Dominância global é algo que nunca existiu, pois significa um só País ditando normas que serão cumpridas por todos os demais em todos os cantos da Terra,
sempre, sob pena de tomar uma sarabanda de laço se não obedecerem direitinho. O que os EUA herdaram da Inglaterra após a 2GM foi a
PRESENÇA GLOBAL (e precisa um monte da cataclismos, tipo o Big One, a explosão de Yellowstone e dois gigantescos tsunamis em ambas as costas ao mesmo tempo - e/ou uma guerra nuclear em escala máxima - para causar isso), e nem Rússia nem China têm, tiveram ou terão tão cedo. Presença global significa ter bases no mundo inteiro de modo a poder deslocar forças (Aviação, Exército e especialmente Marinha) para o ponto em que sejam necessárias e, naturalmente, ter as forças em questão disponíveis para fazer isso. E não para na força bruta, é preciso ter uma NSA (fora agências que sequer sabemos que existem) capaz de causar ou enfrentar uma baita confusão eletrônica global e ainda por cima ter como principal aliado um outro craque em Inteligência, o UK; ter a moeda do mundo, rival do próprio ouro. Nem Russos nem Chineses nem ninguém tem nada parecido ou capaz de competir, nem terá pelo menos nesta primeira metade do século ou mesmo em todo ele.
E chegamos aos flertes da Turquia ("dona" deste tópico) com a Rússia. Isso é um contratempo com potencial de gerar consequências meio chatas no começo (tipo, como co-produtora do F-35, a Turquia provavelmente terá recebido transferência de tecnologias-chave para o desenvolvimento
e produção - nunca esqueçamos disso, desenvolver é uma coisa,
produzir o que foi desenvolvido é um outro e diferente problema a ser resolvido - de um 5G, e talvez algumas dessas sejam exatamente o que falta para o PAK-FA desencantar de vez; ainda assim, é o PRIMEIRO 5G Russo, enquanto os ianques estão botando em linha o seu SEGUNDO e já bolando o TERCEIRO, cada um com base no que aprendeu com o anterior) mas num par de anos pode ser equacionado, pois a citada Turquia é um dos três párias do OM (junto com Irã e Israel) e, em consequência, para onde olha só vê inimigos, reais ou potenciais (mesmo os outros dois não são seus amiguinhos). P ex, as nukes que hoje estão lá poderiam ser realocadas na Grécia, cuja população se dividiria entre os chatos anti-tudo de sempre (minoria) e aqueles (maioria) que iriam adorar saber que agora há nukes lá, parte delas apontadas para...A TURQUIA! Este deve ser um belo dilema para o Endorgan, pois juntar os trapos de vez com os Russos poder acarretar consequências POLÍTICAS desagradáveis, pois uma coisa é ser apenas mais uma peça no xadrez nuclear dos EUA, obtendo vantagen$ com isso, e outra bem diferente é - no imaginário popular - ter os arqui-inimigos Gregos com nukes apontadas para as suas casas. Para complicar, mais dois fatores:
TRUMP REELEITO E OS CURDOS - Reeleito aquele (provável mas não garantido; como hipótese de estudo, admitamos que o seria), o sonho molhado destes, que se consideram um País ocupado, seria obter dele o mesmo tipo de auxílio que receberam os Afegãos durante a ocupação soviética. Reeleito, Trump teria obtido seu
Ultimate Achievement, ou seja, nada mais pode alcançar além do que alcançou que tenha significância igual ou parecida para ele. Assim, tem um cheque em branco com validade de quatro anos e ainda por cima no fim da vida. Notar, falamos de um reconhecido
SOCIOPATA, EGÓLATRA E MENTIROSO COMPULSIVO. Aprofundando-se os laços entre Turquia e Rússia (que muita gente nos EUA - e até aqui - ainda vê como URSS), o Congresso não apenas não impedirá mas até irá ajudá-lo a reposicionar o "escudo" que acham tão necessário. A Rússia pode responder instalando suas próprias capacidades lá, elevando a temperatura do caldeirão. Que tentação treinar e armar os Curdos, não? Cedo ou tarde eles começariam a atacar também os Russos ou estes tomariam a iniciativa de atacá-los, e pronto, tá armada a bagunça. Lembremos, estamos a falar de um sujeito que tem as três características acima colocadas em maiúsculas e negrito; se alguém discorda, estou aberto ao debate, eu aponho minhas provas e argumentos, ele os dele. Não pensará o Trump que talvez ainda falte alguma coisa, algo como repetir a proeza de Kennedy, que foi fazer os Russos (repito, para eles Rússia e URSS é tudo a mesma coisa, só troca a sigla pelo nome) recuarem? Seria o
Ultimate Achievement DO Ultimate Achievement. Ou seria a 3GM, pois Turquia não é Cuba e Rússia não é URSS: do mesmo modo que Endorgan pode muito mais do que Castro (e precisa, ao contrário dele, dar satisfações ao Povo, do mesmo modo que o Putin; aquele que fraquejar cai), o Putin está na porta da
Rodina, não como o Kruschev, cujas forças estavam a milhares de km de casa e na porta dos EUA.
Assim, numa situação focada na Turquia e onde uma das partes
não quer e as outras duas
não podem recuar, eis a receita do desastre.
É a minha opinião.