Hader escreveu:Já cederam e muito tchê. Eles pensavam em fazer monobloco e o EB determinou o uso de longarinas no chassis (algo inédito aliás), entre outros...
Estou quebrando a cabeça com isso aí desde ontem, tentando encontrar alguma lógica POWS!!!
É que tenho uns amigos que possuem pick-ups 4x4 (são os chamados 'jipeiros' aqui na região, tem de monte, há muitas trilhas desgranhudas de passar, só veículo parrudo mesmo) e finalmente consegui colocar a questão. Ninguém entendeu nada, a proposta de trocar monobloco por chassis só me rendeu risadas e termos como 'maluquice' & quetales. As explicações (de memória): chassis torce muito mais que monobloco (que como diz o nome, é uma kôza só, da base ao topo do veículo), força os pontos de soldagem, eleva o CG (nem quero ver com aquela torre de uma tonelada e mais de um metro em cima, elevando ainda mais o CG), complica a vida da suspensão e do sistema de tração e por aí vai. As únicas vantagens que me concederam foi o menor custo e a maior facilidade de adaptação de outras carrocerias no 'chinelo' (é como chamam o chassis), além da possibilidade muito maior de se produzir poucas unidades a menor custo (customização), o que não é exatamente o caso aqui. Apenas UM, o Lamas, falou a favor do chassis mas é acostumado a pick-up véia,
NUNCA tendo usado um monobloco por muito tempo em fora de estrada. Seu melhor argumento foi a simplicidade e menor custo da manutenção, que ele mesmo faz nas dele. Concordou sobre o CG mais alto e a consequente maior facilidade de capotagem. Lembras daquele URUTU que capotou numa estrada uns tempos atrás, não? Assim, fico sem entender essa estranha opção do EB (expliquei ao pessoal que falava de um carro de combate sobre rodas e o que era isso), bem como a maioria do pessoal. Pensaram que eram umas poucas unidades, aí era negócio usar chassis, quando falei que eram mais de duas mil caíram duros...
Hader escreveu:
Nao deu para recortar pois estou usando uma tela de 2,5'' para ler teus posts e é uma desgraça ficar selecionando as coisas nesta mer@a... Obrigado pela gentileza...
Dessa parte eu não sabia, mano véio: minhas desculpas. É sodas mas parto da premissa que todo mundo tem diante de si um monitor e ao lado uma CPU. Serei mais cuidadoso neste aspecto. Podes colorir à vontade (seu BOURNE!
) que eu dou um jeito...
Hader escreveu: Não discutiu mesmo, ams usa-o como exemplo defazer sem deter o conhecimento que, em tese, seria necessário. A ENGESA não detinha este conhecimento e por isso o Osório não pode ser usado como exemplo com tu fizeste no caso específico. Eu estou falando de fazer um MBT nosso de verdade e não um frank com parte de tudo quanto é doido deste mundo...
O Osório apareceu como ILUSTRAÇÃO: estão em tela o URUTU e o CASCAVEL...
Hader escreveu: Queri a entender o que chamas de PROJETO.
Sem problemas: é o estabelecimentos dos ROB e sua transformação em um equipamento/sistema viável que os preencha e até supere sem estourar prazos e custos, praxe no dito 'primeiro mundo' (vide A-400, F-35 e por aí vai...)
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Hader escreveu: No Osório era pouco mais do que o chassis, já que a torre, a transmissão, a suspensão, as comunicações e até as esterias eram alienígenas.
As esteiras não. Pode-se até ter partido de modelos externos para poupar tempo mas havia (duro dizer essa palavra, HAVIA...) aqui uma empresa chamada NOVATRAÇÃO...
Hader escreveu: As peças do Uruveco serão em parte importadas sim. E não por opção simples da Iveco, mas pelo simples fato de não haver similar nacional. E seriam não importa quem produzisse o carro. O motor será feito aqui em MG e não importado. Os pneus seriam importados de toda forma pois ninguém os fabrica aqui. Até o Marruá blindado que a Agrale montou para o EB junto com a Inbra tem pneus importados da França. As comunicações e navegação terão dedos gaudérios e judáicos, e por aí vai. Você acha que o KC-390 é menos brasileiro por ter reatores americanos ou europeus? É o mesmo caso. Não há como desenvolver tudo... Ele difere do Osório pois todas as soluções foram desenvolvidas pela equipe, com excessão da torre.
A meu ver os únicos dedos 'gaudérios' aí são os da mão que serve cafezinho e das do office-boy e talvez alguns seguranças. Mas em uma possível futura entrevista/matéria pretendo esclarecer esta questão (apenas 'casualmente' já tentamos quando o Site estava na ativa e nem se dignaram a nos responder). Vamos continuar tentando.
Hader escreveu: Sobre a KMV: eles estão montando um centro de manutenção apenas. Nada mais. Se, e veja o tamanho do SE, o EB decidir que a KMV seria uma boa parceira para manufaturar aqui um blindado projetado com apoio do CTEx isso pode mudar. E não seria nada mal, concorda?
Por que não? Mas concordas que estamos formando um parque de desenvolvimento/produção de material bélico 'nacional' ao invés de NACIONAL? Ao menos parcialmente, reconheço, eis que há a Avibrás, Mectron & quetales para me desmentir, ao menos parcialmente...
Tupi escreveu:Aproximadamente 2 a 3 anos, os laboratórios da Odebrech desenvolveram um polimero, extremamente leve e resistente, que esta sendo objeto de integração nas blindagens de veiculos e aeronaves.
Estima-se que a superposição de camadas destes polimero poderiam substituir com vantagens de espessura peso e resistência ao consagrado Kevlar.
Isso não seria útil também nas placas rígidas de coletes balísticos e nos capacetes? Desconhecia totalmente este dado e isto modifica ao menos em parte minha visão da Odebrecht em relação à indústria de Defesa...
Tupi escreveu:Voltando à Odebrech, realmente considero que esta sendo oportunista. E espero realmente que a legislação para as industrias do setor de defesa sejam mais firmes e minimizem estes curto circuito. Elegendo para os principais projetos empresas com tradição e solidez necessárias para manutenção dos projetos de longo prazo, logicamente de empresas com controle de captal brasileiro.
Me expressei mal e peço desculpas. Não sou CONTRA ter a Odebrecht no setor de Defesa. É bem-vinda uma empresa gigantesca e com múltiplos interesses, o que eu realmente quis dizer é que se o tutu for contingenciado ela simplesmente pára o que estiver fazendo (vide obras da Copa 2014, vide a Norte-Sul, etc). E não lhe posso tirar a razão, é uma empresa PRIVADA e sua assembléia de acionistas não veria com bons olhos um possível prejuízo em nome de um suposto patriotismo. Apenas quis dizer que é muitíssimo mais difícil ter 'golden share' em uma empresa daquele tamanho do que em uma EMBRAER que já nasceu do ventre governamental ou uma pequena Avibrás/Mectron.
Bora que o debate tá dos buenos, muito respeito e excelente argumentação.