Fórum Defesa Brasil

Santiago escreveu:

cb_lima escreveu:Nao esse aonda não existe compromisso dos Suecos para comprar a aeronave e realmente levar a sério o programa "a não ser" que alguém leve...

Mas o tempo dirá... é só aguardar...
[]s
CB_Lima

Em diversas fonte ditas especializadas, se diz que os suecos vão adquiri-lo (DTI, Aviation Week, Blog Ares, Flight International) em 2017-18. Vamos aguardar.
Se o Rafale levar aqui como tudo indica, e a relação entre a Saab e a Akaer continuar, ótimo.
Se não continuar, algum know how desse processo a Akaer internalizou. 20 engenheiros em 1 ano na Saab não é mal para uma empresa pequena e especializada em certas estruturas aerospaciais.

Só para efeito de comparação, no Prosub foram enviados 26 engenheiros em 2010 (por 1,5 ano), 20 em 2011 e mais 20 em 2012. Apenas 3x mais pessoal do que a pequena Akaer enviou a Saab, para um programa bilionário e extremamente complexo.

"Esse será o núcleo que vai receber toda a transferência de tecnologia que os franceses vão passar para o Brasil."

[]s

Santiago escreveu:A paixão as vezes torna o óbvio invisível.
Estranhamente há gente que parece preferir a aquisição do "direito de uso" de tecnologias desenvolvidas no estrangeiro ao invés de aceitar o desenvolvimento de capacidades nacionais. Muito estranho.

As relações da Saab com o Akaer/T1 me parecem positivas. Alguma coisa as empresas nacionais irão aprender. Ainda mais com 20 engenheiros nas instalações da Saab por 1 ano. Mas tem gente que acha negativo. Fazer o que?

Não acho que isso deva ser visto como fator crucial para o F-X2, mas que dá indícios do modelo de ToT a ser desenvolvido com os suecos. Talvez por isso a proposta da Saab tenha sido a melhor avaliados quanto a ToT, segundo suas próprias informações.

[]s

É mais uma prova de algo não vai bem na COPAC

Pepê Rezende escreveu:

Santiago escreveu:A paixão as vezes torna o óbvio invisível.
Estranhamente há gente que parece preferir a aquisição do "direito de uso" de tecnologias desenvolvidas no estrangeiro ao invés de aceitar o desenvolvimento de capacidades nacionais. Muito estranho.

As relações da Saab com o Akaer/T1 me parecem positivas. Alguma coisa as empresas nacionais irão aprender. Ainda mais com 20 engenheiros nas instalações da Saab por 1 ano. Mas tem gente que acha negativo. Fazer o que?

Não acho que isso deva ser visto como fator crucial para o F-X2, mas que dá indícios do modelo de ToT a ser desenvolvido com os suecos. Talvez por isso a proposta da Saab tenha sido a melhor avaliados quanto a ToT, segundo suas próprias informações.

[]s

Esse tipo de experiência teríamos, também, com a Boeing. Porque digo isso? O projeto está pronto e congelado e não poderia ser de outra maneira. Voa até 2012. Quanto ao ToT, resume-se a estruturas. Pouco avança em termos de eletrônica embarcada e, por razões óbvias, nada concede em termos de motores. É mais uma prova de algo não vai bem na COPAC. Se a proposta fosse tão genial quanto aparenta no papel, os brigadeiros do Alto Comando não teriam duplicado o valor do item "risco". Teriam aceitado o canto da sereia sueca quietos.

Deixo claro que acho importante a presença dos técnicos da AKAER na SAAB, embora tenha muito de jogo de cena. Para aprender, necessitaríamos de uns cinco anos de intercâmbio.

Abraços

Pepê

ALIDE:Como se dará a transferência de tecnologia no F-X2?



CS: Transferência de tecnologia é sempre uma coisa muito complicada, não é um processo “genérico” e muitos fabricantes falam que transferem tecnologia sabendo muito bem que não transferirão nada. Para o Brasil os temas mais atraentes são sem dúvida os sistemas de controle de vôo e controle de missão, pois na integração produtiva nós somos bastante desenvolvidos.A relação com a Saab garantira ao Brasil ter aqui um rig (simulador de sensores, de painel, de sistemas de navegação e de armamento) completo dos sistemas do avião idêntico ao que vai existir na Suécia. Todo o código fonte do novo modelo será aberto ao Brasil, e será desenvolvido conjuntamente aqui pelos próximos cinco anos. Por isso se uma versão naval for solicitada pelo Ministério da Defesa nós teremos a capacidade para desenvolve-la, independentemente, aqui no Brasil. Nós saberemos modificar o software e poderemos criar novas versões sem precisar da ajuda de mais ninguém.



ALIDE: A FAB está solicitando condições dos fabricantes selecionados para montar uma linha final no país, como a Saab pretende fazer isso?



CS: Será realmente que os outros dois concorrentes estão interessados em mover suas linhas de produção para cá? No caso do NG a única linha de produção final do modelo, pelo menos neste momento, será aqui no Brasil. Quando a força aérea sueca, em alguns anos, quiser o Gripen NG para substituir os seus modelos mais antigos nos tornaremos parceiros da Saab, produzindo módulos estruturais para os aviões destinados à força aérea sueca.



ALIDE: O programa em curso atualmente e a fabricação eventual do NG no Brasil são processos interligados?



CS: De certa forma sim, esta etapa inicial é uma fase de aprendizado, só depois virá a produção do F-X2.



ALIDE: O que a FAB exigiu em termos de transferência de tecnologia no RFP do F-X2?



CS: Obviamente não posso dar detalhes, ma, a grosso modo se fala de uma série de objetivos a serem atendidos. [color=#0000FF]Um deles estipula que pelo menos 80% da transferência de tecnologia deverá ocorrer diretamente, ou seja, tecnologias características/presentes no caça ofertado.

Santiago escreveu: Pepê,

Na entrevista do dito cujo da Akaer é mancionado algo da ToT dos suecos. E não é só estrutura não. Mas eu concordo que o risco é maior mesmo. Se vale a pena ou não é outros quinhentos.

[]s

ALIDE:Como se dará a transferência de tecnologia no F-X2?

CS: Transferência de tecnologia é sempre uma coisa muito complicada, não é um processo “genérico” e muitos fabricantes falam que transferem tecnologia sabendo muito bem que não transferirão nada. Para o Brasil os temas mais atraentes são sem dúvida os sistemas de controle de vôo e controle de missão, pois na integração produtiva nós somos bastante desenvolvidos.A relação com a Saab garantira ao Brasil ter aqui um rig (simulador de sensores, de painel, de sistemas de navegação e de armamento) completo dos sistemas do avião idêntico ao que vai existir na Suécia. Todo o código fonte do novo modelo será aberto ao Brasil, e será desenvolvido conjuntamente aqui pelos próximos cinco anos. Por isso se uma versão naval for solicitada pelo Ministério da Defesa nós teremos a capacidade para desenvolve-la, independentemente, aqui no Brasil. Nós saberemos modificar o software e poderemos criar novas versões sem precisar da ajuda de mais ninguém.

ALIDE: A FAB está solicitando condições dos fabricantes selecionados para montar uma linha final no país, como a Saab pretende fazer isso?

CS: Será realmente que os outros dois concorrentes estão interessados em mover suas linhas de produção para cá? No caso do NG a única linha de produção final do modelo, pelo menos neste momento, será aqui no Brasil. Quando a força aérea sueca, em alguns anos, quiser o Gripen NG para substituir os seus modelos mais antigos nos tornaremos parceiros da Saab, produzindo módulos estruturais para os aviões destinados à força aérea sueca.

ALIDE: O programa em curso atualmente e a fabricação eventual do NG no Brasil são processos interligados?

CS: De certa forma sim, esta etapa inicial é uma fase de aprendizado, só depois virá a produção do F-X2.

ALIDE: O que a FAB exigiu em termos de transferência de tecnologia no RFP do F-X2?

CS: Obviamente não posso dar detalhes, ma, a grosso modo se fala de uma série de objetivos a serem atendidos. [color=#0000FF]Um deles estipula que pelo menos 80% da transferência de tecnologia deverá ocorrer diretamente, ou seja, tecnologias características/presentes no caça ofertado.[/color]

Pepê Rezende escreveu:

Santiago escreveu: Pepê,

Na entrevista do dito cujo da Akaer é mancionado algo da ToT dos suecos. E não é só estrutura não. Mas eu concordo que o risco é maior mesmo. Se vale a pena ou não é outros quinhentos.

[]s

O ToT é centrado na parte estrutural e não pode ser de outra maneira. Acreditar que vamos escrever os códigos fontes no estágio em que estamos é delírio digno de quem toma chá de beladona. Quanto à linha de montagem, os próprios suecos desmentiram a AKAER em entrevista na Embaixada em Brasília. Componentes Made in Brazil só depois da 36ª célula. Montagem aqui, só a partir da 10ª...

Vc conhece aquele piada do melhor negócio do mundo? É comprar um argentino pelo que ele vale e vender pelo que ele acha que vale. As propostas suecas colocadas pela imprensa não encontram eco no que foi apresentado à FAB.

A data mais provável apresentada para a FAB INFORMALMENTE para a introdução de NGs na Flygvapanet é 2020! Condicionada à compra pelo Brasil.

Vamos colocar as coisas em pratos limpos:

1. Ainda não dominamos o desenho de estruturas supersônicas,

2. Não temos conhecimento suficiente para projetar módulos de radares de emprego múltiplo aerotransportado (principalmente AESA),

3. Não temos know how atual para integrar armas sofisticadas sem apoio externo. O que possuímos foi disponibilizado no programa AMX. Para o F-5EM e para o A-1M recebemos suporte israelense.

Ou seja, há um longo caminho pela frente e uns cinco anos de aprendizado básico a partir do momento que comprarmos o F-X2. Porque digo isso? Para não criarmos falsas expectativas. Não nos falta potencial, mas não temos experiência. O Rafale F.3 e o Gripen NG nos oferecem acesso à estrutura, mas qualquer um deles seria apenas o primeiro passo rumo ao know how. Faltaria muito para chegar ao know why!

É isso!

Pepê

Carlos Mathias escreveu:

É mais uma prova de algo não vai bem na COPAC

Prova maior que essa, de umas 30 ton, precisa?

Bate com a cabeça na parede aí Pepê!