Túlio escreveu:Vou cobrar. No caso dos ainda hipotéticos NAes, eu proporia a desvinculação dos requisitos da FAB com os da MB. Flankers em terra - e sua melhor característica para mim não é fazer Cobra, ter radarzão & Super Trunfos afins mas sim o alcance, pois serão poucos caças para cobrir milhões e milhões de km², e a capacidade de operar mesmo em bases bem rústicas, como os Super Tucanos fazem - e outros menores no mar, cuja principal função será a de Defesa da Frota e a secundária atacar outras frotas ou mesmo alvos em território inimigo (projeção de poder). No caso da MB ambos os modelos CATOBAR em atividade atualmente serviriam sem problemas. No caso da FAB acho mais complicado, pois é muito território - e inclusive uma fatia do oceano - a ser coberto para pouco caça...
Agora tu falaste uma coisa que pouco se chama atenção ou é levado em consideração aqui quando se compara esta questão entre um caça para a FAB e o futuro caça da MB.
Caças em Nae's são ou devem ser essencialmente voltados para a defesa da frota, e seus GT's, considerando-se as demais missões como complementares, embora não menos importantes; muito embora hoje em dia, pelo menos na expectativa recente da USA Navy, as missões de ataque tenham assumido uma maior dimensionalidade e importância, o que já não é o nosso caso, visto que a MB operaria seus Nae's prioritariamente no controle de área marítima, e secundariamente em missões de projeção de poder.
No caso da FAB já não. Ela sabe, e a maioria aqui também, acredito, que ela jamais irá dispor de uma frota de caças em tamanho suficiente para dar uma cobertura a nossa defesa aérea que seja eficiente, quando, e se muito, busca-se ao menos a eficácia. Assim, vejo, e nisto concordo plenamente contigo, que para as missões de que a FAB precisa realizar, com um único caça, e ao mesmo tempo, com as restrições que tem e o tamanho da área que é obrigada a cobrir, é mais do que necessário um caça pesado, como os Su-35 ou, mais idealmente, seu natural sucessor, o T-50.
Até por isso, ressalto como vinha dizendo a você, que os futuros caças da MB terão de estar nesta categoria médio-leve, tendo uma boa, se não excelente, capacidade ar-ar, (que penso, deve ser priorizada pela AN/MB) e com demais capacidades multi role efetivas, de forma a não expor ou comprometer desnecessariamente o Nae e seu GT. Então um caça na faixa das 20/25 toneladas full para missões de ataque deve ser mais que suficiente para dar conta de todas a missões requeridas para os nossos futuros Nae's.
Enfim, eu também gostaria que o caça da MB fosse desligado da decisão do FX, visto que são realidades, necessidades e temporalidades distintas. Mas como a coisa toda parece ter sido imbricada uma com a outra, resta-nos torcer para que a melhor solução para o governo também o seja para FAB e MB. Eu como disse, não ficaria surpreso se o Gripen NG levar esta. Na verdade, se formos olhar do ponto de vista meramente prático, ele, por meio do FS2020, me parece, ser a solução menos problemática, e mais curta, até chegarmos ao tão almejado caça de 5a G. E isto, penso, poderia ser feito, mesmo que pulássemos a etapa do NG. Dinheiro nunca foi problema. Já vontade e querer fazer...
Isto também valeria para o J-31 - ou qualquer outro projeto de caça 5a G que vem por aí - que como cito na reportagem da Asas, seria um caça voltado à exportação. Então, as opções, e possibilidades, seriam bem mais variadas e mais coerentes para a MB se o seu FX-N for desligado da decisão do FX. Mas... a banda toca e a procissão segue. Sigamos juntos então.
abs.