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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Dom Abr 17, 2022 11:13 pm
por FCarvalho
E pode ser que esteja vindo muito mais por aí.
Veremos.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Dom Abr 17, 2022 11:26 pm
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: ↑Dom Abr 17, 2022 11:08 pm
Tá mais fácil agora?
Algo que passa a ser desejável ao invés de absoluto é evidente que é algo que deixa de ser relevante pra abrir espaço pra um que claramente não cumpria tal requisito, o Caesar 8x8. TODOS os demais concorrentes cumprem o requisito, só o Caesar 8x8 que nem e é esse que o Elígio apontou.
Se tu acha que o EB tirou isso pra que Polonês, Ucraniano ou Sérvio participasse da disputa, até Russo, você deve estar em outro mundo. Sul Africanos, tá de sacanagem? Chineses?
Novamente, você tem como provar que o atual RO da VBC OAP SR é apenas e tão somente um doc para inglês ver que o comando do exército já decidiu que irá comprar o CAESAR 8x8 como futuro veículo de artilharia AP SR
Se tem, então você pode provar que o comando do exército está prevaricando. O que vais fazer quanto a isso
E sim, um RO é um documento público a quem interessar possa tome conhecimento do que o EB quer em termos materiais. E isto não significa obrigatoriamente que o RFI ou RFP serão idênticos a ale.
Enfim, se você tem tanta certeza assim que o CAESAR é o queridinho e já caiu nas graças do comando do EB, tens também como demonstrar que o EB está prevaricando, e burlando lei federal de licitações no que diz respeito as regras dos limites de compras impostos conforme os valores envolvidos.
Enfim, se é para fazer essa balbúrdia toda e chamar aqui dezenas de empresas, ficar uns dois anos enrolando com burocracia, só para depois dizer
"ok gente, tudo bem, desculpa aí, a gente agrade a participação mas nós já temos um vencedor no coração..."
Pode até funcionar assim na sua cabeça, mas no mundo real a coisa não é assim.
Aliás, quais destes RO que citastes virou um RFI e um processo concorrencial público e com todas as regras abertas e conhecidas
De boa, não confundas o que o EB quer, sonha ou entende como o melhor para ele, com o mundo real onde o que conta mesmo é o quanto você pode pagar, ou não, pelo que quer ou sonha. E neste caso, os militares nem são os últimos a darem a palavra final sobre o assunto compra de material.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Dom Abr 17, 2022 11:30 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: ↑Dom Abr 17, 2022 11:26 pm
gabriel219 escreveu: ↑Dom Abr 17, 2022 11:08 pm
Tá mais fácil agora?
Algo que passa a ser desejável ao invés de absoluto é evidente que é algo que deixa de ser relevante pra abrir espaço pra um que claramente não cumpria tal requisito, o Caesar 8x8. TODOS os demais concorrentes cumprem o requisito, só o Caesar 8x8 que nem e é esse que o Elígio apontou.
Se tu acha que o EB tirou isso pra que Polonês, Ucraniano ou Sérvio participasse da disputa, até Russo, você deve estar em outro mundo. Sul Africanos, tá de sacanagem? Chineses?
Novamente, você tem como provar que o atual RO da VBC OAP SR é apenas e tão somente um doc para inglês ver que o comando do exército já decidiu que irá comprar o CAESAR 8x8 como futuro veículo de artilharia AP SR
Se tem, então você pode provar que o comando do exército está prevaricando. O que vais fazer quanto a isso
E sim, um RO é um documento público a quem interessar possa tome conhecimento do que o EB quer em termos materiais. E isto não significa obrigatoriamente que o RFI ou RFP serão idênticos a ale.
Enfim, se você tem tanta certeza assim que o CAESAR é o queridinho e já caiu nas graças do comando do EB, tens também como demonstrar que o EB está prevaricando, e burlando lei federal de licitações no que diz respeito as regras dos limites de compras impostos conforme os valores envolvidos.
Enfim, se é para fazer essa balbúrdia toda e chamar aqui dezenas de empresas, ficar uns dois anos enrolando com burocracia, só para depois dizer
"ok gente, tudo bem, desculpa aí, a gente agrade a participação mas nós já temos um vencedor no coração..."
Pode até funcionar assim na sua cabeça, mas no mundo real a coisa não é assim.
Aliás, quais destes RO que citastes virou um RFI e um processo concorrencial público e com todas as regras abertas e conhecidas
De boa, não confundas o que o EB quer, sonha ou entende como o melhor para ele, com o mundo real onde o que conta mesmo é o quanto você pode pagar, ou não, pelo que quer ou sonha. E neste caso, os militares nem são os últimos a darem a palavra final sobre o assunto compra de material.
Tu acaba de falar que poderia ser uma mudança pra encaixar Sérvios, Poloneses, Chineses e Russos na disputa, fica fazendo propaganda barata da Denel, ainda tem a audácia de querer chamar alguma empresa de incompetente por não fazer negócios com a Denel e tu quer falar ao mesmo tempo de
MUNDO REAL?
Não vale nem o tempo pra eu tentar desenhar o que eu já deixei óbvio. É por isso que tu é zuado aqui, tá no mundo da lua e vem dizer que os outros estão fora do mundo real.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Dom Abr 17, 2022 11:53 pm
por FCarvalho
Cara, essa porra de RO não foi feita para encaixar e nem desencaixar ninguém, larga essa mania infantil de querer ficar falando ou pensando pelos outros. Pior ainda pelas forças armadas. Não sabe nem da tua vida direito...
E não, não estou fazendo propaganda de nada e de ninguém, e bem de merda nenhuma seu inepto mental. O fato de postar imagens de dessa ou daquela empresa não significa fazer propaganda ou defender porra nenhuma. Vê se volta para o fundamental e aprende a ler. Que saco isso.
Difícil falar contigo que toda hora é essa lenga-lega. Vê se aprende a ler e interpretar o que os outros dizem. Sai desse mundinho binário e escroto que tu tem na cabeça. A vida não anda ao seu redor das suas ideias e visões de mundo. E menos ainda da tua pessoa.
Parei contigo. Simplesmente não dá.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Abr 19, 2022 9:33 pm
por FCarvalho
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Abr 19, 2022 9:49 pm
por FCarvalho
Grupo de Artilharia de Campanha
Portaria n. 100 COTER, de 29 de julho de 2020 (APROVAÇÃO). Publicado no Boletim do Exército n. 36 de 04 de setembro de 2020. Revoga o Manual de Campanha C 6-20 Grupo de Artilharia de Campanha, 4ª Edição, 1998, aprovado pela Portaria nº 098-EME, de 15 de outubro de 1998, e a modificação M1, constante da Port nº 055-EME, de 14 de maio de 2001.
Manual de Campanha
EB70-MC-10.360
2020
http://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/123456789/7352
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Abr 20, 2022 12:47 pm
por cabeça de martelo
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Abr 20, 2022 3:51 pm
por FCarvalho
Por quanto tempo isso vai continuar
Pelo tempo que USA, OTAN e cia acharem que vale o tempo necessário para colocar a Rússia fora do jogo, para focar apenas na China.
Dose ilusão. Coitados dos ucranianos.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sex Abr 22, 2022 9:49 am
por Cassio
A Ucrânia tem o direito de se defender de um invasor.
Se fosse o Brasil que estivesse sendo invadido, deveríamos depor as armas e nos entregar sem lutar?
Parece que vocês culpam a Ivana em se defender, e não a Rússia em ser o agressor.
Sim, o OTAN, fornece armas e alimenta o conflito, assim como os russos alimentavam os separatistas.
Segue o jogo.... Que a Ucrânia resista o quanto puder, e faça a Rússia pagar um preço caro. Aliás já está pagando, e acredito que está guerra está se mostrando uma grande cagada deste ser desprezível chamado Putin.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sáb Abr 23, 2022 1:24 pm
por FCarvalho
Cassio escreveu: ↑Sex Abr 22, 2022 9:49 am
A Ucrânia tem o direito de se defender de um invasor.
Se fosse o Brasil que estivesse sendo invadido, deveríamos depor as armas e nos entregar sem lutar?
Parece que vocês culpam a Ivana em se defender, e não a Rússia em ser o agressor.
Sim, o OTAN, fornece armas e alimenta o conflito, assim como os russos alimentavam os separatistas.
Segue o jogo.... Que a Ucrânia resista o quanto puder, e faça a Rússia pagar um preço caro. Aliás já está pagando, e acredito que está guerra está se mostrando uma grande cagada deste ser desprezível chamado Putin.
Olá
@Cassio,
Não fiz qualquer menção à Ucrânia não ter o direito, e até a obrigação, de se defender da invasão russa. Muito pelo contrário. Mas é fato que os ucranianos estão sendo usados pelos USA e cia como bucha de canhão há anos para alimentar uma guerra que de outra forma, todos esperavam - esse era o combinado - não durasse mais que duas semanas. Mas algo saiu fora dos planos para ambos os lados...
Não combinaram direito essa parte com os mais interessados, a Ucrânia. Então, temos aí o que vemos todos os dias nos últimos 2 meses. A tenacidade ucraniana não estava no script de mais este conflito por procuração ensejado entre norte americanos e russos. Para azar dos europeus que compraram a ideia e agora está todo mundo com o c... na mão com uma guerra bem ao lado de casa, e arriscando perder tudo o que construíram nos últimos 80 anos em mero piscar de olhos, ou apertar de botões errados. Mas como dizem por aí, pimenta no olhos dos outros é refresco. E tudo isso enquanto os norte americanos assistem impávidos pela tv ou internet no sofá de casa entre um jogo e uma cerveja. Então, não estou defendendo aqui invasão e menos ainda os russos. Aliás, é bom que se diga claramente, Vladimir Putin não é a Rússia, e a Rússia não é Vladimir Putin. É bom separar as coisas, embora no campo do merchandising político tudo seja tradado por baixo e no mais puro estilo junto e misturado. Isso ajuda a trabalhar corações e mentes, como sempre, de cada lado.
Mal comparando, se estivéssemos no lugar da Ucrânia, pessoalmente, bem, não duraríamos 2 semanas em qualquer embate, ou melhor, sequer haveria conflito, pois muito provavelmente nós já estaríamos vendidos por antecipação. Por gente nossa mesmo.
No mais, em se tratando de artilharia, os vizinhos europeus estão falando em enviar material pesado para a Ucrânia como PZH2000, Caesar, e outros modelos soviéticos dos estoques dos mais que reticentes países do leste. Bem, não faço ideia de como eles vão sustentar tanta coisa de diferentes procedências e fabricantes, cada um com as suas nuances de manutenção e operação, já que eles só conseguem se entender com material soviético. E sim, não vai haver tempo útil enviar tudo isso e mais um pouco do que se anda falando antes deste conflito chegar a termo. Ademais, os russos sabem, ou devem procurar saber, detalhadamente, onde e como tudo o que a OTAN está enviando para a Ucrânia. E nada os impede de interferir, ou mesmo, se julgarem procedente, interceptar todos esses carregamentos antes de chegarem a quem efetivamente precisa deles na linha de frente.
Como deves saber, existe uma linha muito tênue entre o que de fato se pode doar aos ucranianos, ou vender, a fim de usarem em suas batalhas dentro do seu território, do que possa ser, eventualmente, usado por eles como vetor de ataque direto ao território russo. Afinal, ninguém quer ver esse negócio escalar, já que os ucranianos estão fazendo isso com os poucos mísseis táticos soviéticos que tem em lançamentos esparsos contra território russo, mas sem maiores comprometimentos. Afinal, ninguém quer ver um míssil, bomba ou foguete made in Otan sendo mostrado na tv russa como vetor de ataque e causador de mortos e feridos em alguma grande cidade do país. Isto com certeza não seria das melhores propagandas para o ocidente, e nem teria os efeitos desejados, pelo contrário, muito provavelmente a resposta viria em proporção muito pior para o lado europeu. Mas isso ninguém quer pagar para ver.
Enfim, olhando o que acontece naquele país, e fazendo um paralelo com a nossa realidade, podemos observar que tudo o que nós fizemos até agora, ou deixamos de fazer, para ser mais honesto, em matéria de artilharia, no papel ou tentado tirar dele, não é nem de perto suficiente para nos oferecer condições de montar uma defesa, digamos, no mínimo consistente. Mas o EB sabe disso. No entanto, como de praxe, nossas prioridades em Defesa seguem sendo cooptadas\manietadas por referenciais que não os dela, sobretudo a do "financismo político" que rege o país há décadas. E nada nos diz que vamos sair deste círculo vicioso mesmo com todas as lições desta guerra na Ucrânia.
Só para deixar claro, as quantidades de material rebocado e autopropulsado novos de que carecemos no curto, médio e longo prazo dificilmente serão atingidas em qualquer tempo, vide a eterna falta de recursos e a consequente falta de interesse em investir nas OM de artilharia, seja a nível bateria, grupo ou AD, apesar de que soluções existirem parcial ou na íntegra aqui e lá fora. Mas como não vamos à guerra na semana que vem, sempre dá tempo de deixar para depois o que podemos, ou devíamos, fazer hoje. E segue o trem.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sáb Abr 23, 2022 2:23 pm
por FCarvalho
Só para lembrar, falando em comparativo entre Ucrânia e Brasil, o exercito ucraniano antes da guerra, como é da tradição soviética, operava\opera milhares (na casa do milhar mesmo) de peças de artilharia soviéticas entre obuseiros AR e AP de 122mm e\ou 152mm em nível grupo, brigada ou divisão. Apoiar-se na artilharia é uma tradição militar soviética que não foi abandonada pelos ucranianos, tem se mostrado algo acertado nesta guerra, vide a efetividade das ações demonstradas no TO. Junte-se aquelas peças outras centenas de sistemas lançadores de foguetes e de mísseis (táticos) dos mais variados tipos e calibres também herdados dos tempos soviéticos e hora em uso na defesa do país. Mas são meios limitados, com logística comprometida e via de regra sem reposição imediata ou previsível no caso de perda operacional.
O caso do Brasil é semelhante. Operamos obuseiros de origem estrangeira, antigos, com logística totalmente comprometida, sem reposição de estoque ou de partes e peças, algumas tendo inclusive de serem fabricadas quase que artesanalmente pelo AGSP, a fim de manter os mesmos funcionando a contento, no caso dos M-101 e M-114. A situação dos M-56 não é muito diferente, tendo o AGSP fomentado soluções caseiras a fim de manter aqueles sistemas operacionais até que sejam substituídos em algum momento. A situação é precária e soluções de continuidade tem sido buscadas no sentido de minorar a falta de qualidade, e quantidade, de obuseiros na artilharia do EB, inclusive dispondo de morteiros pesados de 120mm equipando baterias de GAC leves nas bgdas pqdt, Amv e Slv.
A diferença mais fundamental entre a artilharia do EB e da Ucrânia me parece ser a importância que cada lado empresta a sua artilharia, com os ucranianos levando quase a termo antes da guerra programas de desenvolvimento de obuseiros AP SR e AP SL com base em soluções de parceria com os poloneses, mas lançando mão de produtos e sistemas nacionais o mais que possível, ao passo que eles utilizam milhares de peças a fim de dotar todas as suas OM em nível de GU, abaixo ou acima disso, com plena disponibilidade de apoio de artilharia. Idem para sistemas lançadores de foguetes e mísseis na medida do possível e do disponível à BID local. A substituição dos obuseiros AR estava em planejamento.
Já nós aqui, além de operar poucas peças, entre as disponíveis, a maioria das OM de artilharia via de regra são mantidas e\ou operadas com dotação material e humana, e mesmo organizacional, inferiores ao que reza os manuais do próprio EB, não sendo esta uma situação pontual e temporária, mas regular e de longa data. E os investimentos que se deveria fazer na modernização de todas elas ao menos no planejamento institucional do EB ainda está muito longe de ser uma prioridade, e depende, essencialmente, da liberação também pontual e atípica, de orçamento anual para conseguir-se diminuir os gap existentes. Olhando a realidade da artilharia de campanha do EB hoje, ela tem sobrevivido basicamente de soluções de continuidade, e de oportunidade, que de outra forma, se não fossem aproveitadas, como os M-109A5 BR+, nos deixariam em situação mais vexatória ainda da que já estamos.
Por enquanto, no que diz respeito as soluções cabíveis e necessárias, a artilharia de campanha do EB está muito longe de conseguir a modernidade de que precisa para poder operar dentro de padrões da guerra atual, mesmo para um país que não sabe o que é um conflito bélico há quase um século. O que se tem em mente no momento é o aproveitamento de soluções de oportunidade, como os M-198 e M-119 que seriam doados (EDA) ou comprados (FMS) dos estoques norte americanos, não sei, a fim de atender parcialmente as necessidades de alguns GAC de brigadas tidas como operacionais, mas mesmo assim em quantidades muito longe do necessário. O aproveitamento do segundo lote de M-109A5 para modernização irá trazer também mais algum alento ajudando a aumentar relativamente a disponibilidade e operacionalidade das OM bldas e\ou AD a que estão submetidas. A presunção de compra de novos VBCAOP SR trará da mesma forma novidades para a composição das bdgas inf mec em construção no EB, mas novamente, em números que apenas sugerem a sua adoção para a obtenção e manutenção de doutrina. A substituição de todos os obuseiros 105\155mm AR por novas peças é uma alternativa vista apenas no longo prazo, caso se consiga receber as peças doadas\vendidas usadas pelo US Army.
Falta-nos ainda (muitos) investimentos em outros setores pertinentes à arma da artilharia, como sistemas C2, ISR, EW, VANT e de radares que hoje possuem soluções adotadas que respondem parcialmente as demandas ou ainda aguardam por decisões de como resolvê-las. A BID apresenta\apresentou algumas soluções que, como tudo em defesa, demanda investimentos financeiros que o EB não pode ou não consegue fazer, de forma que elas acabam se tornando inócuas e\ou não efetivas com o lento passar do tempo e a sua não adoção e contínuo desenvolvimento através de vendas para para as ffaa's. Isso se exemplifica muito bem no VANT Falcão da Avibras, e também no veículo Guará 4WS, também da Avibrás, que possui, qualidades que os tornariam soluções senão eficientes, eficazes na cobertura das necessidades das OM de artilharia do EB. Idem para o radar de contrabateria, que hora se quer desenvolver, sem nunca sequer termos utilizado um sistema como este na artilharia de campanha do EB. Idem para as OM em nível AD, que poderiam contar com vários insumos produzidos via BID mas que não encontram apoio e nem zelo de parte dos mais interessados, seja por motivações orçamentárias, seja por questões de planejamento institucional, ou seja, a artilharia não está dentre as maiores e mais urgentes prioridades.
Existem demandas organizacionais, humanas e materiais que podem, ou poderiam, ser atendidas no curto e médio prazo se houvesse vontade de parte do comando do exército, mesmo que com material importado, dado que em relação as peças utilizadas nos GAC AR não há soluções nacionais em vista. Neste aspecto, tenho cá comigo que é nessas horas de maior necessidade e pressão, temos que ter um pouco de humildade ao reconhecer nossas limitações e partir para o emprego de repostas importadas dentro do escopo de regras da END e tentar tirar o máximo de proveito delas, como está se tentando fazer agora com a emissão do RO da VBCOAP SR. E se podemos investir alguns bilhões em caríssimos obuseiros AP SR, também penso que com um pouco menos somos capazes de investir na aquisição de obuseiros AR 105mm e cobrir de fato as necessidades que temos na íntegra, ao menos para as OM existentes. E isto pode ser feito com o devido empenho e decisão do comando do EB, que sabe muito bem as dificuldades e limitações cada vez maiores de seguir operando com obuseiros que já nem dispõe há décadas de peças de reposição no mercado, ou internamente.
Enfim, pelo tamanho dos problemas que temos hoje dentro das OM de artilharia, desde bateria até AD, e que estão destrinchados em cada das suas subunidade, é mister dizer que se não começarmos agora a implantar soluções coerentes e objetivas que contem com a impositiva participação da BID, ainda que os custos sejam altos, e sempre são, de pouco ou nada adiantará os investimentos parciais feitos e planejados até aqui, já que para além da importantíssima questão da qualidade, quantidade ainda faz, e muita, diferença para a efetiva operacionalidade da artilharia de campanha.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sáb Abr 23, 2022 3:02 pm
por FCarvalho
Conforme o atual manual de campanha dos GMF, o EB70-MC-10.363, postado acima, cada bateria do Astros 2020 possui uma Seção de reconhecimento, comunicação e meteorologia. Dentro desta seção há grupo de reconhecimento, dotado de 2 subunidades, nas quais subentende-se a dotação de 4 veículos de reconhecimento a fim de equipá-las.
Somado tudo, existe uma demanda doutrinária estabelecida, conforme aquele manual, para até 12 blindados de reconhecimento para equipar as (3) baterias de lançadores de cada GMF.
A nível de GMF, não existe uma bateria de observação, como na organização da AD, sendo esta missão realizada por aquelas subunidades em cada bateria. O comando e controle destas missões deve estar ligado diretamente ao comando de cada GMF, que as orienta e decide seu melhor emprego.
Os dois GMF em Goiás demandaria assim o emprego hoje de até 24 veículos de reconhecimento. A Avibrás já oferece o AV-VBL para esta função, tanto para os GMF, como para as baterias de observação dos GAC e AD.
Esta demanda pode ser coberta tanto pelos AV-VBL como pelo Guará 4WS da Avibras, e também pelo Iveco LMV, como até por um hipotético Gladiador II modernizado. Não faltam opções.
Se consideramos as baterias de observação (que deveriam existir) em nível de AD e nos GAC bldos e futuros GAC mec, há pelo menos a chance de se aprouver quase uma centena de veículos de reconhecimento 4x4 baseados na plataforma da Avibrás ou da Iveco.
Vou puxar novamente a sardinha para o Guará 4WS, já que além daquelas subunidades de reconhecimento, o blindado também possui condição de equipar outras subunidades das baterias dos GMF em diferentes versões, o que pode ser algo positivo dado que as AV-VBL são veículos bem caros já nos padrões adotados hoje como AV-PCC, AV-VCC e AV-MET.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Abr 26, 2022 6:48 pm
por FCarvalho
Do "longícuo" ano de 2011. Para não dizer que ninguém sabia.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Mai 10, 2022 3:01 pm
por Lucubus
Coyote TSV receberá artilharia 105mm M119 Hawkeye fabricada nos EUA
Por Boyko Nikolov Em 10 de maio de 2022
LONDRES, - O Ministério da Defesa do Reino Unido está considerando equipar seus Coyote Tactical Support Vehicles (TSV) com canhões de artilharia para aumentar ainda mais seu poder de fogo. Fontes dizem que a nova arma de artilharia para o Coyote TSV provavelmente será o obus americano M119 Hawkeye de 105 mm.
Em sua versão atual, o Coyote TSV está equipado com metralhadoras leves e canhões antitanque. No entanto, o aumento do poder de fogo é consequência da experiência britânica no Iraque, Afeganistão e Síria, bem como eventos recentes na Europa – a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O Coyote TSV luta na Ucrânia usando armas antitanque integradas.
Uma fonte do Ministério da Defesa britânico observa que
os soldados britânicos notaram a necessidade de uma artilharia poderosa montada no Coyote TSV nos campos de batalha na Síria. Especialistas dizem que Londres tinha seu estoque de arma de artilharia de 105 mm – arma leve L118, mas não é adequada para o Coyote TSV, pois tem um alcance sério e, apesar do nome “arma leve” , tem muito peso.
105 milímetros M119 obus Hawkeye
A opção mais adequada, dizem analistas ingleses, é usar o obus rebocado americano 105mm M119 Hawkeye. O M119 Hawkeye é um obus modular e, portanto, pode ser integrado a uma variedade de veículos. O M119 Hawkeye também usa uma ampla gama de munições, como os projéteis de alto explosivo M1, os mísseis de alto explosivo M913 e os projéteis de estrela luminosa M314, que estão em serviço no Reino Unido. Por último, mas não menos importante, o M119 Hawkeye tem um alcance aumentado de quase 14 km e pode disparar seis projéteis de artilharia em um minuto.
British Coyote TSV receberá artilharia 105mm M119 Hawkeye fabricada nos EUA
Foto: Reddit
Os testes estão chegando, diz um alto funcionário do Ministério da Defesa britânico. Eles responderão com que rapidez o Exército Britânico pode aumentar o poder de fogo do Coyote TSV, bem como quanto tempo levará para a nova configuração de combate entrar em serviço. Será limitado, mas supõe-se que dentro de dois anos [até 2024] a Grã-Bretanha terá um grupo de batalha de Coyote TSV e canhões de artilharia de 105 mm.
Coiote TSV
O Coyote TSV é baseado no British Jackal TSV ou Mobility Weapon-Mounted Installation Kit [MWMIK], como é conhecido em alguns círculos. Uma das principais diferenças entre os dois veículos é que o Jackal TSV está em um chassi 4×4, enquanto o Coyote TSV é um 6×6 baseado no HMT 600 6×6 da Supacat.
Além das armas antitanque, o Coyote TSV pode ser integrado a uma metralhadora pesada de 12,7 mm, ou Heckler & Koch GMG, bem como a uma metralhadora de uso geral de 7,62 mm. O Coyote TSV pode transportar uma carga útil de até 3,8 toneladas.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Mai 10, 2022 4:21 pm
por FCarvalho
DECEx: DET Mil: ES A COS AAE: PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/1/1255
Para quem quiser pesquisar os artigos científicos produzidos na Escola de Artilharia de Costa e Anti Aérea.
Muitas coisas interessantes para ler e aproveitar.