"Em 2003, o Exército dos Estados Unidos formou sua primeira brigada mecanizada "Stryker", a 3ª Brigada, 2ª Divisão de Infantaria, sediada em Fort Lewis, Washington. Isso faz parte da transição para um novo modelo de exército.
Os documentos e regulações govenando esta força, suas táticas, QOD, armamentos e equipamento foram desenvolvidos em 1999. A missão era formar, na primeira década do século XXI, uma unidade de armas combinadas capaz de rápido desdobramento e ação decisiva em qualquer parte do mundo, durante a guerra ou tempo de paz. A brigada Stryker tem um comando, uma companhia de comando, três batalhões de infantaria, um batalhão de reconhecimento, um batalhão de artilharia e quatro companhias independentes - antitanque, de inteligência militar, de engenharia e de comunicações.
O QOD estabelece uma força de 3.614 elementos. A brigada tem 308 viaturas blindadas Stryker; 12 obuseiros M198 de 155 mm autorebocados; 66 morteiros (60 mm, 81 mm e 120 mm); 10 lança-mísseis antitanque TOW; 121 lança-mísseis antitanque "Javelin" e três UAVs "Shadow 200".
Há 121 elementos no estado-maior e na companhia de comando da brigada O estado-maior apóia o comandante de brigada na direção das unidades subordinadas, na paz e na guerra. Ele está organizado em sete seções - inteligência; treinamento; comando e controle; movimento aéreo; controle de fogo; emprego de armas não-letais; comunicações e informática. A companhia de comando apóia o estado-maior da brigada. Ela tem dois grupos de oficiais de ligação e cinco seções: comando; pessoal; apoio; comunicações; saúde.
Os batalhões de infantaria mecanizados tem 691 homens cada. Eles são as unidades de combate principais da brigada, capacitados a conduzirem todos os tipos de combate, tanto como missões de apoio à paz. Cada batalhão tem um comando, uma companhia de comando e três companhias de fuzileiros mecanizadas. A Cia Cdo tem um pelotão cada de reconhecimento, morteiros e saúde, tanto como um grupo de tocaieiros. O pelotão de reconhecimento está montado sobre quatro Strykers de reconhecimento. O pelotão de morteiros tem quatro morteiros M286 de 120 mm e quatro morteiros M224 de 60 mm.
Cada Cia Fzo Mec tem três pelotões de fuzileiros mecanizados; um pelotão de apoio de fogo; uma seção de morteiros e uma turma de tocaieiros. O Pel Fzo Mec tem quatro viaturas Stryker e três peças de lança-mísseis "Javelin". O pelotão de apoio de fogo tem três viaturas Strykers Sistema de Canhão Móvel (MGS, ou Mobile Gun System) e a seção de morteiros tem dois morteiros M286 de 120 mm e dois M224 de 60 mm.
O esquadrão de cavalaria (batalhão de reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos) (Nota do Clermont: no Brasil, equivalente a um regimento de cavalaria mecanizado) tem 428 homens para apoiar o comandante e as unidades da brigada com informações, aquisição de alvos para fogos de armas combinads e avaliação de resultados em tempo quase real. O batalhão é organizado em comando, companhia de comando, três tropas de reconhecimento (esquadrões no Brasil) e uma tropa de vigilância eletrônica.
Cada tropa de reconhecimento tem três pelotões de reconhecimento, cada um dos quais está montado sobre quatro Strykers de reconhecimento, cada um com uma peça de lança-mísseis "Javelin. Cada pelotão também tem uma seção de morteiros com duas peças M286 de 120 mm.
A tropa de vigilância eletrônica tem um comando e três pelotões: um pelotão de UAV com um lançador de "Shadow 200" e três aeronaves; um pelotão de sensores terrestres com quatro radares GSR; e um pelotão de reconhecimento químico-biológico-nuclear (QBN), montado sobre três viaturas Stryker Fox.
O batalhão de artilharia tem 290 homens para o apoio de fogo aos elementos da brigada. Ele tem um comando, uma bateria de comando e duas baterias de artilharia, além de um pelotão de aquisição de alvos.
Cada bateria de artilharia tem dois pelotões de tiro, cada possuindo três obuseiros M198 de 155 mm autorebocados. O pelotão de aquisição de alvos tem o radar Q-36 e o Q-37.
O batalhão de apoio da brigada (batalhão logístico) tem 338 homens com um comando e três companhias: uma de comando e distribuição; uma de manutenção; e uma de saúde.
A companhia antitanque consiste de 53 homens e destina-se a destruir viaturas blindadas e pontos-fortes inimigos. A companhia tem três pelotões antitanque e três seções - comando; direção de tiro; e saúde. Cada pelotão antitanque tem três viaturas Stryker equipadas com lança-mísseis TOW-2.
A companhia de inteligência militar tem 67 homens que conduzem reconhecimento, coletam dados e os analisam para a brigada. A companhia tem uma seção de comando e dois pelotões. Cada pelotão é responsável por um eixo separado de brigada.
A companhia de engenharia tem 120 homens para apoiar a brigada. Ela tem um comando, três pelotões de sapadores-engenheiros e um pelotão de apoio de engenharia. Além do equipamento de engenharia, a companhia tem quatro peças de lança-mísseis "Javelin".
A companhia de comunicações tem 74 homens e apoia o comandante, o estado-maior e os elementos da brigada com variado apoio de comunicações. Ela tem um comando, dois pelotões de comunicações e um pelotão de apoio.
A principal diferença na organização da brigada Stryker é que ela substituiu todas as viaturas sobre lagartas, pesadamente blindadas (o tanque M1 Abrams, as Viaturas de Combate de Fuzileiros M2 e M3 Bradley, e o obuseiro autopropulsado M109A6 Paladin) pela viatura blindada sobre rodas LAV-III, o Stryker, e o obuseiro M198 autorebocado. O peso de cada um destes sistemas não excede as 19 toneladas.
O Stryker é baseado no LAV-III "Kodiak" canadense e foi batizado em honra de dois soldados americanos, Stewart e Robert Stryker que se notabilizaram pelos seus serviços na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnam. A brigada Stryker tem dois tipos principais do Stryker: o LAV-III VBTP e o LAV-III MGS. Outras viaturas Stryker especializadas estão equipadas para reconhecimento, comando, apoio de engenharia, observação de artilharia, reconhecimento QBN e evacuação médica, tanto como porta-morteiros e viaturas antitanque.
Apesar de sua carência de tanques M1 Abrams e VCF M2 e M3 Bradleys, os especialistas militares americanos não consideram que a brigada Stryker seja, em nada, menos eficaz que as brigadas pesadas americanas. As companhias de fuzileiros mecanizadas tem o poder de fogo mínimo essencial devido aos seus pelotões orgânicos de MGSs armados com um canhão de 105 mm, além das seções de morteiros e turmas de tocaieiros.
A capacidade da brigada para conduzir reconhecimento e comandar as unidades subordinadas é grandemente aumentada pela inclusão de um esquadrão de cavalaria orgânico e uma companhia de inteligência militar. Estas unidades tem o sistema UAV "Shadow 200" e um sistema de informações digital de comando e controle que está sob desenvolvimento.
O QOD da brigada foi determinado e as precisas dimensões do equipamento foram desenhadas de forma a se encaixarem em todos os modelos da aviação de transporte dos Estados Unidos, incluindo o C-130 "Hercules". Isso, significativamente, incrementa a mobilidade da brigada. De acordo com especialistas americanos, a Grande Unidade e seu equipamento podem ser movimentados do continente americano para qualquer região do mundo, dentro de 96 horas. A fraqueza mais aparente para uma unidade móvel é seu inadequado poder de combate para penetrar uma defesa preparada. Segundo, é sua alta vulnerabilidade ao fogo de artilharia e de sistemas antitanque durante o combate contra um oponente bem-armado. O Comando Superior do Exército dos Estados Unidos percebe que tais fraquezas podem ser compensadas pelo apoio de aviação da USAF, da USN e de forças aéreas de coalizão. Em acréscimo, a brigada pode ser reforçada com tanques, artilharia, sistemas de defesa aérea e aviação de exército de divisões e corpos. De acordo com especialistas americanos, a real avaliação do potencial de combate da brigada Stryker virá, somente, após ela ter cumprido sua missão para estabilizar o Iraque. Uma brigada já está estacionada no Iraque desde janeiro de 2004. A liderança militar dos Estados Unidos planeja agrupar mais quatro brigadas Stryker da ativa por volta de 2004. Elas serão a 1ª Brigada da 25ª Divisão de Infantaria Ligeira (Fort Lewis, Washington); a 172ª Brigada Independente de Infantaria (Fort Wainwright, Alaska); o 2º Regimento de Cavalaria Ligeiro (Fort Polk, Lousiana) e a 2ª Brigada da 25ª Divisão de Infantaria Ligeira (Schofield Barracks, Havaí). Haverá outra brigada Stryker formada a partir da 56ª Brigada de Infantaria da 28ª Divisão de Infantaria (Filadélfia, Pensilvânia) da Guarda Nacional do Exército. Durante o curso da transformação, poderão existir correções feitas no QOD, eles poderão acrescentar um batalhão de aviação de exército, aperfeiçoar o equilíbrio de pessoal e equipamento e modernizar este último, etc.
Como um próximo passo, o Exército dos Estados Unidos planeja incorporar a viatura de Sistemas Futuros de Combate (Future Combat Systems, FCS) como parte de seu processo de transformação. O Exército americano formará outro novo tipo de brigada, baseada na experiência do Stryker, por volta de 2010.
é um infante e oficial especializado na área externa soviética com abundantes publicações sobre táticas, a Guerra Soviética do Afeganistão e a região da Ásia Central. Autor de três livros sobre o Afeganistão, ele está trabalhando num quarto. Ele é um ex-combatente do Vietnam que também serviu como funcionário civil do Exército no Afeganistão e Iraque. Ele é um analista militar do Escritório de Estudos Militares Estrangeiros.
[e uma criptologista e linguista da Reserva Naval com fluência nativa em búlgaro e credenciais profissionais em russo e sérvio-croata. Ela atualmente trabalha para o Departamento de Saúde da Flórida. Ela dirige seu próprio negócio de tradução e intérpretes.