aeronave dedicada àquela função.
Era o que eu podia informar. Afortunadamente, temos verdadeiros Especialistas aqui que podem me corrigir algum erro e/ou complementar com maior riqueza de detalhes esta explicação que não deixa de ser de leigo, mas do tipo honesto, que pesquisa a sério e das melhores fuentes que consegue encontrar.
Um radar com antena AESA, embora descrito pelo fabricante como capaz de varrer por uns 60 a 75º a partir do eixo longitudinal, perde grande parte de sua eficiência ali pelos 45º; para solucionar ou pelo menos reduzir essa deficiência, aeronaves AEW/AWACS com este tipo de antena a usam no dorso ou bordos e tão longa quanto possível (ou o Erieye seria um quadradinho em cima do -99). Obviamente não se pode fazer isso com caças, então optaram por usar antenas de varredura híbrida (Typhoon e Gripen, por enquanto), que movem fisicamente a antena mais algumas dezenas de graus, fazendo com que algo que foi apanhado pela, digamos, "visão periférica" do radar, o seja "mais frontalmente", sem precisar manobrar a aeronave. Assim, seja com varredura mecânica, eletrônica ou híbrida, o radar de um caça está limitado a um cone frontal, quase sem visão para os lados e ZERO para a retaguarda. E é por aí que se morre.
Eis que entra o AEW/AWACS: ele já está na retaguarda dos caças e, no caso do -99, voando mais ou menos em "S", para cobrir 360º ou mesmo transversal, após já ter detectado alvos de interesse. Uma das muitas vantagens é que os caças podem voar sem emitir com radar, recebendo via data-link os dados necessários; só precisam ligar na hora de fazer o rastreio/telemetria para mandar um BVR no lombo de quem se atravessar. Nos caças citados (e no Rafale também) ainda tem o IRST que, em condições ideais (céu limpo, IN fora de nuvens e com grande emissão termal, como o FLANKER da VZ) pode até fazer as vezes do radar só que no modo inteiramente passivo, ou seja, o AEW detecta, passa as informações para o WAD/HUD/HMD, o Piloto do caça rastreia, atira e dá no pé, sem sequer ser notado pelo IN que, no melhor caso, só vai saber da fria em que entrou quando enxergar o fino rastro de fumaça do bólido que está chegando para mandá-lo pro chão. Ademais, um AEW&C como o -99 assim é chamado por levar a bordo um Controlador de Missão (sei lá o nome correto), que ajuda os caças a se posicionarem fora da zona de detecção por parte do IN, podendo atacar a partir de "pontos cegos" sem tê-los. É mais ou menos como movimentar as peças em um jogo de xadrez tridimensional.
Claro, sempre há uma variante emergencial, usada quando não há AEW/AWACS disponível, que é um caça passar a voar no mesmo padrão daqueles e emitindo sempre. Vai ter menor alcance e capacidade de detecção, além de se expor (pela mesma emissão) o tempo todo e não ter como cobrir sua própria retaguarda; uma alternativa seria variar periodicamente entre as aeronaves do grupo da Missão mas, como dito, é coisa EMERGENCIAL, pois não há como substituir plenamente, na base do improviso, uma aeronave dedicada àquela função.
Era o que eu podia informar. Afortunadamente, temos verdadeiros Especialistas aqui que podem me corrigir algum erro e/ou complementar com maior riqueza de detalhes esta explicação que não deixa de ser de leigo, mas do tipo honesto, que pesquisa a sério e das melhores fuentes que consegue encontrar.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99
Mais uma encomenda de aeronave Saab 2000 Erieye AEW&C
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