Bradley para o EB?

[FCarvalho]

"Um bom general não deve jamais dizer: Aconteça o que acontecer, farei tal coisa. Irei lá, atacarei o inimigo, sitiarei tal praça. Somente as circunstâncias devem ditar a conduta. Ele não deve ater-se a um sistema geral, nem a uma maneira única de comandar. Cada dia, cada ocasião, cada circunstância requer uma aplicação particular dos mesmos princípios. Os princípios são bons em si mesmos: sua aplicação os torna amiúde nefastos. "
Sun Tzu, A ARTE DA GUERRA.

No caso brasileiro temos um princípio que é a fabricação nacional do equipamento, mas se as circunstâncias indicarem a necessidade de outra conduta, ela deve ser adotada. Em nenhum momento um princípo pode engessar as decisões do comando. Fico assim com a regra do velho SUN TZU - Cada dia, cada ocasião, cada circunstância requer uma aplicação particular dos mesmos princípios. Se a situação indicar a compra de algo já construido, ela deve ser feita.

saudações

Delmar, concordo com a máxima do Sun Tzu.; no entanto ela se torna mais propicia a paises com uma politica de defesa clara e definida, com visão de futuro e de relação sociedade-FA's estabelcida e madura. Infelizmente não temos nada disso por aqui. Pelo contrario.

Vivenciamos demasiadamente no Brasil a infeliz lógica do "quem não tem cão, caça com gato", não como uma exceção, mas como regra básica para os negócios de defesa...

Se não contornamos este pesamento grosseiro, vamos continuar construindo nossa defesa em cima de uma casa de areia...

abraços

[PRick]

"Um bom general não deve jamais dizer: Aconteça o que acontecer, farei tal coisa. Irei lá, atacarei o inimigo, sitiarei tal praça. Somente as circunstâncias devem ditar a conduta. Ele não deve ater-se a um sistema geral, nem a uma maneira única de comandar. Cada dia, cada ocasião, cada circunstância requer uma aplicação particular dos mesmos princípios. Os princípios são bons em si mesmos: sua aplicação os torna amiúde nefastos. "
Sun Tzu, A ARTE DA GUERRA.

No caso brasileiro temos um princípio que é a fabricação nacional do equipamento, mas se as circunstâncias indicarem a necessidade de outra conduta, ela deve ser adotada. Em nenhum momento um princípo pode engessar as decisões do comando. Fico assim com a regra do velho SUN TZU - Cada dia, cada ocasião, cada circunstância requer uma aplicação particular dos mesmos princípios. Se a situação indicar a compra de algo já construido, ela deve ser feita.

saudações

O problema é que o Sun Tzu estava se referindo a um comandante em TO, ou seja, dentro de uma guerra, não é a situação que estamos vivendo, eu diria, é ao inverso, não temos uma guerra em vista. Assim, como NJ pegou o espírito da coisa, gastos militares no Brasil, para importação direta, não tem sustentação, porque não existem motivos para importação de armas. Por isso, formulou o princípio, armamento aqui não pode ser gasto, tem que ser investimento, e só existe uma maneira para um armamento virar investimento, agregando capacitação. Desde tecnologia até a simples geração de empregos na montagem sob-licença, manutenção total aqui, etc. É claro, existem exceções, que podem ser explicadas por políticas externas, como foram as compras dos BH´s e dos Mi35M. Porém, são exceções na compra de material novo. O NJ é particularmente avesso a compra de material usado, do tipo; está sendo oferecido a preços de sucata, porém, sem qualquer vantagem ou reciprocidade. Que parece ser o caso aqui tratado.

[]´s

[Reginaldo Bacchi]

[quote="Mapinguari"]

Já houve um. Se chamava Charrua! [/quote]

Meus parabens.

excelente resposta!

Bacchi

[Mapinguari]

Já houve um. Se chamava Charrua!

Meus parabens.

excelente resposta!

Bacchi

Bacchi,
É para mim uma honra receber esse elogio vindo de você.
Aliás, gostaria de conhecer sua opinião sobre a proposta da Iveco/EB para a família de viaturas sobre rodas que substituirá os Cascavel e Urutu, que você conhece tão bem.
Grande abraço.

Alexandre

[Reginaldo Bacchi]

[quote="Mapinguari"]
Bacchi, é para mim uma honra receber esse elogio vindo de você.
Aliás, gostaria de conhecer sua opinião sobre a proposta da Iveco/EB para a família de viaturas sobre rodas que substituirá os Cascavel e Urutu, que você conhece tão bem.
Alexandre[/quote]

Alexandre, muito obrigado.

Eu escrevi uma reportagem sobre o VBTP-MR, que foi veiculada pelo sitio Tecnodefesa.

Ao contrario de uma grande parcela dos colisteiros que mostraram um profundo desprezo pelo trabalho da IVECO, que realiza o veículo idealizado pelo EB, eu fiquei muito, mas muito bem impressionado com ele.

Tive o prazer de fazer uma entrevista com o General Cristino e sua equipe de engenheiros militares, que me detalharam todos os itens do projeto, e é um prazer em ver que pela primeira vês no Brasil, vamos ter uma FAMÍLIA de veículos blindados, com características que refletem o estado da arte.

Neste sítio (e outros) tive a oportunidade de acompanhar vários colisteiros mostrando sua ojeriza em relação aos veículos blindados sobre rodas.

É impressionante como no primeiro decênio do Século XXI, cem anos após o aparecimento dos veículos blindados, ainda se discute o que é melhor: sobre rodas, ou sobre lagartas?

Quando escrevi o artigo na Tecnologia & Defesa, sobre a introdução da brigada Stryker (a tropa mecanizada por excelência), eu dei como exemplo a Brigata Blindata do exército italiano. Esta tropa foi desenvolvida para ser localizada em vários pontos da península itálica, tendo a possibilidade devido a seu deslocamento rápido (Veículos blindados sobre rodas), de se concentrar para a defesa do território, contra desembarques inimigos, que não poderiam ser enfrentados rapidamente pela gigantesca maioria do exército italiano, concentrado nos Alpes contra as tropas do Pacto de Varsóvia.

Rapidez de deslocamento – eis a grande vantagem do veículo blindado sobre rodas > o veículo ideal para rápida concentração sobre o inimigo > para fixá-lo e dar tempo para a chegada das tropas blindadas pesadas.

Cada um com sua especialidade.

O VBTP-MR, e seu irmão pesado VBTP-PR (8X8), são em minha opinião os veículos ideais para os batalhões de infantaria mecanizada, que estão sendo organizados.

Abraços

Bacchi

[Mapinguari]

Bacchi, é para mim uma honra receber esse elogio vindo de você.
Aliás, gostaria de conhecer sua opinião sobre a proposta da Iveco/EB para a família de viaturas sobre rodas que substituirá os Cascavel e Urutu, que você conhece tão bem.
Alexandre

Alexandre, muito obrigado.

Eu escrevi uma reportagem sobre o VBTP-MR, que foi veiculada pelo sitio Tecnodefesa.

Ao contrario de uma grande parcela dos colisteiros que mostraram um profundo desprezo pelo trabalho da IVECO, que realiza o veículo idealizado pelo EB, eu fiquei muito, mas muito bem impressionado com ele.

Tive o prazer de fazer uma entrevista com o General Cristino e sua equipe de engenheiros militares, que me detalharam todos os itens do projeto, e é um prazer em ver que pela primeira vês no Brasil, vamos ter uma FAMÍLIA de veículos blindados, com características que refletem o estado da arte.

Neste sítio (e outros) tive a oportunidade de acompanhar vários colisteiros mostrando sua ojeriza em relação aos veículos blindados sobre rodas.

É impressionante como no primeiro decênio do Século XXI, cem anos após o aparecimento dos veículos blindados, ainda se discute o que é melhor: sobre rodas, ou sobre lagartas?

Quando escrevi o artigo na Tecnologia & Defesa, sobre a introdução da brigada Stryker (a tropa mecanizada por excelência), eu dei como exemplo a Brigata Blindata do exército italiano. Esta tropa foi desenvolvida para ser localizada em vários pontos da península itálica, tendo a possibilidade devido a seu deslocamento rápido (Veículos blindados sobre rodas), de se concentrar para a defesa do território, contra desembarques inimigos, que não poderiam ser enfrentados rapidamente pela gigantesca maioria do exército italiano, concentrado nos Alpes contra as tropas do Pacto de Varsóvia.

Rapidez de deslocamento – eis a grande vantagem do veículo blindado sobre rodas > o veículo ideal para rápida concentração sobre o inimigo > para fixá-lo e dar tempo para a chegada das tropas blindadas pesadas.

Cada um com sua especialidade.

O VBTP-MR, e seu irmão pesado VBTP-PR (8X8), são em minha opinião os veículos ideais para os batalhões de infantaria mecanizada, que estão sendo organizados.

Abraços

Bacchi

Obrigado, Bacchi.
Também não vi motivos para tantas críticas à família de Veículos Blindados sobre Rodas da Iveco. Mas nada como a opinião de um especialista.
Vou procurar o seu artigo.

Forte Abraço

[Túlio]

Vou entrar nessa: não sei o que diabos é 'colisteiro' (mas talvez o RColistete tenha algo a dizer sobre isso) mas me manifestei DESDE O PRIMEIRO MOMENTO em que tivemos conhecimento deste projeto NÃO CONTRA ELE, não contra uma família de veículos desta classe, seria loucura fazê-lo, imaginem a diferença de tempo entre deslocar uma Brigada sobre lagartas e outra sobre rodas, DISPONDO-SE DE UMA AMPLA MALHA RODOFERROVIÁRIA, por este Brasilzão todo; me manifestei SIM - e MANTENHO - contra o desenvolvimento do projeto e sua posterior fabricação por uma empresa ESTRANGEIRA, isso num País que já não tinha desde os anos setenta uma famíla dessas porque NÃO QUIS TER, proposta não faltou. Era Cascavel, Urutu que podia ser adaptado a uma infinidade de usos, lembro de passagem de menções em revistas dos anos 80 sobre versões IFV, porta-morteiro, antiaérea com mísseis, canhões, radar de busca, até uma mistura de Urutu com Cascavel, informalmente chamada URUVEL e que foi inclusive exportada, se não me engano para a Gâmbia - desculpem, estou citando de memória e tenho 46 anos - além do Sucuri caça-tanques e o pequeno Jarararaca. Tudo NACIONAL. E me desculpem os amigos (bobear e estou citando dados que colhi em reportagens feitas pelos próprios amigos, que estão há bastante tempo no ramo, como eu, só que pesquisando, entrevistando e escrevendo, eu só comprando e lendo), mas não vou aceitar a tese do 'a massa crítica foi perdida com o fim da ENGESA', pois quem lê sabe que o Cascavel nasceu dentro do próprio EB, como uma alternativa aos M-8, daí vem a tese do GUERRA, que abraço integralmente, apareceu o tutu, aparece empresa, no caso, a ENGESA. Como há tutu de novo, poderia aparecer uma Agrale, uma Randon, sei lá, agora, deixar tudo na mão de ESTRANGEIROS, vir me contar que a tecnologia vai ficar TODA na mão do EB, que as decisões são TODAS tomadas pelo EB e depois aparecerem aqui mesmo infos do tipo 'o EB queria tale equipamento mas os Italianos disseram que tem que ser tale', como o affair do motor ou tranmissão, não lembro bem, me deixa com gerações de pulgas atrás da orelha. Assim, não sou absolutamente contra a família de blindados sobre rodas, não sou mesmo, acho necessária e mesmo fundamental. Agora, uma pequena comparação:

A Dassault vai abrir uma filial aqui para fazer Rafale?

A DCNS vai abrir filial para fazer Scorpéne e casco de SSN e possivelmente FREMM?

Esses meios são menos complexos e sua tecnologia menos estratégica que a de um IFV?

Last but not least: NUNCA fizemos nada parecido em sofisticação com os meios acima destacados, mas JÁ FIZEMOS, QED, com os meios em apreço, ou seja, carros sobre rodas. Dá para entender?


Por fim, reiterando meu apreço pela família de blindados sobre rodas, ouso dizer que sozinha ela não fará muito, e aí o que tenho alegado e reiterado e insistido numa família de blindados sobre LAGARTAS com um MBT de verdade, não essas sucatas aí Leo 1 e M-60...

Abração!

[Guerra]

Por fim, reiterando meu apreço pela família de blindados sobre rodas, ouso dizer que sozinha ela não fará muito, e aí o que tenho alegado e reiterado e insistido numa família de blindados sobre LAGARTAS com um MBT de verdade, não essas sucatas aí Leo 1 e M-60...

Abração!

Eu concordo plenamente.
A nossa decisão de ter uma familia sobre rodas, é a mesma decisão que os Argentinos tiveram no passado, só que melhorada. Enquanto a gente sonhava em fabricar o melhor CC do mundo, eles criaram a base do EA mecanizada com a familia TAM.
Se essa decisão não deixou o EA com a melhor tropa blindada do continente, pelo mesmo conseguiu o que o EB já perseguia na 1ª GM que é consolidar uma força blindada no nosso territorio.

A tendencia para uma infantaria mecanizada e leve já esta consolidada no EB. Isso já vem sendo discutido aqui no DB a muito anos.
Investir em blindados sobre rodas e heli é o caminho. Mas a tendencia para nossa cavalaria é blindada. E cavalaria blindada é um CC de primeira linha e uma VCI.

Portanto o URUTU é só um passo, E eu tenho certeza que o próximo passo do EB é ter uma tropa blindada moderna, com CC e VCI. Tanto que a estrutura para isso já esta quase toda pronta.

[Reginaldo Bacchi]

[quote="Reginaldo Bacchi"]
O VBTP-MR, e seu irmão pesado VBTP-PR (8X8), são em minha opinião os veículos ideais para os batalhões de infantaria mecanizada, que estão sendo organizados.
Bacchi
[/quote]

Graças à mensagem do Sgt. Guerra eu percebi que minha frase acima, era incompleta.

Eu deveria ter escrito:

"O VBTP-MR, e seu irmão pesado VBTP-PR (8X8), são em minha opinião os veículos ideais para os batalhões de infantaria mecanizada, que estão sendo organizados, bem como deverão ser os veículos chaves dos Regimentos de Cavalaria Mecanizados e Esquadrões de Cavalaria Mecanizados independentes."

Bacchi

[Guerra]

De um estudo sobre as possibilidades da nossa infantaria mecanizada

a. Participar de operações ofensivas e defensivas, particularmente as que exigem
grande mobilidade.
b. Participar de operações em estreita integração com Forças Blindadas.
c. Operar como força independente, eventualmente reforçada.
d. Realizar missões de reconhecimento e segurança em seu próprio proveito, ou no
quadro da manobra do escalão enquadrante sempre que não seja possível ou conveniente
empregar Forças de Cavalaria Mecanizada.
e. Realizar transposição imediata de cursos d’água.
f. Cooperar no estabelecimento de uma cabeça-de-ponte.
g. Aproveitar o êxito de suas próprias operações ofensivas e participar de operações
de Aproveitamento do Êxito conduzidas pelo Escalão Superior.
h. Participar de operações de perseguição, como Força de Pressão Direta ou Força de
Cerco.
i. Executar contra-ataques, no quadro de uma defesa de área.
j. Participar da defesa móvel como Força de Fixação e, eventualmente, como Força
de Choque.
k. Conduzir movimentos retrógrados de grande amplitude.
l. Executar ações contra forças irregulares.
m. Cumprir missões inseridas no quadro da defesa interna.
n. Cumprir as missões inerentes da Infantaria Motorizada
o. Integrar tropas em missões de paz.

[Ilya Ehrenburg]

Senhores,

para que ressuscitar um moribundo, que perambula sem destino?
Pois o M-113 é um zumbi, perdido nos nossos parques bélicos!
Enterrem-no!

Lembro a todos, que os imperialistas e os seus lacaios, durante a heróica
guerra de libertação do Vietnam, ficavam acima desta viatura ineficiente, pois estar
dentro dela era o mesmo que encontrar a morte, esta, divinamente providenciada pelos heróis socialistas do povo do Vietnam!

Comprar Bradleys é jogar dinheiro fora. Que morram a mingua, os servos do capital.
Nossos recursos, não terão!

[Túlio]

Ai, meu Deus, vai começar...

[Bolovo]

O Higgins voltou.

[Reginaldo Bacchi]

Sgt. Guerra muitíssimo obrigado por sua nímia gentileza em postar o material sobre a infantaria mecanizada.

Bacchi

[eligioep]

...
Tive o prazer de fazer uma entrevista com o General Cristino e sua equipe de engenheiros militares, que me detalharam todos os itens do projeto, e é um prazer em ver que pela primeira vês no Brasil, vamos ter uma FAMÍLIA de veículos blindados, com características que refletem o estado da arte.....Bacchi

Pela 1ª vez uma família de blindados? E o que eram/são os EE9/EE11? Tudo bem, hoje não são mais o estado da arte, mas na sua época o foram....