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Enviado: Ter Out 18, 2005 10:37 am
por Raul Neto
P44,
Lembras-te de uma série que passou na RTP, chamada "Portugal e o Mar"
Enviado: Ter Out 18, 2005 10:49 am
por P44
Enviado: Ter Out 18, 2005 11:01 am
por Raul Neto
Num dos episódios foi referido o potêncial do AA, em projectar uma classe de navios draga-minas para a AP, classe essa que era na altura dada como certa. Eles mostraram as salas dos estiradores, e pareceu-me ver um desenho de um navio desse tipo.
Enviado: Ter Out 18, 2005 11:10 am
por P44
Raúl
A mim isso não me causa nenhum espanto, o AA chegou a construir Petroleiros para a Soponata, contruiram Navios patrulha, Lanchas de Desembarque, Navios Hidrográficos, portanto penso que teriam toda a possibilidade de construir draga-minas.
Infelizmente "outros interesses" falaram mais alto e "destruiram" o AA de modo a tranferi-lo pra mãos privadas.
Enviado: Ter Out 18, 2005 11:40 am
por Raul Neto
Pois, apenas fiquei com a impressão que havia a intenção de se projectar e construir cá uma classe de 4 navios de guerra de minas no início dos anos 90.
Enviado: Ter Out 18, 2005 11:48 am
por P44
Raul Neto escreveu:Pois, apenas fiquei com a impressão que havia a intenção de se projectar e construir cá uma classe de 4 navios de guerra de minas no início dos anos 90.
Isso não te sei dizer.
De certeza que o AA estaria á altura.
Infelizmente, é como te digo, mataram o AA.
Eu ainda assisti ao lançamento á água da LDG 203 Bacamarte, em 1984, salvo erro.
Nessa altura estavam em contrução as lanchas hidrográficas Auriga e Andrómeda . Desde aí nada mais...
Talvez o Charlie te possa exclarecer melhor acerca desse "projeto" de que falas
Enviado: Ter Out 18, 2005 11:56 am
por Raul Neto
Ok, obrigado P44
Enviado: Ter Out 18, 2005 1:35 pm
por Rui Elias Maltez
Se leram a proposta de OE para 2006, vê-se que as verbas para o AA vão decair.
Acho que será o seu fim, pelo menos nas mãos do Estado, tal como já aconteceu com as OGMA.
No caso dos AA, acho que sem grandes esforços financeiros se poderiam construir mais 3 lanchas de desembarque semelhantes ao Bacamarte, que será sempre de grande utilidade, e porque não, estabelecer um plano a médio prazo para 4 unidades de draga-caça minas?
Mas é como dizem os colegas:
Tudo depende do poder político, e parece que o poder político não quer saber da capacidade industrial militar própria em Portugal.
Enviado: Qua Out 19, 2005 7:01 pm
por Charlie Golf
Raul Neto escreveu:Num dos episódios foi referido o potêncial do AA, em projectar uma classe de navios draga-minas para a AP, classe essa que era na altura dada como certa. Eles mostraram as salas dos estiradores, e pareceu-me ver um desenho de um navio desse tipo.
Afirmativo Raúl.
Eu próprio cheguei a ver esses desenhos. A Armada tinha toda a intenção de os construir no Arsenal do Alfeite (e daí teres visto imagens da Sala de Desenho onde estavam a ser ultimados os planos). Era uma altura favorável: as Meko ainda cheiravam a novo, tinha chegado o Bérrio, estavam para chegar os primeiros F-16, o MDN (Fernando Nogueira) falava até no desenvolvimento de um míssil anti-tanque subsónico para o Exército e lançávamos mais um detrito espacial (o frigorífico Ariston português, vulgo POSAT-1).
Mas, como todos sabemos, depois de "mais uma longa saga", o MDN ordenou à Marinha que engavetasse de vez os draga-minas (e como o assunto dos dois navios da classe HMS "Hunt" que não acompanharam o Bérrio é algo obscuro e não estou bem informado a esse respeito, ficarei por aqui).
Podem achar absurdo o que vou dizer mas visto que os NPO são de construcção modular (isto é, podem adaptar-se facilmente a um sem número de quesitos), facilmente se poderia construir um draga-minas com recurso a este design (conjugando as funções de "mine-laying" e "mine-sweeping" num só casco). O problema é a altura de vacas-magras pela qual passamos e a total falta de interesse da tutela sobre esse assunto.
Enviado: Qua Out 19, 2005 7:18 pm
por Miguel
POSAT1 ??? lembro-me desse acontecimento, servia para que esse posat1?
Enviado: Qua Out 19, 2005 7:22 pm
por Raul Neto
Enviado: Qua Out 19, 2005 7:32 pm
por Raul Neto
Miguel escreveu:POSAT1 ??? lembro-me desse acontecimento, servia para que esse posat1?
Espreita aqui Miguel:
http://unidyne.uni.pt/~fcr/posat/techf0p.html
E, de acordo com o site, para mais informações poderás contactar com Elena Koroleva.
Tens ainda este site ( http://www.ee.surrey.ac.uk/SSC/CSER/UOSAT/missions/posat1.html) do qual eu extraí a seguinte informação:
Cosmic Ray Experiment (CRE)
The CRE monitors the space radiation environment experienced in orbit by the satellite and enables analysis of its effect on spacecraft semiconductor electronics. The CRE contains a large area PIN diode and multi-channel analyser capable of detecting energetic particles with a wide range of Linear Energy Transfer to build up a spectrum of observed energies of particles within the spacecraft. Special RADFET's are also incorporated to monitor the accumulated ionising dose. The larger memory devices in the on-board computers are regularly 'washed' to detect and log Single Event Upset (SEU) information.
Digital Signal Processing Experiment (DSPE)
The DSPE consists of two Texas Instruments processors from the TMS320 series, the C25 and C30. The DSPE can be used as a programmable communications modem to modulate the downlink data from, or demodulate uplink data for the OBC, thus enabling experiments with new modulation techniques optimised for Low Earth Orbit satellite mobile communications.
Store and Forward communications
The main On-Board Computer (OBC), based on an 80C186 8MHz processor with 16MByte of Static RAM, also supports digital Store and Forward communications using AX25 packet protocols and communications links optimised for communications using very low cost, simple and portable groundstations. The Store and Forward system employs a 9.6kbps uplink and 9.6 and 38.4kbps downlink data rates.
Other applications
PoSAT has recently been used by the Portuguese Minisatry of Defence to communicate with army units in different parts of the world, including Angola, Bosnia and Herzegovina.
Enviado: Qui Out 20, 2005 6:10 am
por P44
Other applications
PoSAT has recently been used by the Portuguese Minisatry of Defence to communicate with army units in different parts of the world, including Angola, Bosnia and Herzegovina.
Ou muito me engano ou o POSAT-1 (e unico) é um dos 700 usuários que de vez em quando "sobrevooa" o DB
Charlie Golf escreveu:(e como o assunto dos dois navios da classe HMS "Hunt" que não acompanharam o Bérrio é algo obscuro e não estou bem informado a esse respeito, ficarei por aqui).
Não devem ter "untado as mãos" a alguém o suficiente
Enviado: Qui Out 20, 2005 8:12 am
por Rui Elias Maltez
Charlie:
O problema é a altura de vacas-magras pela qual passamos e a total falta de interesse da tutela sobre esse assunto.
Principalmente pele última razão, já que como escrevi antes, não são navios demsiadamente caros de construir, nem exigem tripulações elevadas, têm manutenção barata, e baisos custos de operação.
E em tempos de paz poderiam dar um reforço a outras áreas da Marinha, com no campo da oceanografia, patrulhamento costeiro, balizamento, etc.
Uma pena esse desinteresse.
De que navios da classe
Hunt se refere e que viriam juntamente cm
NRP Bérrio?
Nunca ouvi nada sobre isso
Enviado: Qui Out 20, 2005 8:47 am
por ferrol
Charlie Golf escreveu:Podem achar absurdo o que vou dizer mas visto que os NPO são de construcção modular (isto é, podem adaptar-se facilmente a um sem número de quesitos), facilmente se poderia construir um draga-minas com recurso a este design (conjugando as funções de "mine-laying" e "mine-sweeping" num só casco).
Unhas pequenas consideracións:
Un NPO despraza 1.500 toneladas, un cazaminas, 400-600 toneladas. Entón, se falamos de que a Marinha anda escasa, que hai que aforrar, etc, ¿Non é un pouco raro ter un cazaminas de 1500 tons con todos os gastos que teñen de mantemento, persoal, combustible, etc, etc... cando cun buque de 600 tons sobra?
Outra consideración: Os materiais na construcción dun cazaminas son especiais, antimagnéticos no casco, e o cableado, radar, etc, levan revestimentos especiais antiestáticos para rebaixa-las emisións de electricidade estática ou magnética que atraian a certos tipos de minas.
É dicir, construir un cazaminas non é quitar un depósito e meter unha máquina, o barco é todo en sí moi especial, por eso os cazaminas soen ser moi caros, por eses materiais especiais cos que deben ser construídos.
Saúdos.