Colômbia x Venezuela

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Edu Lopes
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Re: Colômbia x Venezuela

#451 Mensagem por Edu Lopes » Qua Mar 19, 2008 3:15 pm

''Repúdio'' à Colômbia satisfaz Equador

Durante 15 horas, Quito pressionou OEA por ?condenação? de Bogotá, mas resolução aprovada foi mais branda

Os países latino-americanos rejeitaram a tentativa dos Estados Unidos de lançar no continente seu princípio de "guerra preventiva". A resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) repudiando a incursão da Colômbia no Equador, assinada na madrugada de ontem, isolou os EUA, segundo fontes diplomáticas.

Os EUA queriam que a resolução fizesse menção ao direito de "legítima defesa" da Colômbia contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como justificativa para a invasão do território equatoriano. Para os americanos, era uma estratégia legítima atacar uma "entidade terrorista" em outro país de forma preventiva.

Eles invocaram o artigo 22 da OEA, que determina que "os Estados americanos comprometem-se, em suas relações internacionais, a não recorrer ao uso da força, salvo em caso de legítima defesa, em conformidade com os tratados vigentes, ou em cumprimento desses mesmos tratados".

Mas todos os países presentes, incluindo o Brasil, rejeitaram terminantemente a tese dos EUA para defesa da Colômbia, sua aliada. Os integrantes da OEA argumentam que esse artigo não vale para o caso, porque as Farc não são um país.

Na resolução final, a OEA "repudia" a incursão das forças militares colombianas no Equador (apesar da insistência dos equatorianos por uma "condenação" ao governo de Bogotá) e não faz menção a nenhuma atenuante para a Colômbia.

A insistência do Equador em incluir uma "condenação" à Colômbia (termo que, na diplomacia, é mais forte que "repúdio") e a tentativa de americanos e colombianos de incluir a tese da legítima defesa fizeram com que as negociações se arrastassem por 15 horas na segunda-feira. Depois de muito bate-boca, só conseguiram um consenso à 1h30 de ontem. Mesmo assim, os EUA fizeram questão de emitir uma nota, levantando a questão da legítima defesa.

A resolução também não faz nenhuma menção ao "terrorismo das Farc", como desejavam os EUA. O Brasil, por exemplo, considera que as Farc cometeram atos terroristas, mas não classifica o grupo como "organização terrorista". No texto da OEA há uma recomendação muito leve para "reiterar o firme compromisso de todos os Estados membros de combater as ameaças da segurança provenientes da ação de grupos irregulares ou organizações de criminalidade, especialmente vinculadas ao tráfico de drogas". Ou seja, a resolução passou bem longe do desejo dos EUA de recomendar "um compromisso regional para combate ao terrorismo".

Apesar da "suada" resolução da OEA, o Equador afirmou ontem que ainda não irá restabelecer relações diplomáticas com a Colômbia. Mas diplomatas acham que isso deve ocorrer em breve, até mesmo antes da Assembléia-Geral da OEA em Medellín, em junho. "Depois da resolução, será avaliado o panorama para ver se as condições estão totalmente maduras para o restabelecimento das relações diplomáticas", disse o chanceler interino do Equador, Eduardo Egas.

O ministro da Defesa do Equador, Wellington Sandoval, fez um alerta dizendo que o país irá manter o reforço de tropas na fronteira colombiana até o reatamento das relações.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2647,0.php




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midnight
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Re: Colômbia x Venezuela

#452 Mensagem por midnight » Sex Mar 21, 2008 3:37 pm

21/03/2008 - 12h36
Investigação diz que Colômbia lançou 10 bombas de alta tecnologia no Equador

Quito, 21 mar (EFE).- No ataque colombiano ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador, em 1º de março, foram utilizadas dez bombas de alta tecnologia, segundo uma investigação da Força Aérea equatoriana, publicada hoje pelo jornal local "El Comercio".

Em 6 de março, especialistas em armas da Força Aérea equatoriana iniciaram uma perícia sobre o bombardeio em Angostura, onde estava o acampamento das Farc e onde morreu o porta-voz internacional da organização, "Raúl Reyes", e mais de 20 guerrilheiros.

De acordo com o relatório dos peritos, foram utilizadas 10 bombas GBU 12 Paveway II de 227 kg, que deixaram crateras de 2,40 metros de diâmetro por 1,80 metro de profundidade, publicou o jornal equatoriano.

O jornal ainda afirmou que, segundo as especificações do fabricante da bomba GBU 12, a Texas Instruments, o explosivo pode ser guiado por laser, GPS ou tecnologia intersensorial.

O relatório da FAE diz também que foram encontradas cápsulas de projéteis de calibre 0,50 no setor sul do acampamento, disparadas por metralhadoras de helicópteros que, segundo a Força Aérea equatoriana, fizeram a segurança dos soldados que realizaram a infiltração.

As bombas utilizadas no ataque são do mesmo tipo que as usadas durante a operação americana Tempestade do Deserto, no Iraque.

De acordo com o relatório, a maioria das bombas caiu na área de dormitórios e de doutrinamento do acampamento, enquanto as zonas de lavanderia e de treinamento ficaram intactas.

Um guia de identificação de armas da Organização do Tratado do Atlântico do Norte (Otan) diz que as bombas GBU 12 podem ser transportadas apenas por aviões A7, A10, B52, F111, F117, F15, F16, F/A 18 C/D, F14 e A6, diz o "Comercio".

O Ministério da Defesa colombiano afirmou que a operação Fênix, como foi chamado o ataque à base das Farc em Angostura, usou aviões Super Tucano. No entanto, segundo a Otan, estes aparelhos não estão incluídos entre os que podem levar bombas GBU 12.

Em dezembro de 2006, a Colômbia comprou - como parte do processo de modernização de sua Força Aérea - 25 aviões Super Tucano fabricados pela brasileira Embraer.

De acordo com o relatório da Força Aérea equatoriana, o manual de fabricação dos aviões A-29B Super Tucano diz pode levar armas convencionais e inteligentes, como, por exemplo, o míssil Python III, a bomba guiada por laser Griffin ou toda a família de bombas MK 82.

Além disso, os aviões podem também carregar metralhadoras de calibre 0,50 dentro das asas, assim como os aviões da Segunda Guerra Mundial.

A Força Aérea equatoriana também descartou de maneira definitiva que no ataque tenham sido usados aviões Kfir, e afirmou que continuará investigando para determinar que tipo de aeronave foi utilizado no ataque.

Segundo dados da Inteligência Naval, um avião HC-130 saiu da base de Manta, às 19h local de 29 de fevereiro e retornou às 16h30 do dia seguinte, publicou o "Comercio".

Na base de Manta operam, desde 1999, soldados americanos no centro de operações para a luta contra o narcotráfico na região.

O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que não renovará em 2009 o contrato que permite aos Estados Unidos permanecer na base de Manta.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 15326.jhtm




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Re: Colômbia x Venezuela

#453 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Mar 22, 2008 8:40 am

Lições de uma guerra abortada


O clima sul-americano esteve quente nas últimas semanas, em decorrência do bombardeio, pela Força Aérea colombiana, do acampamento das Farc na zona limítrofe do Equador com a Colômbia. Tratava-se de um posto avançado das Farc, dotado de todos os serviços. A morte do comandante Raúl Reyes era o objetivo colimado pelos atacantes. Os dados encontrados nos computadores em poder dos guerrilheiros revelam, de entrada, as vinculações inegáveis entre os meliantes e os governos dos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Correa, do Equador, justamente os que mais bravatas protagonizaram logo após o falecimento do mencionado guerrilheiro, a quem Chávez deu o estatuto de herói.

Algumas lições devem ser tiradas dos fatos ocorridos.

Em primeiro lugar, que é legítimo o esforço do presidente Álvaro Uribe na sua luta contra os guerrilheiros das Farc. A Colômbia invadiu o território equatoriano? Sim, mas para preservar a integridade do Estado, seriamente ameaçado pela guerrilha de narcotraficantes. Do ponto de vista das relações internacionais, aos colombianos assiste a Resolução 1.376 da Organização das Nações Unidas, de 2001, que proíbe aos países membros abrigar no seu território grupos terroristas, financiá-los ou fornecer-lhes armamento. Ora, o Equador repetidas vezes havia feito vista grossa aos alertas do governo de Bogotá que indicavam a presença de guerrilheiros das Farc nesse país. A invasão de dois quilômetros em território equatoriano soa, assim, como ato de legítima defesa, praticado pelas Forças Armadas colombianas. Os documentos apreendidos mostraram que havia contatos freqüentes entre Raúl Reyes, o governo equatoriano e o presidente Chávez.

Segunda lição: ficou claro de que lado estão o presidente Chávez e o seu seguidor, o presidente equatoriano. Eles se alinharam em favor dos fora-da-lei ao tomarem as dores das Farc, exigindo, inclusive, da comunidade internacional o reconhecimento desses terroristas como grupo beligerante. O que eram apenas indícios levantados por jornalistas, no sentido de que Chávez dava abrigo, na Venezuela, aos grupos guerrilheiros colombianos, permitindo-lhes acesso a serviços médicos essenciais, a materiais de intendência e armamentos, ficou confirmado nos documentos apreendidos no acampamento das Farc. O presidente venezuelano deverá explicar, agora, à comunidade internacional a "ajuda" de US$ 300 milhões concedida à guerrilha colombiana. Deverá dar explicações, outrossim, acerca da notícia, que foi divulgada por alguns jornalistas, de que as Farc colaboram com o líder venezuelano no treinamento das milícias revolucionárias "bolivarianas". Explicações deverão ser dadas, de outro lado, pelo presidente Correa, do Equador, no relativo ao abrigo dado aos meliantes das Farc. É reprovável a farsa em torno dos direitos humanos dos seqüestrados pelas Farc, protagonizada por Chávez e por Correa, os quais chegaram a negociar com a vida das vítimas para obter dividendos políticos.

Terceira lição: o governo brasileiro deve revisar com urgência a sua posição favorável às Farc, ao não arrolá-las como grupo terrorista e ao ficar simplesmente censurando o governo da Colômbia pelo fato de se defender. Se o Brasil pretende assumir um papel de mediador na América Latina, deve fazer esforços concretos em prol de manter clara uma posição equilibrada. O populismo é mau conselheiro nas relações internacionais, seja lá pelas razões que se aleguem. O governo Lula fica cheio de dedos quando se trata de condenar alguém do famigerado Foro de São Paulo, simplesmente por simpatias ideológicas, que de forma alguma devem pautar a nossa política externa. Felizmente, no caso da reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Grupo do Rio, ficou do lado de fora o "chanceler ad hoc" petista, Marco Aurélio Garcia, cujas declarações à imprensa internacional comprometeram a sensatez que deveria prevalecer no alto governo, ao se mostrar simpático às Farc, pondo em risco a idoneidade do governo brasileiro para lidar com assuntos ligados ao combate contra o terrorismo.

Quarta lição: ficou claro que a Colômbia está conseguindo vencer os terroristas, preservando o Estado de Direito e as garantias constitucionais, graças, sobretudo, à sensata política de "segurança democrática" desenvolvida pelo presidente Uribe e, também, em decorrência das reformas efetivadas nas Forças Armadas e na polícia. Hoje, elas são as mais preparadas do continente na luta antiguerrilheira. É uma organização moderna de 208 mil homens (sendo 136 mil do Exército, 15 mil da Marinha, 7 mil da Força Aérea e 50 mil da Polícia Nacional), que desenvolve uma luta sem quartel contra os inimigos da democracia. Está-se tornando realidade o que o estudioso Alfredo Rangel dizia há algum tempo: as Farc deverão acolher-se às negociações de paz, nos termos fixados pelo Estado colombiano, que contemplam a submissão à Justiça de todos aqueles que tiverem praticado crimes de lesa-humanidade e abrem espaço para a desmobilização pacífica dos demais membros das organizações subversivas.

Que as Farc estão chegando ao fim da linha, disso não resta dúvida, a julgar pelo desespero que assola os que, do exterior, dão apoio militar a esses facínoras - que o digam as bravatas de Chávez e Correa, em dias passados; e que o digam, também, os apavorados chefes de segurança dos líderes da narcoguerrilha, que começaram já a entregar os seus comandantes, a fim de salvar a própria pele e ganhar as milionárias recompensas que o governo de Uribe oferece aos que facilitem a captura, vivos ou mortos, dos capi di tutti capi das Farc.

Ricardo Vélez Rodríguez, coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas "Paulino Soares de Sousa" da Universidade Federal de Juiz de Fora, é membro do Instituto de Humanidades (Londrina) e da Academia Brasileira de Filosofia (Rio de Janeiro)

E-mail: rive2001@gmail.com



Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3788,0.php




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Re: Colômbia x Venezuela

#454 Mensagem por Edu Lopes » Seg Mar 24, 2008 1:20 pm

Será que vai começar o estardalhaço de novo?
Colômbia confirma morte de equatoriano em ataque às Farc

O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, confirmou que um dos homens mortos no bombardeio a um acampamento rebelde das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no território do Equador no dia 1º de março era um cidadão equatoriano.

Segundo nota do Ministério da Defesa, divulgada no domingo, supostamente o cadáver encontrado é de Franklin Guillermo Aisalia Molina, também conhecido como Franklin Ponelia Molina. O comunicado afirma que o equatoriano era um guerrilheiro das Farc conhecido como "Lucho".

O Ministério colombiano comparou fotografias em que aparece Franklin Ponelia Molina, ou "Lucho", com as do cadáver reclamado pela família de Franklin Guillermo Aisalia Molina, e estabeleceu que "possivelmente se trata da mesma pessoa".

As autoridades da Colômbia dizem que Ponelia Molina era um dos encarregados no Equador de conseguir documentos para outros rebeldes e facilitar a sua movimentação dentro de seu país, caso precisassem de esconderijo.

Juan Manuel Santos disse que o corpo foi levado para a Colômbia junto com o de Raúl Reyes, o segundo em comando nas Farc, também morto no mesmo ataque, logo depois da operação militar no território do Equador.

Crise diplomática

A ação desencadeou uma crise na região. O presidente do Equador, Rafael Correa, já havia advertido que, se ficasse provada a morte de algum de seus cidadãos por soldados colombianos, a situação se tornaria "extremamente grave".

"Não deixaremos este assassinato impune", havia dito Correa diante da hipótese.

O repórter da BBC na Colômbia, Jeremy DcDermott, disse que a reação do Equador pode nortear Venezuela e Nicarágua que, em meados deste mês, condenaram com veemência a violação colombiana da soberania do Equador e romperam relações diplomáticas com a Colômbia.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chegou a enviar tropas para a fronteira do país com a Colômbia, aventando a possibilidade de guerra caso as autoridades colombianas tentassem realizar o mesmo tipo de ação feita em território equatoriano dentro da Venezuela.

As tensões na região continuaram até que, na reunião do Grupo do Rio, na República Dominicana, foi fechado um acordo político.

Desde então, a Venezuela e a Colômbia restabeleceram suas relações diplomáticas, mas a ruptura entre Quito e Bogotá permanece.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... orto.shtml




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Re: Colômbia x Venezuela

#455 Mensagem por Anderson TR » Sex Mar 28, 2008 8:28 pm

QUEM INSISTE NA CONTINUAÇÃO DA BASE MILITAR DOS EUA NO EQUADOR?

Os membros da Assembléia Constituinte Nacional do Equador pelos partidos da oposição Social-Cristão e Sociedade Patriótica propõem levar a referendo popular em Manta a questão sobre prorrogar ou não o aluguel da base aérea militar dos EUA nesta região. O comentarista da «Voz da Rússia», Guennadi Spersky constata.

Os partidos e movimentos pró-governo vêm isso como protesto da oposição de direita contra o ponto incluído no projeto da nova Constituição que proíbe instalar bases militares estrangeiras no território do país. O prefeito de Manta, Jorge Sambrano tencionava anunciar a realização do referendo, porem foi impedido por centenas de estudantes, membros do Movimento Popular Democrático, bem como os presidentes do Presidente Rafael Correa que chegaram a Manta.

Os adversários da saída da base norte-americana não possuem as bases legais. De acordo com as palavras do presidente da Assembléia Constituinte, Alberto Alcosta esta é questão da soberania nacional e não é de competência do município. Por sua vez, professor Bolívar Andrade afirma que esta base não é destinada para controle sobre os traficantes de drogas, mas para acompanhar o desenrolar da situação em toda a America Latina. Sua afirmação é bem atual diante do recente conflito colombiano-equatoriano. Na época surgiu na imprensa informações sobre o envolvimento dos militares norte-americanos da base em Manta na operação de liquidação do grupo de extremistas das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (FARC) na zona fronteiriça do Equador.

Os norte-americanos procuram qualquer forma de manter sua ultima base militar na America do Sul. Porém o Presidente do Equador, Rafael Correa não tenciona renovar o contrato do seu aluguel. Já os EUA receberam um não quando propuseram a sua transferência para a Colômbia ou Peru. No projeto da nova Constituição da Bolívia também foi introduzida a proibição na instalação de unidades militares estrangeiras no território do país; escreveu Guennadi Spersky.
29.03.2008




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Re: Colômbia x Venezuela

#456 Mensagem por Edu Lopes » Seg Mar 31, 2008 7:04 pm

Colômbia diz que helicóptero do Equador violou espaço aéreo

Segundo governo colombiano, tripulação fez manobra evasiva e voltou ao país sem dar explicações

BOGOTÁ - A Colômbia declarou nesta segunda-feira, 31, que um helicóptero militar do Equador violou seu espaço aéreo. Segundo o governo colombiano, a tripulação fez uma manobra invasiva e voltou ao país vizinho sem dar nenhuma explicação. A acusação de Bogotá aconteceu horas depois de o Equador entrar com ação contra a Colômbia no Tribunal Internacional de Haia para o país suspender e ressarcir o Equador pelas fumigações que faz há quase um ano na fronteira entre os dois países, para combater as plantações de folha de coca.

O governo colombiano informou que a aeronave militar equatoriana, do tipo Gazella, foi interceptada por dois helicópteros Black Hawk que a obrigaram a pousar e depois mandaram que se dirigisse a um aeroporto da região. "Uma vez no ar, o helicóptero equatoriano, escoltado por dois helicópteros colombianos, desceu bruscamente e fez um vôo rasante em direção ao sul, desobedecendo as instruções dadas pelas nossas autoridades", informou um comunicado oficial.

Bogotá e Quito enfrentam tensões diplomáticas depois de uma operação do Exército colombiano dentro do território do Equador, no começo de março, na qual morreu o número 2 das Farc, Raúl Reyes.

Fonte: http://www.estadao.com.br/internacional ... 8791,0.htm




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Re: Colômbia x Venezuela

#457 Mensagem por Edu Lopes » Seg Ago 11, 2008 6:56 pm

Colômbia quer ir ao Afeganistão para garantir respaldo da Otan, diz analista

MARIANA CAMPOS
da Folha Online


O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, estuda enviar uma delegação ao Afeganistão para buscar respaldo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na contenção de eventuais "apetites expansionistas" por parte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e de seus seguidores na América Latina.

A opinião foi dada pelo analista político Vicente Torrijos, professor titular de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Rosário (Bogotá), à Folha Online, em entrevista por e-mail.

Torrijos diz que a medida também pretende "aumentar a influência da Colômbia" no âmbito global e "perseguir o terrorismo além de suas fronteiras".

Na semana passada, o Ministério da Defesa colombiano confirmou o envio de uma delegação de oficiais ao Afeganistão para avaliar as possibilidades de cooperação no país.

Segundo um comunicado divulgado no site do ministério, a delegação colombiana analisará, "de acordo com a experiência colombiana, a melhor maneira de colaborar no Afeganistão e as áreas nas quais a Colômbia poderia oferecer seu conhecimento, em atividades relacionadas a engenharia militar, trabalhos humanitários de retirada de minas explosivas, operações especiais e luta contra o narcotráfico."

De acordo com o texto, a Colômbia está em contato com a Otan e com os governos da Espanha, Estados Unidos e Reino Unido para realizar o trabalho de maneira coordenada. O texto ressaltava ainda que "a decisão de participar no Afeganistão ainda não foi tomada pelo governo colombiano", já que a proposta se encontra apenas em fase de análise.

De acordo com o jornal espanhol "El País", a participação do contingente colombiano na Isaf (Força Internacional de Assistência e Segurança) poderia acontecer já em 2009, como um reforço do contingente espanhol mobilizado em Qala-i-Naw, localidade da Província relativamente calma de Badghis (noroeste).

Se a ajuda se concretizar, a Colômbia se tornaria o primeiro país latino-americano a integrar a Isaf, que conta atualmente com cerca de 800 militares espanhóis. No último mês de junho, a força internacional contava com um total de 52,7 mil membros. Ela luta junto ao Exército dos EUA contra as milícias talebans, que não abandonaram as armas após serem expulsas do poder, em 2001.

Leia a entrevista concedida por Torrijos à Folha Online:

Folha Online - O que significa a possibilidade de envio de apoio colombiano ao Afeganistão?

Vicente Torrijos - Significa que, apesar do grave conflito do qual padece, a Colômbia dá um salto para fora para contribuir na luta global contra o terrorismo. Lá, no Afeganistão, a Colômbia fará uma contribuição à Otan com a idéia estratégica de ser aceita como sócia da organização e assim conter qualquer aventura intervencionista que pensem em realizar os presidentes [da Venezuela, Hugo] Chávez, [do Equador, Rafael] Correa ou [da Nicarágua, Daniel] Ortega.

Folha Online - O senhor acredita que os colombianos apoiariam a decisão do governo?

Torrijos - Há 30 anos que não se toma uma decisão semelhante na Colômbia, sendo assim algo surpreendente. Mas, em geral, os colombianos apoiam com entusiasmo as iniciativas do presidente Uribe em matéria de segurança e de defesa.

Folha Online - Para o presidente Álvaro Uribe, o que significa a decisão?

Torrijos - Significa três coisas: aumentar a influência da Colômbia no panorama estratégico internacional; garantir o respaldo da Otan para conter, se necessário, os apetites expansionistas de Hugo Chávez e seus seguidores; e por último, perseguir o terrorismo fora das fronteiras, porque não podemos esquecer que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) trabalham em redes globais e a Colômbia estava até agora encerrada em seu conflito desconhecendo as dimensões internacionais que ele tem.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 1972.shtml




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