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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 2:35 am
por Carlos Mathias
Pessoal, vamos pensar.

Uma antena 100% mecânica, como a dos caças de geração anterior, precisava mover-se um lado a outro 100% do tempo durante a procura dos seus alvos, e depois para acompanhá-lo.
Era uma bronha sem fim, de um lado para outro,e logicamente isso geraria panes num dado momento.
Mas isso também não era como se cada vez que ligasse o radar a parada quebrasse depois de duas viradas. Não,a coisa ficava na casa de 1 pane a cada 200 horas mais ou menos.
Uma antena eletrônica não quebra pelos motivos sabidos, ela aponta eletronicamente o cone/feixe radar em ~30º para cada lado do eixo do avião.

A antena do SU-35BM (falo do que eu conheço ao menos superficialmente) não vai ficar movendo-se o tempo todo de um lado a outro, esse movimento será na verdade raro e mesmo que quebre, o radar continua movendo o feixe eletronicamente.

Se der pane, basta travar a antena na posição central, digamos assim. Pronto, virou um radar fixo como os outros.

A visada lateral (+ que 45º) será usada apenas em combate quando se quiser iluminar um alvo fora desse cone à frente do avião, e trará SIM uma enorme vantagem ao iluminar um lavo às 3/9 horas depois de lançar uma salva de MAA como o R-77 ou R-27ER/A.
O avião lançador atualizará durante todo o tempo a posição do alvo para o míssil, além de poder manter o mesmo travado para outros tiros e realizar SIMULTÂNEAMENTE uma manobra de F-POLE à 90º ou mais.

Isso significa que o alvo vai ter de ir de encontro aos mísseis lançados por você para te iluminar e dirigir os próprios mísseis contra você, só que você está se afastando dele na verdade, diminuindo drasticamente o alcance cinético dos mísseis deste alvo.

Pode servir também para manter um navio sob contato radar e atualizar sua posição para um MAN, tudo sem se aproximar e mantendo distância segura.

Mas pensem que isso será em combate, o que pode nem ocorrer durante toda a vida do avião, e mesmo durante uma guerra, se o MTBF do sistema eletro-mecânico for de 200 Hs, a guerra acaba antes da pane acontecer, e se acontecer, basta prender a antena na posição normal que ele vira um radar comum.

A antena não bate de um lado para o outro, ela só vai se mover quando a situação tática exigir, normalmente de maneira suave.

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 2:54 am
por AlbertoRJ
Mathias e Santiago,

Vocês não optariam, como primeira hipótese, na utilização de componentes não mecânicos, avaliando a existência de alternativas?
Taticamente, me parece óbvio que a NCW pode compensar alguma deficiência relativa a amplitude da detecção ângulo/radar em radares e-scan mas, isoladamente, já existem outras soluções para esse problema sem a necessidade de componentes mecânicos.
Ou seja, vocês concordam que, por exemplo, a distribuição de sensores complementares fixos não solucionaria de melhor forma a deficiência da varredura eletrônica em maiores ângulos, sem necessidade de optar por soluções mecânicas?

Um abraço!

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 8:54 am
por Túlio
Senhores, algumas considerações:


:arrow: Primeiramente, quero parabenizar o colega Justin: penso igual, qual a real vantagem de uma antena que tem todas as imensas vantagens trazidas pela AESA adotar as imensas desvantagens das antigas, com brutal aumento de MTBF? A meu ver isso de SWASHPLATE só se justificaria em uma Força Aérea desprovida de AEW&C: não é o caso da nossa, assim...

:arrow: Segundamente ( :mrgreen: ), não vejo essa vantagem/desvantagem brutal entre depender de um só ou de muitos: em ambos os casos se corre o risco de embargo ou simples descontinuação da parte/peça pelo fabricante. Lembram do Buffalo? Avião Canadense com turbinas ianques. Quem descontinuou as peças, forçando a própria FAB a fabricá-las? OS CANADENSES! Ou a gente trata de fazer tudo aqui ou o risco está aí, seja com o Francês de um fornecedor só, seja com o Sueco de múltiplos. Por este aspecto teria alguma simpatia pelo NG se confiasse que fosse um programa de ESTADO, o pessoal resolve desenvolver turbina, radar, fly-by-wire, FMS & quetales, nem que fosse aos poucos, integrando e substituindo gradualmente as peças estrangeiras. Por ser um avião NOVO e não um Gripen C/D anabolizado, as chances seriam buenas, além de ter sérias dúvidas sobre a França nos passar 100% do Rafale, com RBE, M88 E SPECTRA, que são a culminância de décadas de esforço tecnológico contínuo. Teriam que ser/estar DOIDOS! Mas sacumé, com a FÉ que tenho em nossos políticos nem de F-16MLU eu duvido, mais um TAMPAX-FIGHTER... :roll:

:arrow: Finalmente, após descartarem o melhor de todos, o caça capaz de fechar o Atlântico Sul, para mim tanto faz qual vier, seja mono, seja bi, e digo isso baseado em debate com o nosso véio Cabôco: ele será o componente LO da equação, o HI será 5G, então... :wink:

É a minha opinião. 8-]

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 9:39 am
por Justin Case
Amigos, bom dia.

O foco principal da análise que apresentei foi a degradação no desempenho do radar (alcance e discriminação de alvos) no eixo da aeronave - "boresight". Essa degradação tem sérias implicações operacionais.

O vídeo do YouTube serve apenas para exemplificar como ocorre a variação do plano da antena, em um ângulo fixo relativo ao eixo longitudinal. Podem esquecer o mecanismo de motor a combustão que está à frente daquele plano. Swashplate é só o que está atrás do plano variável.

Abraço,

Justin

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 9:57 am
por Penguin
AlbertoRJ escreveu:Mathias e Santiago,

Vocês não optariam, como primeira hipótese, na utilização de componentes não mecânicos, avaliando a existência de alternativas?
Taticamente, me parece óbvio que a NCW pode compensar alguma deficiência relativa a amplitude da detecção ângulo/radar em radares e-scan mas, isoladamente, já existem outras soluções para esse problema sem a necessidade de componentes mecânicos.
Ou seja, vocês concordam que, por exemplo, a distribuição de sensores complementares fixos não solucionaria de melhor forma a deficiência da varredura eletrônica em maiores ângulos, sem necessidade de optar por soluções mecânicas?

Um abraço!

Distribuir antenas de radar AESA pela fuselagem não é algo simples. Requer certa infraestrutura por trás da antena, a exemplo de refrigeração (que é um sistema mecânico). Ou o caça é projetado desde o inicio para tal (F-22, Su-35 e PAK) ou é praticamente inviável.

[]s

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 10:34 am
por Marino
orestespf escreveu:
cb_lima escreveu: :lol:

Excelente explicação matemática Mestre... [100] [009]

Lembrar que para todos os efeitos o "Osório" chegou a "existir" ... e naquela época não pegaram um M-41 e modificaram e chamaram de Osório NG... ou seja... talvez pensando assim ele até tenha estado um passo à frente. :lol:

Já a Engesa/SAAB... realmente verdade!

[]s
CB_Lima
Lima, poucos se dão conta sobre o real significado de um caça como o Gripen NG, pouquíssimos são aqueles que conseguem (hoje) compreender que o Osório seria o erro do século. Os dois são idênticos, claro, guardadas as proporções (daí a "classe de equivalência", que de fato é um conceito algébrico, ou seja, capacidade de relacionar, associar elementos/objetos/entidades de naturezas distintas através de uma função bijetora -- inversível -- conveniente).

Explico: o Brasil não tinha tecnologias para fabricar integralmente um carro de combate, mas viu que peças e equipamentos no estado da arte estavam disponíveis naquela época. Daí veio a "genialidade" (dá vontade de matar o sujeito, mas...): podemos montar um carro de combate no estado da arte com peças e equipamentos de terceiros; compramos umas partes de um dado fornecedor, outras partes de um segundo, e por aí vai.

Sim, não só era possível em teoria como na prática também, tanto que a prova do crime realmente existiu na prática (nem tinha Photoshop). Mas coitado do Osório, deve estar se removendo no túmulo até hoje, dado o tamanho da ofensa em associá-lo a gerigonça no estado da arte.

O hermetismo ensina que, para se fazer pacto, o indivíduo tem que ser louco ou estúpido, talvez ambos. Onde está a estupidez? Simples, em caso de extremo desgaste (combate real) ficaríamos com um carro de combate parado, pois bastaria um fornecedor dizer não para que o carro tivesse que ser encostado; seja pelo motivo dos mais simples.

E o que é o tal de Gripen (todos!)? Nada mais é do que um Osório (com respeito ao cidadão) da vida! Um caça todo "terceirizado", que não há nada de soberania ali, a não ser a capacidade de montar Lego no estado da arte. Pois bem, será que ninguém notou que a própria Embraer teria as mesmíssimas condições de fazer um Gripen da vida? É justamente isso que a Embraer pratica durante anos e anos, é justamente assim que foi construído o ST. Ninguém parou para pensar que fazer NG não seria difícil (jamais impossível) para a Embraer? Agora, justifica altos investimentos da parte dela para entrar em um mercado já bastante complicado (leia-se competitivo)? Claro que não...

Vejam bem... Em tecnologias simples, acessível ao cidadão comum, é possível observar três tipos de países: os que não têm acesso a material de primeira, os que têm acesso a tudo que existe de mais moderno, os que têm produzem o que há de mais moderno. Temos um vizinho que tem tudo de mais moderno, como aqui, mas não tem a mínima condição de fabricar nada.

A capacidade de fabricar (não apenas montar) está intimamente relacionada com a soberania de uma nação. Hoje, no estado da arte da aviação de combate, podemos dizer que existem três países verdadeiramente soberanos: EUA, Rússia e França. Vários outros estão próximos, mas seria uma espécie de "soberania compartilhada". No caso da Suécia, no que diz respeito aos caças, apenas, afirmo: sua soberania é meramente "terceirizada". É este o desejo do Brasil, ou seja, ser uma "potência de terceiros"?

Insisto, a compra dos caças é "simbólica", não representa a pronta e imediata soberania absoluta, mas é um símbolo claro e inconteste afirmação da soberania que se busca (até com certa urgência), com ou sem custos elevados, pois Soberania (com "s" maiúsculo) é cara em qualquer parte do planeta.


Abração, Lima véio!
Mano velho, impecável, brilhante.
Quem quiser finja que não entendeu, mas os pontos nos Is foram colocados de maneira definitiva.

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 10:51 am
por Carlos Mathias
Concordo com o Santiago, espalhar antenas AESA num caça não é como colar decalques.
Caças pequenos como o Gripen-NG e mesmo um médio como o Rafale, teriam talvez problemas com potência e capacidade de refrigeração, que é feita por um sistema...MECÂNICO-HIDRÁULICO.
A antena não pifa, mas a gambiarra por trás dela que gera a refrigeração sim,e talvez mais que um sistema de movimento que será usado raras vezes. A refrigeração vai ser usada 100% das vezes 100% do tempo que o radar for usado.

Eu queria que os amigos olhassem a antena MÓVEL como a do SU-35BM como uma solução SIMPLES E MUITO BARATA.
O que os russos argumentam é que conseguiram o desempenho de um AESA por uma fração do preço de um radar deste.
No atual estado de evolução e preço dos AESA, é uma solução perfeitamente viável e eficiente, basta ver que o BARS já usa o sistema de movimento à anos e não existem relatos de falat de confiabilidade ou panes a níveis "com brutal aumento de MTBF".
É claro que se compararmos o MTBF de um sistema 100% eletrônico com um 99% eletrônico e 1% eletro-mecânico, o MTBF vai diminuir, mas não será para valores "brutais" .
Os SU-30MKI foram na Red Flag e não houve sequer um reporte de pane nos radares, muito pelo contrário, esses equipamentos provaram que mesmo operando muito degradados, foram excelentes em termos de desempenho.

É uma solução de compromisso capaz de dar a um caça de 4ºG desempenho de varredura muito melhor sem precisar espalhar antenas numa fuselagem não preparada para tal, além de uma vantagem tática que qualquer piloto de caça vai querer, mesmo a preço de uma pequena degradação do MTBF.

Vamos ainda nos lembrar que 100% das antenas da FAB e 99% das antenas de caças no mundo são 100% mecânicas,e as guerras são travadas, os caças funcionam a contendo, tudo isso mesmo com as antenas tendo que se mover 100% do tempo.
O EF Typhoon é cantado em prosa e verso como um dos melhores caças ar-ar do mundo atualmente, e a antena dele é...100% mecânica, e sem queda "brutal" de MTBF.

E lembrando sempre que pode-se simplesmente fixar a antena, desligar o mecanismo e torná-lo um radar como os APGs e RBEs.

Eu falo pelo SU-35BM, pois de caças com limitações severas de espaço e potência eu já não sei de nada, isso é assunto da terceira divisão da caça.

Então é isso, 100% de todas as vantagens das antenas AESA/PESA e mais a vantagem tática da varredura fora do eixo das 3/9 horas do caça.
Perguntem a um caçador o que isso representa num combate.

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 11:33 am
por PRick
Bem, existem muitas coisas não analisadas aqui.

1- Nem todas as antenas AESA que se movimentarão, terão o mesmo tipo de movimento, quer dizer a antena móvel projetada para o SU-35BM, não é igual a antena móvel projetada para o Gripen NG, uma se move em relação ao eixo, estando em posição inclinada em relação ao movimento da aeronave, isso que dizer que não só existe uma degradação do sinal e do desempenho para frente, como também, o movimento tem que ser constante, e uma falha no mecanismo de movimento será algo que deixará o radar estacionado num único ângulo. Como podemos ver por essas duas antenas.

Imagem

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O projeto proposto para os SU-35BM é diferente, a antena poderá se mover, porém, não é algo constante. O que a meu ver adiciona complexidade em troca de uma pequena vantagem. Já no caso anterior não vejo vantagem, em virtude da queda do alcance frontal e da necessidade permamente do movimento de rotação.

2- Quanto a adoção de novas antenas AESA não vejo problema, desde que seja feita na nas laterais do canopi, podendo aproveitar a energia e o sistema de resfriamento da antena principal, também acho duvidoso espalhar antenas AESA por toda a fuselagem, dado que o alcance seria pequeno e acenderia o caça como uma árvore de natal, acionando todos os RWR da região.

3- Vou repetir algo que já cansei de falar, o radar é um sensor ativo, o pior tipo de sensor, como ainda é insubstituível, deverá ser usado, porém, em um conjunto com outros sensores passivos. Um caça não é um avião AEW, nem nunca será. Não adianta fazer um caça gigantesco com um custo absurdo para termos mais radar. O caça é o soldado do sistema aéreo. Nem 8 nem 800. [000] [000]

[]´s

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 11:39 am
por Marino
E tem gente que não gosta.
Do BPA:
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 11:40 am
por Penguin
Justin Case escreveu:Amigos, bom dia.

O foco principal da análise que apresentei foi a degradação no desempenho do radar (alcance e discriminação de alvos) no eixo da aeronave - "boresight". Essa degradação tem sérias implicações operacionais.

O vídeo do YouTube serve apenas para exemplificar como ocorre a variação do plano da antena, em um ângulo fixo relativo ao eixo longitudinal. Podem esquecer o mecanismo de motor a combustão que está à frente daquele plano. Swashplate é só o que está atrás do plano variável.

Abraço,

Justin
Justin,

Vc está dizendo que o APG-79, APG-81 e outros radares com inclinação de <30 graus (escolhida pelos projetistas desde o inicio desta forma) possuem degradação no desempenho com sérias implicações operacionais quando varrem no eixo da própria aeronave (frontalmente)? Com base em que vc pode afirmar isso?

Para produzir um movimento rotativo apenas, o mecanismo pode ser bastante simples, o que é o caso do radar com antena tipo swashplate proposto para o Gripen. Nada a ver com o mecanismo complexo para prodizir movimentos alternativos necessários para o funcionamento de um motor a explosão do tipo swashplate ( http://en.wikipedia.org/wiki/Swashplate_engine ) que nada tem a ver com a antena de radar do tipo swasplate.

[]s

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 12:01 pm
por Carlos Mathias
8-]
Bem, existem muitas coisas não analisadas aqui.
Pelo que você escreveu, realmente.
1- Nem todas as antenas AESA que se movimentarão, terão o mesmo tipo de movimento, quer dizer a antena móvel projetada para o SU-35BM, não é igual a antena móvel projetada para o Gripen NG, uma se move em relação ao eixo, estando em posição inclinada em relação ao movimento da aeronave, isso que dizer que não só existe uma degradação do sinal e do desempenho para frente, como também, o movimento tem que ser constante, e uma falha no mecanismo de movimento será algo que deixará o radar estacionado num único ângulo. Como podemos ver por essas duas antenas.
Não, o movimento NUNCA é constante.
A antena só se move para "ver" alvos fora do eixo de varredura normal de uma antena eletrônica.
Quanto a quebra do sistema mecânico, pode ocorrer, mas o MTBF de um sistema desses é muito melhor do que uma antena tradicional, o que já é perfeitamente aceito como viável e útil.
Basta ver o RDY-2 do M-2000MKII, considerado um dos melhores radares do mundo.
Ou não?
O projeto proposto para os SU-35BM é diferente, a antena poderá se mover, porém, não é algo constante. O que a meu ver adiciona complexidade em troca de uma pequena vantagem. Já no caso anterior não vejo vantagem, em virtude da queda do alcance frontal e da necessidade permamente do movimento de rotação.

Como disse, vou me ater ao que eu conheço ao menos superficialmente, o IRBIS-E e o SU-35BM.
O ganho não é de maneira nenhuma "pequeno", muito pelo contrário.
Quem leu e entende o combate BVR e o ataque a alvos iluminados por radar, sabe como é importante e útil poder-se iluminar/ver o alvo o tempo todo do vôo da sua arma.
É impossível para o alvo evadir-se do tiro míssil e sair da janela futura planejada para o míssil lançado, onde ele vai começar a buscar o alvo no ponto futuro; assim como uma manobra de fuga degradará drasticamente o alcance das armas do alvo em si, se este quiser contra atacar.

No caso de um navio, por exemplo, um SU-35BM pode manter uma fragata iluminada o tempo todo do vôo de um BRAHMOS e atualizar sua posição para o míssil, para quando este chegar na área do alvo, já ir direto para ele, fazendo sua detecção imediatamente e com muito maior certeza de sucesso.
Não existe a chance do navio deslocar-se do ponto futuro, pois que este é iluminado 100% do tempo de vôo do míssil.

Durante este vôo do míssil, o avião lançador vai voar numa proa paralela ao deslocamento do navio (90º, ou mais), mantendo o tempo todo uma distância de segurança.

Se ele lançar a 200Km do navio, por exemplo, creio que atualmente não existe sistema de defesa AAer capaz de acertar o lançador nesta distância. Por outro lado, o navio alvo vai estar 100% do tempo travado.

A vantagem tática é grande sim.
2- Quanto a adoção de novas antenas AESA não vejo problema, desde que seja feita na nas laterais do canopi, podendo aproveitar a energia e o sistema de resfriamento da antena principal, também acho duvidoso espalhar antenas AESA por toda a fuselagem, dado que o alcance seria pequeno e acenderia o caça como uma árvore de natal, acionando todos os RWR da região.
Um (1) radar AESA já custa muito caro, multipliquemos esse valor por três ou quatro...
Muito mais barato, simples, eficiente e prático (filosofia russa) uma antena AESA/PESA móvel para quando, e somente quando, se precisar "ver" alvos lateralmente.
3- Vou repetir algo que já cansei de falar, o radar é um sensor ativo, o pior tipo de sensor, como ainda é insubstituível, deverá ser usado, porém, em um conjunto com outros sensores passivos. Um caça não é um avião AEW, nem nunca será. Não adianta fazer um caça gigantesco com um custo absurdo para termos mais radar. O caça é o soldado do sistema aéreo. Nem 8 nem 800. [000] [000]
Isso é ótimo quando tudo dá certo, mas se um dia o avião tiver que combater sem apoio de um AWACS, ou o inimigo não for piloto de carroça e também mantiver seu radar desligado, a coisa complica e essa teoria toda de ser 100% furtivo vai pro saco.

O SU-35BM custa muito menos, fly away e operacionalmente, que um Rafale, e oferece mais.
Eu digo até muito mais mesmo.

Nem 8 nem 800, né? 8-]
Ou seja, nem F-22 nem Super Tucano. Aí eu concordo. :wink:
Mas uma antena móvel vai acrescentar uma fração irrisória no valor de um caça moderno e um grande diferencial tático ao avião.
Mas isso só pode ser feito com caça que tenha espaço e energia de sobra. 8-]

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 12:49 pm
por PRick
Carlos Mathias escreveu:8-]
Bem, existem muitas coisas não analisadas aqui.
Pelo que você escreveu, realmente.
1- Nem todas as antenas AESA que se movimentarão, terão o mesmo tipo de movimento, quer dizer a antena móvel projetada para o SU-35BM, não é igual a antena móvel projetada para o Gripen NG, uma se move em relação ao eixo, estando em posição inclinada em relação ao movimento da aeronave, isso que dizer que não só existe uma degradação do sinal e do desempenho para frente, como também, o movimento tem que ser constante, e uma falha no mecanismo de movimento será algo que deixará o radar estacionado num único ângulo. Como podemos ver por essas duas antenas.
Não, o movimento NUNCA é constante.
A antena só se move para "ver" alvos fora do eixo de varredura normal de uma antena eletrônica.
Quanto a quebra do sistema mecânico, pode ocorrer, mas o MTBF de um sistema desses é muito melhor do que uma antena tradicional, o que já é perfeitamente aceito como viável e útil.
Basta ver o RDY-2 do M-2000MKII, considerado um dos melhores radares do mundo.
Ou não?
O projeto proposto para os SU-35BM é diferente, a antena poderá se mover, porém, não é algo constante. O que a meu ver adiciona complexidade em troca de uma pequena vantagem. Já no caso anterior não vejo vantagem, em virtude da queda do alcance frontal e da necessidade permamente do movimento de rotação.

Como disse, vou me ater ao que eu conheço ao menos superficialmente, o IRBIS-E e o SU-35BM.
O ganho não é de maneira nenhuma "pequeno", muito pelo contrário.
Quem leu e entende o combate BVR e o ataque a alvos iluminados por radar, sabe como é importante e útil poder-se iluminar/ver o alvo o tempo todo do vôo da sua arma.
É impossível para o alvo evadir-se do tiro míssil e sair da janela futura planejada para o míssil lançado, onde ele vai começar a buscar o alvo no ponto futuro; assim como uma manobra de fuga degradará drasticamente o alcance das armas do alvo em si, se este quiser contra atacar.

No caso de um navio, por exemplo, um SU-35BM pode manter uma fragata iluminada o tempo todo do vôo de um BRAHMOS e atualizar sua posição para o míssil, para quando este chegar na área do alvo, já ir direto para ele, fazendo sua detecção imediatamente e com muito maior certeza de sucesso.
Não existe a chance do navio deslocar-se do ponto futuro, pois que este é iluminado 100% do tempo de vôo do míssil.

Durante este vôo do míssil, o avião lançador vai voar numa proa paralela ao deslocamento do navio (90º, ou mais), mantendo o tempo todo uma distância de segurança.

Se ele lançar a 200Km do navio, por exemplo, creio que atualmente não existe sistema de defesa AAer capaz de acertar o lançador nesta distância. Por outro lado, o navio alvo vai estar 100% do tempo travado.

A vantagem tática é grande sim.
2- Quanto a adoção de novas antenas AESA não vejo problema, desde que seja feita na nas laterais do canopi, podendo aproveitar a energia e o sistema de resfriamento da antena principal, também acho duvidoso espalhar antenas AESA por toda a fuselagem, dado que o alcance seria pequeno e acenderia o caça como uma árvore de natal, acionando todos os RWR da região.
Um (1) radar AESA já custa muito caro, multipliquemos esse valor por três ou quatro...
Muito mais barato, simples, eficiente e prático (filosofia russa) uma antena AESA/PESA móvel para quando, e somente quando, se precisar "ver" alvos lateralmente.
3- Vou repetir algo que já cansei de falar, o radar é um sensor ativo, o pior tipo de sensor, como ainda é insubstituível, deverá ser usado, porém, em um conjunto com outros sensores passivos. Um caça não é um avião AEW, nem nunca será. Não adianta fazer um caça gigantesco com um custo absurdo para termos mais radar. O caça é o soldado do sistema aéreo. Nem 8 nem 800. [000] [000]
Isso é ótimo quando tudo dá certo, mas se um dia o avião tiver que combater sem apoio de um AWACS, ou o inimigo não for piloto de carroça e também mantiver seu radar desligado, a coisa complica e essa teoria toda de ser 100% furtivo vai pro saco.

O SU-35BM custa muito menos, fly away e operacionalmente, que um Rafale, e oferece mais.
Eu digo até muito mais mesmo.

Nem 8 nem 800, né? 8-]
Ou seja, nem F-22 nem Super Tucano. Aí eu concordo. :wink:
Mas uma antena móvel vai acrescentar uma fração irrisória no valor de um caça moderno e um grande diferencial tático ao avião.
Mas isso só pode ser feito com caça que tenha espaço e energia de sobra. 8-]
CM, no caso das projetos que coloquei na foto, o movimento terá que ser constante, caso contrário existirá uma região de sombra muito grande, dada a inclinação da antena.

Sobre a teoria geral do aumento do ângulo de visada que o radar de antena móvel propicia, ele só tem vantagem se for em distâncias mais próximos, porém, com o advento dos IRST e do HMD, isso perde a relevância. Engajamento abaixo de 40 kms é melhor ser feito em modo passivo com mísseis IR. Quer dizer não precisa de radar. Acima de 40 kms, é muito mais lógico o caça de movimentar que movimentar a antena, mesmo porque ainda com antena móvel ainda existe uma região de sombra de 120 graus, quer dizer o caça não é AEW.

Como de fato também está ocorrendo para ataque terrestre, se usa POD, OSF, bombas guiadas a laser e GPS, ninguém está usando mísseis EW para alvos terrestres, porque são muito mais caros.

Sobre o ataque a navios, dado o peso desses mísseis, as aeronaves que estão com eles terão que ser escoltadas, caso se espere oposição aérea. Um Su-35 carregando um Brahmos da vida está totalmente comprometido como caça, ele é um avião de ataque naval nessa situação.

[]´s

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 2:27 pm
por Carlos Mathias
CM, no caso das projetos que coloquei na foto, o movimento terá que ser constante, caso contrário existirá uma região de sombra muito grande, dada a inclinação da antena.
Prick, se você está falando dos radares inclinados, pode ser, mas também não é assiiiiiiim não.
O cone do radar, quanto mais afastado o alvo, maior o volume de espaço escaneado pelo radar na busca por este alvo.
Então, a menos que este alvo esteja muito baixo e perto e o caça muito alto, a angulação da antena não será um problema tãããããão grande.
Os que assim os instalam pesaram tudo isso e acharam que a antena levemente inclinada compensa o ganho em redução de RCS.
Por outro lado, uma antena fixa na vertical ganha em varredura a menores distâncias, mas perde em RCS. Quem é mesmo "o caça super furtivo"?
Sobre a teoria geral do aumento do ângulo de visada que o radar de antena móvel propicia, ele só tem vantagem se for em distâncias mais próximos, porém, com o advento dos IRST e do HMD, isso perde a relevância. Engajamento abaixo de 40 kms é melhor ser feito em modo passivo com mísseis IR. Quer dizer não precisa de radar. Acima de 40 kms, é muito mais lógico o caça de movimentar que movimentar a antena, mesmo porque ainda com antena móvel ainda existe uma região de sombra de 120 graus, quer dizer o caça não é AEW.
Prick, não é teoria, é real e prático, deixa de inventar moda prá defender a antena vertical fixa do Rafale e seu biquinho sem espaço.

E pelo amor do bom Deus, 40Km Prick?
Você está tirando isso pelo alcance do radar do Rafale e outras mendigarias?
Meu caro amigo, a visada lateral em uma antena AESA/PESA móvel NÃO PERDE DESEMPENHO!!!!!!!!
Não existe side lobe nem degradação por se estar usando o limite lateral de varredura.
O que se consegue olhando para frente, se consegue olhando a 90º, sem perdas nem degradação, ou seja, alcance máximo.
A varredura no limite de ângulo de uma antena fixa AESA/PESA é que sofre degradação, mas porra, seu viro a antena pro lado que quero ver, não tenho mais a degradação.

Portanto, se o IRBIS-E loca um alvo de 1m2 a 250~300Km, ela vai fazer o mesmo este alvo estando a 90º da sua proa.
Se loca um navio a 300~400Km, vai fazer o mesmo estando este alvo a 90º.
A degradação só ocorre quando se chega no limite de varredura, que neste caso é de 120º em relação ao eixo longitudinal do avião.

E Prick, movimentar o caça para iluminar o alvo com antena fixa? :roll:
Meu fio, você justamente quer evitar somar a tua velocidade com a do alvo para diminuir o alcance cinético dos mísseis dele, aí você virar de frente prá ver?
Ou seja, você quer colocar o caçador em rota de proa com o alvo, que desse jeito vira atacante tanto quanto você.

E Prick, IRST com tempo ruim?
Saiba que em combate próximo, o radar ainda é melhor para acompanhar e fornecer dados de distância/velocidade/e etc do alvo.
HMS a 40Km?
Olho biônico, vem no Rafale também?

Prick...
Meu Deus do céu, se com uma antena móvel temos uma meia esfera na frente do avião, onde qualquer coisa ali dentro vai ser detectada, uma radar AESA/PESA fixo vai ter apenas um cone frontal, limitado a 45º.
E o hemisfério dianteiro todo é que tem sombra??????????????

Ai meu Deus.... :roll:

Ataque ao solo, né?
Pulaste do alvo ar-ar para o ar-terra porque?

E pode parar, porque po IRST do Su-35BM é melhor que o OSF, que por limitação de espaço é pequinininho, com lentezinha e laserzinho fraquinho.
E não tem mais TVzinha.
Sobre o ataque a navios, dado o peso desses mísseis, as aeronaves que estão com eles terão que ser escoltadas, caso se espere oposição aérea. Um Su-35 carregando um Brahmos da vida está totalmente comprometido como caça, ele é um avião de ataque naval nessa situação.
Sei, e um Rafale carregando a pereba do Exocet não...

Prick, para de pensar pequeno, limitado ao mundo dos aviões fracos e oprimidos pela falta de espaço e enegia.

O SU-35BM pode levar até três(3) CLUB-N 3M54.
É até mais rápido que o BRAHMOS/YAKHONT, que podem ser até três(3) também, mais mísseis ar-ar.
Um(1) só é o KH-41.

Quem precisa de escolta prá ir na esquina jogar bombinha é caça pequeno.

Veja que com três(3) mísseis ar-terra de longo alcance (CLUB, BRAHMOS/YAKHONT), ainda sobram cabides para até seis(6) mísseis ar-ar BVR/WVR; ou 4 MAA mais 2 tanques de 2000 l.
Imagem
Operating against aerial and
ground threats at the same time
, the Irbis-E
maps the ground while keeping an eye on
airspace or tracking an aerial threat with
precision sufficient for attacking it with active
radar homing missiles.
Num te mete nesse mato que tú vai sair arranhado. 8-]

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 2:36 pm
por Carlos Lima
Olá Srs,

Lembrar que no caso do Rafale a preferência está sendo dada para o Spectra... ou seja, ao invés de se espalhar AESA pela fuselagem e ter que lidar com todos os problemas inerentes a isso (energia/refrigeração/ficar brilhando como uma árvore de natal em todas as direções), eles optaram pelo aprimoramento de sensores passivos...

:wink:

Em última análise é uma outra solução para o mesmo problema... :D

[]s
CB_Lima

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

Enviado: Sáb Ago 28, 2010 2:42 pm
por Carlos Mathias
É verdade, só que o SU-35BM tem tudo isso, e mais uma ante PESA/AESA móvel. :wink: 8-]