Olá
Entendo o seu ponto de vista, mas o problema é que normalmente você não quer "colocar todos os ovos em uma cesta"
.
Acho que em operações aéreas normais (à La USN) a aeronave já sai do convés procurando o REVO
- mesmo que só para CAP - assim facilitando o trabalho de ajuste da catapulta (perfil de missão bem definido) e aumento da probablidade de lançamento com sucesso.
Mesmo com REVO a carga máxima ainda assim tem influência no alcance máximo da surtida, no desempenho de vôo, no perfil do vôo e na probabilidade de acerto/erro/cancelamento da surtida por falha 'técnica'.
"Genericamente", o uso de diversos tipos de "armas" diferentes em um só vetor ao mesmo tempo, sempre tem a maior probablilidade de falhas técnicas do que diversos vetores do mesmo modelo cada um sendo utilizado para uma função (um pacote).
Por isso eu acho que o emprego e o "perfil operacional" da aeronave seriam determinantes para os valores tidos como "Máximo" que a aeronave levaria.
É igual as propagandas que dizem que tal avião leva não sei quantas toneladas de bombas mas na realidade dificilmente quando em guerra você vê ela fazendo isso (tirando aí os bombardeiros).
Alguns exemplos seriam:
O Super Étendard nas Malvinas poderia levar 2 Exocet e fazer REVO até a uma certa distância do alvo mas preferiram levar 1 Exocet e um tanque de combustível e 2 aeronaves para assim aumentar a probablilidade de acerto e evitar que se um dos radares Agave falhassem haveria a outra aeronave disponível para 'iluminar o alvo" assim como com 2 aeronaves cada uma com um míssil aumentava a possibilidade de se lançar "pelo menos" um míssil contra os ingleses
- É claro que nesse exemplo o número de Exocets disponíveis e a falta de mais aeronaves REVO prejudicaram as coisas!
Nas próprias Malvinas as táticas ainda eram como em "ondas" com os A-4 e os Étendard voando na mesma missão, mas com alguma separação e missões distintas bem distintas com os MIII dando cobertura (diversos problemas incluindo aí a falta de um REVO e um instrumento de G Eletrônica impediram o total sucesso desses ataques, mas algum sucesso foi obtido - embora havia sinais da obsolência desse método).
Já na guerra do Afeganistão, do Iraque e da Bósnia as aeronaves foram utilizadas em "pacotes" aonde aeronaves - muitas vezes do mesmo modelo - executavam tarefas distintas e estavam integradas entre sim complementando umas as outras.
Pelo que venho lendo nos últimos anos, desde o ínicio da década de 90 no Brasil começamos a notar que voar em "onda" aonde grupos dedicados de aeronaves voam juntas com eventual escolta, mas não necessariamente integrados (como na 2GM
) era obsoleto, e passamos a usar "pacotes" aonde os vetores atuam integrados e se complementam (a Red Flag abriu muito os nossos olhos) - o que tem se provado uma fórmula de sucesso até então (principalmente com "coalizões").
Aonde eu quer chegar com isso
Eu quero dizer que carga máxima não pode ser definida pela catapulta e sim "como" e "para que" você quer utilizar a sua aeronave.
A catapulta só se torna um problema quando a "missão" que você quer realizar está no limite dessa.
Perguntas para os especialistas:
Se a sua catapulta lança no máximo 20Ton e opera idealmente com 15Ton seria certo dizer que ela só se torna um problema - (inclusive para a manutenção e vida útil) nas missões entre 15 e 20Ton de peso lançamento
Seria certo dizer que uma catapulta teria pesos de lançamento considerados "ideais"
(máximo nós sabemos que existe)
Caso pesos "ideais" de lançamento existam, seria certo dizer que diversos lançamentos no peso ideal exigiria menos manutenção do que uns poucos perto do peso máximo
[]s
CB_Lima