Enviado: Dom Mar 26, 2006 2:17 pm
Esse cara vai andar de Skate, jogar futebol ou alguma coisa do tipo
Acho que essa joelheira ( ou caneleira... sei lá o que é isso ) é um pouco exagerado !
http://www.defesanet.com.br/afv/cfn_mowag_1.htm
São Paulo, 24 de março de 2006.
Excelentíssimo Senhor
Alm Esqd ROBERTO DE GUIMARÃES CARVALHO
DD Comandante da Marinha do Brasil
BRASÍLIA - DF
Senhor Comandante,
A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa - ABIMDE e algumas de suas empresas filiadas foram surpreendidas ao tomarem conhecimento do artigo publicado no site da Universidade Federal de Juiz de Fora (http://www.defesa.ufjf.br), cuja cópia enviamos em anexo, de autoria do Sr Expedito Carlos Stephani Bastos, Pesquisador de Assuntos Militares daquela universidade, onde é informado que a Marinha do Brasil estaria adquirindo, por importação, cinco veículos blindados sobre rodas 8x8 MOWAG Piranha III, para equipar o Corpo de Fuzileiros Navais, mais especificamente para serem empregados nas operações do Haiti.
Como é do total conhecimento de Vossa Excelência, a ABIMDE vem, desde 2003, quando assumimos seus destinos, em consonância com a política do Ministério da Defesa, dirigindo a totalidade de seus esforços para mudar a situação do setor das indústrias de defesa brasileiro, procurando criar os mecanismos necessários para que a Base Industrial de Defesa -BID do país consiga sobreviver e, mais ainda, seja fortalecida para poder proporcionar às Forças Armadas Brasileiras o apoio indispensável para o cumprimento de suas missões, especialmente na manutenção da soberania nacional.
Graças aos esforços acima, o Ministério da Defesa, atendendo nossas reivindicações, editou, no final de 2005, um poderoso instrumento legal, a Política Nacional da Indústria de Defesa - PNID, com base na Política Nacional de Defesa, onde foram estabelecidos os objetivos estratégicos a serem atingidos para o fortalecimento da BID, entre os quais se destaca a orientação para a aquisição de produtos estratégicos de defesa no mercado nacional.
Pela razão acima exposta, justifica-se nossa surpresa, pois existem, dentro do parque nacional da indústria de defesa, empresas com alta capacidade tecnológica para desenvolver e produzir veículos blindados sobre rodas, semelhante ao MOWAG, que terão capacidade de responder às necessidades da Marinha do Brasil, inclusive com preços inferiores ao estipulado para o carro a ser importado, avaliado em cerca de dois milhões de dólares.
Importante ainda acrescentar, que o Exército Brasileiro e outros exércitos no mundo, após longos testes, desistiram da aquisição do veículo MOWAG PIRANHA III, sendo que nossa Força Terrestre estará, nos próximos dias, iniciando um projeto para desenvolvimento e produção de um veículo blindado sobre rodas nacional - URUTU III, que deverá ser executado por uma empresa brasileira, o qual, temos certeza, poderá vir a atender às necessidades do Corpo de Fuzileiros Navais.
Face ao acima apresentado, caso a notícia da Universidade Federal de Juiz de Fora seja realmente verídica, gostaríamos de solicitar a Vossa Excelência que fosse reconsiderada a decisão tomada, pois a entrada do citado veículo no mercado brasileiro certamente irá contribuir para a total falência das empresas que trabalham neste ramo da defesa.
Agradecendo a Vossa Excelência o atendimento ao nosso pleito, colocamo-nos à disposição e aproveitamos a oportunidade para reiterar os protestos de distinta consideração.
Atenciosamente
ROBERTO GUIMARÃES DE CARVALHO
Diretor Presidente da ABIMDE
Vinicius Pimenta escreveu:O CFN precisa dos veículos para ONTEM. Não tem tempo para esperar o Urutu III do EB que só Deus sabe quando vai sair.
Luiz Bastos escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:O CFN precisa dos veículos para ONTEM. Não tem tempo para esperar o Urutu III do EB que só Deus sabe quando vai sair.
Grande Guru.
Eu penso que a medida é mais politica do que a necessidade da forca, principalmente porque 5 unidades nao vao fazer tanta diferenca assim. Quando o corpo (CFN) comprou aqueles tanques austriacos, foi pelo mesmo motivo (urgencia) e hoje o que se verifica é que 80 % estao encostados por falta de pecas. (Revelacoes de fuzileiros).
Eu particularmente acho que a comissao é excelente e ai se força uma barra pra comprar. Há Jaceguai. Que saudade. Tempos em que as comissoes eram devolvidas para o erario publico. Hoje está uma bagunça só. Li até num destes jornaisa de bairro que certa vez compraram torpedos à Inglaterra por uma pequena fortuna, e quando os torpedos chegaram é que foram verificar que o diametro do bicho era maior do que os tubos dos submarinos. Nao sei se é verdade, mas que li no jornal eu até posso jurar.
Em termos de carro de combate eu nao acho ele muito adequado. Muito pouco armado e muito vulneravel devido à sua altura, mas quem pode manda e quem é esperto obedece.
[]s a todos,
Pablo Maica escreveu:Realmente quando a marinha necessita de algum equipamento não faz rodeios como o EB e a FAB, mas uma coisa que eu queria saber, ja que parece que estas 5 unidades forma compradas para operar no haiti, o que vai ser feito com elas após a missão? Eu acho que 5 unidades é muito pouco no ambito dos FNs aqui no brasil, ja na missão é o suficiente, vão ser compradas mais unidades? Estas serão desativadas ou vendidas e que sabe até doadas apos a operação no haiti? Acho que as respostas para estas perguntas só o tempo nos trará mas vale a pena dar uma pensada.
Um abraço e t+
Luís Henrique escreveu:Isto me cheira comissão da boa. U$ 10 mi por apenas 5 veículos. O pessoal não tem tanto armamento assim. A necessidade de blindagem não é tanta. E outra coisa, ja que precisa com urgência pede pra ONU. Se vira.
Esse negócio foi muito ruim para a indústria nacional. Com U$ 10 mi daria para eles comprarem 200 Commando M4 do nosso amigo aqui do fórum.(pra quem não conhece é um veículo semelhante ao Hummer americano) Acho que a blindagem nível 5 que ele oferece esta de bom tamanho para segurar fuzil e pistolas velhas.
Pode até ser que a necessidade seja outra, mas acho que deveriam esperar e comprar Urutu III nacional.