knigh7 escreveu: ↑Dom Jan 02, 2022 10:58 pm
No meio da Selva, no tocante a uma guerra de atrito (a mais provável no ambiente Amazônico), não seria melhor o morteiro 120mm justamente por não necessitar abrir clareiras grandes por atirar em altos ângulos? Ademais, é bem mais leve...
Aliás, o morteiro 120mm e não o obuseiro deve ser o mais adequado em geral para uma guerra de resistência lá. Eles são muito práticos.
Mrt tem um "pobreminha": não pode atirar em ângulos mais rasos como um Can (tiro direto ou semi-direto); um Obuseiro tenta - e volta e meia consegue - ficar no meio-termo, fazendo um pouco do serviço que cada um deles não consegue, por suas características intrínsecas.
A grande diferença que vejo no OTO é ser desmontável e poder ser transportado sem meios mecânicos mas admito que posso estar errado.
Os Otomelara na Amazônia são desmontados e transportados por búfalos no meio da selva. O problema é que eles estão em idade avançada...
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Dom Jan 02, 2022 11:23 pm
por Túlio
knigh7 escreveu: ↑Dom Jan 02, 2022 11:14 pm
Os Otomelara na Amazônia são desmontados e transportados por búfalos no meio da selva. O problema é que eles estão em idade avançada...
Eu li isso de búfalo ali pelos meus começos aqui no DB (2005/06), até me empolguei, mas logo o Beraldi véio me falou que é fria (uma das poucas coisas em que ele concordava com o Guerra véio, pois viviam brigando) porque o bicho é ruim de jogo pra caramba, até burro é mais dócil, segundo eles (mas só conheço burro, aliás aprendei a cavalgar em um e se a gente não cai dele então não cai de nada).
O que pode ser o futuro substituto dos M198, se caso vierem, o que me parece confirmado.
Agora é superar a fanboyolice do EB com o CAESAR.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Seg Jan 03, 2022 2:41 am
por knigh7
Observem essa demonstração do Atmos. Dentre a parada da viatura, preparação e disparo de 6 tiros e a volta ao deslocamento o tempo foi de 1'43" (103s)
à partir dos 90':
(antes, mostram as viaturas nas quais o sistema pode ser montado)
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Jan 04, 2022 12:02 pm
por FCarvalho
Os M-56 serão substituídos, ou podem sê-lo, pelos M-119A2 pretendidos, pelos LG-1 Mk III franceses ou pelo Boran turco, também em 105mm. Todos eles pesam entre 1500 e 1800 kgs e disparam todas as munições padrão Otan. Os custos irão variar de acordo com as quantidades aventadas pelo EB na hora de negociar.
Na teoria entre CMA e CMN deveriam haver aqui 6 GAC Slv, totalizando 72 obuseiros leves, já que os grupos artilharia aqui utilizam uma das bateria equipadas com 6 morteiros pesados 120mm, com o que não concordo.
Estes morteiros deveriam estar na Cia Cmdo Ap dos BIS. Se algum dia tivermos as 8 bgdas planejadas, este número pode chegar até 96 unidades, ou 144 caso as três baterias orgânicas fossem equipadas na íntegra com os obuseiros. Até o momento só existem dois GAC Slv na região norte em Boa Vista e Marabá, salvo engano.
Quanto aos obuseiros 155 AR, caso o EB receba os M-198 duvido que tenham o mesmo tratamento dos M-109A5 a nível de modernização, devendo no máximo serem recondicionados, já que a ideia é que ele sirva de tampão até conseguirem algo realmente novo. Por outro lado, se minha memória não me trai, o AGSP tem feito há algum tempo um trabalho de manutenção nos M-101/M-56 fazendo alguns pequenos adendos com sistemas ópticos fornecidos pela ARES. Isto pode ser possível também de ser feito naqueles obuseiros pesados, caso o custo x benefício se mostre vantajoso.
A mim me parece que sem uma boa e honesta concorrência para a aquisição de qualquer peça de artilharia hoje desejada pelo EB vamos meter os pés pelas mãos e acabar pegando mais caro. Como já expus aqui, existem hoje pelo menos 15 fornecedores estrangeiros que podem oferecer seus produtos de forma que se consiga a melhor relação custo x benefício. Só não fazem isso se não quiserem mesmo.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Jan 05, 2022 6:45 pm
por knigh7
de acordo com fontes do Alto Comando do Exército Brasileiro (EB), a realização da consulta pública (“request for information” – RFI) com objetivo sondar o mercado nacional e internacional, acerca da capacidade de fornecimento deste sistema de armas, deverá ocorrer em fevereiro próximo.
Eu tô achando que vão dar um jeito de tirar o requisito de aerotransportabilidade por KC-390 para pegar o CAESAR 8x8, quer apostar? Espero que eu esteja profundamente errado e escolham o ATMOS. Até porque o TRF1 já é um obuseiro bem antigo, diferente do ATHOS.
Se os Israelenses ofertarem fabricação nacional do ATHOS e colocarem no chassis Mk6/Tatra do Astros, não tem como o CAESAR vender a disputa. O ATHOS é superior em TUDO em relação ao TRF1.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Jan 06, 2022 12:16 am
por FCarvalho
Bom, são apenas 36 obuseiros para equipar AD e GAC, o que me parece ser indicativo de que a 15a Bda Inf Mec deve finalmente equipar seu grupo de artilharia orgânico com estes tipo de obuseiros, conforme planejado nos estudos da mecanização da infantaria. E como até o momento só existe esta GU de inf mec operacional no exército, ela é candidata natural.
Por outro lado, me soa estranho isso de obuseiro AP SR nas AD, já que hoje elas são formadas por GAC AR e GAC AP SL. A não ser que a ideia seja transformar um ou outro em GAC AP SR. Me parece que seria o caso dos grupos SL equipados com os M-109, que poderiam ser redistribuídos para os GAC das bgdas bldas, CIBld e escolas favorecendo uma melhor disponibilidade de peças àquelas OM.
Hoje existem as AD1, AD3 e AD5, com a 6a DE e a 7a DE (esta recém criada) sem artilharia orgânica até o momento a nível de divisionário. Salvo engano, existem 2 GAC AP SL equipados com M-109 nas AD. Pode ser que eles sejam o objeto de transformação com a chegada dos obuseiros AP SR. Ou não.
Imagino que como serão 36 unidades, pode ser que uma das bgdas cav mec também possa ser aquinhoada com 12 destes novos obuseiros. Talvez a OM que está ligada a 5a DE em Curitiba, já que faz parte também da mesma estrutura à qual pertence a 15a Inf mec.
Assim teríamos a distribuição destes 36 obuseiros entre OM de infantaria, cavalaria e artilharia com fins de formação de doutrina e exploração da operacionalidade dos mesmos.
Quanto a quem será o escolhido, me parece ser uma questão de bom senso a Avibras ficar quieta no canto dela e esperar para ver quem leva, porque de qualquer forma, por tudo que vem sendo feito até agora em termos de requisitos para a ampliação da família de caminhões Tectran do Astros, é natural que o EB queira também utilizar este mesmo veículo como base para os seus obuseiros AP SR. Ficaria tudo em casa, já que aproveitar os sistemas - inclusive o Gênesis - que a empresa opera nos GMLF com base no Astros 2020 seria simples e lógico.
A ver quem consegue oferecer a melhor proposta para colocar/operar o seu obuseiro sobre o Tectran/Tatra da Avibrás.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Jan 06, 2022 12:27 am
por FCarvalho
Se a Avibrás fosse um tantinho esperta já tinha comprado pelo menos a divisão terrestre da Denel. E como ela mesma diz de si própria, é a casa da artilharia do Brasil, era casar a fome com a vontade de comer.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Jan 06, 2022 9:32 am
por Energys
A resposta do que foi escolhido pelo Exército já foi dada pelo @eligioep neste mesmo tópico faz tempo.
Att.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Jan 06, 2022 9:58 am
por gabriel219
Energys escreveu: ↑Qui Jan 06, 2022 9:32 am
A resposta do que foi escolhido pelo Exército já foi dada pelo @eligioep neste mesmo tópico faz tempo.
Att.
Sim, Caesar 8x8. Falta reelembrar ao EB, que sofre de amnésia conveniente, que o Caesar 8x8 não é aerotransportado nem por um KC-390. Seu peso ultrapassa entre 28.4 até 30.2 toneladas, quase o mesmo que o Archer.
Energys escreveu: ↑Qui Jan 06, 2022 9:32 am
A resposta do que foi escolhido pelo Exército já foi dada pelo @eligioep neste mesmo tópico faz tempo.
Att.
Sim, Caesar 8x8. Falta reelembrar ao EB, que sofre de amnésia conveniente, que o Caesar 8x8 não é aerotransportado nem por um KC-390. Seu peso ultrapassa entre 28.4 até 30.2 toneladas, quase o mesmo que o Archer.
Mas claro, atende os requi$ito$.
Sim, e os franceses, além de parceiros muito "confiáveis", são famosos pela forma como atendem bem esses requi$ito$. Se o Brasil tivesse um mínimo de vergonha na cara não comprava mais nem uma arruela desses comedores de lesmas.
Energys escreveu: ↑Qui Jan 06, 2022 9:32 am
A resposta do que foi escolhido pelo Exército já foi dada pelo @eligioep neste mesmo tópico faz tempo.
Att.
Sim, Caesar 8x8. Falta reelembrar ao EB, que sofre de amnésia conveniente, que o Caesar 8x8 não é aerotransportado nem por um KC-390. Seu peso ultrapassa entre 28.4 até 30.2 toneladas, quase o mesmo que o Archer.
Mas claro, atende os requi$ito$.
Que eu me lembre, o requisito que levou ao CAESAR era que, em sua versão 6x6, podia cruzar pontes classe 21 (renovados tks ao Gabriel véio, eu nem sabia o que era isso). O dito requisito era para compor a Art AP da B I Mec. Até tabela com "pontuação" do EB eu postei mostrando isso.
8x8 nem CAESAR nem ATMOS, os dois nem entram em C-130 e sequer em -390 (mesmo que entrassem o avião não decolaria) e ficam além do limite máximo de segurança das citadas pontes.
Prefiro o ATMOS por ser de Israel e vários outros motivos que já expus, além do que, como também já expus, acho perda de tempo e de dinheiro do PAGADOR DE IMPOSTOS ficar de firula com coisa sofisticada e cara pra burro enquanto a Art AR segue com M-114 e M-101, ou seja, por um lado entramos no século XXI, por outro continuamos na 2GM, com o pouco que há de M56 e L118 nos levando mais ou menos para o Vietnã (meio século de atraso).
gabriel219 escreveu: ↑Qui Jan 06, 2022 9:58 am
Sim, Caesar 8x8. Falta reelembrar ao EB, que sofre de amnésia conveniente, que o Caesar 8x8 não é aerotransportado nem por um KC-390. Seu peso ultrapassa entre 28.4 até 30.2 toneladas, quase o mesmo que o Archer.
Mas claro, atende os requi$ito$.
Que eu me lembre, o requisito que levou ao CAESAR era que, em sua versão 6x6, podia cruzar pontes classe 21 (renovados tks ao Gabriel véio, eu nem sabia o que era isso). O dito requisito era para compor a Art AP da B I Mec. Até tabela com "pontuação" do EB eu postei mostrando isso.
8x8 nem CAESAR nem ATMOS, os dois nem entram em C-130 e sequer em -390 (mesmo que entrassem o avião não decolaria) e ficam além do limite máximo de segurança das citadas pontes.
Prefiro o ATMOS por ser de Israel e vários outros motivos que já expus, além do que, como também já expus, acho perda de tempo e de dinheiro do PAGADOR DE IMPOSTOS ficar de firula com coisa sofisticada e cara pra burro enquanto a Art AR segue com M-114 e M-101, ou seja, por um lado entramos no século XXI, por outro continuamos na 2GM, com o pouco que há de M56 e L118 nos levando mais ou menos para o Vietnã (meio século de atraso).
É o que penso.
A que o elígio citou é no chassis Tatra 815-7 8x8, do Caesar 2. Esse não é aerotransportável por algo menor que um A400.
Nos requisitos antigos, era absoluto a capacidade de ser aerotransportado por um KC-390.
Aquela famigerada tabela tinha alguns erros que não entendo, como M777 com 52 calibres, sendo que essa versão só se deu as caras 2 anos depois e não passa de protótipo.
O Atmos, no chassis Tatra 6x6, é sim aerotransportável, pesando cerca de 23 toneladas. Ele transporta mais munições que o Caesar 6x6 e ainda tem um obuseiro bem mais moderno. Na famigerada tabela, é citado que o Atmos não é aerotransportado por C-130 e não por KC-390.
A escolha do Caesar em favor do Atmos é simplesmente inexplicável, especialmente na parte política, dando mais dinheiro pra uma nação que anda sendo hostil.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Sex Jan 07, 2022 12:09 am
por knigh7
Túlio escreveu: ↑Qui Jan 06, 2022 3:37 pm
Que eu me lembre, o requisito que levou ao CAESAR era que, em sua versão 6x6, podia cruzar pontes classe 21 (renovados tks ao Gabriel véio, eu nem sabia o que era isso). O dito requisito era para compor a Art AP da B I Mec. Até tabela com "pontuação" do EB eu postei mostrando isso.
Informação importante sua, Túlio.
Na página da Nexter, o sistema CAESAR num caminhão Mercedes Unimog 6x6 tem um peso de combate de 18 ton: