



Moderador: Conselho de Moderação
Tulio, gostaria citar um texto do LeandroGCard, pedindo a licença a ele, que foi em resposta a um meu num contexto muito semelhante a este. Aqui vai:Túlio escreveu:Mas ESQUERDA não é quem é CONTRA o governo e DIREITA quem é A FAVOR???![]()
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LeandroGCard escreveu:Tecnicamente isto não está correto.
O que você descreve é a diferença entre conservadores, que preferem "conservar" o status-quo econômico/social, e progressistas, que pretendem que a sociedade "progrida" para formas mais aperfeiçoadas (e o conceito de perfeição varia de cabeça para cabeça). No caso de "direita" e "esquerda" a conotação é mais voltada mesmo para a questão da influência da organização econômica sobre a realidade social.
É um pouco difícil de se chegar a um consenso sobre as definições exatas, mas os conceitos de Norberto Bobio costumam ser muito úteis na classificação destas posições. Diz ele que:
- Ambos, "direita" e "esquerda", são posições que reconhecem a existência na sociedade de diferentes classes, que diferem pelas suas condições de vida e pelas oportunidades que lhes estão disponíveis.
- Os defensores da "direita" consideram que estas distinções entre as classes sociais são naturais e inevitáveis, e que pouco ou nada pode (ou deve) ser feito para eliminá-las ou minorar os seus efeitos. Como exemplos podem ser citados os liberais e os fascistas (sim, porque os direitistas podem perfeitamente defender a existência de um estado forte, desde que ele não tente alterar artificialmente o status das classes sociais). A “extrema-direita” acredita que o uso da violência é justificado na proteção dos privilégios de classe.
- Já os de “esquerda” acreditam que um dos objetivos da sociedade é minimizar e no extremo eliminar as diferenças entre as classes sociais, objetivando uma sociedade sem classes. Como exemplos temos os anarquistas (de forma meio canhestra), os socialistas utópicos ou não, e os comunistas. A “extrema-esquerda” acredita que o objetivo final da sociedade sem classes justifica o uso da violência.
- É classificado como de “centro” quem até reconhece a existência de classes sociais mais e menos privilegiadas, mas acha que a sociedade deve se preocupar apenas em minimizar os efeitos mais extremos desta desigualdade, sem contudo tentar eliminar as classes em si. Como exemplo podem ser citados os social-democratas e a democracia-cristã (embora partidos com estas denominações muitas vezes defendam posições bem mais a direita ou a esquerda, ao longo do tempo e das flutuações político-partidárias).
- E quem não reconhece a existência de diferenças entre as classes sociais é simplesmente “alienado”.
Espero ter contribuído para a clareza das idéias neste debate e nos debates futuros.
Abraços à todos,
Leandro G. Card
Que isso... de qualquer forma, excelente contribuição do nosso amigo.Túlio escreveu:Brasileiro véio, estava apenas zoando o nosso véio e REMUMIFICADO BAD BOY NEOCOMUNAZZZ DA M'DAIRA, minhas desculpas se levaste a sério, tri?