Kawasaki C-2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Kawasaki C-2

#46 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 15, 2021 11:54 am

Pablo Maica escreveu: Dom Mar 14, 2021 11:14 pm O lado positivo de ter uma aeronave desse tamanho, desempenhando estas funções, é que junto a capacidade REVO há espaço bastante para acomodar tripulações extras sem aperto, e assim manter o avião no ar o máximo de tempo possível em caso de necessidade.
Um abraço e t+ :)
NO caso do Japão, eles já operam o 767-200 como Revo e salvo engano AEW. São da versão -200 que não é mais fabricada mas possui muitas aeronaves ainda voando e outras tantas no chão aguardando um destino.
Os C-2 utilizam as mesmas turbinas dos 767. Uma adaptação seria quiçá viável neste modelo para o mesmo tipo de missão.
Mas tendo em vista que os C-2 não possuem clientes externos, e poucas chances de exportações, dar-lhe mais esta capacidade não deixa de ser realmente uma força para mostra que o projeto tem flexibilidade e possibilidades de uso diversas para os que se interessarem por ele.




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Re: Kawasaki C-2

#47 Mensagem por Pablo Maica » Seg Mar 15, 2021 9:55 pm

Eles possuem o AEW além do KC, mas nenhum destes recebeu a capacidade de serem reabastecidas no ar. A única aeronave de grande porte da JASDF capaz de fazer REVO é o C-2, nem o P-1 foi dotado dessa capacidade, visto que poderia ser outra plataforma interessante para a missão.


Um abraço e t+ :)




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Re: Kawasaki C-2

#48 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 15, 2021 10:09 pm

Pablo Maica escreveu: Seg Mar 15, 2021 9:55 pm Eles possuem o AEW além do KC, mas nenhum destes recebeu a capacidade de serem reabastecidas no ar. A única aeronave de grande porte da JASDF capaz de fazer REVO é o C-2, nem o P-1 foi dotado dessa capacidade, visto que poderia ser outra plataforma interessante para a missão.
Um abraço e t+ :)
Tanto o 767-2ER como os P-1 são aeronaves grandes e com uma endurance muito alta. Talvez por isso eles tenham aberto mão da capacidade Revo para eles, ou podem ter achado que não seria necessária tendo em vista a área de operação que estes vetores possuem no TO aeronaval japonês.
Em todo caso, o C-2 nasceu como um cargo, e foi pensado para ser mais apto em longas distâncias e carga/pessoal que o seu antecessor, o C-1 que tem limitações de alcance e raio de ação que o deixam em desvantagens se comparado aos Il-76 e o recém Y-20 chineses.
A frota de KC-767 do Japão é pequena, e tem por agora como únicos clientes os caças com essa competência e o próprio C-2. Não sei se ele foi ou pode ser adaptado para reabastecer outros aviões, mas isso daria a eles um aumento substancial na sua capacidade Revo em relação à frota atual. É uma opção a ser pensada também. Se é que já não foi.




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Re: Kawasaki C-2

#49 Mensagem por akivrx78 » Qui Mar 18, 2021 4:31 am





Foi comprado mais 4 KC-46 a espera de entrega.


Os japoneses utilizam para reabastecimento

4 KC-767
2 KC-130H

Em breve mais 4 KC-46

A Marinha possui

6 KC-130R




Editado pela última vez por akivrx78 em Qui Mar 18, 2021 4:56 am, em um total de 1 vez.
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Re: Kawasaki C-2

#50 Mensagem por akivrx78 » Qui Mar 18, 2021 4:36 am

vplemes escreveu: Dom Fev 14, 2021 12:37 pm
JavaLindo66 escreveu: Sex Fev 12, 2021 2:30 pm

Pela imagem do conceito, acredito que esteja utilizando o C-2 como plataforma base, por isso postei aqui.
Putz! Se essa aeronave vier a ser produzida vai se tornar sério candidato a um dos aviões mais feios já produzidos. Que trapizomba horrível!


Vai substituir seu irmão mais velho.




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Re: Kawasaki C-2

#51 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 05, 2023 12:40 pm

akivrx78 escreveu: Qui Mar 18, 2021 4:31 am Foi comprado mais 4 KC-46 a espera de entrega.
Os japoneses utilizam para reabastecimento
4 KC-767
2 KC-130H
Em breve mais 4 KC-46
A Marinha possui
6 KC-130R
Ainda que seja algo bem mais complicado que em outros países, pelas especificidades japonesas em termos de requisitos militares, o KC-390 ou mesmo a sua versão norte americana com o sistema fly boom projetada pela L3 Systems e proposta à USAF, pode ser uma excelente opção em termos de REVO para as forças de auto defesa do Japão.

A págIna abaixo, se entendi corretamente, é a base dos C-130 em uso atualmente na força aérea japonesa, entre as versões E\H\J\J-30.

https://www.yokota.af.mil/About-Us/Fact ... -hercules/

Não consegui a quantidade de aviões em uso na força aérea nipônica, mas pelo que vi eles não operam muitos Hércules nas versões cargo e KC.

Os F-2, versão do F-16 fabricada sob licença no Japão, os F-15 operam com o sistema de lança para REVO, assim como os F-35A\B encomendados e já em operação. Os aviões da marinha imperial como os P-1 não tem sistema de reabastecimento. Desconheço a operação de caças pela aviação naval japonesa até o momento, visto que os F-35B ainda não foram entregues e no momento estão sendo feitos testes de operacionalização do Kaga e Izumo para receber tais vetores.

De qualquer forma, é interessante notar que a Embraer não levou o KC-390 para o Japão para demonstrações, mesmo que de forma despretensiosa, bem como os E-2, ainda que o demonstrador do E-105E2 esteja desde a semana passada voando naquela região para clientes compradores.

Enfim, caso a USAF compre a ideia do KC-390 da L3 é muito provável que os japoneses acabem aderindo ao mesmo. É mais fácil vender o avião brasileiro fabricado nos USA do que aqui no Brasil.

A ver.




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Re: Kawasaki C-2

#52 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 05, 2023 12:45 pm

Ministério da Defesa do Japão vai avaliar o emprego de munições paletizadas no cargueiro pesado da Kawasaki

O cargueiro transportador militar Kawasaki C-2, o maior avião fabricado no Japão, pode incorporar funções de ataque. Segundo o Japan Times, o Ministério da Defesa do país está considerando utilizar a aeronave como uma plataforma de mísseis de longo alcance.

https://www.airway.com.br/cargueiro-jap ... o-alcance/

Tomara que essa noda pegue por aqui. :twisted:




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Re: Kawasaki C-2

#53 Mensagem por akivrx78 » Qua Out 18, 2023 6:15 pm

Imagem

No pedido de orçamento de 2024 está o pedido de 1 aeronave RC-2, o preço e de 49.2 Bilhões de ienes ou US$ 330 milhões a unidade, deste US$330 milhões, US$100 milhões são de equipamentos instalados internamente na aeronave.

No momento eles têm 15 C-2 em operação e 1 RC-2 dos 19 encomendados, no último plano revisado em 2018 esta, previsto no plano a redução de 40 C-2 para 22 unidades, fora 4 unidades de RC-2 e 4 de EC-2 o EC-2 vai demorar para ficar pronto somente no final desta década está previsto o desenvolvimento dos equipamentos eletrônicos internos.

Eles pretendem ter

22 C-2 para transporte
4 RC-2 ELINT
4 EC-2 EW

Se eles decidirem em encerrar 22 unidades para transporte, existe a real possibilidade deles comprarem uns 20 KC-390 no futuro, para complementar o plano original de ter 40 aeronaves de transporte.
Em 2018, os custos aumentaram devido a aumentos nos preços dos motores, taxas de custos de processamento e um iene mais fraco, o preço por aeronave aumentou apesar da mudança para a produção em massa, de acordo com o Conselho do Sistema Fiscal, e recebemos uma ordem de que deveríamos considere mudar para um modelo com desempenho e custo mais baixo.

No final de 2018, o plano era adquirir 25 aeronaves, mas devido ao aumento dos preços, o Ministério da Defesa e o Ministério das Finanças concordaram em reduzir o número para 22.
Vale lembrar que isto era :roll: quando o orçamento estava apertado, agora com orçamento sobrando, vamos ver se vai prosseguir ir à opção racional cortando custos ou se vão rasgar dinheiro.



Ativar as legendas para entender.



Uma curiosidade o desenvolvimento do C-2 encerrou em 2017, mas ainda hoje eles continuam realizando testes, aparentemente parece que estão surrando o primeiro protótipo do C-2 para ver se algum problema poderá aparecer no futuro.
Vale ressaltar que a primeira e segunda aeronave foram completamente reconstruídas em 2013 por ter sido detectado problemas estruturais em testes em 2010.
Quando foi encontrado erros no projeto foi notificado na mídia que eles fizeram reforços estruturais e que a aeronave ficou limitada a 20t de carga, depois que resolveram os problemas a primeira e segunda unidade foi desmontada e reparada de forma correta retirando os reforços estruturais.



Imagem
https://news.yahoo.co.jp/expert/article ... da9f1633d5

Valores de ciclo de vida da frota? não sei quantas unidades do C-2 US$ 13 Bilhões.

Valor de ciclo de vida de 1 aeronave C-2, US$ 400 milhões.

Valor anual gasto para manter 1 aeronave C-2 US$ 14 milhões.

O V22 Osprey tem um custo anual de US$12.6 milhões!

Valor de ciclo de vida de 1 V22 Osprey, US$ 257 milhões.




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Re: Kawasaki C-2

#54 Mensagem por FCarvalho » Sex Out 27, 2023 7:19 pm

Se os japoneses deixassem a Embraer "dar um tapa" no C-2 com certeza ele teria como ser um produto exportável e ainda gerar lucro para a Kawasaki e dividendos para a força aérea japonesa. Em termos de custos, o avião peca por oferecer pouco para o alto valor que é cobrado por ele.

Quem sabe se eles admitirem os erros cometidos neste projeto - um avião com apenas 36 ton de carga paga - do tamanho que ele é poderia encontrar clientes interessados, uma vez que ele seria um bom complemento ao KC-390, e a Embraer não tem nenhum interesse, neste momento, e em futuro previsível, de desenvolver algo desta categoria.

O C-2 será um produto bom para o mercado externo se puder levar ao menos o dobro da capacidade de carga oferecida hoje pelo KC-390, ou seja, algo entre 46 e 52 ton, respectivamente, peso disperso e peso concentrado. Se não puder oferecer isso e novos sistemas no padrão OTAN, e de preferência do tipo prateleira, como a Embraer pensou para o seu avião, não tem nem porque pensar em comprar um avião como este.

Mas vai dizer isso lá para a Kawasaki.




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Re: Kawasaki C-2

#55 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 28, 2023 1:07 pm

Como o dono do projeto é o governo japonês, isto teria que ser uma negociação entre os dois governos.

Um dos requisitos malucos de porque o C-2 tem custo elevado é os motores que a força aérea escolheu, eles queriam que o C-2 tivesse a capacidade de decolar com no mínimo 20t de carga com apenas 1 motor funcionado.

Olha a maluquice de requisito, segundo eles se por acaso em uma missão no exterior fosse necessária uma evacuação e um dos motores parasse de funcionar, a aeronave tem que poder retornar com a carga apenas com um motor funcionando.




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Re: Kawasaki C-2

#56 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 28, 2023 8:10 pm

akivrx78 escreveu: Sáb Out 28, 2023 1:07 pm Como o dono do projeto é o governo japonês, isto teria que ser uma negociação entre os dois governos.
Um dos requisitos malucos de porque o C-2 tem custo elevado é os motores que a força aérea escolheu, eles queriam que o C-2 tivesse a capacidade de decolar com no mínimo 20t de carga com apenas 1 motor funcionado.
Olha a maluquice de requisito, segundo eles se por acaso em uma missão no exterior fosse necessária uma evacuação e um dos motores parasse de funcionar, a aeronave tem que poder retornar com a carga apenas com um motor funcionando.
É no mínimo questionável esse tipo de requisito, dentre outras questões, para não dizer ufanista e fora da realidade. E mesmo escolhendo um motor de 767 - nada contra o motor em si, que é um baita produto - o avião não consegue sequer levar a mesma carga paga de um 767-200F, pior, ficou bem abaixo disso. Fora que até hoje não se sabe se ele tem capacidade para operações em pistas não preparadas, e outras coisas pertinentes a um cargo militar deste nível. Diria que esse avião foi um fiasco em termos de engenharia desde o início.

Quanto a negociações entre governos, eu tenho aqui para mim que apesar da Embraer tem uma presença pouco visível no mercado interno japonês de aviação comercial, e zero militar, o KC-390 com certeza não passou despercebido pela burocracia militar e estatal nipônica, assim como os aviões civis da empresa, dado que os aviões da Embraer já estiveram mais de uma vez por aquelas bandas de lá participando de diversas feiras militares e civis onde a presença militar japonesa é natural. Desconfio que os mascates da Embraer já devem ter tido conversas com o pessoal do MD japonês a respeito do cargo da empresa e de seus outros produtos.

Eu diria que o C-2 teria alguma chance no mercado mundial se eles deixassem a Embraer trabalhar nele e corrigir todos os erros cometidos até aqui, principalmente a má relação carga paga x peso x tamanho do avião. Creio que resolvendo isso, e investindo em sistemas comerciais e abertos onde possível e viável, além da modernização do que for necessário, este avião seria interessante para a FAB. Dá até para manter as mesmas turbinas, ou escolher outra que seja mais acessível em termos de custo x benefício, mas acho que fica muito caro trocar os motores, valendo mais a pena resolver as limitações de carga que ele tem sem ter que reprojetar o avião por inteiro. Aí não vale o esforço.

Se eles abrirem mão dos 18 C-2 que ainda tem para receber e completar as 40 unidades da frota, seria o caso do MD aqui entrar no negócio e conversar com o homólogo japonês sobre uma operação de troca entre os países, com um C-2 modernizado pela Embraer nas condições que expus acima vindo para cá e KC-390 indo para a força aérea deles. Até os P-1 poderiam entrar no meio, já que temos necessidade no médio prazo substituir os P-3AM da FAB. Aqui seria o caso de convencer a Embraer a abrir mão de uma versão de patrulha dos E-190 E-2. Mas isso talvez nem seja algo problemático já que nem FAB, e menos ainda a MB, teriam condições de comprar mais do que meia dúzia destes aviões em prazo visível. E para atender uma demanda tão pequena não vale a pena o investimento. Melhor colocar dinheiro em outra coisa como o STOUT ou o novo avião turbohélice comercial.

Enfim, a depender das decisões nipônicas, o KC-390 por lá seria uma boa e muito mais econômica escolha para a força aérea japonesa. Acredito até que seria viável uma versão especializada SAR para eles, uma vez que a ZEE japonesa é quase tão grande quanto a nossa. Ou a compra de mais unidades já prevendo este tipo de missão.

A ver.




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Re: Kawasaki C-2

#57 Mensagem por FCarvalho » Sáb Out 28, 2023 8:26 pm

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Quanto a esta parte, eu diria que podemos conversar com o MD japonês no sentido de dispor os E-190\195 E-2 para estas missões especializadas que eles pretendem com os C-2, de forma a economizar no custo de aquisição, operação e desenvolvimento dos mesmos.

Como os aviões da Embraer tem valores muito acessíveis mesmo para o orçamento atual da defesa no Japão, e muito menor que os C-2 pretendidos para elas, haveria até a possibilidade de com os mesmos recursos disponibilizados hoje para este programa conseguir mais aeronaves nos modelos da Embraer. Tudo dentro de um pacote de negociações entre os governos de Japão e Brasil.

Exportar os C-2 para a FAB, e quem sabe até os P-1, e dentro dos nossos requisitos, seria algo que o governo japonês veria com muito bons olhos, tendo em vista que uma eventual participação da Embraer no sentido de tornar estes dois modelos mais atraentes ao mercado mundial possibilitaria mais exportações e aumentar as chances de serem vendidos também a outros países onde o Brasil\Embraer tem influência, principalmente América Latina e África. com oriente médio correndo por fora.

É conversando que a gente se entende.




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Re: Kawasaki C-2

#58 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 28, 2023 9:35 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Out 28, 2023 8:10 pm
akivrx78 escreveu: Sáb Out 28, 2023 1:07 pm Como o dono do projeto é o governo japonês, isto teria que ser uma negociação entre os dois governos.
Um dos requisitos malucos de porque o C-2 tem custo elevado é os motores que a força aérea escolheu, eles queriam que o C-2 tivesse a capacidade de decolar com no mínimo 20t de carga com apenas 1 motor funcionado.
Olha a maluquice de requisito, segundo eles se por acaso em uma missão no exterior fosse necessária uma evacuação e um dos motores parasse de funcionar, a aeronave tem que poder retornar com a carga apenas com um motor funcionando.
É no mínimo questionável esse tipo de requisito, dentre outras questões, para não dizer ufanista e fora da realidade. E mesmo escolhendo um motor de 767 - nada contra o motor em si, que é um baita produto - o avião não consegue sequer levar a mesma carga paga de um 767-200F, pior, ficou bem abaixo disso. Fora que até hoje não se sabe se ele tem capacidade para operações em pistas não preparadas, e outras coisas pertinentes a um cargo militar deste nível. Diria que esse avião foi um fiasco em termos de engenharia desde o início.

Quanto a negociações entre governos, eu tenho aqui para mim que apesar da Embraer tem uma presença pouco visível no mercado interno japonês de aviação comercial, e zero militar, o KC-390 com certeza não passou despercebido pela burocracia militar e estatal nipônica, assim como os aviões civis da empresa, dado que os aviões da Embraer já estiveram mais de uma vez por aquelas bandas de lá participando de diversas feiras militares e civis onde a presença militar japonesa é natural. Desconfio que os mascates da Embraer já devem ter tido conversas com o pessoal do MD japonês a respeito do cargo da empresa e de seus outros produtos.

Eu diria que o C-2 teria alguma chance no mercado mundial se eles deixassem a Embraer trabalhar nele e corrigir todos os erros cometidos até aqui, principalmente a má relação carga paga x peso x tamanho do avião. Creio que resolvendo isso, e investindo em sistemas comerciais e abertos onde possível e viável, além da modernização do que for necessário, este avião seria interessante para a FAB. Dá até para manter as mesmas turbinas, ou escolher outra que seja mais acessível em termos de custo x benefício, mas acho que fica muito caro trocar os motores, valendo mais a pena resolver as limitações de carga que ele tem sem ter que reprojetar o avião por inteiro. Aí não vale o esforço.

Se eles abrirem mão dos 18 C-2 que ainda tem para receber e completar as 40 unidades da frota, seria o caso do MD aqui entrar no negócio e conversar com o homólogo japonês sobre uma operação de troca entre os países, com um C-2 modernizado pela Embraer nas condições que expus acima vindo para cá e KC-390 indo para a força aérea deles. Até os P-1 poderiam entrar no meio, já que temos necessidade no médio prazo substituir os P-3AM da FAB. Aqui seria o caso de convencer a Embraer a abrir mão de uma versão de patrulha dos E-190 E-2. Mas isso talvez nem seja algo problemático já que nem FAB, e menos ainda a MB, teriam condições de comprar mais do que meia dúzia destes aviões em prazo visível. E para atender uma demanda tão pequena não vale a pena o investimento. Melhor colocar dinheiro em outra coisa como o STOUT ou o novo avião turbohélice comercial.

Enfim, a depender das decisões nipônicas, o KC-390 por lá seria uma boa e muito mais econômica escolha para a força aérea japonesa. Acredito até que seria viável uma versão especializada SAR para eles, uma vez que a ZEE japonesa é quase tão grande quanto a nossa. Ou a compra de mais unidades já prevendo este tipo de missão.

A ver.
Já ouviu falar da síndrome de galápagos?

https://es.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADnd ... C3%A1pagos

Ao invés de desenvolver uma coisa que o mundo necessita, eles desenvolvem uma coisa que somente eles necessitam não importa o custo e depois tenta vender um produto que o mundo não necessita.

O C-2 e P-1 foram desenvolvidos ao mesmo tempo, pela mesma empresa a ideia era que os dois projetos iriam compartilhar muitas peças e o custo de produção e manutenção iria ser baixo.

Imagem

A aeronave de transporte C-2, pára-brisa da cabine, asa externa principal (metade do total), estabilizador horizontal, display integrado, sistema de navegação inercial, computador de controle de vôo, APU, luz anticolisão e unidade de controle do sistema de elevação do trem de pouso foi desenvolvido ao mesmo tempo.

Aproximadamente 25% do peso da aeronave são peças comuns e cerca de 75% dos sistemas instalados são equipamentos comuns entre o C-2 e P-1.

Mas logicamente por ser duas aeronaves distintas pouca coisas na pratica foi compartilhada, ao invés de utilizar ao máximo soluções disponíveis em projetos civis para reduzir custos, foi produzido o máximo possível dando preferencia a fornecedores nacionais, com isto os custos somente aumentaram.

O P-1 utiliza um FBW de cabos de fibra óptica ok! Isto e necessário isto em um patrulheiro marítimo? A maior vantagem disto e ser praticamente imune a ondas eletromagnéticas EW inimigo, o P-1 vai fazer sead??? E como ficou o custo disto???

Não e à toa que os japoneses desde o início desejava compartilhar a mesma fuselagem e motor com o programa tempest.

Li em algum lugar que no próximo ano vai iniciar estudos de requisitos para o substituto do P-1 o programa de desenvolvimento deve iniciar em 2030 e uma nova aeronave deve voar por volta de 2040.




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Re: Kawasaki C-2

#59 Mensagem por akivrx78 » Sáb Out 28, 2023 10:07 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Out 28, 2023 8:26 pm
4 RC-2 ELINT
4 EC-2 EW
Quanto a esta parte, eu diria que podemos conversar com o MD japonês no sentido de dispor os E-190\195 E-2 para estas missões especializadas que eles pretendem com os C-2, de forma a economizar no custo de aquisição, operação e desenvolvimento dos mesmos.

Como os aviões da Embraer tem valores muito acessíveis mesmo para o orçamento atual da defesa no Japão, e muito menor que os C-2 pretendidos para elas, haveria até a possibilidade de com os mesmos recursos disponibilizados hoje para este programa conseguir mais aeronaves nos modelos da Embraer. Tudo dentro de um pacote de negociações entre os governos de Japão e Brasil.

Exportar os C-2 para a FAB, e quem sabe até os P-1, e dentro dos nossos requisitos, seria algo que o governo japonês veria com muito bons olhos, tendo em vista que uma eventual participação da Embraer no sentido de tornar estes dois modelos mais atraentes ao mercado mundial possibilitaria mais exportações e aumentar as chances de serem vendidos também a outros países onde o Brasil\Embraer tem influência, principalmente América Latina e África. com oriente médio correndo por fora.

É conversando que a gente se entende.
Os RC não tem mais volta porque o desenvolvimento já terminou e a segunda unidade está no próximo orçamento.

Os EC ainda dá tempo de cancelar porque a eletrônica ainda está em desenvolvimento.

Uma proposta que eu acho que eles aceitariam seria a troca de C-2/P-1 com C-390/E-190\195 E-2, mas ambos teriam que ser produzidos sob licença em seus países.

Eu só não sei se isto seria vantajoso para a Embraer porque teria que trocar um monte de fornecedores japoneses por outros mais eficientes para tornar as aeronaves mais atraentes a outros clientes.




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Re: Kawasaki C-2

#60 Mensagem por Cassio » Dom Out 29, 2023 5:53 am

Graças a Deus a Embraer é muito pragmática... E não existe a menor possibilidade de ocorrer algo como o proposto.




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