Nano-engenharia e projéteis que passam do Mach 6,88 - belocidade alegada pelos Russos com sua 3BM70 -mandou um abraço pra quem acha que se garantir em blindagem ativa é o futuro.
Como eu disse, é assunto pra quem sabe.
O blindado da Rheinmetal utiliza Nanocompostos, como CNT-MMC, Nanofibras e aço nanométrico, demais nanocompostos podem ser usados, ainda mais uma Liga de Aço Nanométrico com Nb²O5.
É algo que já publiquei um semi-artigo aqui há alguns anos atrás, provocado pelo Túlio sobre Nano-engenharia.
É MUITO, MAS MUITO diferente do que o Exército propõe no nova couraça, que é um VBCI com canhão.
Aliás duvido que essa viatura pese até 30 toneladas, pois como é equipada com um canhão eletroquímico, o mesmo precisará de uma bateria para gerar energia para o empuxo primário.
Um canhão eletroquímico-térmico utiliza dois estágios na propulsão, ambas misturadas: a convencional do projétil acionada por um impulso eletromagnético ou por plasma, pra isso demanda uma grande carga de energia, superior a qualquer APU da atualidade. Isso implica no uso de dois APU's, sendo um deles de uso exclusivo do canhão.
Além disso, é necessário de gás para criar o plasma, como Hidrogênio ou algum Isótopo, como Deutério.
Isso também causa efeito secundário, como uma pressão bem maior, por consequência um recuo bem maior. Isso implica em vibrações por todos a estrutura do carro de combate. Some isso a um APS pesado - só o AMAP ADS, inteiro, adiciona 1 tonelada ao blindado -, ao APU pro canhão e o APU convencional.
Esse canhão irá propelir projéteis facilmente acima de Mach 8, se fizer os cálculos considerando a energia empregada, que tem potencial de 16 MJ de saída e pode propelir um projétil comum de 120 mm HEAT há 2,600 m/s, imagine munições APFSDS.
Neste caso, penetradores de DU e Tungstênio serão substituídos por outros tipos de materiais, pois ambos possuem limitações físicas de velocidade. Rápidos demais perdem, conforme aumente sua velocidade, suas propriedades:
Esse é o motivo dos Europeus - que utilizam tão somente munições de Tungstênio - preferirem canhões de 52 e 55 calibres (CN-120 do Leclerc, L/55 do Leopard 2A7V e L30 do Challenger II, respectivamente) e o porque dos Americanos - usam prioritariamente munição DU, a M829A3 e agora A4 - continuarem com o L/44.
Existem novos compostos sendo desenvolvidos, muitos são cristais nanométricos.
Outra solução é adotar munições mais grossas que os penetradores de 30 mm dos canhões 120 mm modernos:
Alguns possuem motor foguete para aumentar a velocidade.
O que tiro de conclusão baseado-me no que falei anteriormente?
1) Negligenciar blindagem passiva e reativa em nome da ativa, que pode ser bypassada pela velocidade do projétil ou até jammer/MAE inimigo é um erro que ninguém irá cometer. O nível de massa desses VBC's terão entre 40-55 toneladas, porém muito melhor blindados do que qualquer um atual nessa faixa; e
2) Dificilmente a Rheinmetal conseguirá fazer um VBC com 30 tons e canhão ETC. Não falo pela blindagem, mas sim pelo conjunto de fornecimento de energia, além de Hidrogênio ou algum Isótopo do mesmo para criar o plasma.