Gerson Victorio escreveu:Normalmente isso acontece com quem tem visão estreita....eu pedi o quanto seria esse "pouco" que você alega ser a redução do preço da energia e me apresentas apenas uma tabela de preço da redução do kilowatt...
Incorretamente assumi que você seria capaz de concluir que é um absurdo a energia chegar a nossas casas 4 vezes mais cara do que saiu da usina.
Gerson Victorio escreveu:
Pra começar:
20 bilhões viraram troco de pinga....
...isso sem contar o efeito cascata que isso trará no custo geral pois a energia está intimamente ligado a produção de tudo assim como o combustivel.
E toda a economia nesse efeito cascata saiu do lucro das controladoras.
Por mim ótimo, vou gastar um pouco menos.
O que estou dizendo é que o efeito para o país não vai mudar tanto assim, o dinheiro apenas foi para a mão de outras pessoas, fisicamente não mudou nada, é diferente de, como citei antes, uma redução suficiente para viabilizar mais indústrias, poderíamos, por exemplo, sair de uma produção quase inexistente de alumínio para sermos o 3º maior exportardor exportando R$20 bilhões em alumínio todos os anos, gerando mais empregos, melhores salários e um real crescimento no PIB, com alumínio mais barato aqui outras indústrias como automóveis e eletrodomésticos também produziriam mais barato, uma economia para os consumidores finais que pode superar em muito a queda no lucro das controladoras.
Entendeu a diferença entre "redução na conta de luz" e "viabilizar novas indústrias"?
E por, eu disse que a redução foi insuficiente porque em um país com algumas das fontes geradoras de energia mais baratas do mundo o esperado era que a indústria que dependesse do preço da energia tivesse uma forte participação aqui, mas isso hoje não é verdade.
Gerson Victorio escreveu:
Não levam em conta a inflação, são reajuste, pelo que pude ler, baseado nos custo de operação e manutenção divididos em geração, distribuição e comercialização, concordaria também em dizer criminoso, infelizmente existe amparo legal, para isso: a Lei n. 8.967 (de 13/2/1995) Concessão, e Lei n. 9.074
(de 7/0/1995) Regulamentação, além da Lei n. 10.840/04 e Decreto n. 5.163/04 readequação.
Há muitas formas ilegais de aprovar uma lei, e muito mais formas imorais ou anti-éticas.
O termo criminoso se aplica no sentido literal no primeiro caso e no sentido figurativo no segundo.
Gerson Victorio escreveu:Do período FHC não achei ainda.... mas não devem ser poucos.
Segundo o Wikipedia de 2005 a 2012 houveram 9 "apagões" registrados...portanto SETE ANOS...
A Wikipedia está desatualizada, ou vai ver o probelma e a definição de "apagão" de quem escreveu o artigo, uma rápida pesquisa no google cita mais do 9 nesses 7 anos:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... 2012.shtml
Não era bem o assunto mas olha a situação das interrupções menores.
Quanto ao período FHC eu lembro de ao menos um apagão em nivel nacional mas tenho quase certeza que houveram mais, mas não tanto quanto o período atual.
Hoje a extensão dos cortes e frequência que eles ocorrem assusta.
Gerson Victorio escreveu:motivos: Raios, torres derrubadas por ventos, Itaipu com um problema inédito e um sistema de proteção(Só falta culpar os engenheiros) para evitar sobrecargadas da REDE NACIONAL, além, é claro,falta de investimento....sem dúvida....o Presidente da Republica que não previu os raios e vendavais...irresponsável..

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Há um tempo atrás em um discussão aqui no forum sobre enchentes em São Paulo um forista disse que as enchentes eram culpa das chuvas... Ou o atual argumento do governador do Rio que diz que as chuvas o pegaram de surpresa... Um argumento parecido com o seu.
Não, não da para prever raios, chuvas, ventos, furacões, terremotos, etc, mas sabemos por dados históricos onde esses eventos costumam ocorrer e, onde for preciso obras de infra-estrutura nesses lugares, realizar as obras de forma a evitar que esses eventos naturais provoquem danos.
Não vivemos mais em cavernas, não precisamos mais ficar a deriva da natureza.
Ser pego de surpresa todo ano é demais, não acha?
Gerson Victorio escreveu:Para quem não sabe, parte da tarifa de energia elétrica vai para investimentos que obrigatoriamente tem que ser feito pelas concessionárias, os quais são fiscalizadas pela ANEEL, uma agencia reguladora INDEPENDENTE.
Vamos agora culpar o Presidente de Republica por tudo que seus funcinários, mais de 2 milhões de subordinados fazem....

... incompetência/descaso fazem parte do "discurso fácil" de quem não tem idéia como um sistema funciona...as pessoas que só sabem fazer críticas poderiam apontar algumas soluções práticas e efetivas de como resolver os problema no setor elétrico..
Se alguém na ANEEL não faz sua parte o que se espera é o que o chefe dele de um jeito, o substituindo por exemplo, se o chefe dele não faz isso se espera que o chefe desse chefe faça com ele até chegar no presidente.
Se um problema acontece, ok, todo mundo erra, corrige-se o problema, se o problema volta a ocorrer e se repete todo ano (ou várias vezes por ano) ai não tem outro mtoivo a não ser incompetência.
Gerson Victorio escreveu:
Abaixo....esperendo o fim do mundo energetico....
Pelos dados que você postou:
Dia 9: Sudeste estão com 37% da capacidade, no Nordeste, 34%, e no Norte e Sul, 41%.
Dia 13: os níveis eram 29,8% para Sudeste/Centro-Oeste, e 29,3% para o Nordeste. 49% (Sul) e 42,04% (Norte).
Dia 17: Na região Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios atingiram 31,49% e, no Nordeste, 29,59%. os melhores níveis foram registrados nas regiões Sul (49,05%) e Norte (42,98%).
Se não me falha a memória o subsistema Sudeste/Centro-Oeste corresponde por 70% da capacidade.
E por fim, apesar da manchete a tragetória ta mais para queda do que alta, e isso que estamos na época das chuvas.
Há, que eu me lembre 30% é um nível baixo.
Gerson Victorio escreveu:"........Também foram consideradas a entrada em operação de novas hidrelétricas (notadamente Jirau e Santo Antonio, no rio Madeira), termelétricas e eólicas, além de linhas de transmissão --boa parte ainda no 1º semestre de 2013....."
Antes tarde do nunca.
Gerson Victorio escreveu:Por que a preguiça?...afinal é você que está afirmando
Essa discussão me toma um tempo considerável, tenho outras coisas para fazer, talvez se eu tiver um tempo procuro pelas obras que ficaram prontas.
Gerson Victorio escreveu:então você substima o poder das influências que certas ONG ambientalista?
Não, só não concordo com a política extremamente frouxa com essas organizações.
Gerson Victorio escreveu:algumas que de ambientalista só tem o nome
Nesse ponto concordamos e, pessoalmente acho que o presidente deveria adotar uma postura BEM dura com essas ONGs de fachada.
Gerson Victorio escreveu:existe até um vídeo de atores globais no youtube contra a Belo Monte, promovida por uma dessas ONG
Como um dos atres disse, "Pra que mais energia? Para assistir novela?" Realmente, não precisamos desmatar a Amazônia por um motivo tão fútil quanto assistir novelas, vamos cortar a energia da rede Globo que assim alivia um pouco o sistema elétrico brasileiro.
Gerson Victorio escreveu:e a legislação ambiental, é só ignorar tudo que é exigido pela lei como Estudo de Impacto Ambiental, que é bem "simples" de se fazer, e mandar o "peão" assinar?
Algum tempo depois do Lula anunciar o PAC quase todas as obras estavam atrasadas devido a falta de licneças ambientais.
Vamos ver, foi a presidência que fez o cronograma, foi a previdência que nomeou o ministro do meio ambiente.
Havia duas formas de cumprir o cronograma:
1) Fazendo um cronograma mais longo;
2) Nomeando um ministro mais comprometido.
O trabalho do ministro (ou dos funcionários do ministério) do meio ambiente não é dizer o que deve ou não ser feito, ele deve conceder a licença ambiental, se há alguma irregularidade então ele que diga (ou o presidente que pergunte ao seu subordinado) o que precisa ser feito para que a licença possa ser emitida.
Se em um projeto não se cumpre o cronograma por falta de licença ambiental, ok, talvez o ministro estava durmindo ou o cronograma foi mal feito, para o próximo projeto o que se espera é que, se o cronograma estava curto demais que seja prolongado, se o ministro era incompetente que seja substituído, mas que se cumpra o cronograma no próximo projeto, e não foi isso o que aconteceu, o Lula depois anunciou novos projetos e que atrasaram (boa parte por causa das tais licenças ambientais), depois a Dilma, e atrasou de novo, sempre os mesmo problemas, sempre as mesmas desculpas, há, não que o mesmo não ocorrese no tempo do FHC, mas não da para isentar o PT dessa inevitável conclusão: incompetência.
Gerson Victorio escreveu:É mesmo os prazos nos editais, recursos dos perdedores, recursos do ministério público, mandado de seguranças oportunista, e mudanças ocasionais de governantes...tudo feito em um ano...
Quando querem fazer é até mais rápido, nas forças terrestres tem um caso de uma licitação relâmpago (no caso que me pareceu irregular) que o Paulo Bastos trouxe a tona...
Gerson Victorio escreveu:Bom se você conseguir reunir em um unico objetivo os elementos: publico, privado, político, econômico, financeiro em prol de um projeto que visa atender a todos.....sem ladainhas e proselitismo...é capaz de sair coisas interessantes em menos de 10 anos....o dificil é fazer...falar qualquer idiota faz!
O que você quer dizer é, o velho toma la da ca?
Não importa o quão bom o projeto seja sempre vai ter alguém contra, vai ter alguém que é contra (segundas intenções, hum...), exemplo, o Alckmin que está contra a Dilma apesar de São Paulo e ele como governador ser um dos mais beneficados pela redução no preço da energia.
Gerson Victorio escreveu:É tão obvio que você só esqueceu de dizer: como, onde, com quais recursos, quais tipos de usinas, quem faria, e quanto tempo pra fazer, etc e etc....simples e óbvio...kkkk
É o que eu deveria fazer se eu fosse o ministro de minas e energia ou sei la qual o nome do cargo que inventaram para dar emprego a alguém e colocaram na descrição essas coisa que você escreveu.
De cabeça e sem perder muito tempo fazendo um projeto energético para o Brasil posso dizer que precisa tocar logo Belo Monte, a coclusão de Angra 3, tem mais uma usina no Tocantins que não lembro o nome... E tem as linhas de transmissão de 1MV ligando o norte ao sul do país que precisam sair de uma vez.
Gerson Victorio escreveu:Quer dizer que se os reservatórios estiverem cheios(estarão até abril) a capacidade instalada vira suficiente....afinal... é ou não suficiente?..olha pelo seu raciocínio furado, a capacidade instalada é suficiente, porém não está suficiente.....sobre esvaziar os reservatórios...isso é previsto para operação de qualquer hidrelétrica....pra voce entender melhor o link do ONS(
http://www.ons.org.br/historico/percent ... _util.aspx) com as séries históricas da capacidade dos reservatórios, eles são ciclicos, enchem e esvaziam com o periodo das chuvas...chega até ser obvio...

Por exemplo...
Nível em janeiro de 2011: 40%
Nível em janeiro de 2012: 35%
Nível em janeiro de 2013: 30%
Isso significa que os níveis estão baixando, que a capacidade hídrica é insuficiente, durante o racionamento no período do FHC o que acunteceu foi exatamente isso, ano a ano, no mesmo mês os níveis dos reservatórios estavam mais baixos porque o país usava mais energia do que era possível extrair da água que passava pelas baragens construídas.
Gerson Victorio escreveu:perda de transmissão são descorrente das grandes distâncias que a energia tem que percorrer entre o local das fontes geradoras até o seu consumidor final, você pega um dado e o usa sem critério, mesmo que houvesses milhares de linha de transmissão, ainda assim ocorreria perda de transmissão se houver grandes distâncias entre o produtor e consumidor final.
Construindo duas linhas iguais em paralelo reduz a perda pela metade em relação a uma linha (igual as duas primeiras) só, a física ensinada no ensino média funciona nesses casos.
Ah, claro que não sou a favor de gastar cobre a toa, mas é notório que o país está devendo nesse aspecto e, com recursos hídricos quase esgotados existe a justificativa extra de que uma transmissão mais eficiente é bem mais barato do que outras formas de energia.
ps: Não precisa se preocupar com ONGs ambientais nesse caso, linhas de transmissão mais eficientes foram uma das sugestões do Green Peace ao Brasil.
Gerson Victorio escreveu:Então o custo da energia do Grupo A e maior que o do Grupo B de consumidores?...
Ao reduzir em 16% a conta dos consumidores domésticos e em 28% a conta dos indústriais foi isso o que o governo fez, não?
Não acho errado, já expliquei acima a diferença entre "tirar dinheiro de um e dara para outro" e "viabilizar novos negócios", por mim o governo poderia ser mais agressivo na segunda parte.