O fato de possuir um sistema de guiagem onboard IR torna o míssil muito mais caro e menos versátil no combate a munições do que sistemas CLOS, e um eventual aumento do alcance como cogitado (versão R) só pioraria a situação, sem acrescentar nada de útil.NovaTO escreveu:No caso do Unkhonto, não existe uma familiaridade técnica com o A-Darter? Para a Marinha acredito que seria uma opção para defesa de Ponto, complementando os canhões de 40mm. E se for produzido pela Mectron, não seria uma boa???
[]'s
Para defesa de ponto de navios a solução atual mais usada são os mísseis CLOS combinados com canhões de 30mm ultra-rápidos ou de calibres maiores com espoletas de proximidade. Os EUA, como uma solução rápida emergencial (depois que perceberam que seu Vulcan-Phalanx estava defasado mas não tendo previsão para sistemas mais sofisticados em seus numerosos navios), criaram o RAM, que é uma mistura de MANPAD com míssil ar-ar, mas que tem limitações de alcance e não é um míssil assim tão barato. E os ingleses (que não tem grana para desenvolver sistemas dedicados), sonham com o CAMMS, que deveria substituir tanto mísseis AAe quanto de combate ar-ar. Mas os ingleses tem aceitado reduções acentuadas das capacidades de combate de seus navios ultimamente .
Fora o RAM, que na verdade usa orientação mista (IR + telecomando por rádio), ninguém adota sensores IR para defesa de ponto contra munições (os problemas do IGLA para engajar seus alvos na última demonstração do EB dão uma dica do porquê). E o alcance do Unkonto para uso na defesa de navios contra aeronaves é muito pequeno, mesmo na versão R de alcance extendido, e até mísseis menores como o Penguin ou o Sea Skua já permitiriam à aeronave atacante lançar suas armas sem o risco de ser atingida.
Leandro G. Card