Enviado: Qua Mar 29, 2006 5:40 pm
Sera que a Rede Globo vai transmitir ao Vivo o lançamento???
Abraços até mais!
Abraços até mais!
César escreveu: Mas, no fundo, tenho para mim que essa viagem tem um objetivo muito mais político e retórico que científico mesmo. O governo foi criminosamente negligente com o programa espacial. O tratavam mais como uma espécie de curiosidade divertida e algo pra dizer pros seus vizinhos amiginhos "Lero lero, eu tenho um programa espacial, você não teeeem".
Acho que o programa espacial é de suma importância. Não vou dizer vital, mas com certeza é estratégico. E aí a falha, se investe pouquíssimo, 3 lançamentos de VLS falham e agora tentam usá-lo politicamente pagando a passagem de um astronauta.
Fico revoltado, de certa forma, pois o governo não merecia ganhar nenhum dividendo político por tamanha negligência. Mas vai ganhar. E se bobear essa viagem vai render alguns votos a mais para o Lula na eleição.
Mais um ato irresponsável, moleque e de desconsideração com o país, por parte do Governo Lula.
É inacreditável que se precise de 10 milhões de dólares para seduzir jovens para isso. Algum prêmio para atividades estudantis da área, concedido, em pessoa, pela Bárbara Borges, deveria obter o mesmo resultado.
Um estudioso afirmou - se prestei atenção - que, 10 milhões de dólares seria o equivalente a um terço das verbas reservada pelo governo, este ano, para todo o programa espacial brasileiro.
Marcos Pontes (esq.), Pavel Vinogradov e Jeffrey Williams conversaram com os jornalistas nesta quarta-feira. "Quando aquela bandeira do Brasil que já está pintada lá bem grande no foguete estiver decolando, eu gostaria que as pessoas vissem não só a bandeira subindo, mas o orgulho de ser brasileiro", afirmou Pontes.
O tenente-coronel da Força Aérea Brasileira fez questão de marcar o fato de a missão estar acontecendo no ano do centenário do vôo de Santos Dumont, e disse que espera "acender a chama" do interesse em ciências e tecnologia entre os jovens brasileiros. Na foto, Marcos Pontes (esq.) e Pavel Vinogradov. Os cosmonautas estão atrás de um vidro, de quarentena.
Pontes confirmou que tem uma camisa da seleção brasileira ? "no ano do hexacampeonato mundial do Brasil" ? e que o mais importante é que leva uma bandeira do Brasil, corrigindo-se em seguida: "Talvez eu devesse dizer que a bandeira nacional é que vai me levar". O cosmonauta está atrás de um vidro para evitar contaminação.
Os cosmonautas deverão ficar em uma posição quase fetal durante o vôo para evitar a forte pressão na coluna gerada pelo impulso dado durante a partida do foguete. O tenente-coronel Marcos Pontes disse que o lançamento é "o dia da realização de um dos sonhos". A missão que ele integra é a de número 13para a Estação Espacial Internacional (EEI).
A nave espacial Soyuz TMA-8 levá o primeiro brasileiro ao espaço. Marcos Pontes vai passar oito dias realizando os experimentos da missão Centenário, batizada em homenagem aos 100 anos do vôo do 14 Bis, de Santos Dumont. Sua foto já foi adicionada ao acervo do Museu Gagarin, no Cosmódromo de Baikonur.
Carlos escreveu:Mais um ato irresponsável, moleque e de desconsideração com o país, por parte do Governo Lula.
O astronauta já está em treinamento há quase 10 anos. Não ir para o espaço só porque o presidente é o Lula ou porque é ano de eleição é um pensamento no mínimo incoerente.
Pontualmente às 8h30 desta quinta-feira (23h30 de quarta-feira, em Brasília), a explosão provocada pelo acionamento dos foguetes acoplados à nave espacial Soyuz TMA-8, que levou o primeiro brasileiro, ao espaço ressonou nos campos desertos do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Poucos segundos mais tarde, a nave desapareceu no céu rumo à Estação Espacial Internacional (EEI), onde o cosmonauta brasileiro, tenente-coronel Marcos Pontes, de 43 anos, vai passar oito dias realizando os experimentos da missão Centenário, batizada em homenagem aos 100 anos do vôo do 14 Bis, de Santos Dumont.
O lançamento foi assistido por dezenas de jornalistas e algumas autoridades brasileiras, entre elas o presidente da Agência Espacial Brasileira, Sérgio Gaudenzi, e o seu vice, João Azevedo, e uma comissão de políticos, entre eles o senador Saturnino Braga (PT-RJ) e o deputado Aroldo de Oliveira (PFL-BA), além da mulher do cosmonauta, Francisca de Fátima Pontes e seus dois filhos, Fábio Francisco e Ana Carolina.
Nos próximos dois dias, navegando em torno da Terra a cerca de 28 mil quilômetros por hora, a tripulação da Soyuz, composta pelo russo Pavel Vinogradov e pelo americano Jeffrey Williams, além de Pontes, vai corrigir gradativamente a rota da nave até que ela se iguale à órbita da EEI, a cerca de 360 quilômetros de altitude.
A acoplagem está programada para acontecer à 1h13 do dia 1º de abril (hora de Brasília), mas o encontro com os atuais ocupantes da estação orbital; o russo Valery Tokarev e o americano William McArthur; só vai acontecer três horas depois.
Durante este intervalo, as atmosferas entre as duas naves são igualadas para que as escotilhas possam ser abertas e os três recém-chegados possam flutuar para dentro da EEI.
Cerca de três horas antes do embarque, Pontes, Vinagradov e Williams fizeram os últimos testes e ajustes na roupa pressurizada que utilizariam depois na Soyuz.
Antes de embarcarem no ônibus que os levou até a plataforma de lançamento Gagarin; a mesma de onde partiu o vôo do primeiro homem a ir para o espaço, Yuri Gagarin -, os três astronautas se apresentaram a Nikolai Moiseev, co-presidente da alta comissão da Energia, uma das empresas que integram a agência espacial russa.
Do dia 1º ao dia 8 de abril, Marcos Pontes vai executar os oito experimentos selecionados pela Agência Espacial Brasileira (AEB).
Durante sua permanência no espaço, Pontes vai se comunicar com a Terra várias vezes por dia.
O primeiro contato será com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. O cosmonauta deve falar também com jornalistas brasileiros, técnicos da missão e com seu médico, o tenente-coronel Luiz Cláudio Lutiis.
Lutiis afirmou que entre suas principais preocupações, está a possível falta de descanso do cosmonauta.
"Ele vai estar em uma situação parecida com a de uma criança cheia de brinquedos novos. Um estado de hiperatividade que pode dificultar o sono", disse Lutiis.
O médico ressaltou também o incômodo representado pelo barulho constante das máquinas em funcionamento na estação orbital.
"O ruído fica por volta de 60 a 70 decibéis, o equivalente a uma sala grande cheia de gente falando ao mesmo tempo."
O custo da viagem de Pontes para o governo brasileiro foi de cerca de US$ 10 milhões, metade do preço cobrado pelos russos para esse tipo de missão graças a uma parceria firmada entre Brasil e Rússia.