EDSON escreveu:O mesmo no caso da Ossétia e Abkházia que foi dada por Stalin a Geórgia.
É um facto que a tentativa de criar uma Nação Soviética resultou numa tragédia.
O falhanço dos Impérios (ver o referido anteriormente sobre o fim do Império Austro-Hungaro, do Império Russo e do Império Otomano) levou à criação de uma quantidade de Estados-Nação.
Os Impérios era entidades que do ponto de vista étnico eram muito mais tolerantes que os Estados Nação.
Um dos exemplos era o Império Otomano, que internamente era relativamente pacífico, mas que quando deu lugar ao estado Turco, levou ao genocidio daqueles que, sendo anteriores súbditos do império, não eram da etnia à volta da qual se criou o Estado-Nação.
Os últimos resquícios dessa criação de Estados-Nação e do fim dos impérios, encontramos-lo na antiga Jugoslávia, que também acabou com uma guerra civil. A antiga Jugoslávia era o ponto em que se encontravam o Império Otomano e o Império Austro-Hungaro.
O problema russo, é que resistiu ao esfacelamento que resultou do fim da Dinastia Romanov. Os Romanov aceitaram passar a ser uma familia real, numa monarquia constitucional, mas os sovietes, como sabemos, mandaram assassinar toda a família a tiros de pistola.
Os sovietes, tentaram então recriar um império, baseando-se numa nova ordem, a ordem comunista. Mas o país era o mesmo, era a Rússia, país onde os problemas se resolvem com um genocidiozito. Afinal há tantas minorias, que matar um milhãozito não faz diferença nenhuma.
Com o colapso da União Soviética, resultado da incapacidade do sistema soviético, as principais etnias e republicas da União Soviética acederam à independência política. Mas a Federação Russa, não desapareceu e a Federação Russa, é em si mesma um Império dentro de um Império, constituida por inumeras etnias.
Moscovo e os oligarcas corruptos da Gazprom e da Máfia russa, sabem disto. Eles sabem que embora tenham resolvido o problema da Chechénia com o assassinio de grande parte da sua população, a Rússia continua a ter problemas de minorias.
A Russia não pode dar-se ao luxo de passar uma mensagem de fraqueza. A Rússia precisa de mostrar que continua cruel como sempre foi.Moscovo tem a faca na mão e aproveitou a actual situação para matar civis e mostrar a bandeira.
São os civis que precisam ser aterrorizados. Aterrorizam assim os civis de todas as repúblicas que podem pensar em autonomia alargada, e fazem os ucranianos pensar duas vezes.
A Russia dos Czares, hoje como ontem, impõe-se não pela sua superioridade cultural e tecnológica, mas sim pelo terror.
É por isso que a cada metro que avançam na Georgia, os Czares acabam apenas por mostrar a sua verdadeira cara.