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Enviado: Qua Dez 15, 2004 7:59 pm
por helio
Amigos
Aces X Lauro
Aces High,
Citação:
Do que adiantou derrubar 200, 300, 500 ou 1000, se no fim da Guerra o Irã não tinha alcançado a vitória, teve 04 vezes mais perdas, sua economia estava arrassada e ainda o moral do povo demoraria quase 10 anos para se re-erguer.
Onde esta a eficiencia do F-14 nesse quadro?
Então, como economista utilize indices, percentuais para comprovar hipoteses e não numeros brutos.
Aces os F-14 foram soberanos em quase todos os combates ar-ar ( aqui estou falando apenas de combates aéreos e não dos efeitos de uma guerra ).
Meu comentário
só um pequeno comentário nesta saudável discussão.
Acho que com certeza, combates aéreos bem sucedidos não ilustram a vitória numa guerra, isto é não é por que um avião teve boa performance que possa garantir a vitória numa guerra.
Muito embora, para nós entusiastas, é gratificante lermos sobre excelentes performances de aviões que embora tenham perdido a guerra, nos combates aéreos foram destaque
Exemplos: Focke Wulf 190 da Luftwaffe
Jaguar e Mirage F.1 na Guerra Equador X Peru
e por que não os F-14 do Irã contra o Iraque.
Um abraço
Hélio
Enviado: Qua Dez 15, 2004 8:20 pm
por Lauro Melo
Aces High escreveu:critérios Israelences de "vitoria" e "Derrota" ?
Como assim Aces ? ?
-> Lauro, os
Israelences consideram um piloto seu abatido, se o mesmo tiver morrido em combate, ou seja se num confronto o avião é atingido e o piloto ejeta, eles não consideram que
houve um abate. Não tenho estatisticas que provem que atualmente em caso de atingido os pilotos conseguem escapar, mas com o avanço dos meios de CSAR, proteção e ate mesmo na literatura disponivel, persebemos que a maioria dos pilotos consegue ejetar da aeronave. Alem do mais se fosse capturado aí sim era considerado abate, ou seja somente se o piloto não conseguisse regressar a sua base, o que é diferente dos padrões classicos estabelecidos na IGM sobre a caça aerea. Com relação a vitoria, se uma aeronave fosse avariada e impedida de realizar a sua missão eles considerariam que a mesma havia sido abatida.
Blz Aces High,
Em setembro o
Slip, colocou um ótimo tópico sobre a Guerra Yom-Kippur e as defesas Anti-Aéreas Arábes. Depois se quiser dar uma olhada. Os dados são muito bons e de qualidade.
Estou tentando achar um outro tópico sobre as guerras de 67 e 73, vista pelos combates ar-ar.
Defesa Anti-Aérea na Guerra do Yom Kippur
http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... rea+guerra
Abraços,
Enviado: Qua Dez 15, 2004 8:25 pm
por Lauro Melo
helio escreveu:Meu comentário
só um pequeno comentário nesta saudável discussão.
Acho que com certeza, combates aéreos bem sucedidos não ilustram a vitória numa guerra, isto é não é por que um avião teve boa performance que possa garantir a vitória numa guerra.
Muito embora, para nós entusiastas, é gratificante lermos sobre excelentes performances de aviões que embora tenham perdido a guerra, nos combates aéreos foram destaque
Exemplos: Focke Wulf 190 da Luftwaffe
Jaguar e Mirage F.1 na Guerra Equador X Peru
e por que não os F-14 do Irã contra o Iraque.
Um abraço
Hélio
Blz helio,
Até hoje eu li poucas informações desta Guerra ( Equador X Peru ). Sei que 1 Mi-25 foi abatido e que uns 2 SU-22 também foram.
Você teria informações desta guerra. Ou algum artigo para recomendar.
No mais agradeço.
Abraços,
Enviado: Qua Dez 15, 2004 8:32 pm
por FinkenHeinle
Luís Henrique escreveu:Os americanos querem nos vender o Gripen apenas porque terão participação nos lucros ou eles não querem que um país como o Brasil tenha capacidades que nos coloquem a frente dos demais países latino americanos, ameaçando a segurança na região
Perdão, mas quais seriam essas "capacidades", Luís?!
Enviado: Qua Dez 15, 2004 8:35 pm
por FinkenHeinle
helio escreveu:Acho que com certeza, combates aéreos bem sucedidos não ilustram a vitória numa guerra
Claro que não!
Mas nós estávamos discutindo as capacidades das aeronaves em si, e não os resultados de nenhuma guerra!
E, convenhamos, tem um pessoal que quer ficar inventando argumentos, em geral bastante insustentávies, para provar a superioridade do Flanker e que ele É a melhor escolha para o F-X!
Eu digo, como defensor do Flanker, que precisamos manter um debate sério e centrado, para que cada um possa tomar as suas conclusões, e que estas sejam baseadas em dados reais e concepções verdadeiras!
Enviado: Qua Dez 15, 2004 11:47 pm
por ZeRo4
Pra quem gosta de jogar simuladores de aviões, jogem com o F-16 SEM AWACS contra aviões de porte mais avantajados como F-14, F-15, Rafale, EF-2000, Su-35 e etc... não da nem pro CHEIRO! já quando o F-16 tem apoio de AWACS (e os outros não...) as coisas ficam bem mais fáceis.
Na minha opinião, como o cenário que se desenvolveu com o final da Guerra Fria, não temos meios possíveis para comparar o desenpenho de aeronaves Americanas x Russas, pq em nenhuma guerra elas se encontraram em nível de igualdade! sempre as Americanas estavam em melhor nível tanto de treinamento e armamento, quanto de apoio e logística no solo.
Sobre o Su-35, Alguém falou que esse papo de que 1 Su-35 equivaleria a 4 Gripens é mentira, estão chamados os Franceses de mentirosos (ou Burros...) visto que eles pretendem substuir esquadrilhas de Mirage2000 por Rafales com um monor número de aviões. Eu penso que cada país precisa selecionar o melhor, entretando o melhor depende de muitos fatores, mas no caso Brasileiro estamos cansados de saber que o único avião que preenche os principais requesitos para defender o espaço aéreo com apenas 12 aeronaves é o Su-35. Se estivessemos discutindo a compra de 35/40 Gripens ou 12 Su-35, aí sim o Gripen levaria vantagens... mas como são 12 aviões eu acho que a conversar nem deveria estar nesse patamar.
Enviado: Qui Dez 16, 2004 12:05 am
por FinkenHeinle
ZeRo4 escreveu:Pra quem gosta de jogar simuladores de aviões, jogem com o F-16 SEM AWACS contra aviões de porte mais avantajados como F-14, F-15, Rafale, EF-2000, Su-35 e etc... não da nem pro CHEIRO! já quando o F-16 tem apoio de AWACS (e os outros não...) as coisas ficam bem mais fáceis.
Sobre o Su-35, Alguém falou que esse papo de que 1 Su-35 equivaleria a 4 Gripens é mentira, estão chamados os Franceses de mentirosos (ou Burros...) visto que eles pretendem substuir esquadrilhas de Mirage2000 por Rafales com um monor número de aviões. Eu penso que cada país precisa selecionar o melhor, entretando o melhor depende de muitos fatores, mas no caso Brasileiro estamos cansados de saber que o único avião que preenche os principais requesitos para defender o espaço aéreo com apenas 12 aeronaves é o Su-35. Se estivessemos discutindo a compra de 35/40 Gripens ou 12 Su-35, aí sim o Gripen levaria vantagens... mas como são 12 aviões eu acho que a conversar nem deveria estar nesse patamar.
Olá Zero,
Em primeiro lugar, QUALQUER AVIÃO QUE, EM UM CENÁRIO ATUAL, NÃO DISPONHA DE APOIO AEW NÃO PODERÁ SER TOTALMENTE EFICIENTE NO USO DE SUAS CAPACIDADES.
Experimente colocar um F-5Br com apoio de um R-99 contra um Su-35 para ver a diferença enorme que existe! Ademais, o Brasil conta com apoio de AEW, e por isso, não precisamos ficar refletindo sobre essas conjecturas!
Relativo à questão de números de aviões, é bem simples. O Su-35, como plataforma, tem capacidades bastante superiores. Entretanto, fica difícil querer estabelecer uma razão de comparação de números de aeronaves. Vejam que, mesmo que 1 Su-35 carregasse (hipotéticamente) 4 vezes mais carga que um Gripen, ele não poderia estar em 4 lugares ao mesmo tempo! Então ficar fazendo esse tipo de comparação é meio infrutífero.
Quanto à substituição dos Mirages 2000, a explicação é bem simples: Dinheiro! Como no caso do Eurofighter, o Rafale também teve suas encomendas reduzidas, pois ambos se tornaram caças bastante onerosos, mesmo para economias fortes como as européias!
Enviado: Qui Dez 16, 2004 12:22 am
por Luís Henrique
Perdão, mas quais seriam essas "capacidades", Luís?!
FinkenHeinle,
Primeiramente a capacidade de produção de um excelente vetor no Brasil.
Também a capacidade de produção sob licença de mísseis de última geração.
Acho que isso já ta bom, mas tem também o fator de que o Su-35 tendo grande alcance e 8.000 ton de armamento tem uma projeção de poder muito maior do que os caças pequenos em geral. Ou seja, além de ser um excelente caça de defesa ele é um tremendo devastador no ataque.
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Enviado: Qui Dez 16, 2004 1:41 am
por ZeRo4
Houston...
FinkenHeinle escreveu:Em primeiro lugar, QUALQUER AVIÃO QUE, EM UM CENÁRIO ATUAL, NÃO DISPONHA DE APOIO AEW NÃO PODERÁ SER TOTALMENTE EFICIENTE NO USO DE SUAS CAPACIDADES.
Experimente colocar um F-5Br com apoio de um R-99 contra um Su-35 para ver a diferença enorme que existe! Ademais, o Brasil conta com apoio de AEW, e por isso, não precisamos ficar refletindo sobre essas conjecturas!
E quando eu disse ao contrário ?! Eu estou me referindo a aeronaves Americanas x Russas, nos poucos confrontos entre elas... os caças Americanos estavam mais bem pilotados, armados, atualizados e com mais apoio tanto de solo quanto de AR (AEW&C...)
Pelo seu próprio exemplo, um F-5BR abateria facilmente um Su-35 se apoiado por R-99. Mas isso não quer dizer que um F-5BR seja melhor que um Su-35 e é isso que estou me referindo.
FinkenHeinle escreveu:Relativo à questão de números de aviões, é bem simples. O Su-35, como plataforma, tem capacidades bastante superiores. Entretanto, fica difícil querer estabelecer uma razão de comparação de números de aeronaves. Vejam que, mesmo que 1 Su-35 carregasse (hipotéticamente) 4 vezes mais carga que um Gripen, ele não poderia estar em 4 lugares ao mesmo tempo! Então ficar fazendo esse tipo de comparação é meio infrutífero.
Bem os Franceses fizeram as contas e chegaram a essa conclusão. O grande problema de vocês é que vocês compara apenas no singular. Realmente 1 Su-35 não pode estar em 4 lugares ao mesmo tempo... Entretando de 12 Su-35 podemos designar 4 para fazer uma missão de longa duração/longo alcance e ainda sobrariam 8 Su-35 para quaisquer outras missões. Se escolhessemos o Gripen, iriamos utilizar os 12. Qual opção você acha melhor ?! além de menos custoso, teríamos ainda 8 caças para realizar outros tipos de missões.
FinkenHeinle escreveu:Quanto à substituição dos Mirages 2000, a explicação é bem simples: Dinheiro! Como no caso do Eurofighter, o Rafale também teve suas encomendas reduzidas, pois ambos se tornaram caças bastante onerosos, mesmo para economias fortes como as européias!
A Explicação que pipocou na internet não foi bem essa. Nos artigos claramente os Franceses perceberam que mesmo em menor número os Rafales cumpriam melhor e com mais segurança a função dos Mirage2000 em maior número! e isso não é demérito nenhum para o Mirage2000 é a evolução, e mesmo o Rafale sendo mais caro de adquirir e operar a médio e longo prazo os custos são bem melhores.
Enviado: Qui Dez 16, 2004 8:06 am
por helio
Olá Lauro
Sobre a guerra entre o Equador e o Peru, tenho uma revista Air Forces Magazine da época com muitas fotos.Se quiser envio pelo correio uma cópia xerox. é só me passar o seu endereço postal.
Um abraço
Hélio
Enviado: Sáb Dez 18, 2004 5:33 pm
por Visitante
Ai!
Quando tempo passo fora! E enchem o tópico... Mas vou dizer:
Todos nós somos Brasileiros e nunca desistiremos!
É disso que gosto de ver aqui, estou orgulhoso
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....
Calma! Vamos ver o que escreveram aqui...
Puxa!
Realmente 1 Su-35 não pode estar em 4 lugares ao mesmo tempo... Entretando de 12 Su-35 podemos designar 4 para fazer uma missão de longa duração/longo alcance e ainda sobrariam 8 Su-35 para quaisquer outras missões. Se escolhessemos o Gripen, iriamos utilizar os 12. Qual opção você acha melhor ?! além de menos custoso, teríamos ainda 8 caças para realizar outros tipos de missões.
Acho que vc não entendeu! Quis dizer o que um Su-35 pode fazer em uma distancia em que o gripen não pode fazer, entanto o gripen é mais pro paraguai, uruguai, e outros guais... Já o ef-2000 é um pouco adequado nessas distancia mas a sua vantagem é ser pouco visivel ao radar. Já compensa muito e muito mesmo!
E entre outros agradeco por vocês terem respondido nas minhas perguntas e dúvidas, Fiquei sem falas!
Sem mais e nem menos, obrigado! 8)
Até mais!
![[035]](./images/smilies/035.gif)
Enviado: Sáb Dez 18, 2004 8:01 pm
por Clermont
Um trecho da matéria da última "Carta Capital" nas bancas. Muito interessante a matéria, inclusive sobre as posturas de alguns dos membros do alto escalão, em relação a licitação. Fiquei com a impressão de que o Governo Lula está se mostrando tímido demais para tomar decisões definitivas. Onde um lado perde e o outro ganha. Eu sei que é muita responsabilidade. Eu leio os argumentos, aqui no fórum, pró e contra cada um dos modelos em análise, e fico tonto. Imagina o pessoal cuja carreira e reputação dependem da escolha certa. Um fracasso, e o sujeito pode acabar tendo que dar um tiro na cabeça, alguns anos depois.
Mas, ainda assim, uma decisão tem de ser tomada! Afinal, Lula não passou quase quinze anos sonhando ser presidente? Pois bem, presidentes tem que dar a última palavra. Ou não?
Devido à falta de conhecimentos, não sei até que ponto as opiniões do chefe da Embraer podem ser tomadas como certas. Mas, eu penso que a empresa dele já participou de um processo semelhante na construção do AMX. E também é muito mais sólida do que, por exemplo, a Avibrás (acho estranho que uma empresa que produz lança-foguetes e coisas do gênero, possa ter condições, de uma hora para a outra, de ser parceira de uma empresa russa para fazer manutenção de uma coisa tão sofisticada quanto um caça biturbina.)
As declarações sobre as restrições impostas a armamentos dos caças de fabricação americana, me parecem incríveis. Acho que o presidente da Embraer não seria moleque de inventar uma coisa assim. Um país que se pretenda, minimamente soberano, não pode se sujeitar a alguma aberração como essa.
---------------------------------------------------------------
O CACIFE DA EMBRAER - Maurício Botelho, presidente da empresa, afirma que nenhum consórcio concorrente oferece transferência total de tecnologia.
Carta Capital - 22 de dezembro de 2004.
O engenheiro Maurício Novis Botelho comanda a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. praticamente desde que que, em 1994, ela passou para as mãos da iniciativa privada. Nesse período, a Embraer ganhou presença importante no mercado internacional. Tornou-se uma das maiores do mundo uma década depois de viver em estado pré-falimentar. É um caso de sucesso da troca de comando estatal para as mãos da iniciativa privada.
Botelho costuma lembrar isso com freqüência. Mas é um homem perspicaz o suficiente para contar a história completa. Sem a determinação política do Estado, a Embraer não existiria. Criada em 1969, ele considera a empresa como projeto estratégico de longo prazo, um dos melhores e mais importantes do País. Complementou um tripé formado pelo Centro Técnico da Aeronáutica (1946) renomeado, posteriormente, como Centro Técnico Aeroespacial, que, a partir de 1950, passou a abrigar o Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
Botelho fala da disputa, ainda indefinida, em torno do Projeto FX. Além de expor argumentos a favor da Embraer, ele narra, também, a angústia pessoal de quem teme que o Brasil perca uma oportunidade inigualável de absorver tecnologia de ponta.
Carta Capital (CC): Por que o projeto FX é tão ambicionado?
Maurício Botelho (MB): Porque, acima de tudo, permite a absorção de tecnologia, fundamental para o crescimento sustentável. Tecnologia é difícil de ser transferida pelo fato, entre outras coisas, de preservar as condições próprias de crescimento e desenvolvimento de cada país.
CC: Em que condições, sendo assim, a transferência ocorre de fato?
MB: Há algumas precondições para que ela se transfira de forma eficaz. Destacaria a vontade do tranferidor de ceder e, na outrra ponta, a competência para receber o transferido. É preciso haver uma competência estabelecida porque, afinal de contas, há necessidade de tomar.
CC: Todos os concorrentes no Projeto FX falam em transferir tecnologia...
MB: Todos falam, naturalmente, que farão transferência de tecnologia. Mas ninguém fala nos termos postos pela Embraer: transferência total sobre o conhecimento do produto, incluindo os códigos-fonte.
CC: Que participação o governo brasileiro tem na Embraer pós-privatização?
MB: O governo tem a golden share, que dá poder de veto em alguns itens fundamentais. Fizemos associação com quatro empresas francesas que detém 20 % do capital votante. Isso representa dois votos na composição total de 13 no Conselho de Administração. Num dos três depoimentos que dei à Câmara dos Deputados, na privatização, me foi perguntado se a empresa chegaria na posição competitiva que chegou no mercado, se não tivesse sido privatizada. Eu disse que não. E argumentei que os regulamentos, práticas e normas de empresas estatais dificultam a capacidade de agilidade, agressividade e eficácia nas respostas ao mercado de competidores do chamado Primeiro Mundo. Lembrei, por outro lado, que a Embraer só existia pela visão determinada do Estado.
CC: Onde entra, nesse contexto, a decisão sobre o FX?
MB: Tecnologia sensível dificilmente é transferida. Ela é, porém, fundamental para quem tem a visão competitiva do futuro. Quando surgiu o Projeto FX, no fim dos anos 90, víamos ali uma chance para o futuro. Nós recordamos das experiências do projeto do caça-bombardeiro, o AMX. Ele foi uma transformação tecnológico-industrial na empresa. Sem ele não teríamos as competências que temos hoje para ganhar o mercado internacional.
CC: A tecnologia militar migrou?
MB: Migrou. Não é só o avião militar. Mas sim, tudo aquilo que nos torna capazes de fazer aquele avião militar. Ocupamos o mercado internacional em posição relevante. O Projeto FX contempla avanços enormes: um avião supersônico, os sistemas internos, computadores de bordo, sistemas de navegação, detecção e ataque, que são diferenciados. Definimos nosssa opção para ganhar a disputa. Mas não podíamos ficar sentados, esperando que a Força Aérea escolhesse alguém e determinasse que a gente se casasse com esse alguém. Assim, estaríamos na condição de receber o que esse alguém quisesse nos dar. Fomos buscar um aliado que agregasse à nossa força um diferencial.
CC: O que se tinha em mira?
MB: A tecnologia total do produto, absoluta, sem restrição. Não poderia haver questões estratégicas ou políticas que representassem algum constrangimento para essa transferência.
CC: Por que não os americanos?
MB: Fomos falar com os americanos. Foi uma conversa muito rápida. Não havia chances de transferência de tecnologia. Chance zero. O governo americano não permite. O Chile, depois de um processo e três anos, comprou os F-16. Isso não é uma máquina de parada, é arma de guerra, só tem sentido com os instrumentos que façam dele uma máquina de guerra eficaz. Falo, por exemplo, dos mísseis inteligentes. Os chilenos contrataram os aviões. O Congresso americano autorizou, mas impôs uma condição cruel: os mísseis ficariam estocados nos Estados Unidos. Enfim, parece que será necessário passar um fax um mês antes, anunciando que pretendem derrubar alguém em três semanas e que, em razão disso, pedem: "Mandem os mísseis para mim, pof favor".
CC: Parece piada...
MB: Mas não é. Esse tipo de constrangimento político estratégico o País não pode ter. O que nos faz diferentes ao dominar um processo com o conhecimento completo da tecnologia? Isso nos torna capazes não só de promover a manutenção dos aviões ao longo da vida, mas, também, capazes de manter a eficácia operacional do avião como arma de guerra. Ao dominar a totalidade das tecnologias e dos sistemas de bordo teríamos a capacidade de introduzir no avião mísseis de qualquer origem.
CC: E os ingleses, os russos...
MB: Quando Tony Blair (premier do Reino Unido) visitou a Embraer, em 2000, tínhamos discutido com os americanos e com os ingleses e suecos. O consórcio anglo-sueco até admitia transferir uma certa tecnologia. Acontece, porém, que 50 % da tecnologia do avião deles é americana. O cerne do avião é americano. Assim, enfrentaríamos as mesmas restrições de exportação. Os franceses aceitaram a nossa tese. Oferecemos essa participação na empresa. Eles aceitaram plenamente nossas condições.
CC: E os russos?
MB: Não fomos falar com eles. Além da barreira brutal da língua, têm estruturas industriais radicalmente diferentes das que são usadas no Ocidente. Os escritórios de projeto não têm nada a ver com as indústrias que fabricam o que é projetado, que, por sua vez, não têm nada a ver com as empresas que comercializam esses aviões. Não podíamos entrar num processo que, certamente, nos daria problemas.
CC: E o Gripen?
MB: Falam que é um avião moderno. Pelo que falam é um avião da quarta geração. Como já disse, ele tem 50 % dos componentes fabricados pelos americanos. O Mirage 2000-BR voa mais rápido, significativamente mais rápido que o Gripen. Voa mais longe, tem mais alcance e capacidade de armamento maior. Qual a vantagem de ser moderno?
CC: A licitação, nesse caso, era necessária?
MB: Na área de Defesa não se vê na França aviões voando que não sejam franceses. O mesmo acontece nos Estados Unidos. Os países procuram sustentar suas indústrias que têm a tecnologia. Nós temos contratos com a Força Aérea Brasileira feitos sem licitação. Estamos falando de produtos desenvolvidos com o objetivo específico de servir à Força Aérea, material bélico. Não se trata de comprar lápis e borracha. Nesse processo do FX haverá transferência de tecnologia também para o Centro Técnico da Aeronáutica. O Brasil não ficaria dependente da Embraer. Não se pode abdicar de oportunidades assim.
Enviado: Sáb Dez 18, 2004 8:29 pm
por Visitante
Meu Deus!
Que Palhacada! Clermont, vc tem toda a razão sobre o lula, vamos ao ponto do texto, Pelo que li o Mario Botelho mostra claramente que defende o Mirage Br(Sucatão), Se querem vender tanto porque não tentaram vender o rafale? E isto mostra bem claro que querem passar algo ultrapassado pra nós. e quero apresentar algo bem claro pro Forum:
Questão de soberania
No momento em que o País busca reativar a indústria bélica, os EUA
negam tecnologia ao Brasil e tentam interferir na compra dos caças da FAB
Mário Simas Filho
Colaborou: Eduardo Hollanda (DF)
A licitação para a compra dos caças foi aberta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2 de janeiro de 2003, no seu segundo dia de governo, Lula anunciou que o processo seria interrompido, mas em outubro retomou a licitação. Até agora, porém, o governo não chegou a um consenso sobre qual avião comprar - participam da disputa os russos com o Sukhoi Su-35 e o Mig-29, os EUA com o F-16, a Suécia e o Reino Unido com o Gripen JAS-39 e os franceses, parceiros da brasileira Embraer, com o Mirage 2000-5 BR - e o prazo de validade das propostas vence no final deste ano. Pautado pelo interesse da transferência tecnológica e do desenvolvimento da empresa nacional, o presidente Lula, de comum acordo com oficiais da FAB, parlamentares e diversos ministros membros do CDN, fez a opção pelo Mirage.
Tentou obter a unanimidade do Conselho de Defesa Nacional, mas não conseguiu. "Se houver divergências em um processo como esse poderá haver um tiroteio desagradável", disse o president e a um interlocutor militar, há cerca de três meses. O maior obstáculo para a unanimidade era o ex-ministro da Defesa José Viegas, que, nos bastidores, regia o coro dos favoráveis à compra do avião russo, muitos deles da própria FAB. Quando Viegas deixou o Ministério, Lula fez uma nova sondagem no CDN e constatou que havia um forte movimento em favor do Gripen, o que inviabilizou o anúncio da compra dos novos caças.
Briga antiga - Oficiais da Aeronáutica afirmam que ainda no governo de FHC houve uma enorme pressão, inclusive com interesses dos Estados Unidos, para que o Brasil comprasse o Gripen. Fernando Henrique não cedeu, mas também não a enfrentou. Deixou o abacaxi para o sucessor descascar. Essas mesmas forças é que voltaram a atuar nos últimos meses, agora com novos interlocutores. Apesar de ser apresentado como um avião feito pela Suécia e pelo Reino Unido, o Gripen possui diversos componentes americanos, inclusive mísseis, radares e processadores. E não é segredo para ninguém que os Estados Unidos não têm o menor interesse em transferir tecnologia, especialmente nessa área. Documentos obtidos por ISTOÉ comprovam isso.
Para que empresas americanas possam transferir tecnologia militar a outros países, é necessário que obtenham a autorização do Escritório de Controle de Negócios de Defesa, no Departamento de Estado dos Estados Unidos. Recentemente, duas autorizaç ões envolvendo o Brasil foram negadas. Uma delas se refere a um míssil anti-radiação, capaz de localizar o alvo através do calor. No documento do Departamento de Estado dos EUA em resposta à empresa, a mensagem vem sem rodeios: "Mísseis anti-radiação têm uma significativa capacidade de combate. A introdução dessa capacidade na região da América Latina é incompatível com os interesses da segurança nacional dos Estados Unidos." O segundo pedido refere-se à tecnologia anti-radar, o que permite a seu portador escapar dos aviões adversários. "Esta tecnologia excede o nível de capacidade aprovado para o Brasil", registra o documento do governo americano.
Números respeitáveis
O que se espera da indústria bélica Exportação
US$ 130 bilhões, até 2012 Empresas envolvidas 300
Empregos diretos: 30 mil
Por trás da disputa entre Mirage e Gripen está uma velha briga que já teve o Brasil como palco na ocasião da compra dos equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O processador - coração do avião, responsável pelo comando dos sistemas de armas e de radares - do Gripen é americano, produzido pela Raytheon, a mesma empresa que forneceu os radares do Sivam.
No Mirage, o processador é fabricado pela Thales, antiga Thonson, que perdeu a disputa no projeto Sivam. "Os americanos já têm ingerência nos radares da Amazônia, não passaram tecnologia e não podemos, agora, cair na mesma armadilha com os aviões", diz um membro do Conselho de Defesa Nacional. "O fato do Gripen ser mais barato não pode nos obrigar a abrir mão da transferência tecnológica." Na parceria com a Embraer, os franceses asseguram toda transferência de tecnologia, o que permitirá ao Brasil montar um sistema de armas independente, inclusive envolvendo a Avibrás, empresa nacional que detém tecnolo gia de ponta na fabricação de mísseis. Além disso, a Embraer poderá alçar vôos mais altos. "Com a tecnologia supersônica poderemos apostar na construção de aviões comerciais ainda mais competitivos do que os EMB 170 e EMB 190", diz Maurício Botelho, presidente da Embraer.
Sem licitação - Se até o final do ano o governo não conseguir construir a unanimidade no CDN, o presidente Lula poderá, no ano que vem, fazer a compra sem licitação, o que é permitido por lei, uma vez que se trata de equipamentos de segurança nacional. Será, portanto, o momento privilegiado para incrementar a PNID. No Ministério da Defesa, já se costura a possibilidade de, uma vez livre da licitação, o Brasil comprar um avião mais moderno do que os oferecidos até agora.
Nesse caso, a menina-dos-olhos da FAB é o francês Rafale. "Precisamos contar com o que há de mais moderno e com a garantia de que haverá transferência de tecnologia para a indústria nacional", disse o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar. Seja Rafale, seja outro avião equivalente, o desafio é saber se o governo irá enfrentar a pressão dos Estados Unidos, pois os americanos já estão irritadíssimos com a pretensão da Venezuela de modernizar sua Força Aérea com caças russos.
É por isso que odeio os EUA!
E agora é com vocês! Temos alguma esperanca em que esse impasse resolva?
É um verdadeiro NÃO.
Só espero descobrir o e-mail verdadeiro do lula pro poder encher o saco dele e tentar convencer para encerrar o Fx de uma vez só! Por acaso alguem aí sabe o e-mail dele?
Ai...
Cansei de esperar para poder festejar o que é ser brasileiro!...
Bom! ...Até mais!...
![[035]](./images/smilies/035.gif)
Enviado: Sáb Dez 18, 2004 8:29 pm
por Marcelo Reis Batista
MB: Na área de Defesa não se vê na França aviões voando que não sejam franceses. O mesmo acontece nos Estados Unidos. Os países procuram sustentar suas indústrias que têm a tecnologia. Nós temos contratos com a Força Aérea Brasileira feitos sem licitação. Estamos falando de produtos desenvolvidos com o objetivo específico de servir à Força Aérea, material bélico. Não se trata de comprar lápis e borracha. Nesse processo do FX haverá transferência de tecnologia também para o Centro Técnico da Aeronáutica. O Brasil não ficaria dependente da Embraer. Não se pode abdicar de oportunidades assim.[/size][/quote]
bom pelo que eu me lembro a França utiliza o tucano para treinamento, e nao e nenhuma aeronave com tecnologia de ponta logo nao seria dificio eles produzirem seus proprios treinadores. Mais sim preferiram buscar no mercado internacional por que seria mais interesssante pra eles. os estados unidos utilizam um avião da Embraer o ACS dinovo nao sendo uma plataforma de ponta mais sim encontraram uma opções vantajosa na industria estrangeira.
Enviado: Sáb Dez 18, 2004 8:43 pm
por Visitante
AH! Lembrei... É bom dar olhada nesse site e olha que papelada de vergonha, é por isso que tem este forum sério e não de um se achando que é maximo só por que fez um desenho(Que ridiculo!) , e aproveitem pra dar risadas!
http://www.htmlstaff.org/forum/index.ph ... =42&t=6466
Abracos!
