mcgames escreveu:respondendo ao dieneces ,se a anulaçao é eletronica nao ha necessidade de compartimentos especificos pra guarda de armas,o principio e diferente do usado no f-35.
respondendo ao sintra , o correto é: sistema eletro-óptico avançado OSF (Optronique Secteur Frontal), que inclui câmeras infravermelhas FLIR, telêmetro laser, etc...
quanto ao rcs do eurofigther acho questionavel pois frontalmente o mesmo e enorme(entradas de ar enormes ,formato do nariz convencional)
ja o rafale tem entradas de ar pequenas e motores escondidos,e formato do nariz com angulos oblicuos(ajudam a dissipar as ondas radar)
de uma boa olhada em fotos de 3 angulos dos dois que vera a "pequena diferença" entre eles! e por fim voce se baseia em que pra afirmar que
os dados do Fabricante do eurofigther estao corretos??
ja ia esquecendo:dizer que o f 117 nao pareçe stealth?? olhe a angulaçao de sua forma!!
por ultimo : dizer que o f 117 nao pareçe stealth?? olhe a angulaçao de sua forma!! nao e nada convencional!
hmmm, não me fiz entender
mcgames
Eu tenho uma boa ideia do que é o OSF
1 - Entradas de ar dos Delta canards - Localização
Acerca das entradas de ar do RAFALE. A localização foi escolhida por duas razões, a colocação a meio caminho da fuselagem era vantajosa aerodinâmicamente porque os canard´s do Rafale são do tipo "short harm" e devido a que o trem de aterragem de um aparelho que aterra num Porta Aviões ocupa bastante espaço. Espaço esse que não existiria, caso ai estivessem as entradas de ar.
Por curiosidade os primeiros esboços do que viria a ser o RAFALE mudavam a configuração tradicional das entradas de ar da Dassault para uma outra que era uma cópia exacta da do F16, que acabou por ser preterida quando a configuração do futuro "ACF" (avion combat futur) passou a incluir especificações que lhe permitissem aterrar num Porta Aviões. Esta alteração de especificações obrigou a que os canard´s recuassem e criassem o tal "short harm" que por acaso criava sérios problemas de turbulência com uma entrada de ar "à lá" Viper. Assim os engenheiros da Dassault ficaram com duas hipóteses, umas entradas "à lá" Gripen ou a configuração final que acabaram por escolher, esta decisão foi tomada por volta do inicio do ano de 1985 e não tem absolutamente nada a ver com a diminuição do "Radar Cross Section" do avião. Por essa altura os engenheiros da Dassault pouco pensavam no assunto (diminuição do sinal de radar reflectido).
A escolha da localização das entradas do Tiffie está relacionada com o facto de ser utilizada uma variante da configuração delta/canard "long harm" ( "short harm" o canard está o mais próximo possivel da asa, "long harm" o canard está o mais afastado possível da asa, o primeiro possibilita uma menor velocidade de descida e uma maior estabilidade a baixas velocidades, o segundo tem vantagens em "instantaneous turn rate" a velocidades supersónicas) e de não terem de se preocupar com estabilidade a baixa altitude e velocidade. Assim escolheram a configuração que aerodinâmicamente fosse o mais ágil possivel a velocidades supersónicas, o tal "long harm", que por acaso funcionava lindamente com as entradas de ar debaixo da fuselagem, precisamente a mesmíssima configuração que um outro caça de superioridade aérea delta canard "long harm" da mesma altura, escolheu, o Mig 1.44 que não chegou a ser construído.
A escolha da localização das entradas de ar dos dois eurocanard´s não teve nada a ver com o RCS...
2 - Entradas de ar dos Delta canards - Tamanho
A entrada de ar do RAFALE é mais pequena da que a do Tiffie devido ao facto de o M88 ser... mais pequeno e ter menor potência que o seu equivalente EJ200 e assim necessitar de uma menor entrada de ar. Não tem nada a ver com diminuição do RCS...
Por curiosidade, no concurso Sul Coreano, a variante do RAFALE proposta estaria equipada com uma versão do M88 (O M88-3) que teria uma potência aumentada idêntica à do EJ200, e estranhamente
a Dassault teve de redesenhar as entradas de ar e tornou-as maiores. Estranhamente
tinham praticamente o mesmo tamanho que as do Tiffie...
Nope, não tem nada a ver com diminuição do RCS, mas sim com questões aerodinâmicas.
3 - Entradas de ar dos Delta canards - Furtividade
Mas então, o que é que diabos os engenheiros da Dassault e da Eurofighter GMBH fizeram para diminuir o RCS das entradas de ar?
Muita coisa, e estranhamente
as equipas fizeram praticamente as MESMAS COISAS...
As entradas de ar no seu bordo de ataque e ao longo de todo o tubo de alimentação de ar da entrada até aos motores estão cobertos de material RAM, as "pás" dos motores são feitas/cobertas de material RAM e mais importante, os tubos de alimentação estão cuidadosamente (matematicamente, com controlo de construção muitissimooooooooooooooooooooooooo inferior ao milimetro de desvio) desenhados de forma a que um conjunto de curvas "escude", das ondas de radar, a entrada do motor e das suas pás que são o maior reflector frontal presente num avião.
A tecnologia utilizada pelos dois aviões é, basicamente, a mesma.
4 - Nariz dos Delta Canard´s - furtividade
O grande problema do “nariz” dos aviões em relação à furtividade, não é o nariz, pois este é completamente invisível às ondas de radar… Estranho não é? O material com que ele é feito tem de ser invisível às ondas de radar porque no seu interior está um radar que tem de ser capaz de olhar para o exterior, ou seja as suas ondas têm de ser capazes de atravessar o material com que é feito a “redoma” que o cobre.
O problema é a antena de radar que está no interior do nariz vai reflectir toda e qualquer onda electromagnética exterior ao avião que lhe chegue. Aquilo é uma placa de metal com um par de metros de área, ou seja as ondas de radar de um avião adversário vão embater em cheio naquela antena e voltam para o emissor original… Esta é a segunda grande fonte de aumento do RCS frontal logo a seguir às entradas de ar do motor.
As duas equipas utilizaram técnicas ligeiramente diferentes, os Franceses construíram o radar mais pequeno possível (com a consequente diminuição da antena e consequente diminuição do RCS frontal) que respondesse ás especificações desenhadas originalmente, a Euroradar desenhou o radar com a maior antena de forma a maximizar as performances desse mesmo radar e a Eurofighter teve de se desenrascar para diminuir o RCS de uma antena com mais de 700 mm de diâmetro, a forma como o fez foi esta:
The radome is comprised of a complex layered Glass Fibre Reinforced Plastic (GFRP) structure manufactured using very high tolerance automated processes. Since the material used to construct the radome must be transparent to microwave energy it is an obvious source of Radar Cross Section (RCS) reduction problems. To overcome this, BASE, British Aerospace Systems and Equipment who supply the radome structure have developed various Frequency Sselective Surface (FSS) materials which have been subsequently put to use in the Typhoon's radome. FSS materials are composed of a precisely defined array of metallic elements contained within a conducting frame. The use of these materials (when laid up in the correct fashion) results in a reduction in the transmission of all out of band frequencies. Therefore the radome can be designed to be transparent only to those frequencies and polarisation's used by the aircraft's own radar. This of course should lead to a reduction in the aircraft's radar cross section, from all frontal aspects at least
.
http://www.eurofighter-typhoon.co.uk/Eu ... cture.html
Qual dos dois é mais “furtivo”?
Não sei e nunca afirmei que o sabia, limitei-me a apontar-lhe que a Eurofighter e a RAF discordavam completamente das afirmações da Dassault e que não se deve confiar completamente no que dizem os construtores sobre os seus equipamentos. Pessoalmente, costumo confiar nos nºs e não ligar nenhuma às afirmações genéricas do tipo “nós somos os melhores” ou “o nosso avião é mais furtivo que o outro” quando os único dado que tenho é o “Olhómetro”, principalmente quando tenho perfeita consciência que se trata de um negocio de biliões e biliões de dólares…
A não ser que eu fosse um Engenheiro Aerospacial de um dos consórcios construtores ou que seja militar e tenha participado na avaliação que várias das várias forças aéreas já fizeram dos dois aviões nunca tenho certezas... Agora é legitimo que faça uma ideia sobre o assunto com as informações que tenho à disposição, tal como você, aliás. Sou um mero amador interessado, e tenho seguido os dois programas desde 1987 na imprensa especializada do qual sou assinante à quase duas décadas de várias publicações e que, desde o aparecimento de esta maravilha que se chama a Internet, tenho tido a felicidade de ter lido e trocado, nos últimos oito anos, alguns email´s, mp´s, post´s, etc, em forúm´s especializados como este, com um conjunto de jornalistas na área da defesa, pilotos de várias forças aéreas e duas pessoas que trabalharam na BAE´s, directamente na definição do que hoje é conhecido como o “Typhoon”…
Tal como tive a possibilidade de fazer a mesma coisa com pessoas que conheciam muitíssimo bem o Dassault Rafale, assim de repente, o forista “Tmor” é a melhor fonte de informação de que me lembro.
Mas agora, tentar estimar a “olhómetro” o RCS de dois caças com tecnologia idêntica, de tamanho idêntico é que me parece uma “no go área” e era isto que eu tinha tentado dizer no meu primeiro post.
Abraços