Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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helio
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4441 Mensagem por helio » Seg Jun 04, 2012 7:11 pm

Clermont escreveu:
helio escreveu:Desculpe, não tenho bola de cristal, mas vislumbro 3 probabilidades para os RCB:
1- reforma meia-sola dos Leo 1Be ( no fim vai ter aquela frota que anda mas não canta, e outros que canta mas não anda) - a maior possiblidade
2-desativar por alguns anos 2 RCB
3- reformar os M60 - a menor das possibilidades.
Só a título de exercício teórico: vc já explicou a questão do acordo de manutenção da KMW que só cobriria viaturas adquridas diretamente da Alemanha. Mas eu perguntaria, se o Brasil adquirisse uns 150 viaturas 1A5 de outras fontes (na hipótese de que estas existam); levando-se em conta que - salvo erro - os quatro RCB necessitam de 112 viaturas, as viaturas excedentes não poderiam servir como fonte de peças sobressalentes, durante todo o seu tempo de vida útil no Exército? E desta forma permitindo a liquidação sumária de quaisquer outros tanques ainda ao serviço brasileiro?
Clermont
Precisa verificar se a KMW tem interesse em efetuar o retrofit num Leo 1 adquirido em outro pais
Acredito que não, tanto é que mesmo fazendo parte do contrato a KMW está empurrando com a barriga a desmontagem dos nossos Leo 1Be.
Os 1Be por exemplo, por mais que a carcaça, suspensão seja recuperável, a eletronica da torre não tem jeito. O destino é sucata mesmo.
Como já afirmei, o EB nunca investiu pesado nos RCB, recebendo CC de RCCs. Não acredito que vá adquirir Leo 1A5 adicionais.

Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4442 Mensagem por Clermont » Seg Jun 04, 2012 7:40 pm

Valeu, Hélio.




Lord Nauta
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4443 Mensagem por Lord Nauta » Seg Jun 04, 2012 9:16 pm

helio escreveu:
Matheus escreveu:esta mesma falácia que um LEO 2 não passa em túneis e pontes rodoviárias....ah pára! alguém ainda acredita nisso?
Matheus
Já foi extensamente elucidado os motivos, não existe falácia nenhuma, ....ah pára digo eu !
Conheça a nossa malha ferroviária, principalmente quando entram em perimetro urbano. Conheça as condições de operação que o EB possui após a privatização das ferrovias.
Analise também a qualidade das estradas de rodagem em nossas fronteiras, peço que se informe melhor sobre o tema.
Gostaria de esclarecer que é muito mais fácil o EB adquirir um equipamento que se adapte as nossas condições de transporte modal, do que fazer com que o transporte modal se adapte ao equipamento adquirido.
Estou cansado de discutir sobre o tema, e não pretendo retomar

Tem gente aqui(não sei se é seu caso) tem verdadeiro orgasmo anal quando se fala de Leo 2. Não sei se é porque pensam que o Leopard2 é herdeiro direto dos panzer alemães da II GM ou porque o Chile possui, a verdade é que se esquecem que não faz parte dos requisitos do EB pela tonelagem do carro.

Hélio

Com todo o respeito aos profissionais militares. Vai ser difícil alguém me convencer que a distribuição de meios em larga escala em uma extensa área como a do Brasil não seja a estratégia mais adequada em caso de conflito.Eu, acho muito pobre pensar em ter aviões em Anápolis que devem em caso de hostilidade voar, por exemplo, até Natal. O que deve existir de fato e aviões de caça modernos (FX.2) também em Natal. Outro exemplo ter uma Brigada Blindada na região sul e ficar elaborando exercícios em que tenho que deslocar CC até a região centro-oeste. Devem de fato e existir CC na referida região. Ficar pensando em transporte intermodal para suprir um comandante de uma determinada área sobre severa pressão do adversário, com meios para se defender e/ou contra atacar, na velocidade em que a guerra acontece hoje deixa um pouco a desejar.
O fato e que os nossos profissionais da guerra tem que projetar o emprego de suas forças tendo em mãos a realidade em que vivem. Esta realidade e a existência de equipamentos obsoletos e/ou em pequenas quantidades. Quanto a requisitos de CC de menor tonelagem a verdade e que não existem recursos forçando o EB a definir os mesmos com vista a esta realidade. Acredito que se o orçamento fosse a altura da importância econômica e geo-politica do país os CC do EB seriam de maior tonelagem.

Sds


Lord Nauta




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4444 Mensagem por Clermont » Ter Jun 05, 2012 9:46 am

Lord Nauta escreveu:Com todo o respeito aos profissionais militares. Vai ser difícil alguém me convencer que a distribuição de meios em larga escala em uma extensa área como a do Brasil não seja a estratégia mais adequada em caso de conflito.Eu, acho muito pobre pensar em ter aviões em Anápolis que devem em caso de hostilidade voar, por exemplo, até Natal. O que deve existir de fato e aviões de caça modernos (FX.2) também em Natal. Outro exemplo ter uma Brigada Blindada na região sul e ficar elaborando exercícios em que tenho que deslocar CC até a região centro-oeste. Devem de fato e existir CC na referida região.
Talvez, uma das diferenças entre os profissionais militares e os amadores civis, seja a de que os primeiros tem de basear suas hipóteses de emprego em parâmetros reais, enquanto os segundos tem a liberdade de imaginar hipóteses de emprego em quaisquer parâmetros imaginários. No primeiro caso, os profissionais tem de trabalhar sob rígidos limites financeiros, enquanto no segundo caso, dinheiro não falta!

A realidade indica que os mais prováveis usos para forças blindadas se darão, primordialmente, no Sul, onde se localiza o único país fronteiriço com capacidade (ainda que subutilizada devido a problemas econômicos internos) para desdobrar uma força blindada de igual valor. No Centro-Oeste, não há países fronteiriços que disponham de formações blindadas que - suposição minha - possam ser consideradas de grave ameaça. Sendo assim, faz sentido que brigadas blindadas completas sejam posicionadas no Sul, e elementos blindados, não maiores do que um batalhão de tanques (RCB) se posicionem no Centro-Oeste. No restante do país, posicionar formações blindadas não passaria de uma grotesca violação do princípio doutrinário de que os tanques precisam estar concentrados e não dispersados.

Na Segunda Guerra Mundial, quando o Estado-Maior do Exército preparou planos para a defesa do litoral contra possíveis invasões do Eixo, logo ficou claro a impossibilidade deste conceiro estratégico de "distribuição de meios em larga escala em uma extensa área". Isto pelo simples fato de que o Brasil é imenso demais! Então, o que se poderia almejar era concentrar-se na defesa, até o fim, daquelas áreas consideradas vitais, enquanto o restante tinha mesmo que ficar ao deus-dará. Hoje, a gente sabe muito bem que não havia a mínima possibilidade de a Alemanha tentar desembarcar no Brasil, a partir de 22 de agosto de 1942 (aliás, nem antes disso), mas ao que parece, esse conhecimento não era compartilhado pelos militares da época, talvez, devido à excessiva propaganda aliada sobre as intenções e capacidades da máquina de guerra germânica.

Tem um ditado militar dos velhos tempos que diz: "Quem quer a tudo defender, acaba por não defender nada."




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4445 Mensagem por helio » Ter Jun 05, 2012 11:16 am

Clermont escreveu:
Lord Nauta escreveu:Com todo o respeito aos profissionais militares. Vai ser difícil alguém me convencer que a distribuição de meios em larga escala em uma extensa área como a do Brasil não seja a estratégia mais adequada em caso de conflito.Eu, acho muito pobre pensar em ter aviões em Anápolis que devem em caso de hostilidade voar, por exemplo, até Natal. O que deve existir de fato e aviões de caça modernos (FX.2) também em Natal. Outro exemplo ter uma Brigada Blindada na região sul e ficar elaborando exercícios em que tenho que deslocar CC até a região centro-oeste. Devem de fato e existir CC na referida região.
Talvez, uma das diferenças entre os profissionais militares e os amadores civis, seja a de que os primeiros tem de basear suas hipóteses de emprego em parâmetros reais, enquanto os segundos tem a liberdade de imaginar hipóteses de emprego em quaisquer parâmetros imaginários. No primeiro caso, os profissionais tem de trabalhar sob rígidos limites financeiros, enquanto no segundo caso, dinheiro não falta!

A realidade indica que os mais prováveis usos para forças blindadas se darão, primordialmente, no Sul, onde se localiza o único país fronteiriço com capacidade (ainda que subutilizada devido a problemas econômicos internos) para desdobrar uma força blindada de igual valor. No Centro-Oeste, não há países fronteiriços que disponham de formações blindadas que - suposição minha - possam ser consideradas de grave ameaça. Sendo assim, faz sentido que brigadas blindadas completas sejam posicionadas no Sul, e elementos blindados, não maiores do que um batalhão de tanques (RCB) se posicionem no Centro-Oeste. No restante do país, posicionar formações blindadas não passaria de uma grotesca violação do princípio doutrinário de que os tanques precisam estar concentrados e não dispersados.

Na Segunda Guerra Mundial, quando o Estado-Maior do Exército preparou planos para a defesa do litoral contra possíveis invasões do Eixo, logo ficou claro a impossibilidade deste conceiro estratégico de "distribuição de meios em larga escala em uma extensa área". Isto pelo simples fato de que o Brasil é imenso demais! Então, o que se poderia almejar era concentrar-se na defesa, até o fim, daquelas áreas consideradas vitais, enquanto o restante tinha mesmo que ficar ao deus-dará. Hoje, a gente sabe muito bem que não havia a mínima possibilidade de a Alemanha tentar desembarcar no Brasil, a partir de 22 de agosto de 1942 (aliás, nem antes disso), mas ao que parece, esse conhecimento não era compartilhado pelos militares da época, talvez, devido à excessiva propaganda aliada sobre as intenções e capacidades da máquina de guerra germânica.

Tem um ditado militar dos velhos tempos que diz: "Quem quer a tudo defender, acaba por não defender nada."
Clermont
A ameaça de um eventual desembarque de tropas do Eixo na America Latina foi prevista pelos proprios Estadunidenses. Enquanto a campanha de Rommel não enfraquecia, sempre houve esta preocupação. Os EUA resolveram reforçar os paises latinos, pois sabia que uma eventual invasão em territorio dos EUA poderia vir por terra e pela America do Sul.
O Oferecmento de farto equipamento bélico foi advindo deste pensamento. OS primeiros CC do EB fornecidos pelos EUA, vieram para o proposito de guarnecer o nordeste brasileiro, sendo os BCC e BCCL com origem no nordeste. Após a invasão da Sicilia pelos aliados, quando a possibilidade de de uma invasão do Brasil pelo Eixo se tornou remota, as unidades de CC foram transferidas para o Sudeste.
O sul recebeu inicialmente, somente CCL Stuart e VBR T17 Deerhound, enquanto os CCM Lee e Sherman ficaram na capital federal (Rio de Janeiro). Os primeiros CCM só foram transferido para o Rio Grande do Sul no final da década de 70, quando os RCB de Alegrete e São Gabriel receberam os cansados M4 Sherman oriundos do 1RCC e do R(Es)I. Sta Catarina também recebeu seus primeiros CCL M41 também na década de setenta.

Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4446 Mensagem por Clermont » Ter Jun 05, 2012 11:48 am

helio escreveu:Clermont
A ameaça de um eventual desembarque de tropas do Eixo na America Latina foi prevista pelos proprios Estadunidenses. Enquanto a campanha de Rommel não enfraquecia, sempre houve esta preocupação. Os EUA resolveram reforçar os paises latinos, pois sabia que uma eventual invasão em territorio dos EUA poderia vir por terra e pela America do Sul.

(...)

Após a invasão da Sicilia pelos aliados, quando a possibilidade de de uma invasão do Brasil pelo Eixo se tornou remota, as unidades de CC foram transferidas para o Sudeste.
Olha, eu penso que uma invasão do Brasil pelo Eixo não se tornou remota, depois da invasão da Sicília. Ela sempre foi uma absoluta e total impossibilidade.

E, por confiar no profissionalismo e competência dos altos-comandos militares americanos e britânicos, tenho certeza de que eles sabiam bem disso. Essa possibilidade de invasão, na minha opinião, foi apenas um instrumento de propaganda aliada para fazer os países latino-americanos se agruparem sob comando dos aliados, tangidos pelo suposto perigo comum: a invasão alemã.

Como é que a Alemanha, que mal conseguiu desembarcar na Noruega - que ficava ali, na esquina e, pra conseguir isso, arruinou a maior parte dos meios de superfície da sua marinha - iria pensar em uma aventura fantástica como essa de atravessar o Atlântico Norte, o Atlântico Sul, com lerdos navios de transporte de tropas (sem nenhum navio especializado em assalto anfíbio), só para mordiscar um pedaço da costa nordestina do Brasil?




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4447 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jun 05, 2012 11:57 am

helio escreveu:
Luís Henrique escreveu: Desculpe Hélio.

A questão não é o Leo2 e sim TODOS os CCs estado-da-arte.
Leo2, Challenger, Abrams, Merkava, etc.

Para mim é estranho. O mundo todo consegue operá-los, para nós é um problema.... :?
Alcantara
Sera que o MUNDO TODO consegue operá-los?
Nós temos uma realidade logistica que não compensa operá-los. Será que queremos MBT estado-da-arte? Será que os Leo1A5 não são suficientes para equipar e treinar o EB? Será que o EM do EB não sabe do que está falando?
Só porque o pais opera um PA de meio século atrás, um caça de 40 anos atrás, não quer dizer que deve almejar um PA ultramoderno ou um caça de 5 geração.
Vamos discutir com os pés no chão

Hélio
Alcantara??? :lol:

Hélio, a FAB opera caça de 40 anos porque o governo não tem culhões para decidir este FX2.
A MB opera navio aeródromo vovô porque é um meio que possui vida útil bem LONGA e para não perder a doutrina, mas já possui no planejamento a construção de 2 novos.
É claro que você já sabe de tudo isto.

Por quê o EB tem como requisito um Carro de Combate de 40T???
Isto há DÉCADAS.
O tempo passou, os carros de combate atuais são mais pesados.
Vamos nos contentar com um carro de combate menor, com menor capacidade de munição, com blindagem INFERIOR, etc.?

Eu, já ouvi todos os argumentos e continuo não concordando.
Temos que desenvolver um CC moderno e isto REQUER peso mínimo de 50T em diante.
Canhão de 120mm em diante e por ai vai.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4448 Mensagem por Paulo Bastos » Ter Jun 05, 2012 12:12 pm

Luís Henrique escreveu:Por quê o EB tem como requisito um Carro de Combate de 40T???
Isto há DÉCADAS.
O tempo passou, os carros de combate atuais são mais pesados.
Vamos nos contentar com um carro de combate menor, com menor capacidade de munição, com blindagem INFERIOR, etc.?

Eu, já ouvi todos os argumentos e continuo não concordando.
Temos que desenvolver um CC moderno e isto REQUER peso mínimo de 50T em diante.
Canhão de 120mm em diante e por ai vai.
Caro Luís, por favor, diga-me por qual motivo o exército deveria gastar bem mais em adquirir um sistema de armas bem mais potente ( e CARO ) do que possui hoje? Quais as ameaças que o EB enfrentaria que seus atuais blindados não dão conta?

Eu adoraria ver o EB equipado com modernos MBT, como o Leopard 2 ou o M1A2 Abrams, até porque eu, o Hélio e o Bacchi com certeza iriamos testa-los 8-] , mas acho que temos que entender que os custos para manter, operar e manter uma equipe com um nivel de instrução adequada a eles não é viável no exército de hoje.

Então enumerando todos os motivos que não considero os MBT com mais de 50ton os ideais para o Brasil na atualidade:
1º. Custo bem mais elevado que os atuais, sem aumento na receita que permita utiliza-los adequadamente;
2º. Mobilidade bem mais baixa e com maior dificuldade ( e CARA ) em função do peso e tamanho;
3º. Falta de adversários que justifiquem as perdas nos dois pontos acima.


Abraços,
Paulo Bastos




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4449 Mensagem por tykuna » Ter Jun 05, 2012 12:29 pm

Luis,

Definir um requisito sem saber o tipo de emprego que se planeja pra o produto final é tiro no pé. Primeiro tem que se entender o que o EB considera como sendo os futuros cenários de combate e aí sim definir os requisitos.
A palavra de ordem do EB tem sido mobilidade à muito tempo, eu acredito que para os blindados isso também esteja valendo. Neste caso, acredito que o requisito do EB esteja correto.
Imagina desenvolvermos blindados mais pesados e que precisem de pranchas maiores, vamos ter que nos mudar para a Alemanha. Porque no Brasil, em especial no Sul, o que mais tem é pista simples em rodovia. Vai se um inferno qualquer mobilização de meios.

[]´s




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4450 Mensagem por helio » Ter Jun 05, 2012 2:03 pm

Luís Henrique escreveu:
helio escreveu: Alcantara
Sera que o MUNDO TODO consegue operá-los?
Nós temos uma realidade logistica que não compensa operá-los. Será que queremos MBT estado-da-arte? Será que os Leo1A5 não são suficientes para equipar e treinar o EB? Será que o EM do EB não sabe do que está falando?
Só porque o pais opera um PA de meio século atrás, um caça de 40 anos atrás, não quer dizer que deve almejar um PA ultramoderno ou um caça de 5 geração.
Vamos discutir com os pés no chão

Hélio
Alcantara??? :lol:

Hélio, a FAB opera caça de 40 anos porque o governo não tem culhões para decidir este FX2.
A MB opera navio aeródromo vovô porque é um meio que possui vida útil bem LONGA e para não perder a doutrina, mas já possui no planejamento a construção de 2 novos.
É claro que você já sabe de tudo isto.

Por quê o EB tem como requisito um Carro de Combate de 40T???
Isto há DÉCADAS.
O tempo passou, os carros de combate atuais são mais pesados.
Vamos nos contentar com um carro de combate menor, com menor capacidade de munição, com blindagem INFERIOR, etc.?

Eu, já ouvi todos os argumentos e continuo não concordando.
Temos que desenvolver um CC moderno e isto REQUER peso mínimo de 50T em diante.
Canhão de 120mm em diante e por ai vai.
Luis Henrique
Desculpe ter confundido vc pelo Alcantara

Os requisitos do EB não são de 40 anos atrás e sim do final da década de 80. Já nesta época existiam a a maioria dos MBT de hoje.
Estes requisitos não mudaram ,pois as condições de transporte modal ao invés de melhorar, pioraram. Este tipo de equipamento depende muito das ferrovias, área que ainda está engatinhando depois da falencia das cias ferroviarias que eram subvencionadas pelo GF
Moderno não quer dizer necessáriamente pesado: veja os novos MBT da Coréia do Sul e do Japão, que mesmo equipados com um poderoso canhão de 120mm. possuem uma tonelagem ao redor das 40 ton.
A mobilidade é um fator muito importante na guerra moderna, basta ver que temos pouquissimas novidades no setor de MBT com peso na faixa dos 50ton.

Abraços
Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4451 Mensagem por helio » Ter Jun 05, 2012 2:13 pm

Clermont escreveu:
helio escreveu:Clermont
A ameaça de um eventual desembarque de tropas do Eixo na America Latina foi prevista pelos proprios Estadunidenses. Enquanto a campanha de Rommel não enfraquecia, sempre houve esta preocupação. Os EUA resolveram reforçar os paises latinos, pois sabia que uma eventual invasão em territorio dos EUA poderia vir por terra e pela America do Sul.

(...)

Após a invasão da Sicilia pelos aliados, quando a possibilidade de de uma invasão do Brasil pelo Eixo se tornou remota, as unidades de CC foram transferidas para o Sudeste.
Olha, eu penso que uma invasão do Brasil pelo Eixo não se tornou remota, depois da invasão da Sicília. Ela sempre foi uma absoluta e total impossibilidade.

E, por confiar no profissionalismo e competência dos altos-comandos militares americanos e britânicos, tenho certeza de que eles sabiam bem disso. Essa possibilidade de invasão, na minha opinião, foi apenas um instrumento de propaganda aliada para fazer os países latino-americanos se agruparem sob comando dos aliados, tangidos pelo suposto perigo comum: a invasão alemã.

Como é que a Alemanha, que mal conseguiu desembarcar na Noruega - que ficava ali, na esquina e, pra conseguir isso, arruinou a maior parte dos meios de superfície da sua marinha - iria pensar em uma aventura fantástica como essa de atravessar o Atlântico Norte, o Atlântico Sul, com lerdos navios de transporte de tropas (sem nenhum navio especializado em assalto anfíbio), só para mordiscar um pedaço da costa nordestina do Brasil?
Clermont
A ameaça realmente existiu, tem um livro muito legal sobre o tema, se quiser eu envio o titulo pelo Mp, foi publicado originalmente pela biblioteca do senado dos EUA, e traduzido e editado pela Bibliex. Os EUA montaram um departamento na presidencia para tratar deste assunto.
Quando depararam com um continente sul-americano totalmente desguarnecido, diante da facilidade que uma invasão do eixo teria em avançar, ficaram muito preocupados.
Estou no escritorio agora,mas se quiser à noite, posso enviar o titulo do livro.
Os EUA sossegaram um pouco quando tomaram o Senegal das tropas francesas leais ao Eixo, pois sendo assim perderiam oprincipal ponto de travessia aérea do Atlantico.
Caso não tivessem a preocupação, nunca iriam investir na defesa do Brasil como investiram.

Abraços
Hélio




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4452 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jun 05, 2012 2:49 pm

Paulo Bastos escreveu:
Luís Henrique escreveu:Por quê o EB tem como requisito um Carro de Combate de 40T???
Isto há DÉCADAS.
O tempo passou, os carros de combate atuais são mais pesados.
Vamos nos contentar com um carro de combate menor, com menor capacidade de munição, com blindagem INFERIOR, etc.?

Eu, já ouvi todos os argumentos e continuo não concordando.
Temos que desenvolver um CC moderno e isto REQUER peso mínimo de 50T em diante.
Canhão de 120mm em diante e por ai vai.
Caro Luís, por favor, diga-me por qual motivo o exército deveria gastar bem mais em adquirir um sistema de armas bem mais potente ( e CARO ) do que possui hoje? Quais as ameaças que o EB enfrentaria que seus atuais blindados não dão conta?

Eu adoraria ver o EB equipado com modernos MBT, como o Leopard 2 ou o M1A2 Abrams, até porque eu, o Hélio e o Bacchi com certeza iriamos testa-los 8-] , mas acho que temos que entender que os custos para manter, operar e manter uma equipe com um nivel de instrução adequada a eles não é viável no exército de hoje.

Então enumerando todos os motivos que não considero os MBT com mais de 50ton os ideais para o Brasil na atualidade:
1º. Custo bem mais elevado que os atuais, sem aumento na receita que permita utiliza-los adequadamente;
2º. Mobilidade bem mais baixa e com maior dificuldade ( e CARA ) em função do peso e tamanho;
3º. Falta de adversários que justifiquem as perdas nos dois pontos acima.


Abraços,
Paulo Bastos

Olá Paulo.

veja, não estou criticando a compra dos Leo1A5.
Gostei bastante da compra.

Acredito que o Brasil para se tornar uma potência militar deva realizar duas operações simultâneas:

1) adquirir material moderno e BARATO para cobrir as carências urgentes
2) desenvolver com o maior índice de nacionalização possível equipamentos no estado-da-arte.

O Leo1A5 cobre o primeiro ítem, porém para darmos continuidade temos que desenvolver um CC que ao meu ver teria no mínimo um canhão de 120mm e MUITO provavelmente seria mais pesado.
Não precisa pesar mais de 60T como os últimos Leo2 e Abrams, mas diria que o peso estaria muito mais próximo de 50T do que de 40.

Não concorda?




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4453 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jun 05, 2012 2:52 pm

tykuna escreveu:Luis,

Definir um requisito sem saber o tipo de emprego que se planeja pra o produto final é tiro no pé. Primeiro tem que se entender o que o EB considera como sendo os futuros cenários de combate e aí sim definir os requisitos.
A palavra de ordem do EB tem sido mobilidade à muito tempo, eu acredito que para os blindados isso também esteja valendo. Neste caso, acredito que o requisito do EB esteja correto.
Imagina desenvolvermos blindados mais pesados e que precisem de pranchas maiores, vamos ter que nos mudar para a Alemanha. Porque no Brasil, em especial no Sul, o que mais tem é pista simples em rodovia. Vai se um inferno qualquer mobilização de meios.

[]´s
Teremos mobilidade com os Guarani.
Teremos mobilidade com os chivunk e com o KC-390.
Um carro de combate é uma arma diferente.

Esta questão de pranchas não é o mais importante.
Afinal, o Carro de Combate anda SOZINHO, não precisa de prancha, não precisa de caminhão, nem de trem.
Como o Lord Nauta disse, você posiciona os Carros de Combate nas regiões mais necessárias.
Não precisa ficar transportando para locais distantes. Para isto, você envia outros equipamentos, envia os chivunk nos KC-390, envia helicópteros artilhados, etc.




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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4454 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jun 05, 2012 2:59 pm

helio escreveu:
helio escreveu: Alcantara??? :lol:

Hélio, a FAB opera caça de 40 anos porque o governo não tem culhões para decidir este FX2.
A MB opera navio aeródromo vovô porque é um meio que possui vida útil bem LONGA e para não perder a doutrina, mas já possui no planejamento a construção de 2 novos.
É claro que você já sabe de tudo isto.

Por quê o EB tem como requisito um Carro de Combate de 40T???
Isto há DÉCADAS.
O tempo passou, os carros de combate atuais são mais pesados.
Vamos nos contentar com um carro de combate menor, com menor capacidade de munição, com blindagem INFERIOR, etc.?

Eu, já ouvi todos os argumentos e continuo não concordando.
Temos que desenvolver um CC moderno e isto REQUER peso mínimo de 50T em diante.
Canhão de 120mm em diante e por ai vai.
Luis Henrique
Desculpe ter confundido vc pelo Alcantara

Os requisitos do EB não são de 40 anos atrás e sim do final da década de 80. Já nesta época existiam a a maioria dos MBT de hoje.
Estes requisitos não mudaram ,pois as condições de transporte modal ao invés de melhorar, pioraram. Este tipo de equipamento depende muito das ferrovias, área que ainda está engatinhando depois da falencia das cias ferroviarias que eram subvencionadas pelo GF
Moderno não quer dizer necessáriamente pesado: veja os novos MBT da Coréia do Sul e do Japão, que mesmo equipados com um poderoso canhão de 120mm. possuem uma tonelagem ao redor das 40 ton.
A mobilidade é um fator muito importante na guerra moderna, basta ver que temos pouquissimas novidades no setor de MBT com peso na faixa dos 50ton.

Abraços
Hélio
Olá Hélio,

sem problemas.

Entendo que final da década de 80 também é algo antigo. :lol:
Nesta época existiam vários CCs de hoje, porém em versões mais leves.
Hoje os Leo2, Abrams e Merkava passam de 60T.

Gosto da idéia de um carro de combate um pouco mais leve, um pouco menor, mas 40T acho BEM difícil.

Veja, o novo carro de combate da Coréia do Sul (o K-2) que você citou possui 55T e o carro de combate japonês, 48. Então digamos que da década de 80 para cá, damos um desconto e fechamos em 50T.
AI eu concordo. :lol: :wink:

Acho que um projeto com este limite de 40T, nós teríamos o carro de combate moderno mais limitado e mais frágil do mundo. :?




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Clermont
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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

#4455 Mensagem por Clermont » Ter Jun 05, 2012 4:02 pm

helio escreveu:Clermont
A ameaça realmente existiu, tem um livro muito legal sobre o tema, se quiser eu envio o titulo pelo Mp, foi publicado originalmente pela biblioteca do senado dos EUA, e traduzido e editado pela Bibliex. Os EUA montaram um departamento na presidencia para tratar deste assunto.
Conheço o livro, já li alguns trechos dele numa versão digitalizada, embora agora me escape o nome exato. O que se poder dizer, é que, antes da guerra, os americanos podem ter tido a impressão de tal ameaça. Mas não que ela tenha existido, em momento algum, concretamente. Já que nunca foi parte das concepções estratégicas alemãs qualquer preocupação de projeção de poder naval de longo alcance, excetuando missões de guerra de corso, tanto na superfície como abaixo dela.

Esta era mais uma das muitas possibilidades teóricas com as quais o estado-maior geral americano trabalhava. Por exemplo, eles tinham um planejamento para a eventualidade de uma guerra contra a Grã-Bretanha; outro para o caso de uma guerra contra uma aliança França-Alemanha e por aí vai.
Os EUA sossegaram um pouco quando tomaram o Senegal das tropas francesas leais ao Eixo, pois sendo assim perderiam oprincipal ponto de travessia aérea do Atlantico. Caso não tivessem a preocupação, nunca iriam investir na defesa do Brasil como investiram.
A principal preocupação americana com o Brasil era a eventualidade de uma aliança brasileira com o Eixo. Daí que o maior risco de invasão que o Brasil correu, teria sido de um tomada do litoral atlântico pelos americanos, caso Getúlio Vargas não fosse o realista que era, sabendo qual o momento certo de abandonar suas supostas simpatias pela Alemanha e Itália.




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