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Coronavírus afeta fabricação aeroespacial na China
Linha de montagem da Airbus na China
Por Jens Flottau
FRANKFURT – O surto de coronavírus está começando a afetar a produção aeroespacial com vários fabricantes ocidentais fechando temporariamente as instalações na China.
Mais importante ainda, a Airbus decidiu prolongar as férias do Ano Novo Chinês para trabalhadores em sua fábrica de Tianjin e, portanto, interrompeu a montagem final de aeronaves da família A320 no local. Atualmente, Tianjin está produzindo seis aeronaves por mês, 10% da taxa global mensal de 60 aviões de corredor único da Airbus.
A Airbus China está “observando os requisitos do governo chinês para que as equipes trabalhem em casa e está facilitando o uso de equipamentos de TI para que funcionários de todos os locais, incluindo Tianjin, não precisem viajar para o trabalho sempre que possível”, informou a empresa em comunicado. “Com relação ao impacto nos negócios, as restrições de viagens domésticas e mundiais da China estão apresentando alguns desafios logísticos. As instalações da linha de montagem final de Tianjin estão atualmente fechadas. A Airbus está constantemente avaliando a situação e monitorando qualquer impacto potencial sobre os efeitos na produção e nas entregas e tentará mitigar através de planos alternativos sempre que necessário.”
A interrupção não poderia ocorrer em um momento pior para a Airbus, pois ainda está longe de ter se recuperado dos atrasos na produção ocorridos em sua principal fábrica de aviões de corredor único em Hamburgo, Alemanha. O CEO da Wizz Air, József Váradi, disse ao Aviation Daily que seus A321neos estão chegando rotineiramente seis meses atrasados como resultado, impactando severamente o planejamento de rede da companhia aérea. O CEO da Airbus, Guillaume Faury, disse no final de 2019 que a Airbus levará até 2021 para voltar a um cronograma confiável.
A Airbus planeja aumentar a produção em sua linha de montagem em Mobile, Alabama, para sete por mês em 2021 e a produção global para 63 ao mesmo tempo.
O Grupo Safran também foi afetado. A empresa estendeu férias para seus 2.500 trabalhadores na China até o início da próxima semana, por enquanto. A Boeing possui um centro de montagem de 737 em Zhoushan, mas ele já tinha sido afetado pela interrupção da produção do MAX.
Fonte: Aviation Week via blog Poder Aéreo 6 fev 2020