VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Isso deve estar ligado também a essa desvalorização "artificial" do dólar.
- Andre Correa
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
FONTEDISTORÇÕES TRIBUTÁRIAS
Deveríamos adotar o dia da desobediência tributária
Por Carlos Henrique Abrão
Sofremos a mais alta carga tributária do novo século e suas distorções flagrantes, as quais não permitem sequer o mínimo aceno de reforma, dado o manifesto desinteresse do governo.
A disfunção tributária faz com que percamos concorrência no exterior, torna os preços dos produtos extremamente elevados, tenhamos a gasolina mais cara do planeta, e os serviços públicos embutem o maléfico imposto.
E isso para não dizer que todos os carros vendidos no País, praticamente a metade do preço, vêm recheados de tributos.
Ao contrário dos EUA, onde os preços estão revelados os tributos, aqui é tudo uma incógnita, cobrança por dentro, e o Estado brasileiro carcome seu cidadão a base de nosso imposto de cada dia.
É impossível conviver com tamanha distorção dos tributos e a imensa precariedade, a qual nos conduz ao abismo do crescimento e do próprio desenvolvimento.
O Governo cortou 55 bilhões do orçamento para manter seu superávit, mas afetará saúde, transporte e outros serviços que lhe dizem respeito.
Nenhum cidadão, em sã consciência, pode aplaudir ou mostrar anuência à violência tributária que tem sido o maior imperativo da última década, prefeituras, estados e notadamente a União, tudo recebem, mas quando se trata de precatório, vamos deixar para o próximo governo, e ultrapassar mais de uma década para solver as obrigações com nossos devedores.
Deveríamos adotar o dia da desobediência tributária, na qual nenhum brasileiro recolheria qualquer valor ao erário público, pois que, enquanto não cessarem as mazelas e as multifacetárias formas de corrupção, o rico dinheiro do imposto estará sendo desviado e nenhum retorno acontece em prol da sociedade civil como um todo.
Produtos que são indispensáveis à alimentação do cidadão, energia, água, telefonia, remédios, tudo tributado, e muitas vezes em margem superior aos produtos considerados supérfluos, não podemos compreender a sistemática tributária, a qual não atinge a meta da justiça fiscal.
É de rigor que o Parlamento comece a trilhar um caminho de revisão do modelo tributário ineficiente, superado e extremamente estrangulador do crescimento.
Enquanto as indústrias nacionais ficam sujeitas aos desmontes diários por causa da concorrência e da tributação, muitos produtos vindos de fora ganham mercado interno e passam a contingenciar a importação.
A reforma deve começar no campo, com a retirada, passo a passo, da cadeia de impostos incidentes nos produtos agrícolas e todos os demais insumos indispensáveis à própria safra.
Apenas para que se tenha uma singela ideia da distorção praticada, um veículo importado, fabricado na Europa, por lá custa 70 mil reais, ao passo que no Brasil será vendido por 120 mil reais, aproximadamente, graças à estúpida carga tributária.
Em definição, hoje todo o dinheiro se concentra nas mãos dos banqueiros e do governo, com total falta de mobilidade e circulação, cujo mecanismo perverso não permite desenvolvimento e muito menos crescimento, haja vista os riscos do crédito caro e dos juros abusivos.
Enquanto não adotarmos uma política tributária correta e afastarmos esta que vigora insana, não teremos a menor possibilidade de atingir incentivos e melhorias de qualidade, na consecução do aumento do produto interno bruto e da renda per capita.
Pobre do Estado cujo lema central seja exclusivamente tributar, mostrando a desrazão de sua ineficiência e ausência de uma política fiscal justa e socialmente aceitável.
Audaces Fortuna Iuvat
- rodrigo
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
A indústria brasileira está cada vez mais f...
Importação de vestuário no Brasil bate recorde
O Brasil nunca importou tantos casacos, ternos, camisas masculinas e femininas, roupas íntimas, camisetas e roupas para bebês como no primeiro bimestre deste ano, informa reportagem de Maeli Prado publicada na Folha desta quarta-feira.
Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, em janeiro e fevereiro, as compras de vestuário de outros países ultrapassaram US$ 462 milhões, 72,5% mais em relação a igual período de 2011, quando as importações já haviam batido recordes.
O cenário reflete a valorização do real ante o dólar, que torna os produtos importados mais baratos, e o crescimento das vendas das roupas mais em conta da indústria de confecção da China, que responde por 60% de tudo o que o Brasil compra.
De 33 itens de vestuário pesquisados pela reportagem no banco de dados do ministério, 11 tiveram aumentos de importação de mais de 100%.
A categoria combinações, anáguas, corpetes e calcinhas de tecido sintético foi a que mais cresceu: quase 1.000% nas compras de outros países na comparação com os dois primeiros meses de 2011.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/10 ... orde.shtml
Importação de vestuário no Brasil bate recorde
O Brasil nunca importou tantos casacos, ternos, camisas masculinas e femininas, roupas íntimas, camisetas e roupas para bebês como no primeiro bimestre deste ano, informa reportagem de Maeli Prado publicada na Folha desta quarta-feira.
Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, em janeiro e fevereiro, as compras de vestuário de outros países ultrapassaram US$ 462 milhões, 72,5% mais em relação a igual período de 2011, quando as importações já haviam batido recordes.
O cenário reflete a valorização do real ante o dólar, que torna os produtos importados mais baratos, e o crescimento das vendas das roupas mais em conta da indústria de confecção da China, que responde por 60% de tudo o que o Brasil compra.
De 33 itens de vestuário pesquisados pela reportagem no banco de dados do ministério, 11 tiveram aumentos de importação de mais de 100%.
A categoria combinações, anáguas, corpetes e calcinhas de tecido sintético foi a que mais cresceu: quase 1.000% nas compras de outros países na comparação com os dois primeiros meses de 2011.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/10 ... orde.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Por que ficou tão caro produzir no Brasil?
Quarta-feira, 28 de Março de 2012, 08:32:00Economia
Caminhamos para ser a quinta economia global, mas até quando poderemos sustentar tal posição com tantas fragilidades no sistema produtivo, elevadas taxas de juros, alta carga tributária, infraestrutura precária e cara? Como queremos ostentar a condição de nação desenvolvida se os brasileiros pagam quase 40% de impostos e se deparam com um dos custos de vida mais elevados do mundo? Os graves efeitos do "Custo Brasil" na produção manufatureira são evidenciados em estudos de respeitados organismos nacionais e internacionais. O setor é o que mais sofre com os persistentes ônus.
Em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos pagos pelos brasileiros atingiram 33,99% do Produto Interno Bruto (PIB), superando os 32,72% de 2010. Isso está muito acima da média de 25,5% nos países com os quais competimos. Para a indústria de transformação o problema é mais grave. Embora responda por 16,2% do PIB (dados de 2010 - em 2011 sua participação diminuiu para apenas 14,6% do PIB), ela contribuiu com 33,9% dos impostos. O estudo "A Carga Tributária no Brasil: Repercussões na Indústria de Transformação", do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, mostra que os tributos representam 40,3% dos preços dos produtos industriais, considerando-se toda a cadeia, à montante e à jusante.
Reformas estruturais precisam ser retomadas para salvar a indústria e resgatar a competitividade
Há, ainda, custos relativos ao pagamento dos impostos. A complexidade do sistema obriga a contratação de serviços não necessários em outros países. Segundo o estudo "Carga Extra na Indústria Brasileira", também do Decomtec/Fiesp, 1,16% do faturamento das empresas é gasto apenas para se manterem em acordo com a legislação, o que significa R$ 19,7 bilhões ao ano. Considerado o pagamento de tributos embutidos nos insumos, o índice sobe para 2,6%.
Além disso, o Bureau of Labor Statistics (BLS), responsável pelas estatísticas trabalhistas nos Estados Unidos, aponta que os encargos sobre a folha de pagamentos no Brasil, os mais altos dentre 34 países analisados, representam 32,4% dos custos com mão de obra na indústria de transformação. São 11 pontos percentuais acima da média das nações avaliadas (21,4%), ou 7,4 à frente da média europeia (25%). Mais grave é a diferença em relação aos emergentes: México, 27%; Argentina e Coreia do Sul, 17%.
O Brasil encontra-se em desvantagem também no custo da eletricidade. Nossa tarifa industrial foi estimada pelo Energy Information Administration (EIA), dos EUA, em US$ 138,00/MWh, a segunda mais alta do mundo. Um bom parâmetro para comparação é o Canadá, onde, como aqui, a matriz energética é baseada na hidroeletricidade. Mesmo assim, a tarifa brasileira é 182% maior. Os encargos e tributos contribuem para isso, mas, mesmo os eliminando, a energia brasileira ainda seria 108,3% mais cara. Resultado: a última Pesquisa Industrial Anual do IBGE mostra ser de 2,6% a participação da energia elétrica e consumo de combustíveis para aquecimento e operação de maquinaria nos custos totais da indústria brasileira de transformação. Ressalte-se: o cálculo não considera a cumulatividade na cadeia de valor.
Também são graves, conforme o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), do Ministério da Defesa, os custos nessa área, que representam 20% do PIB. Outro estudo, "Custos Logísticos no Brasil - 2006/2008", da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que o percentual da receita líquida das empresas comprometido com transporte, estoque e armazenagem foi de 7,5%.
Defrontamo-nos, ainda, com um dos mais elevados custos de capital do mundo, que se deve a dois fatores: taxa básica de juro real entre as mais elevadas do mundo e spreads bancários, que aumentaram significativamente após 2008, apesar da redução da Selic. Em função desses fatores, nosso custo financeiro é o mais alto do mundo, sendo 11,5 vezes maior do que o dos países que calculam os juros como o Brasil (Chile, Itália, Japão e Malásia).
Em outro estudo do Decomtec/Fiesp ("Juros em cascata sobre o capital de giro: o impacto sobre a indústria brasileira"), foi estimado que, em 2007, o custo do capital de giro para as indústrias equivaleu a 6,7% do preço dos produtos industrializados, contra 1,97% no conjunto de países incluídos no Índice de Competitividade da Fiesp. Em 2011, o impacto do custo de capital de giro aumentou para 7,5% do preço dos produtos industrializados, uma vez que cresce a taxa de juros para as empresas.
Os juros altos estão intimamente ligados à valorização cambial, cujo mercado é majoritariamente composto por fluxos financeiros, e os capitais são atraídos principalmente pelos juros elevados em comparação com as taxas baixíssimas dos países desenvolvidos. Tendo em vista o câmbio médio do ano e descontando a inflação do Brasil e dos Estados Unidos, o real valorizou-se 49,9% em relação ao dólar, entre 2006 e 2011. Isso é assustador frente a um aumento de produtividade física da indústria de transformação de apenas 9,2%, no mesmo período.
Devido a todas essas razões, e deprimida pela combinação da barata produção chinesa com a demanda combalida dos países ricos, a indústria defende a contínua e rápida redução da Selic e o equilíbrio do câmbio. A bomba que está estourando agora, atingindo primeiramente a manufatura, resulta de termos insistido muito tempo na combinação explosiva de câmbio livre com a maior taxa de juros do mundo. Por isso, o real teve valorização de 74,6%, de junho de 2004 a dezembro de 2011, sem que tivéssemos a mínima possibilidade de melhorar a nossa produtividade, devido ao brutal aumento de custos. Defendemos, sobretudo, a retomada das reformas estruturais, em especial a tributária e trabalhista. São medidas dependentes de políticas públicas, essenciais para conter a desindustrialização e resgatar a competitividade.
José Ricardo Roriz Coelho é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e da Vitopel e diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.suinoculturaindustrial.com.b ... 3325_K_198
Quarta-feira, 28 de Março de 2012, 08:32:00Economia
Caminhamos para ser a quinta economia global, mas até quando poderemos sustentar tal posição com tantas fragilidades no sistema produtivo, elevadas taxas de juros, alta carga tributária, infraestrutura precária e cara? Como queremos ostentar a condição de nação desenvolvida se os brasileiros pagam quase 40% de impostos e se deparam com um dos custos de vida mais elevados do mundo? Os graves efeitos do "Custo Brasil" na produção manufatureira são evidenciados em estudos de respeitados organismos nacionais e internacionais. O setor é o que mais sofre com os persistentes ônus.
Em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), os impostos pagos pelos brasileiros atingiram 33,99% do Produto Interno Bruto (PIB), superando os 32,72% de 2010. Isso está muito acima da média de 25,5% nos países com os quais competimos. Para a indústria de transformação o problema é mais grave. Embora responda por 16,2% do PIB (dados de 2010 - em 2011 sua participação diminuiu para apenas 14,6% do PIB), ela contribuiu com 33,9% dos impostos. O estudo "A Carga Tributária no Brasil: Repercussões na Indústria de Transformação", do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, mostra que os tributos representam 40,3% dos preços dos produtos industriais, considerando-se toda a cadeia, à montante e à jusante.
Reformas estruturais precisam ser retomadas para salvar a indústria e resgatar a competitividade
Há, ainda, custos relativos ao pagamento dos impostos. A complexidade do sistema obriga a contratação de serviços não necessários em outros países. Segundo o estudo "Carga Extra na Indústria Brasileira", também do Decomtec/Fiesp, 1,16% do faturamento das empresas é gasto apenas para se manterem em acordo com a legislação, o que significa R$ 19,7 bilhões ao ano. Considerado o pagamento de tributos embutidos nos insumos, o índice sobe para 2,6%.
Além disso, o Bureau of Labor Statistics (BLS), responsável pelas estatísticas trabalhistas nos Estados Unidos, aponta que os encargos sobre a folha de pagamentos no Brasil, os mais altos dentre 34 países analisados, representam 32,4% dos custos com mão de obra na indústria de transformação. São 11 pontos percentuais acima da média das nações avaliadas (21,4%), ou 7,4 à frente da média europeia (25%). Mais grave é a diferença em relação aos emergentes: México, 27%; Argentina e Coreia do Sul, 17%.
O Brasil encontra-se em desvantagem também no custo da eletricidade. Nossa tarifa industrial foi estimada pelo Energy Information Administration (EIA), dos EUA, em US$ 138,00/MWh, a segunda mais alta do mundo. Um bom parâmetro para comparação é o Canadá, onde, como aqui, a matriz energética é baseada na hidroeletricidade. Mesmo assim, a tarifa brasileira é 182% maior. Os encargos e tributos contribuem para isso, mas, mesmo os eliminando, a energia brasileira ainda seria 108,3% mais cara. Resultado: a última Pesquisa Industrial Anual do IBGE mostra ser de 2,6% a participação da energia elétrica e consumo de combustíveis para aquecimento e operação de maquinaria nos custos totais da indústria brasileira de transformação. Ressalte-se: o cálculo não considera a cumulatividade na cadeia de valor.
Também são graves, conforme o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), do Ministério da Defesa, os custos nessa área, que representam 20% do PIB. Outro estudo, "Custos Logísticos no Brasil - 2006/2008", da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que o percentual da receita líquida das empresas comprometido com transporte, estoque e armazenagem foi de 7,5%.
Defrontamo-nos, ainda, com um dos mais elevados custos de capital do mundo, que se deve a dois fatores: taxa básica de juro real entre as mais elevadas do mundo e spreads bancários, que aumentaram significativamente após 2008, apesar da redução da Selic. Em função desses fatores, nosso custo financeiro é o mais alto do mundo, sendo 11,5 vezes maior do que o dos países que calculam os juros como o Brasil (Chile, Itália, Japão e Malásia).
Em outro estudo do Decomtec/Fiesp ("Juros em cascata sobre o capital de giro: o impacto sobre a indústria brasileira"), foi estimado que, em 2007, o custo do capital de giro para as indústrias equivaleu a 6,7% do preço dos produtos industrializados, contra 1,97% no conjunto de países incluídos no Índice de Competitividade da Fiesp. Em 2011, o impacto do custo de capital de giro aumentou para 7,5% do preço dos produtos industrializados, uma vez que cresce a taxa de juros para as empresas.
Os juros altos estão intimamente ligados à valorização cambial, cujo mercado é majoritariamente composto por fluxos financeiros, e os capitais são atraídos principalmente pelos juros elevados em comparação com as taxas baixíssimas dos países desenvolvidos. Tendo em vista o câmbio médio do ano e descontando a inflação do Brasil e dos Estados Unidos, o real valorizou-se 49,9% em relação ao dólar, entre 2006 e 2011. Isso é assustador frente a um aumento de produtividade física da indústria de transformação de apenas 9,2%, no mesmo período.
Devido a todas essas razões, e deprimida pela combinação da barata produção chinesa com a demanda combalida dos países ricos, a indústria defende a contínua e rápida redução da Selic e o equilíbrio do câmbio. A bomba que está estourando agora, atingindo primeiramente a manufatura, resulta de termos insistido muito tempo na combinação explosiva de câmbio livre com a maior taxa de juros do mundo. Por isso, o real teve valorização de 74,6%, de junho de 2004 a dezembro de 2011, sem que tivéssemos a mínima possibilidade de melhorar a nossa produtividade, devido ao brutal aumento de custos. Defendemos, sobretudo, a retomada das reformas estruturais, em especial a tributária e trabalhista. São medidas dependentes de políticas públicas, essenciais para conter a desindustrialização e resgatar a competitividade.
José Ricardo Roriz Coelho é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e da Vitopel e diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
A capacidade de compra do cidadão está a aumentar, mas a produção nacional não consegue competir, o que acarreta em importações. Uma vez que não é competitivo produzir localmente, como se vai produzir no Brasil? Ou o governo muda a sua política de impostos sobre a industria nacional, ou esse é o destino do Brasil... Aumentar impostos aos produtos externos é apenas uma solução temporária, e não resolve o problema real. Facilitar abertura de empresas, oferecer benefícios aos pequenos e medios, e não apenas as grandes corporações, facilitar o acesso ao crédito, afinal de contas, é para isso que o BNDES existe, para ajudar os Brasileiros, e não a outros países, melhorar o processo de contratação e despedimentos, e investir pesado em educação, ao mesmo tempo, com aumento de escolas técnicas e profissionais, e por aí vai. Sabemos o que tem de ser feito... falta apenas fazer.
Aí é que pergunto: falta o que? Vontade ou tempo?
Aí é que pergunto: falta o que? Vontade ou tempo?
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Re: VERDADES E MENTIRAS SOBRE A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
27/03/2012 | 10:31
Caderno de Análise de Mercado
Produzir carro aqui custa o mesmo que nos EUA
Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers revela que o custo de manufatura de um modelo compacto brasileiro está em torno de US$ 1,4 mil, contra US$ 400 na China
Autor: Da Redação/
Carsale - Estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta que o custo para produzir um carro pequeno no Brasil é igual ao dos Estados Unidos e do Japão, o que acarreta perda de competitividade dos produtos nacionais, levando os fabricantes locais a se voltar exclusivamente para o mercado interno e a descartar o país como plataforma de exportação, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com os dados da consultoria, o custo de manufatura de um modelo compacto no país gira em torno de US$ 1,4 mil, valor equivalente ao dos EUA e Japão. No México, é de US$ 600, na Tailândia de US$ 500 e na China de US$ 400. O Brasil só é mais barato que a Europa Ocidental, especialmente Alemanha e Reino Unido, onde esse valor sobe para US$ 1,8 mil.
Segundo Dietmar Ostermann, líder global para a área automotiva da PwC, entrevistado por Cleide Silva, o custo de montagem inclui basicamente mão de obra, material indireto, energia e água e tem peso de 20% no processo produtivo total. O peso maior é o de materiais e componentes, que representam 60% do custo total, que têm um peso muito alto no Brasil porque os fornecedores enfrentam o mesmo efeito em cascata de impostos, além de mão de obra e matéria-prima caras. Para o consultor, construir uma fábrica aqui custa mais que nos EUA e na Europa.
De acordo com Ostermann, montadoras americanas associadas a chinesas levam em média 15 horas a 19 horas para produzir um automóvel. No Brasil, são necessárias de 26 a 30 horas, considerando o mesmo nível de automação da fábrica e do produto.
O diretor da PwC afirma que o Brasil atrai montadoras porque é atualmente (de acordo com dados de 2011) o quarto maior em vendas do mundo e tem um mercado interno com grande potencial de crescimento: aqui há uma relação de sete habitantes por veículo, enquanto nos mercados mais desenvolvidos é de um a dois por habitante. “As empresas vêm para o Brasil porque não têm outra opção”, afirma.
http://carsale.uol.com.br/novosite/revi ... ticia=9116
Caderno de Análise de Mercado
Produzir carro aqui custa o mesmo que nos EUA
Pesquisa da consultoria PricewaterhouseCoopers revela que o custo de manufatura de um modelo compacto brasileiro está em torno de US$ 1,4 mil, contra US$ 400 na China
Autor: Da Redação/
Carsale - Estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta que o custo para produzir um carro pequeno no Brasil é igual ao dos Estados Unidos e do Japão, o que acarreta perda de competitividade dos produtos nacionais, levando os fabricantes locais a se voltar exclusivamente para o mercado interno e a descartar o país como plataforma de exportação, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com os dados da consultoria, o custo de manufatura de um modelo compacto no país gira em torno de US$ 1,4 mil, valor equivalente ao dos EUA e Japão. No México, é de US$ 600, na Tailândia de US$ 500 e na China de US$ 400. O Brasil só é mais barato que a Europa Ocidental, especialmente Alemanha e Reino Unido, onde esse valor sobe para US$ 1,8 mil.
Segundo Dietmar Ostermann, líder global para a área automotiva da PwC, entrevistado por Cleide Silva, o custo de montagem inclui basicamente mão de obra, material indireto, energia e água e tem peso de 20% no processo produtivo total. O peso maior é o de materiais e componentes, que representam 60% do custo total, que têm um peso muito alto no Brasil porque os fornecedores enfrentam o mesmo efeito em cascata de impostos, além de mão de obra e matéria-prima caras. Para o consultor, construir uma fábrica aqui custa mais que nos EUA e na Europa.
De acordo com Ostermann, montadoras americanas associadas a chinesas levam em média 15 horas a 19 horas para produzir um automóvel. No Brasil, são necessárias de 26 a 30 horas, considerando o mesmo nível de automação da fábrica e do produto.
O diretor da PwC afirma que o Brasil atrai montadoras porque é atualmente (de acordo com dados de 2011) o quarto maior em vendas do mundo e tem um mercado interno com grande potencial de crescimento: aqui há uma relação de sete habitantes por veículo, enquanto nos mercados mais desenvolvidos é de um a dois por habitante. “As empresas vêm para o Brasil porque não têm outra opção”, afirma.
http://carsale.uol.com.br/novosite/revi ... ticia=9116