Para isso é que serve tirar cursos no estrangeiro. Qualquer militar QP nos Páras em Portugal tem cursos tirados no estrangeiro.FCarvalho escreveu:Isso é um absurdo. Esse coitado que deu essa entrevista foi soldado. Ele tem formação de soldado. Por mais que ele pague de intelectual a visão que ele teve da guerra foi de um soldado. Ele vai ensinar o que? A ficar sentado na frente de uma gaiola tomando conta de prisioneiros?
A experiência que ele teve em duas horas em operações se adquire. Por isso que eu disse que se ele fosse um general ou coronel que participou dos planejamentos e tal., tudo bem. Se fosse um cara que viu como as coisas aconteceram com a visão de um comandante pelo menos a nível tático, daí tudo bem....mas um soldado que pelo o que eu entendi fazia parte da segar? Fala sério!
Se o Eb convidasse um homem desse para escrever um manual, seriamos o exército mais xexeu da face da terra.
Nunca disse que o EB deveria convitar este cara aí Guerra, apenas estou colocando que nós poderiamos, como você frisou, utilizarmos essa mão de obra estrangeira com experiência para a formação de nossos oficiais e graduados. E nada mais. Não considero este ou aquele exército melhor ou pior que o nosso, até porque quem mais entende de combater no Brasil, pela obviedade do assunto, deve ser o proprio EB. Se alguém pensa o contrário, só as próximas guerras em território tupiniquim poderão confirmar. Quanto aos manuais retiro o que disse.
abraços
Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
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Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Mas isso é feito. Todos os anos, oficiais e sargentos brasileiros vão fazer cursos no exterior. Aprendem com instrutores que participaram das campanhas, que tem experiência de combate.Nunca disse que o EB deveria convitar este cara aí Guerra, apenas estou colocando que nós poderiamos, como você frisou, utilizarmos essa mão de obra estrangeira com experiência para a formação de nossos oficiais e graduados. E nada mais. Não considero este ou aquele exército melhor ou pior que o nosso, até porque quem mais entende de combater no Brasil, pela obviedade do assunto, deve ser o proprio EB. Se alguém pensa o contrário, só as próximas guerras em território tupiniquim poderão confirmar. Quanto aos manuais retiro o que disse.
Carpe noctem!
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Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Os vossos cursos de Pára-quedista/Comandos/Operações Especiais/Caçadores/etc; é um exemplo disso.Piffer escreveu:Mas isso é feito. Todos os anos, oficiais e sargentos brasileiros vão fazer cursos no exterior. Aprendem com instrutores que participaram das campanhas, que tem experiência de combate.Nunca disse que o EB deveria convitar este cara aí Guerra, apenas estou colocando que nós poderiamos, como você frisou, utilizarmos essa mão de obra estrangeira com experiência para a formação de nossos oficiais e graduados. E nada mais. Não considero este ou aquele exército melhor ou pior que o nosso, até porque quem mais entende de combater no Brasil, pela obviedade do assunto, deve ser o proprio EB. Se alguém pensa o contrário, só as próximas guerras em território tupiniquim poderão confirmar. Quanto aos manuais retiro o que disse.
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Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Até certo ponto eu concordo com você. Para mim um bom soldado é inteligência, força e principalmente coragem. Eu digo que a coragem é a principal porque você pode ensinar de tudo para um cara, colocar na mão dele o melhor equipamento, se ele não souber controlar o medo, na hora do vamo ver não sai nada.Túlio escreveu:Bueno, me parece que aqui começamos a misturar as concepções: falamos em SOLDADOS ou em GUERREIROS? As diferenças são imensas, partindo da formação, passando pelo equipamento, pela motivação e pelo resultado e sua avaliação.
Vou sair do Iraque e entrar no Afeganistão e falar de uma tigrada chamada Pashtun ou Pushtun: é um Povo belicoso por natureza, quando não estão sendo invadidos por alguém e matando quantos podem (que o digam os Ingleses de antigamente e os de agora, além de ianques e quem mais se meter por lá - olho, tugas -, estão se invadindo e matando uns aos outros. Em ambos os casos muitos morrem no processo, e quem deles liga? Desde pequenininhos aprendem o Al-Qaram e a lutar. São o quê? GUERREIROS! Essa gente só se sente tri quando acham um motivo dos buenos para uma peleia. Em nossos primórdios nós, Gaúchos, éramos assim, não exatamente uma etnia como a citada oriental mas uma mistura do sangue de tugas com índios, só que não dávamos muita bola pra religião, os nossos antepassados lutavam por vingança ou botim (de preferência AMBOS). Éramos GUERREIROS!
Mas o tempo passou e o Gaúcho de hoje vai a um quartel, se alista e aprende a ser SOLDADO! É uma visão muitíssimo diversa da de um Afegão das montanhas ou um dos antigos Gaudérios, o véio sgt GUERRA poderia explicar esta parte muito melhor do que eu, o fato é que a nossa CULTURA evoluiu, a deles não, continuam GUERREIROS, não SOLDADOS...
O meio pode fornecer essas três qualidades a um homem. O cara criado num ambiente hostil , por exemplo, é corajoso porque desde criança aprendeu a perder o medo. Porque medo é o estado natural do homem. O homem evoluiu como covarde. É comprovado que o medo é uma reação do cérebro, e a coragem não existe. A coragem é só o controle do medo. O que os exércitos fazem (e o exército americano faz com competência) é reeducar o cérebro do cara para ele controlar o medo.
Um dos exercícios para controlar o medo esta na repetição do treinamento. Quando o cara repete uma ação perigosa ele acostuma o cérebro a controlar o pânico. Um exemplo disso esta nas tropas paraquedistas. Quer atividade mais perigosa que saltar de um avião e ter sua queda amparada num pedaço de pano? Só que o cara repete tanto antes do primeiro salto os procedimentos que parece que ele já deu uns 20 saltos.
Outro exercício usado para controlar o medo é a mentalização. Pode parecer algo sem fundamento cientifico, mas não é. Se o cara acreditar que é capaz, que é superior ele perde o medo.
É por isso que em todo exército poderoso o soldado ganha fama de invencível . foi assim desde do exército romano, passando pelo exército francês, alemão, e chegando no americano.
Os alemães na segunda guerra falavam que o ambiente americano não era capaz de criar um soldado guerreiro. E não era mesmo. O que os americanos fizeram foi a mesma coisa que eles. Criaram um exército poderoso e o soldado ganhou confiança.
Podem ver que quando esses exércitos poderosos começam a ruir a coragem do soldado “invencível” cai junto.
Eu vi um documentário sobre um cara que foi soldado no Iraque. O cara quando voltou virou alcoólatra. Ficava chamando o nome dos amigos que ele perdeu em combate. E o que mais chamou a atenção é que quando ele via filmes sobre ele no Iraque ele ficava dizendo: “não acredito que estive lá” “não acredito que fiz isso”. Parece que o cara tinha tomado um droga e o efeito tinha passado.
Quanto a força, essa ae para mim não tem jeito, eu acho que vem da raça. Porque ser forte para mim é ser resistente. É o cara que anda centenas de quilômetros carregando uma carga enorme e chega em condições de combate. E eu digo que isso vem da raça porque eu nunca vi um soldado mais forte que o africano.
Disso tudo vem os mitos opostos. Primeiro que o povo americano é um povo guerreiro. Para mim o que eles têm é um exército poderoso com um treinamento que transforma um nerd num Rambo. E segundo que eles são covardes. Para mim eles são tão covardes quanto qualquer ser humano, eles só não são fortes. O americano é fraco. E as vezes o pessoal confunde isso com covardia. Assim como confudem a autoconfiança do soldado americano como uma coragem característica do povo americano.
Isso que você disse funciona enquanto as coisas vão bem. A França tinha o melhor exército do mundo. Depois que foram invadidos demorou quanto para a primeira resistência ao invasor?E para um GUERREIRO o valor individual vem antes de tudo, já para um SOLDADO...
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Sem dúvida, a geração do meu pai tem histórias de "Turras" que tinham sido feridos em combate e que agarravam-se às tripas e fugiam.Quanto a força, essa ae para mim não tem jeito, eu acho que vem da raça. Porque ser forte para mim é ser resistente. É o cara que anda centenas de quilômetros carregando uma carga enorme e chega em condições de combate. E eu digo que isso vem da raça porque eu nunca vi um soldado mais forte que o africano.
Mas não deixa de ser verdade que os militares Portugueses com raras excepções ficavam sempre por cima dos acontecimentos. Presumo que fosse resultado da formação que recebiam, do armamento que dispunham, etc.
Ou seja, podes ser muita duro, mas se não tens formação nem apoio, vais perder de certeza.
- FCarvalho
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Re: Entrevista: Soldado Brasileiro que combateu no Iraque
Voltamos a um questionamento interessante para o combatente de hoje: a dependencia da tecnologia, (e a cultura civilizatoria atual) até onde esta ajuda, ou não, um simples "nerd" se trasnformar em um soldado?
Falo isso porque fico as vezes pasmo de ver a condição de nossas tropas na amazônia, refiro-me aos soldados, que pouco ou nada levam em termos de recursos e proteção, em comparação aos oficiais e graduados, que mal ou bem estão melhor equipados - e mehor indenficados - que aqueles. Porque se repararmos, todo o treinamento do mundo não vai fazer muita diferença se o sujeito não acreditar naquilo que está fazendo ou não achar que está devidamente pronto (equipamentos) pra fazer algo que obvimante porá sua vida em risco, por maiores que sejam seus valores ou a instrução que recebeu.
Daí que vez por outra surgem comentários aqui no forum de tantos e tantos que entram nas fa's porque acham que encontraram um "bom emprego e um salario justo", e só. Compromete-se todo o resto, mas aí podedemos notar também que nos exercitos dos paises ricos, a maioria dos soldados está lá não por amor a pátria ou profissão, mas pelo $$ e as oportunidade que são geradas na vida na caserna, a priori menos "ruim" de serem galgadas que na vida civil.
Quantos soldados será que temos hoje no Brasil, com cara, jeito e missão de quem tem somente um emprego público?
abraços.
Falo isso porque fico as vezes pasmo de ver a condição de nossas tropas na amazônia, refiro-me aos soldados, que pouco ou nada levam em termos de recursos e proteção, em comparação aos oficiais e graduados, que mal ou bem estão melhor equipados - e mehor indenficados - que aqueles. Porque se repararmos, todo o treinamento do mundo não vai fazer muita diferença se o sujeito não acreditar naquilo que está fazendo ou não achar que está devidamente pronto (equipamentos) pra fazer algo que obvimante porá sua vida em risco, por maiores que sejam seus valores ou a instrução que recebeu.
Daí que vez por outra surgem comentários aqui no forum de tantos e tantos que entram nas fa's porque acham que encontraram um "bom emprego e um salario justo", e só. Compromete-se todo o resto, mas aí podedemos notar também que nos exercitos dos paises ricos, a maioria dos soldados está lá não por amor a pátria ou profissão, mas pelo $$ e as oportunidade que são geradas na vida na caserna, a priori menos "ruim" de serem galgadas que na vida civil.
Quantos soldados será que temos hoje no Brasil, com cara, jeito e missão de quem tem somente um emprego público?
abraços.
Carpe Diem