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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Seg Mai 23, 2022 12:38 pm
por FCarvalho
Túlio escreveu: Seg Mai 23, 2022 12:22 pm
Para isso primeiro terias que VER (não confundir com conversa mole comercial) Israel se livrando de todas as peças sobre lagartas para botar só esse (que deve ser caro pra burro) no lugar delas, e falamos de um País pequenininho e que recebe monte$ de ajuda$; imagines como seria nos maiores, onde até APS para blindados ainda é lenda.
Eu particularmente duvido que chegue a tal ponto, ao menos de início, mas os israelenses são muito céleres no que diz respeito a questões doutrinárias, dado que eles conseguem se adaptar rapidamente aos ditames da guerras travadas ao seu redor de acordo com as capacidades, ou a falta delas, de seus vizinhos e desafetos.
Como parece que a ideia é fazer com que este sistema opere junto as OM blindadas, ainda vai levar um tempo até que ele se prove ser realmente uma solução adequada a substituir os M-109, para o qual, não por acaso, eles ainda não possuem um substituto operacional, embora tenham tentado isso com um projeto autóctone mas aparentemente sem sucesso.
A ver

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 5:53 pm
por Lucubus
@gabriel219

Novo projétil de 155 mm de longo alcance para armas do tipo L52 foi testado

Por Boyko Nikolov - Oslo 10 de junho de 2022

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Um novo projétil de artilharia de 155 mm com tiro direcionado e de longo alcance para canhões L52 completou seus testes de solo em um local de testes na Noruega . O projétil é um Ramjet 155 e é um desenvolvimento conjunto entre a empresa americana Boeing e a norueguesa Nammo. De acordo com um relatório publicado, os testes realizados confirmaram a compatibilidade do projétil com os sistemas de artilharia e suas características pré-definidas.

O porta-voz da Boeing, Steve Nordlund, disse que a empresa está satisfeita com os testes e os resultados. Segundo Nordlund, o Ramjet 155 corresponde totalmente ao tipo de munição que deve ser capaz de responder às ameaças emergentes. Nos próximos dias, os testes serão avaliados e mais análises serão realizadas.

Mais informações sobre o Ramjet 155 são fornecidas por Morten Brandzeg, CEO da Nammo, que disse que o projétil de artilharia era movido por um motor a jato com fluxo direto e constante, o que significa que o alcance do projétil provavelmente aumentará no futuro.

A Boeing e a Nammo confirmaram que mais testes estão pendentes. As duas empresas colaboram no projeto há quase três anos, procurando uma solução de artilharia de última geração que atenda aos requisitos militares dos EUA. O programa é baseado no sucesso dos programas Boeing Joint Direct Attack Munition [JDAM] e Small Diameter Bomb [SDB].

Ainda não há informações exatas sobre o alcance da artilharia de projétil Ramjet de 155 mm
norte-americana e norueguesa, mas os objetivos das duas empresas são claramente sérios depois que a Nammo anunciou há dois anos que a empresa estava trabalhando no desenvolvimento de um motor de foguete a jato para garantir o alcance. projétil 150 km, ou sobre esta distância.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 6:24 pm
por FCarvalho
Eu ficaria satisfeito se por aqui o pessoal se desse o trabalho de ao menos buscar produzir sob licença munições em 155mm novas.
Mas em sair do tubo dos M-114, fica difícil melhorar qualquer coisa, mesmo mínima, na artilharia.
Mas a Imbel andou conversando com a Norinco, e sabe-se lá com mais quem um tempo desses antes da pandemia.
Até agora nada se soube se tivemos algum resultado positivo para a visita. Outras empresas também andaram cotejando a estatal do exército neste campo. Mas tudo continua devagar como sempre.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 8:33 pm
por gabriel219
Lucubus escreveu: Sex Jun 10, 2022 5:53 pm @gabriel219

Novo projétil de 155 mm de longo alcance para armas do tipo L52 foi testado

Por Boyko Nikolov - Oslo 10 de junho de 2022

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Um novo projétil de artilharia de 155 mm com tiro direcionado e de longo alcance para canhões L52 completou seus testes de solo em um local de testes na Noruega . O projétil é um Ramjet 155 e é um desenvolvimento conjunto entre a empresa americana Boeing e a norueguesa Nammo. De acordo com um relatório publicado, os testes realizados confirmaram a compatibilidade do projétil com os sistemas de artilharia e suas características pré-definidas.

O porta-voz da Boeing, Steve Nordlund, disse que a empresa está satisfeita com os testes e os resultados. Segundo Nordlund, o Ramjet 155 corresponde totalmente ao tipo de munição que deve ser capaz de responder às ameaças emergentes. Nos próximos dias, os testes serão avaliados e mais análises serão realizadas.

Mais informações sobre o Ramjet 155 são fornecidas por Morten Brandzeg, CEO da Nammo, que disse que o projétil de artilharia era movido por um motor a jato com fluxo direto e constante, o que significa que o alcance do projétil provavelmente aumentará no futuro.

A Boeing e a Nammo confirmaram que mais testes estão pendentes. As duas empresas colaboram no projeto há quase três anos, procurando uma solução de artilharia de última geração que atenda aos requisitos militares dos EUA. O programa é baseado no sucesso dos programas Boeing Joint Direct Attack Munition [JDAM] e Small Diameter Bomb [SDB].

Ainda não há informações exatas sobre o alcance da artilharia de projétil Ramjet de 155 mm
norte-americana e norueguesa, mas os objetivos das duas empresas são claramente sérios depois que a Nammo anunciou há dois anos que a empresa estava trabalhando no desenvolvimento de um motor de foguete a jato para garantir o alcance. projétil 150 km, ou sobre esta distância.
Não entendi bem a marcação, mas valeu kkkk.

Esse projétil vem sendo desenvolvido há quatro anos como conceito e há dois como desenvolvimento mesmo. Salvo engano, ano passado conseguiram alcançar 92 km. É interessantíssimo para atuação de Brigadas de Artilharia, que eu defendo que o EB tenha no lugar das AD's, que é um conceito de 1940.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 8:50 pm
por FCarvalho
@gabriel219, o que seriam estas brigadas de artilharia que dizes :?:
E no que elas seriam melhores que as atuais AD :!:

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 8:52 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Sex Jun 10, 2022 8:50 pm @gabriel219, o que seriam estas brigadas de artilharia que dizes :?:
E no que elas seriam melhores que as atuais AD :!:
Em tudo. As AD's hoje são apenas um GAC a um nível maior, oferecendo apoio de fogo para uma divisão. Depois vou discorrer mais sobre o assunto.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 9:56 pm
por Lucubus
gabriel219 escreveu: Sex Jun 10, 2022 8:33 pm
Lucubus escreveu: Sex Jun 10, 2022 5:53 pm @gabriel219

Novo projétil de 155 mm de longo alcance para armas do tipo L52 foi testado

Por Boyko Nikolov - Oslo 10 de junho de 2022

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Um novo projétil de artilharia de 155 mm com tiro direcionado e de longo alcance para canhões L52 completou seus testes de solo em um local de testes na Noruega . O projétil é um Ramjet 155 e é um desenvolvimento conjunto entre a empresa americana Boeing e a norueguesa Nammo. De acordo com um relatório publicado, os testes realizados confirmaram a compatibilidade do projétil com os sistemas de artilharia e suas características pré-definidas.

O porta-voz da Boeing, Steve Nordlund, disse que a empresa está satisfeita com os testes e os resultados. Segundo Nordlund, o Ramjet 155 corresponde totalmente ao tipo de munição que deve ser capaz de responder às ameaças emergentes. Nos próximos dias, os testes serão avaliados e mais análises serão realizadas.

Mais informações sobre o Ramjet 155 são fornecidas por Morten Brandzeg, CEO da Nammo, que disse que o projétil de artilharia era movido por um motor a jato com fluxo direto e constante, o que significa que o alcance do projétil provavelmente aumentará no futuro.

A Boeing e a Nammo confirmaram que mais testes estão pendentes. As duas empresas colaboram no projeto há quase três anos, procurando uma solução de artilharia de última geração que atenda aos requisitos militares dos EUA. O programa é baseado no sucesso dos programas Boeing Joint Direct Attack Munition [JDAM] e Small Diameter Bomb [SDB].

Ainda não há informações exatas sobre o alcance da artilharia de projétil Ramjet de 155 mm
norte-americana e norueguesa, mas os objetivos das duas empresas são claramente sérios depois que a Nammo anunciou há dois anos que a empresa estava trabalhando no desenvolvimento de um motor de foguete a jato para garantir o alcance. projétil 150 km, ou sobre esta distância.
Não entendi bem a marcação, mas valeu kkkk.

Esse projétil vem sendo desenvolvido há quatro anos como conceito e há dois como desenvolvimento mesmo. Salvo engano, ano passado conseguiram alcançar 92 km. É interessantíssimo para atuação de Brigadas de Artilharia, que eu defendo que o EB tenha no lugar das AD's, que é um conceito de 1940.
É que não manjo nada sobre.... e pelo que vejo, seus conhecimentos sobrepujam a maioria dos mortais aqui :lol:

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sex Jun 10, 2022 10:01 pm
por gabriel219
Lucubus escreveu: Sex Jun 10, 2022 9:56 pm É que não manjo nada sobre.... e pelo que vejo, seus conhecimentos sobrepujam a maioria dos mortais aqui..... :lol:
Jamais, tem gente aqui que nem comenta mas sempre vejo como "ativo" que sabe mais que todo mundo junto aqui. O que aprendi sobre motores foi na faculdade, o resto é com a galera daqui, especialmente como funcionam as coisas, mas agradeço!

Aliás, a Nammo é, talvez, a empresa que propõe soluções mais inteligentes em termos de munições. A ideia da Boeing era fazer com que a SDB fosse disparada de um MRLS ou de um Obus 155 mm NLOS de L/58, a Nammo deu a ideia de utilizar um projétil com motor Ramjet, o que pra mim é genial!

Havia outra ideia da US Navy também, que na época era pro Zumwalt, mas nunca vi maiores detalhes em relação a isso, vou procurar saber mais a respeito.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Sáb Jun 11, 2022 8:00 am
por cabeça de martelo
🇨🇭has shortlisted ARCHER 155mm howitzer as one of the systems going into the final round of competition. ARCHER can fire the BONUS MKII munition up to 35 km, conventional munitions up to 40 km, and the guided munition Excalibur in excess of 50 km.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Seg Jun 13, 2022 12:01 pm
por Lywis
Arsenal de Guerra do Rio entrega mais morteiros


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Matéria completa no link: https://tecnodefesa.com.br/arsenal-de-g ... morteiros/

Obs. Notar os morteiros no "padrão caatinga"!

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Seg Jun 13, 2022 12:05 pm
por FCarvalho
De tão acostumados com a mesmice de sempre dos padrões verde oliva do EB para tudo, fica até estranho ver estes morteiros em cores diferentes das tradicionais.
Mas ficou muito legal. Um sopro de modernidade na força terrestre.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Ter Jun 14, 2022 5:12 pm
por gabriel219
Baseando-me num comentário feito ao @Lucubus sobre o EB criar Brigadas de Artilharia de Exército, com Obuseiros AR pesados e MRLS, vou discorrer um pouco sobre o que penso, no lugar da AD. Se possível, o @RobsonBCruz me corrigir acerta das ADs.

Pela formação de hoje e pelo que li a respeito, as OMs de Artilharia Divisionárias basicamente são replicações dos GACs a nível Divisional, fornecendo apoio de fogo direto para movimentos da Divisão. O meu pensamento, defendendo Brigadas de Artilharia de Exército no EB seria dividir nossa Artilharia em duas vertentes, uma de Apoio de Fogo e outra para Destruição, utilizando uma mistura de conceitos Deep Strike do Exército Britânico e da Artilharia Russa.

Levando-se em conta o conjunto apresentado nesse post meu: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 5#p5608175

:arrow: Deep Strike:

O conceito Deep Strike do Exército Real Britânico surge a partir da 1st Deep Recon Strike BCT, que é basicamente prover Apoio de Fogo de precisão para das demais Divisões Britânicas, que hoje estão sendo reduzidas para tamanhos de Brigadas, basicamente. Os Britânicos querem se apoiar em tropas rápidas para difundir operações de Rápida Resposta ao redor do mundo e em seu continente, de baixa até alta intensidade. Considerando que a US Army é basicamente a ponta de lança em termos blindados para a OTAN, os Britânicos decidiram manter uma vertente de rápida inserção no campo de batalha, protagonizado pelas suas tropas de aviação e pela 1ª Divisão e a 6ª Divisão, que foram a a Operating do Exército Real.

No caso da Deep Strike, vem o segundo conceito a partir dos estudos de 2021 em relação ao Operating e Warfighting, sendo este último protagonizado pela 3ª Divisão Britânica, aonde fica a 1st Deep Recon Strike. Em miúdos, é basicamente apoio de fogo com previsão para as tropas dessa divisão, o vídeo abaixo explica com maestria, bem melhor do que eu:



:arrow: Conceito de Artilharia dos Russos:

Eu já falei bastante em relação a isso no tópico da Ucrânia, porém irei deixar o vídeo abaixo para refrescar:



O que isso basicamente me dá a ideia de Artilharia do EB ser dividida em duas partes? Uma coisa que deixei que penso ser o melhor para o EB é simplesmente acabar com as Divisões fixas, considerando uma forma de Divisão Modular, que seria desdobrada de acordo com a necessidade de uso em cada T.O. Isso seria basicamente um conceito como BTG, TK ou GTI elevado ao nível Divisional.

Considerando que Brigadas seria o último nível de OM que teríamos, as Brigadas precisam ser autossuficientes para o cumprimento da sua missão, porém irei falar não apenas especificamente dos GACs aqui, mas de artilharia do nível Subunidade até Grande Unidade.

:arrow: Artilharia SU-GU:

O que penso para as artilharia é basicamente possuir uma doutrina única com composições, com fogo em atuação na área determinada para a Brigada em específico, atuando como sistema de apoio de fogo indireto e sistema de contrabateria, sendo este último responsabilidade apenas do GAC - não faz sentido morteiros atuando como contrabateria, a não ser a nível de oportunidade. A doutrina de artilharia desse nível no EB ainda é boa, porém necessita - tudo na minha opinião, claro - de uma atualização em termos de aquisição de alvo, precisão de disparo e balizamento de alvo. Além disso, dos próprios equipamentos em si.

Hoje, basicamente, nossas Brigadas e SUs atuam basicamente com artilharia como apoio de fogo, de forma bem mais Ocidentalizada, diferente dos Russos com o uso de apoio de tropas para a artilharia. Eu pensava ser um conceito ultrapassado, mas esse conceito está sendo bem eficaz desde que os Russos preferiram atuar dessa forma para cobrir os erros de uma tentativa de doutrina ocidentalizada no inicio da guerra. Considerando os níveis, em termos de armamento e aquisição de alvos, em termos de Batalhão, é adicionar uma Seção de tropas JTAC em cada Seção de Comando das Companhias, que terão o papel de balizar os alvos para a artilharia do Batalhão e também da Brigada, se for o caso.

Aqui é um conceito bem parecido ao que o Exército Americano está desenvolvendo em termos de Develop & Disrupt, Deny & Degrade e Destroy & Defeat:
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Olhando para esse prisma, precisaríamos desdobrar três tipos de Frações e Subunidades que seguiriam as mesmas lógicas de SU até GU:

:arrow: Seção/Bateria de Peças (Mrt ou Obus): a espinha-dorsal do apoio de fogo indireto, tanto a nível SU presente em Pel AP quanto a nível GU em GACs. Quanto ao uso específico de calibre, eu gosto bastante do conceito da US Army, em adotar Mrt 82/60 mm para apoio de fogo indireto dos Pelotões e das Companhias; Mrt 120 mm para Batalhões; e Obus 105/155 mm para Brigadas. Se é AR ou AP (tanto Mrt quanto Obus), vai depender do nível e tipo da Brigada, se presa pela leveza ou necessidade de ser autopropulsada em torno da Mobilidade Estratégica e Tática. Aqui é caso de falarmos em termos de 6-8 peças cada de Mrt AR, VBE Mrt, M109A5, ATMOS, M119A2/LG1 e M777/Pegasus, dependendo do nível da OM.

:arrow: Seção/Bateria de Aquisição de Alvos: essa é a parte mais importante em termos de contrabateria, apoio de fogo e alvos de oportunidade para o apoio de fogo indireto, além do balizamento de fogos. Dividido em dois tipos, sendo orgânica das Companhias em força de JTAC como também orgânica das próprias OMs de artilharia, para contrabateria e alvos de oportunidade fora da linha de visada ou por drones operados pelas tropas de manobra em campo, porém encontrados pelos próprios meios. Aqui, além de JTAC, estamos falando intenso uso de drones, especialmente loitering, como o caso da família Hero, sendo usados o Hero-30/90 para nível Unidade, Hero-120 para Grande Unidade (GAC), enquanto para SUs e Frações algo como o ROTEM e/ou Spike Firefly seria o ideal.

:arrow: Bateria LMF Leve: aqui sendo algo exclusivo para GACs - sem esquecer a nível Divisional, mas já chegaremos lá - vejo cada vez mais interessante o uso de MRLS a níveis de GU em conflitos convencionais. A Guerra de Nagorno-Karabah e a própria da Rússia, está sendo utilizando extensamente o uso de MRLS, especialmente os BM-21, como proposta para saturação e supressão de artilharia em tropas inimigas enquanto suas tropas são desdobradas próximo a elas, além para destruição de forças de artilharia inimigas. Obuseiros são eficientes quanto a isso, mas não conseguem chegar próximo do volume de fogo e a flexibilidade em termos de disparar diversos tipos de projéteis de uma só vez. Uma das táticas sendo utilizadas, que vi tanto a AFU quanto os Russos fazer, é mascarar ataques de precisão com barragem de artilharia, disparando projéteis comuns e, entre eles, um projétil guiado acertando diretamente o alvo, sem dar a certeza ao inimigo que naquela região existe artilharia de precisão ou mesmo drones balizando com sistemas laser munições como Krasnopol. Um dos usos por parte da Rússia é utilizando BM-21 com misto de foguetes com ogiva de fragmentação ou termobárico e termite, oferecendo uma flexibilidade maior no abatimento de alvos.

Em nosso caso, um LMF seria constituído de quatro viaturas 4x4 disparando foguetes 127 mm e 180 mm, com diversos tipos de ogivas (termobárica, incendiária, Jammers, cluster, guiada por GPS e fragmentação). O interessante aqui seria ressuscitar o projeto FOG-MPM, trocando o motor por um mais moderno e ogiva em duas configuração, uma sendo ogiva dupla tandem anticarro e outra de fragmantação/termobárica. A tarefa desse tipo de míssil é atingir alvos com extrema precisão além do alcance dos obuseiros. Uma configuração pro FOG-MPM aplicada pela Avibrás em uma viatura 4x4 - imagino ser o VBL - seria essa viatura operando 8 mísseis, assim o SS-30 (127 mm) poderia operar com 16 foguetes e o SS-40 com 8 foguetes também na viatura, tornando-se bem versátil.

Quatro viaturas poderiam oferecer massa de fogo de 64 foguetes 127 mm e 36 foguetes 180 mm ou FOG-MPM. Esse tipo de viatura me parece ser propícia até para exportação, substituindo BM-21, que basicamente não possui substituto pelo mundo, as unidades mais modernas são basicamente Astros/HIMARS com lançador 122 mm e também pra quem não tem dinheiro para adquirir um Astros Mk6. Esse tipo de sistema seria designado para dotar Brigadas Mecanizadas e Blindadas, Brigadas Leves teria, no lugar, viaturas leves 4x4 com mísseis Spike NLOS.

Bom, tendo isso como efeito, o resumo é que a Artilharia até o nível Brigada teria como papel apoio de fogo designado, contrabateria e destruição de alvos de oportunidade tática dentro do escopo de atuação da OM o qual pertende.

:arrow: Brigada de Artilharia de Exército.

Aqui já temos algo para atuações mais estratégicas do que táticas, basicamente como funcionam brigadas desse tipo na Rússia, especialmente na VKS ou no próprio Exército Russo. Um dos usos de artilharia do Exército Russo é utilizar peças pesadas de longo alcance, como BM-27, BM-30 e Malka para atingir alvos atrás das linhas inimigas, bem atrás aliás, atingindo infraestrutura de comando, depósitos, concentração de força e fazendo contrabateria em amplo espectro. Muitas vezes, obuseiros pesados como Malka ou MRLS são destacados para tropas operacionais, reforçando Divisões também em apoio de fogo, como vimos em Azovstal e também em Rubizhne e Severodonetsk, em que os Russos destaracam Malka e Tulpan para apoiar as tropas na conquista desses locais - considerando que Severodonetsk ainda está em andamento.

A boa base que temos inicial para esse tipo de doutrina são os GMFs e as ADs, juntando as duas. Penso também que ainda falta também poder de longo alcance e carga pesada, além de velocidade, o que poderia ser atingido com uma versão 8x8 do Astros, mais alongada para comportar mísseis maiores e velocidades, além de alcance largo, tanto de cruzeiro quanto balístico. A FAB e a MB poderiam fazer esse papel, mas seria interessante também ter essa opção baseada em terra, até se pensar numa versão antinavio 8x8 para a Marinha, operando mísseis que cubram boa parte do Atlântico Sul - existe BrahMos sendo desenvolvido com 1,500 km de alcance. Sendo assim, tal Brigada poderia ser composta por:
  • 1x GMF-EA (Extremo Alcance, Astros Mk8 8x8): 4x Bia MF-EA + 2x Seções de Busca de Alvos e Avaliação de Danos (Drone e Satélites) + 2x Seções de Drones (Hero-1200);
  • 2x GMFs (Astros Mk6): 4x Baterias MF (6 Tu Lç cada) + 3x Seções Busca de Alvos e Avaliação de Danos (Drone com 500 km de alcance) + 2x Seções de Drones (Hero 900); e
  • 2x GACs (Obus Pesado, como FH-2000 ou ATHOS): 4x Baterias de Obuseiros AR (8 Pç por Bia) + 3 Seções de Busca de Alvos e Avaliação de Danos + 2x Seções de Drones (Hero 400EC).
A ideia é manter as Brigadas totalmente autônomas em termo de apoio de fogo para suas tropas em manobras, deixando com que as Brigadas de Artilharia de Exército cuide da destruição de alvos atrás das linhas inimigas, como os tipos de alvos já relatados, de cunho estratégico, com a possibilidade de serem destacadas algumas OMss de tal Brigada para atuar como GACs. O importante do uso de Obuses Pesados, como ATHOS e FH-2000 é a capacidade dos mesmos operar um volume de fogo muito maior do que obuseiros mais leves, além da diferença que faz um obus com peça de 52 calibres em termos de alcance e temperatura da pele. Projéteis Ramjet e EFMB são altamente requisitados para este, como também outros tipos de munições guiadas, como anticarro (BONUS, por exemplo), guiada por GPS (M1156, por exemplo) e uma por laser (Krasnopol, por exemplo).

Não é nada barato termos algo desse nível, mas vale bastante a pena como um multiplicador de força devido ao nosso tamanho territorial, dando capacidade a uma Divisão Modular poder combater quase como um Corpo de Exército.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Ter Jun 14, 2022 5:42 pm
por NaScImEnTToBR
gabriel219 escreveu: Ter Jun 14, 2022 5:12 pm
  • 1x GMF-EA (Extremo Alcance, Astros Mk8 8x8): 4x Bia MF-EA + 2x Seções de Busca de Alvos e Avaliação de Danos (Drone e Satélites) + 2x Seções de Drones (Hero-1200);
O que seria, na sua concepção, um ASTROS Mk8 8X8? Um ASTROS que leve 4 MTC300 (300-1.500km) ou um míssil com uns 2.000-3.000km de alcance como BGM-109? Grato.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Ter Jun 14, 2022 5:43 pm
por gabriel219
NaScImEnTToBR escreveu: Ter Jun 14, 2022 5:42 pm
gabriel219 escreveu: Ter Jun 14, 2022 5:12 pm
  • 1x GMF-EA (Extremo Alcance, Astros Mk8 8x8): 4x Bia MF-EA + 2x Seções de Busca de Alvos e Avaliação de Danos (Drone e Satélites) + 2x Seções de Drones (Hero-1200);
O que seria, na sua concepção, um ASTROS Mk8 8X8? Um ASTROS que leve 4 MTC300 (300-1.500km) ou um míssil com uns 2.000-3.000km de alcance como BGM-109? Grato.
Os dois, porém algo como 1.000-1.500 km de alcance já está de bom tamanho.

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Enviado: Ter Jun 14, 2022 6:15 pm
por NaScImEnTToBR
gabriel219 escreveu: Ter Jun 14, 2022 5:43 pm
NaScImEnTToBR escreveu: Ter Jun 14, 2022 5:42 pm

O que seria, na sua concepção, um ASTROS Mk8 8X8? Um ASTROS que leve 4 MTC300 (300-1.500km) ou um míssil com uns 2.000-3.000km de alcance como BGM-109? Grato.
Os dois, porém algo como 1.000-1.500 km de alcance já está de bom tamanho.
Na prática a unidade lançadora só seria um ASTROS LMU levando 4 MTC300, mas na época não sabia do alcance suspeito do MTC300, por isso havia desenhado algo maior.

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