Tucanos para Chaves

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Sniper
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#46 Mensagem por Sniper » Ter Fev 15, 2005 4:49 pm

Plinio Jr escreveu:Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Irônico, vão promover o desenvolvimento econômico e social da Venezuela , enquanto que por aki tem milhares de empresas aguardando por socorro ou para poder expandir seu crescimento, sem contar com milhares de empregos que podem ser criados ou mesmo retirados e aumentando ainda mais a legiões de desempregados que assola o país....

É só mais um tiro no pé deste governo ruim e medíocre que beneficia um punhado (sr. Botelho) ao invés de beneficiar a maioria, como ele se propôs a fazer na época de eleição.

Adoraria ver esta farra do boi acabar nas eleições de 2006.... :evil: :evil:


Faço das suas palavras as minhas Também. Que governo é esse que ao inves de promover o desenvolvimento do próprio país resolve financiar projetos que francamente, não tem a menor prioridade!

Pessoal, a pesar de todos aqui gostarmos de equipamentos militares e querermos ver a nossa indústria de Defesa forte e desenvolvida, creio que um financiamento para a compra de armas para um outro país seja completamente sem sentido. Mesmo sendo a EMBRAER "Brasileira", Este financiamento ficaria muitíssimo restrito apenas a empresa, e eventualmente seus fornecedores e funcionários indiretamente.

Se alguém me perguntasse se estava de acordo em o BNDES financiar a compra de armas por parte de um outro país, eu diria categoricamente que não!




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Luís Henrique
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#47 Mensagem por Luís Henrique » Ter Fev 15, 2005 6:37 pm

Meus amigos,

Como que os EUA se mantêm a única super-potência do mundo até hoje?

Emprestando dinheiro e ajudando todo mundo. Ou quase todo mundo :lol: :lol: :lol:

Emprestar dinheiro é uma das coisas mais lucrativas que existe.

A Venezuela ficará de certa forma dependente do Brasil, e o nosso país pode usar essa vantagem para impulsionar a nossa economia.

O pessoal fala que quer que o Brasil tenha uma indústria de defesa forte, mas não quer deixar a Emberaer vender uns tucaninhos, pô.

Vamos parar com o preconceito, o Chavito é diferente, mas se ele quer dinheiro, vamos dar a ele.

Afinal, ele não vai invadir ninguém com 24 tucaninho e 12 AMX. Os EUA liberam F-16 pra Colombia e não da em nada.

Além disso é bom que os países da América do Sul se fortaleçam militarmente, porque dai quem sabe nossos políticos darão mais valor e fortificarão as nossas Forças Armadas também...




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Vinicius Pimenta
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#48 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Fev 15, 2005 7:27 pm

Galera, por favor, isso é geo-política, estratégia, diplomacia, etc.

O financiamento do BNDES para a Embraer é mais antigo que andar pra trás!!! O BNDES SEMPRE financia as vendas da Embraer. E qualquer país que se preze financia as suas empresas. O F-X se comprado terá financiamento externo feito pelo país vencedor da concorrência.

Vocês acham que a Venezuela vai dar calote? Só se o Chávez for muito burro pra dar calote num dos países que mais podem diminuir a dependência deles dos EUA.

Não é o BNDES que vai promover o desenvolvimento na Venezulea. É a VENEZUELA que vai promover o seu desenvolvimento. Vai investir no seu país. Se o Brasil não pode fazer isso, paciência. Deixa o BNDES emprestar o dinheiro que vai ser pago com juros.

Risco de calote se corre em qualquer lugar. O sistema financeiro é assim. É preferível ficar com o dinheiro parado do que investir e aumentá-lo? Eu acho que não. Os riscos são calculados.




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#49 Mensagem por talharim » Ter Fev 15, 2005 8:51 pm

Vinicius Pimenta escreveu:
Risco de calote se corre em qualquer lugar. O sistema financeiro é assim. É preferível ficar com o dinheiro parado do que investir e aumentá-lo? Eu acho que não. Os riscos são calculados.


Se o risco de calote é o mesmo que emprestar para a Venezuela ou para o governo de MG eu prefiro mil vezes emprestar o dinheiro para MG terminar o seu metro!

Pelo menos se depois houver algum tipo de calote fica muito mais fácil fazer a cobrança...........

Se a Embraer que é uma empresa de credibilidade no mercado internacional nao conseguiu empréstimo para o financiamento da venda dessas aeronaves com bancos Japoneses e Alemaes é porque realmente a Venezuela tá queimada no mundo inteiro.......................

Porque Bancos privados brasileiros nao fizeram o empréstimo? O risco de calote é imenso,ninguém sabe o que vai acontecer com a Venezuela daqui a 1 ano,se vai ter golpe de estado,se o Chavito vai declarar um cargo de presidente vitalício,se vai ter guerra civil.............

Puta cagada que esse governo tá fazendo,lamentável mesmo,isso nao existe só com esse governo do PT de m@#$#@,a Venezuela ganha,a Embraer ganha e o BNDES se f@$#@@ ,quem vcs acham que vai cobrir um rombo desses? O governo federal com os impostos de nós contribuintes :evil:




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#50 Mensagem por Jet Crash® » Ter Fev 15, 2005 9:30 pm

helio escreveu:Vinicius
voce disse com propriedade:Acontece que a grande maioria dos financiamentos do BNDS vai a fundo perdido, isto é são praticamente doações, pois os devedores não pagam. Por que voce acha que a VARIG está tão interessada em obter "emprestimo" do BNDS? justamente por que em caso de inadimplencia o governo nada vai fazer.
O BNDS fez o certo em emprestar dinheiro para a Industria Brasileira, no caso em foco a EMBRAER. Nada mais justo financiar a venda de produto nacional para exportação. Porém todos nós sabemos que a Venezuela não vai pagar, e consequentemente estamos doando estes aviões. Se a Venezuela fosse tão confiável, e o produto brasileiro (ALX e AMX) tão disputados , vários bancos dos 4 cantos do mundo iriam financiar esta venda, mas como ninguem quis bancar esta empreitada vai de BNDS mesmo e vamos encher os bolsos do Sr.Botelho de dinheiro público, afinal é assim que as coisas funcionam por aqui.


Um abraço

Hélio


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#51 Mensagem por Plinio Jr » Ter Fev 15, 2005 9:40 pm

Não sou contra a venda dos aviões, mas totalmente contrário a forma a qual ela poderá ser efetuada.

Se o negócio for feito com o governo venezuelano pagando a vista ou utilizando de outros meios internacionais para faze-lo, tudo bem, mas faze-lo atraves de um organismo que foi criado para beneficiar, primeiramente instituições aki no Brasil é algo, ao meu ponto de vista , inadmissível.

Talvez venham justificar nesta negociação temos a Embraer, que é uma empresa nacional, participando deste processo com seus produtos, mas é uma empresa que vai muito bem financeiramente e não necessita destes meios para beneficiar clientes de fora do pais. Caso fosse um cliente dentro do país, até vai lá, mas fora...sou contrário.

Claro que emprestar dinheiro aos outros pode trazer algumas vantagens, desde que estes empréstimos sejam pagos posteriormente e não se tornem algo semelhante ao que ocorreu com o Iraque nos anos 80s onde muita gente tomou calote ao vender produtos para eles, isto muito antes da invasão do Kuwait e que resultaria posteriormente com
a Guerra do Golfo em 1991.

Vale lembrar tbm que não estamos lá em condições de ficar bancando os outros....




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#52 Mensagem por fredom » Ter Fev 15, 2005 9:44 pm

pelo amor de deus, será que voces não entendem, não é o governo federal que sai batento na porta dos governadores oferencendo emprestimos, ano passado o BNDES ficou com cerca de 14 bilhoes de reais parados por falta de projetos apresentados, se minas não foi atras desse dinheiro é porque não tem se individar mais, ou pq não precisa - pq teria conseguido emprestimo com outras instituições ou por ter recursos proprios pra conclusão do metro-




Carlos Mathias

#53 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Fev 15, 2005 9:46 pm

Alguém falou aí da VARIG e como funcionário quero esclarecer algumas coisas. Qualquer empréstimo do BNDES só não será pago se assim o governo quiser e permitir, exatamente como o Sr. Canhedo vinha fazendo desde o governo Collor, só que agora ele está tendo que pagar as dívidas que vinham sendo empurradas pelos governos anteriores, exatamente como está acontecendo com a VARIG , que nos últimos anos está tendo as suas dívidas com o governo cobradas de maneira implacável, as da PETROBRÁS por exemplo vinham sendo pagas à vista e em dinheiro, portanto dívidas governamentais só não são pagas se assim o próprio governo quiser e permitir.
A VARIG se interessa pelo BNDES pela mesma razão de todos os outros interessados, como a EMBRAER que vem usufruindo dos juros baixos praticados pelo banco e graças a isso levantou-se das cinzas.
Prazo a perder de vista(?) e juros baixos é o qualquer empresa do primeiro mundo tem, é não é excessão, qualquer cidadão tem esta possibilidade. Conheço um cara de Miami, brasileiro, que disse que entraria na justiça contra o banco financiador da sua casa pois o juro aumentou para 3%, ao ano.
A história dos empréstimos governamentais escondem interesses muito maiores do que se imagina, dizem por exemplo que por apoiar a candidatura do Serra a VARIG está sendo de certa forma punida, que o dono da Ocean Air é compadre do Lula, que a família do José Dirceu tem grande participação acionária na TAM, que por tráz da GOL estão a BOEING e GE, e por aí vai.
A VARIG padece/padecia de graves problemas gerenciais que paulatinamente estão sendo resolvidos, apesar de toda a pressão em contrário de vários setores do governo federal, continua mantendo a fidelidade de seus usuários exatamente pela excelência operacional e capacidade de seu quadro de funcionários, reconhecido internacionalmente pela qualidade de desempenho e treinamento. Sua "oficina" de manutenção está entre as 10 melhores do mundo e é homologada pela BOEING e AIRBUS, GE e P&W. Opera para todos os continentes e é referência em termos de segurança operacional. Durante a fase mais aguda de sua crise por exemplo eu mesmo fiz vários treinamentos sobre segurança e gerenciamento de crise a bordo, contenção e outros. Normalmente o que se corta primeiro é aí.
Existe uma coisa chamada regulamentação profissional, uma lei que rege as condições de trabalho do aeronauta brasileiro como por exemplo horas voadas por ano, semestre e mês. Enfim é uma lei trabalhista que visa antes de mais nada resguardar as perfeitas condições físicas e psicológicas do aeronauta no exercício da profissão, o que no final vai resultar em melhores condições de segurança na aviação. Pois bem, trabalho na empresa que é reconhecida como talvez a única que respeita esta lei integralmente no Brasil e ainda assim paga os melhores salários do mercado, tem tido resultados operacionais positivos consistentemente apesar das condições draconianas já citadas. Lembro que o cumprimento da citada lei certamente gera mais custos que alguém que seja, digamos, leniente no cumprimento dela.
Bem, o caso da VARIG é mais complicado do que as notas de jornal aparentam.




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#54 Mensagem por talharim » Ter Fev 15, 2005 10:03 pm

Andei dando uma olhada nos modos de empréstimos do BNDES e tem muita coisa interessante..........

FINAME CONCORRENCIA INTERNACIONAL

Financiamentos, sem limite de valor, para a produção e comercialização de máquinas e equipamentos que estejam requerendo condições de financiamento compatíveis com as ofertadas por congêneres estrangeiros em tomadas de preços ou concorrências internacionais.

Acesse o Credenciamento Equipamentos que disponibiliza a relação de máquinas e equipamentos cadastrados e os procedimentos para cadastramento.



Taxa de Juros

Custo Financeiro + Remuneração do BNDES + Remuneração da Instituição Financeira Credenciada


Custo Financeiro

Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP;
Cesta de Moedas - veja Normas de Aplicação; e
Dólar norte-americano - veja Normas de Aplicação.


Remuneração do BNDES
2,5% ao ano


Remuneração da Instituição Financeira Credenciada

Negociada entre a instituição financeira credenciada e o cliente; nas operações garantidas pelo Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade - FGPC (Fundo de Aval) até 4% a.a..



Prazo Total
até 120 meses



Nível de Participação
até 100%



Garantias

A serem negociadas entre a instituição financeira credenciada e o cliente. Para utilização do FGPC consulte suas condições específicas.



Encaminhamento

As solicitações de apoio são encaminhadas ao BNDES por meio de Carta-Consulta - preenchida segundo as orientações do Roteiro de Informações para Enquadramento - enviada pela empresa interessada ou por intermédio da instituição financeira credenciada de sua preferência, ao:

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
Área de Planejamento-AP
Departamento de Prioridades-DEPRI
Av. República do Chile, 100 - Protocolo - Térreo
20031-917 - Rio de Janeiro, RJ


Será que algum dos concorrentes do FX principalmente a Avibrás tentou uma dessas linhas de empréstimo? Será que tentaram mas foi negado?

O BNDES tem mais de R$ 40 Bilhoes de reais para empréstimos e financiamentos para esse ano corrente........................o próprio banco de investimentos do governo financiaria a compra dos caças e a FAB pagaria a perder de vista!.....................para que buscar financiamentos no exterior para compras militares das nossas FAs??????????????????????

E me fazem um financiamento para compras militares de um outro país :!: @!#@!%$$#@!% Isso é revoltante!!! :evil: :twisted: :evil:




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#55 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Fev 15, 2005 11:59 pm

Como o fredom bem disse e foi o que eu falei, se mais não é investido no Brasil, é porque não se quer ou não se pode. O BNDES tem sobra de dinheiro porque os governos e empresas brasileiras não conseguem investir tudo que o banco tem a oferecer. Por isso, nada mais natural do que utilizar o execedente para promover uma aproximção maior com nossos vizinhos.

Além disso, o BNDES, que muitos frisaram que significa Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, está fazendo exatamente isso quando financia as vendas da Embraer, quando financia a nova refinaria em Pernambuco em parceria com a Venezuela (isso ninguém aqui comentou), etc. Todos falam como se os benefícios fossem só para a Venezuela. Às vezes parece que querem apenas encontrar algum argumento para criticar, mesmo que esse não esteja bem válido.

E eu concordo com o talharim na dúvida: por que o F-X não usa o dinheiro do BNDES? Eu não sei mas também acho que seria melhor do que um financiamento externo.




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#56 Mensagem por helio » Qua Fev 16, 2005 8:09 am

A finalidade do BNDS é de oferecer emprestimos para o desenvolvimento da industria,o comercio e a agricultura brasileira. Ao adquirirmos qualquer manufaturado do exterior( inclusive os FX) não estaremos participando diretamente no desenvolvimento do pais e seu emprestimo seria ilegal. quanto a disponibilidade de capital do BNDS acho que a saude financeira não é tão grande assim como foi referido. Pelo contrário esta verba mingua cada vez mais pelo elevado numero de inadimplentes, e pelo uso exclusivamente politico deste fundo.
legalmente , ao financiarmos qualquer empreendimento(mesmo no exterior) que comprovadamente dê empregos a brasileiros, estaria dentro da lei, mas no caso específico da Venezuela, todos nós sabemos que este país não irá honrar com o débito.

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#57 Mensagem por VICTOR » Qua Fev 16, 2005 9:59 am

Este artigo foi comentado bastante ontem, tanto na TV como na imprensa escrita. O NYT em português do Ig está quebrado, então vou colocar o original.

Arms Buying by Venezuela Worries U.S.
By JUAN FORERO

Published: February 15, 2005


OGOTÁ, Colombia, Feb. 14 - President Hugo Chávez's government is moving toward purchasing combat planes from Brazil, the latest step in what the Bush administration has cast as a worrisome arms buildup by the left-leaning government in an already tumultuous region.

Meeting in Caracas, the Venezuelan capital, on Monday, Mr. Chávez and his Brazilian counterpart, Luiz Inácio Lula da Silva, signed agreements establishing a strategic, economic and military alliance between the nations.

Though the deal is not yet sealed, Venezuela is negotiating to buy as many as 24 Super Tucano multipurpose combat aircraft from the giant Brazilian aircraft manufacturer Empresa Brasileira de Aeronáutica, known as Embraer. The deal would be worth $170 million, according to the Brazilian newspaper O Globo.

The two countries also signed energy and mining accords that permit Brazil's oil and gas company, Petrobras, to develop offshore natural gas projects and oil fields in Venezuela's lucrative Orinoco heavy oil belt. Trade between the governments doubled to $1.6 billion in 2004 from the year before and could reach $3 billion this year, a development that Mr. Chávez celebrated as a sign of Latin American integration at the expense of the United States.

"We are totally and absolutely convinced in Venezuela that the solution to our problems is not in the north, but here between us," Mr. Chávez told reporters on Monday.

But it is Venezuela's procurement of high-tech military hardware that has raised eyebrows among American policy makers and officials here in Colombia, which shares a porous and violent 1,400-mile border with Venezuela.

Mr. Chávez's government has been shopping to modernize its poorly armed 100,000-member military. The Venezuelans have agreed to buy at least 10 military helicopters from Russia and 100,000 assault rifles. Venezuela is also considering updating its air force with Russian MIG's.

The Bush administration, which has been in an increasingly tense war of words since tacitly supporting a brief coup against Mr. Chávez in 2002, has warned that the arms purchases could benefit "irregular groups," meaning Marxist rebels in neighboring Colombia.

"We have serious concerns about how Venezuela will secure these armaments and the thousands of rifles they will replace," Adam Ereli, a State Department spokesman, said Thursday.

Mr. Chávez has reacted angrily to the criticism, saying that Venezuela has the right to purchase arms from any suitable seller and that the United States lacks the moral heft to question the arms sales.

"They sold weapons to Saddam Hussein, and they armed Al Qaeda, but the serpent turned against them," Mr. Chávez said. The president has also accused the United States of delaying supplies of spare parts for Venezuela's aging fleet of F-16 fighters.

The comments signal increasingly tense relations between the countries, which are bound economically because of Venezuela's role as one of the four top providers of oil to the United States.

In recent weeks, Bush administration officials as senior as Secretary of State Condoleezza Rice have criticized Mr. Chávez's governing style.

Mr. Chávez, recently warning of the possibility of an American invasion, has responded by announcing plans to expand so-called popular defense units, a sort of citizen militia, as well as the country's military reserves.

"Popular defense units should be born, units of different sizes - 10 people, 100 people, 500 people," Mr. Chávez said in a speech.

His costly military plans - they would be worth hundreds of millions of dollars if fully pursued - raise questions about Venezuela's ability to continue with a significant expansion of social spending aimed at lifting people out of poverty.

"There is a case to be made that the Venezuelan military needed to be upgraded, but the timing of this is what concerns the Colombians and raises questions about his commitment to his social agenda," said Miguel Díaz, a senior analyst who tracks Venezuela at the Center for Strategic and International Studies in Washington.

Military analysts who study the region, however, say Venezuela's desire to buy Brazilian fighters may make sense, since both Venezuela and Brazil are increasingly interested in cooperating to patrol the Amazon. Drug traffickers move cocaine throughout that jungle zone and Colombian armed groups hide in the region's borders.

Luis Bittencourt, a Brazilian analyst, said the Super Tucano, a turbo-prop plane, would be an ideal aircraft for patrolling Venezuela's jungle regions.

"They fly well at low altitude, at low speed, and have wonderful maneuverability and they have good range, without using much fuel," said Mr. Bittencourt, director of the Brazil project at the Woodrow Wilson Center in Washington. "They allow you to identify the enemy, or whatever it is you might be looking for, that are using the forest as cover."


Brian Ellsworth contributed reporting from Caracas for this article.

NYT




Editado pela última vez por VICTOR em Qua Fev 16, 2005 10:01 am, em um total de 1 vez.
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#58 Mensagem por Fábio Nascimento » Qua Fev 16, 2005 10:00 am

Ainda não entendi o por quê de tanta revolta com o financiamento, afinal de contas precisamos mostrar q o Tucaninho ta vendendo, se não ele vai ficar como o SU-35 um exelente avião mas que não consegue ser vendido, não é só o Botelo q vai ganhar os funcionários tmb indiretamente, a Mectrom que pode vir por ventura vender os Piranhas para equipar estes tucas e ai quem ganha é FAB, pois quanto maior a carteira de pedido do Piranha menor vai ser o valor dele para a FAB, se conseguirmos mostrar por aqui que o ALX é uma exelente plataforma para a Amazonia e ai quem sabe não vendemos ele também para outros vizinhos, afinal não haverá uma industria bélica forte se ela não exporta, o BNDS não está dando o dinheiro está emprestando a juros, acho que o chavito não seria louco de dar um calote no brasil, ele já tem uma péssima relaçao com a colombia q tem o apoio dos EUA e se conseguiur perder a boa relação com o Brasil o bicho vai pegar ainda mais para ele.
Se algumas pessoas aqui não concordam com o atual Governo, e eu também não concordo tudo bem, mas para nós que gostariamos de ver nova indústria bélica forte eu acho quer essa do Lulinha foi acertada sim.

Abraços




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#59 Mensagem por Luís Henrique » Qua Fev 16, 2005 10:03 am

mas no caso específico da Venezuela, todos nós sabemos que este país não irá honrar com o débito.


Hélio,

eu não estou incluso nesse "todos nós sabemos..."

A Venezuela, ou melhor o Chavito seria muito burro de não honrar com o compromisso.

O Chavito quer sair da dependência americana e firmar parcerias e aquisições de outros países, como Rússia, Espanha, Brasil etc.

O Chavito precisa de apoio aqui no Sul. Se os EUA ameaçar invadir a Venezuela o Chavito vai contar com seus "amigos" para o defender diplomaticamente na ONU, etc.

Ele não seria burro o suficiente de não honrar com o compromisso e perder seus aliados...




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#60 Mensagem por Plinio Jr » Qua Fev 16, 2005 10:31 am

Ainda não entendi o por quê de tanta revolta com o financiamento, afinal de contas precisamos mostrar q o Tucaninho ta vendendo

A questão não é a venda das aeronaves Fábio e sim na forma na qual ela poderá ser feita..via BNDES isto sim desagrada a muita gente e a mim tbm...

O Chavito quer sair da dependência americana e firmar parcerias e aquisições de outros países, como Rússia, Espanha, Brasil etc.

O Chavito precisa de apoio aqui no Sul. Se os EUA ameaçar invadir a Venezuela o Chavito vai contar com seus "amigos" para o defender diplomaticamente na ONU, etc.


O Chavito vai seguindo os mesmo passos de Fidel, isolando-se e colocando culpa em tudo o que acontece em seu pais nos americanos, seria bom ele rever um pouco da postura dele.

Em caso de invasão, que não irá acontecer, pois ele tá cavando a cova dele sozinho, ninguem irá ajuda-lo e a ONU ficará vendo o bonde andar, semelhante ao que ocorreu no Iraque..




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