Página 289 de 691

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qua Jul 14, 2010 3:52 pm
por Clermont
tflash escreveu:Falkland 2.0 ???
Se bem que a Holanda não é a Grã-Bretanha, e duvido muito que, sozinha, tivesse condições de projetar poder tão longe de casa.

Agora, levando-se em conta que a Holanda faz parte da OTAN, junto com os Estados Unidos a coisa fica diferente.

A propósito, se por algum motivo, os Estados Unidos ficassem, completamente, incapacitados de intervir (por exemplo, acabou de estourar a guerra contra o Irã, e o Paquistão foi dominado por um governo militar anti-americano e pró-Taliban), será que os membros europeus da OTAN iriam para o Caribe, por sua conta e risco, para salvar as relíquias coloniais holandesas?

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qua Jul 14, 2010 4:23 pm
por Sterrius
será que os membros europeus da OTAN iriam para o Caribe, por sua conta e risco, para salvar as relíquias coloniais holandesas?


Sim, claro... da mesma forma que a URSS apenas fingiu que se desfragmentou que nem no episodio dos simpsons :P


Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Sáb Jul 17, 2010 10:00 am
por Marino
A nova morte de Bolívar

Chávez exuma Libertador para tentar provar seu assassinato e reescrever a História

Maye Primera

Do El País



O presidente Hugo Chávez revelou aos sonâmbulos no Twitter o que, até as duas da madrugada de sexta-feira, seu governo se recusava a informar: que, na manhã de quinta, uma equipe de fiscais e peritos exumaram os restos mortais do libertador Simón Bolívar para determinar a causa de sua morte, ocorrida em 1830. “Olá, meus amigos. Que momentos tão impressionantes vivemos esta noite! Vimos os restos mortais do grande Bolívar!”, anunciava o twitter presidencial.

“Confesso que choramos. Digo-lhes: tem de ser de Bolívar este esqueleto tão glorioso, pois se pode sentir sua chama. Meu Deus. Meu Cristo”.

Chávez está entre os que suspeitam que Bolívar não morreu de tuberculose, como diz a versão oficial.

O presidente venezuelano argumenta que Bolívar foi assassinado, e que esta suposição é muito mais importante que qualquer dos escândalos que envolve hoje o seu governo. Envenenado? Baleado, talvez? Isso é o que vão determinar os 50 especialistas do corpo técnico da Polícia Judicial e outros órgãos venezuelanos exibidos ontem no canal estatal vestidos de traje branco, como se fossem os próximos a empreenderem uma viagem para o espaço.



Uma estratégia para esquecer a crise

Enquanto Chávez teoriza sobre as causas da morte do Libertador, seus críticos garantem que se trata de uma nova manobra de distração para tentar encobrir a crua realidade de um país submerso em uma crise profunda. A inflação — que foi de 31% em junho, a mais alta da América Latina — obriga os cidadãos a apertar cada vez mais o cinto. A economia entrou em recessão no ano passado e seguiu registrando números vermelhos no primeiro trimestre de 2010. Além disso, seguem-se encontrando recipientes com comida decomposta, fruto da suposta má gestão da empresa estatal responsável pela importação de alimentos — a Produtora & Distribuidora Venezuela de Alimentos, PDVAL, filial da Petróleos de Venezuela.

Já se descobriram mais de 130 mil toneladas de alimentos podres em portos e lojas, que deveriam ser distribuídos à rede pública de mercados populares.

Na Venezuela, além disso, já começaram extra-oficialmente as campanhas partidárias para as eleições parlamentares de 26 de setembro. Por isso a oposição afirma que temas como o suposto assassinato de Bolívar e a potencial ruptura de relações diplomáticas com o Vaticano, algo que gerou polêmica nos últimos dias, são cortinas de fumaça estendidas pelo governo para que esqueçam do debate sobre sua má gestão para resolver os problemas de insegurança, inflação, corrupção e dos serviços públicos deficientes que acometem o país.

Aos problemas econômicos se unem os conflitos com a vizinha Colômbia, cujo governo acaba de denunciar a suposta presença, em território venezuelano, de três importantes líderes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional.

Em menos de 24 horas, os especialistas do governo venezuelano parecem ter se deparado com a prova que, em 180 anos, não encontraram os historiadores. Para Elías Pino Iturrieta, diretor da Academia Nacional de História, não há qualquer evidência da época que indique algo parecido a um assassinato ou outro feito de violência.

— Não existe um mínimo fundamento científico que justifique este espetáculo noturno — condenou. — Nenhum historiador sensato pode ratificar a hipótese de assassinato de Bolívar. Só podemos pensar que esta é uma maneira tola de se ocupar com uma morte de 1830 e não com os desmandos que estamos vivendo hoje.

A abertura do sarcófago do Libertador, que repousa no Panteón Nacional, não havia sido anunciada oficialmente.

O processo esteve a cargo de um cientista espanhol: o professor José Antonio Llorente, diretor do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada.

Pela televisão oficial, Llorente disse que a investigação foi realizada “em silêncio, não em segredo, (...) respeitando ao máximo o corpo do libertador Bolívar”, e qualificou seu trabalho como “neutro”.

Em abril, a morte de Bolívar ganhou uma nova teoria. Segundo uma pesquisa das universidades de Maryland e Johns Hopkins, dos EUA, o Libertador teria sido envenenado pela contínua ingestão acidental de água com arsênico.

— O corpo inteiro de Bolívar estava desmoronando no fim de sua vida — ressaltou Paul Auwaerter, especialista em doenças infecciosas e autor da teoria. — Acredito que, se a responsável fosse mesmo a tuberculose, ele teria sucumbido muito antes. A hipótese de um envenenamento gradual liga todos os sintomas que ele apresentou.

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Sáb Jul 17, 2010 1:12 pm
por Clermont
A nova morte de Bolívar

Chávez exuma Libertador para tentar provar seu assassinato e reescrever a História

(...)

“Olá, meus amigos. Que momentos tão impressionantes vivemos esta noite! Vimos os restos mortais do grande Bolívar!”, anunciava o twitter presidencial.

“Confesso que choramos. Digo-lhes: tem de ser de Bolívar este esqueleto tão glorioso, pois se pode sentir sua chama. Meu Deus. Meu Cristo”.
Que coisa ridícula e grotesca!

Eu vou morrer, dez mortes, e ainda assim, nunca vou compreender como pessoas inteligentes, cultas, articuladas, foram capazes de defender esta figurinha patética como um exemplo de "grande líder latino-americano".

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Seg Jul 19, 2010 10:23 pm
por Francoorp
Venezuela dá início à produção de fuzís Kaláshnikov

Imagem

Segundo Alexander Yemeliánov, executivo da agência estatal russa de exportação de armas Rosoboronexport, a Venezuela já iniciou a produção licenciada do fuzíl Kaláshnikov série 100 e de sua respectiva munição.

A produção sob licença da arma na Venezuela foi fechada durante a visita do presidente do país, Hugo Chávez, à Rússia no ano passado. O contrato, avaliado em US$ 167 milhões, prevê a fabricação de até 100 mil unidades.

Segundo Yemeliánov, duas linhas de produção foram construídas na Venezuela com a assistência de técnicos russos, uma para montagem do fuzil e outra para produção da munição.

Fonte: Tecnologia&Defesa via Plano Brasil.

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Ter Jul 20, 2010 8:40 am
por Edu Lopes
O lúgubre circo de Chávez

O Estado de S.Paulo

Está na cartilha dos autocratas populistas: se escasseia o pão, amplie-se o circo. Com a economia do seu país em frangalhos e o espectro de uma acirrada eleição legislativa em setembro, o protoditador venezuelano Hugo Chávez faz o que pode ? e o que não poderia fazer se tivesse um mínimo de bom senso e autocrítica ? para desviar as atenções de seus desafortunados concidadãos da crise que o seu "socialismo do século 21" fez desabar sobre a economia, com reflexos devastadores para o nível de emprego e a inflação.

O circo chavista segue o formato clássico. O repertório inclui a fabricação ou exacerbação de ameaças internas e externas e a exploração do culto aos símbolos nacionais de que o caudilho se reveste para aparecer como o detentor exclusivo desse legado ? e, por isso mesmo, alvo dos inimigos da nação. Nos últimos dias, ele levou ao lúgubre picadeiro um programa completo.

O mais novo perigo para os venezuelanos é o cardeal Jorge Savino, que teve a temeridade de afirmar que o coronel está atropelando a Constituição e levando o país ao socialismo marxista. O prelado denunciava a prisão do opositor Alejandro Esclusa, acusado de armazenar explosivos para atos terroristas. O advogado de Esclusa assegura que o material foi plantado pelos policiais que invadiram a casa de seu cliente ? considerando o retrospecto, uma acusação mais do que plausível.

No seu programa Alô, Presidente, Chávez investiu contra o denunciante com a costumeira ferocidade. "Vou te dedicar toda a minha vida, cardeal", rugiu. "Não vais conseguir derrubar Chávez, cardeal. Porque eu sei quem és e a estatura moral pequena que tens." No embalo, voltou-se contra a Igreja, anunciando a revisão de um acordo de 1964 que, segundo o caudilho, dá "certos privilégios" ao Vaticano.

Em suma, passou a incluir a Santa Sé no extenso rol de aliados do "Império" que desejariam vê-lo morto ou apeado do poder por temerem "o sucesso da revolução". No país, os principais inimigos são os meios de comunicação, que o regime ainda não conseguiu aplastar, e o empresariado ? primeiro, os das multinacionais; agora, os donos de estabelecimentos locais, sem distinção de porte e capacidade de influência. No exterior, descontados os EUA, assoma a Colômbia.

Desde 2007 as relações entre os dois países vieram se deteriorando. Chegaram à beira da ruptura no ano seguinte, quando Bogotá autorizou um ataque a um acampamento das Farc no lado equatoriano da fronteira. Anteontem, no que foi interpretado como sintoma de divergências sobre a questão venezuelana entre o presidente Álvaro Uribe e o sucessor Juan Manuel Santos, que tomará posse em 7 de agosto, Uribe tornou a acusar Chávez de abrigar dirigentes farquistas em território venezuelano.

Ao que se diz, Santos preferiria deixar esse problema em fogo brando para não atrapalhar a reaproximação com Caracas, que interessa a Bogotá por motivos econômicos. De todo modo, Chávez explorou o caso ao máximo: convocou o seu embaixador na Colômbia, disse que não irá à posse de Santos e, bem ao seu modo, chamou Uribe de "mafioso". O toque verdadeiramente circense da ofensiva chavista ? no gênero grand-guignol ? foi exibido na última sexta-feira em rede nacional.

Depois de pedir aos pais que retirassem as crianças da sala para poupá-las das imagens fortes que se seguiriam ? um truque velho como serrar o corpo de um figurante ?, o caudilho apresentou o que seriam os restos mortais de Simón Bolívar, exumados na véspera do Panteão Nacional por ordem dele, alegadamente para provar que ele não morreu de tuberculose, mas sim, assassinado.

"Chávez sabe que bolsos vazios têm um potencial de mobilização maior do que os discursos da oposição", observa o economista José Rafael Zanoni, da Universidade Central da Venezuela, ao comentar as manobras do autocrata para neutralizar o efeito eleitoral das agruras enfrentadas pelos venezuelanos. "As fichas econômicas de Chávez estão acabando", ressalta o consultor Maikel Bello. "Ele aposta na repressão política e no aumento do controle institucional."


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3500,0.php

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Ter Jul 20, 2010 12:30 pm
por PRick
Nossa mídia continua igual, sem dúvida a economia da Venezuela não está boa, afinal, totalmente dependente do petróleo, e nós sabemos que os preços da comoditie não está nada bom, porém, se eles fizessem a mesma análise deviam dizer que o México faliu, que a Europa está com a economia em ruínas, e somente alguns poucos países, conseguiram resultado animadores no meio da maior crise econômica desde 1929.

Me lembra das antigas manchetes dizendo que o Brasil era a economia de menor crescimento da América Latina, que só ficava na frente do Haiti, etc... Naquela época o crescimento da economia venezuelana era surpreendente, aí os jornalecos brasileiros só falavam da falta de democracia do Sr. Chavez. Agora, tentam passar que a crise economica da Venezuela é culpa dele, quando na verdade ela é mundial.

O Brasil é um dos poucos países do mundo em que a crise mundial não está instalada, pelo contrário, teremos o maior crescimento econômico desde 1986. Comparar qualquer país do mundo com o Brasil, a China e a Índia é covardia hoje, a Venezuela está como o resto do mundo. Porém, em situação bem menos grave que o México, mas esse é governado por capachos de Miami, assim, não aparece em nossa mídia democrática! 8-] 8-]

[]´s

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qua Jul 21, 2010 7:18 pm
por GustavoB
Edu Lopes escreveu:
O lúgubre circo de Chávez

O Estado de S.Paulo

Está na cartilha dos autocratas populistas: se escasseia o pão, amplie-se o circo. Com a economia do seu país em frangalhos e o espectro de uma acirrada eleição legislativa em setembro, o protoditador venezuelano Hugo Chávez faz o que pode ? e o que não poderia fazer se tivesse um mínimo de bom senso e autocrítica ? para desviar as atenções de seus desafortunados concidadãos da crise que o seu "socialismo do século 21" fez desabar sobre a economia, com reflexos devastadores para o nível de emprego e a inflação.

O circo chavista segue o formato clássico. O repertório inclui a fabricação ou exacerbação de ameaças internas e externas e a exploração do culto aos símbolos nacionais de que o caudilho se reveste para aparecer como o detentor exclusivo desse legado ? e, por isso mesmo, alvo dos inimigos da nação. Nos últimos dias, ele levou ao lúgubre picadeiro um programa completo.

O mais novo perigo para os venezuelanos é o cardeal Jorge Savino, que teve a temeridade de afirmar que o coronel está atropelando a Constituição e levando o país ao socialismo marxista. O prelado denunciava a prisão do opositor Alejandro Esclusa, acusado de armazenar explosivos para atos terroristas. O advogado de Esclusa assegura que o material foi plantado pelos policiais que invadiram a casa de seu cliente ? considerando o retrospecto, uma acusação mais do que plausível.

No seu programa Alô, Presidente, Chávez investiu contra o denunciante com a costumeira ferocidade. "Vou te dedicar toda a minha vida, cardeal", rugiu. "Não vais conseguir derrubar Chávez, cardeal. Porque eu sei quem és e a estatura moral pequena que tens." No embalo, voltou-se contra a Igreja, anunciando a revisão de um acordo de 1964 que, segundo o caudilho, dá "certos privilégios" ao Vaticano.

Em suma, passou a incluir a Santa Sé no extenso rol de aliados do "Império" que desejariam vê-lo morto ou apeado do poder por temerem "o sucesso da revolução". No país, os principais inimigos são os meios de comunicação, que o regime ainda não conseguiu aplastar, e o empresariado ? primeiro, os das multinacionais; agora, os donos de estabelecimentos locais, sem distinção de porte e capacidade de influência. No exterior, descontados os EUA, assoma a Colômbia.

Desde 2007 as relações entre os dois países vieram se deteriorando. Chegaram à beira da ruptura no ano seguinte, quando Bogotá autorizou um ataque a um acampamento das Farc no lado equatoriano da fronteira. Anteontem, no que foi interpretado como sintoma de divergências sobre a questão venezuelana entre o presidente Álvaro Uribe e o sucessor Juan Manuel Santos, que tomará posse em 7 de agosto, Uribe tornou a acusar Chávez de abrigar dirigentes farquistas em território venezuelano.

Ao que se diz, Santos preferiria deixar esse problema em fogo brando para não atrapalhar a reaproximação com Caracas, que interessa a Bogotá por motivos econômicos. De todo modo, Chávez explorou o caso ao máximo: convocou o seu embaixador na Colômbia, disse que não irá à posse de Santos e, bem ao seu modo, chamou Uribe de "mafioso". O toque verdadeiramente circense da ofensiva chavista ? no gênero grand-guignol ? foi exibido na última sexta-feira em rede nacional.

Depois de pedir aos pais que retirassem as crianças da sala para poupá-las das imagens fortes que se seguiriam ? um truque velho como serrar o corpo de um figurante ?, o caudilho apresentou o que seriam os restos mortais de Simón Bolívar, exumados na véspera do Panteão Nacional por ordem dele, alegadamente para provar que ele não morreu de tuberculose, mas sim, assassinado.

"Chávez sabe que bolsos vazios têm um potencial de mobilização maior do que os discursos da oposição", observa o economista José Rafael Zanoni, da Universidade Central da Venezuela, ao comentar as manobras do autocrata para neutralizar o efeito eleitoral das agruras enfrentadas pelos venezuelanos. "As fichas econômicas de Chávez estão acabando", ressalta o consultor Maikel Bello. "Ele aposta na repressão política e no aumento do controle institucional."


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 3500,0.php

A resposta:


A
O Estado de S.Paulo
Sr. Ruy Mesquita — diretor de Opinião
Sr. Antonio Carlos Pereira — editor responsável de Opinião
Sr. Ricardo Gandour — editor de Conteúdo


Senhores,

É com grande preocupação e mal-estar que a República Bolivariana da Venezuela, por meio de seu Embaixador no Brasil, dirige-se a esse jornal, de reconhecidas qualidade e tradição entre os veículos da imprensa brasileira. E a razão não é outra senão nossa surpresa e indignação com os termos e o tom de que sua edição de hoje (20/07/10) lança mão para atacar o presidente de um país com o qual o Brasil e os brasileiros mantêm relações do mais alto nível e qualidade.

O respeito à plena liberdade de imprensa e de expressão é cláusula pétrea de nossa Constituição e valor orientador do governo de nosso país. A estas diretrizes, no entanto, cremos que devam sempre estar associadas a lhaneza na referência a autoridades constituídas – democraticamente eleitas — e a plena divulgação de todos os fatos associados a uma cobertura jornalística.

Cremos descabido que um jornal como “O Estado de S.Paulo” se refira ao presidente Hugo Chávez, eleito e reeleito pelo voto livre da maioria dos venezuelanos, com o uso de termos e expressões como ”lúgubre circo de Chávez”, “autocrata”, “protoditador”, “circo chavista”, “caudilho”, “lúgubre picadeiro”, “costumeira ferocidade”, “rugiu”, “toque verdadeiramente circense da ofensiva chavista – no gênero grand guignol”.

Mais graves ainda são a distorção e ocultação de informações que maculam os textos hoje publicados.

O presidente Hugo Chávez nunca “atropelou” a Constituição Bolivariana, instituída por Assembleia Nacional e referendada em plebiscito. Ao contrário, submeteu-se, inclusive, a referendo revogatório de seu próprio mandato, prática democrática avançada que pouquíssimos países do mundo têm o orgulho de praticar.

O editorial omite que o cardeal Jorge Savino já foi convocado pela Assembleia Nacional para apresentar provas de sua campanha difamatória frente aos deputados — também democraticamente eleitos –, mas o mesmo rechaçou a convocação. Prefere manter suas acusações deletérias a apresentar aos venezuelanos e à opinião pública internacional os fatos que lastreariam suas seguidas diatribes.

Outros trechos do texto só podem ser lidos como clara campanha de acobertamento de um terrorista, como o é, comprovadamente, Alejandro Peña Esclusa: “O advogado de Esclusa assegura que o material foi plantado pelos policiais que invadiram a casa de seu cliente –- considerando o retrospecto, uma acusação mais do que plausível” (grifo nosso)

Esclusa foi preso em sua residência em posse de explosivos, detonadores e munição, após ter sido denunciado, em depoimento à polícia, pelo terrorista confesso Francisco Chávez Abarca –- este criminoso, classificado com o alerta vermelho da Interpol, foi preso em solo venezuelano quando dirigia operação de terror, visando desestabilizar o processo eleitoral de setembro deste ano.

A prisão de Esclusa ocorreu de forma pacífica, com colaboração de sua família, e segue os ritos jurídicos normais: ele tem advogado constituído, direito a ampla defesa e será julgado culpado ou inocente de acordo com o entendimento da Justiça, poder independente de influência governamental ou partidária, assim como no Brasil.

Inadmissível seria o governo da Venezuela ter permitido que um terrorista ceifasse vidas e pusesse em risco a democracia, que nos esforçamos arduamente para defender, ampliar e aprimorar em nosso país, assim como o fazem, no Brasil, os brasileiros.

O “Estado de S.Paulo” tem pleno conhecimento desses fatos, tendo inclusive recebido, em 14/07/10 a Nota de Esclarecimento desta Embaixada, a respeito do desbaratamento da operação terrorista internacional que estava em curso (cópia anexa). O responsável pela editoria Internacional, Roberto Lameirinhas, inclusive confirmou seu recebimento à nossa assessoria de comunicação.

Daí manifestarmos nossa estranheza com a reiterada negativa do jornal em dar tais informações a seus leitores. E ainda tomando como verdade declarações do advogado do referido terrorista.

Temos certeza que os senhores não desconhecem, até pela história recente do Brasil, o quão frágil pode ser a liberdade diante do autoritarismo tirano da intolerância e do uso do terror como método de ação política.

Reafirmamos que não nos cabe emitir qualquer juízo de valor sobre as opiniões político-ideológicas do jornal dirigido por V. Sas., por mais que delas discordemos. O que nos leva a enviar-lhes esta correspondência é, tão somente, a solicitação de que se mantenha a veracidade jornalística e o respeito que se deve sempre às pessoas, sejam ou não autoridades constituídas, mesmo quando o jornal as considere, de moto próprio, como seus inimigos ou desafetos.

Esta Embaixada permanece à disposição do jornal e de seus leitores, para esclarecimentos adicionais sobre quaisquer dos assuntos supracitados, bem como de novos temas julgados pertinentes e reivindica, formalmente, a publicação da presente carta, com o mesmo destaque dado ao editorial de hoje, intitulado “O lúgubre circo de Chávez”, publicado à página A3.


Atenciosamente,
Maximilien Arvelaiz
Embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil
Brasília, DF

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qua Jul 21, 2010 9:23 pm
por Francoorp
Isso ai Chavez, tem que reclamar mesmo quando os caras exageraram usando uma infinidade de adjetivos para demonizar, seguindo à letra a cartilha de Washington e da Time Life... Mas deixa que da nossa imprensa cuidamos nós, ou seja, continuaram jogando barro em todo mundo, pouco se importando se as nossas relações diplomáticas podem prejudicar as relações econômicas, e assim levando problemas a centenas de milhares de brasileiros que produzem no norte do país para atender à demandas do mercado venezuelano, são apátridas estes jornalistas brasileiros, devem seguir o trem das verdades de Manhatam!

Tenho vergonha destes meios de informação brasileiros!

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 9:02 am
por Edu Lopes
Colômbia apresenta hoje "provas" contra Venezuela

FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ


A Colômbia promete apresentar hoje na OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington, ao menos um caso concreto para ilustrar a denúncia de que guerrilheiros abrigados na Venezuela ordenam ataques em território colombiano.

O chanceler da Colômbia, Jaime Bermúdez, citou ontem como exemplo que seu país tem informações precisas de que partiu de chefes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na Venezuela a ordem para que a guerrilha retomasse a região de Montes de Maria, no noroeste do país.

A tentativa foi desbaratada pelas forças colombianas em 6 de julho. Bogotá informou então que 12 guerrilheiros morreram na ação. "Há várias coisas novas", disse o ministro em conversa com jornalistas da qual a Folha participou.

"Não estamos falando de coisas que aconteceram há seis meses. Temos informações precisas sobre reuniões e sobre a presença física contínua de guerrilheiros lá", disse. O chanceler rejeita a hipótese, defendida por Caracas e por analistas, de que a denúncia busca complicar o ensaio de aproximação entre o presidente eleito, Juan Manuel Santos, e Caracas.

Ele negou que Bogotá tenha preterido os caminhos diplomáticos. "Eu mesmo, pessoalmente, entreguei duas vezes informação reservada ao chanceler [venezuelano Nicolas] Maduro, e nunca obtivemos resposta." A sessão no Conselho Permanente da OEA foi pedida por Bogotá na semana passada, e a controvérsia em torno dela teria provocado ao menos uma baixa.

RENÚNCIA

Anteontem, o presidente do órgão político do organismo, o equatoriano Francisco Proaño, renunciou alegando "discrepâncias" com seu governo, que teria pedido para ele não convocar o debate. Mas a Chancelaria do Equador negou tê-lo pressionado.

Bermúdez citou ontem as "pressões" sobre Proaño, vindas da Venezuela e do Equador, para adiar a sessão. Disse ainda que seu país articulou contatos nos últimos dias para pôr integrantes da OEA a par do tema.

"É possível que amanhã não haja consenso. Sabemos a posição de alguns. Mas esse é o instrumento que temos".


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7707 ... uela.shtml

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 10:16 am
por Clermont
CHÁVEZ DEU ERRADO.

Miriam Leitão / Blog do Noblat - 22.07.10.

O preço do caminho escolhido por Hugo Chávez ficou claro no relatório divulgado pela Cepal. A América Latina cresce este ano mais de 5%. O Brasil mais de 7%. A Venezuela vai ter uma queda de 3%.

É a segunda pior recessão depois do Haiti, que tem uma boa explicação para seu número negativo. A crise da Venezuela é resultado das escolhas de um governante equivocado.

Os erros políticos do presidente Hugo Chávez são mais falados, mas ele é também um péssimo administrador e tem criado para a economia venezuelana uma série espantosa de incertezas. Isso inibe o investimento.

A Venezuela enfrentou uma severa crise energética provocada por uma seca, mas como sabem todos os que têm hidrelétricas: secas acontecem. Por isso é preciso ter garantias em investimentos em outras fontes de energia que possam suprir as oscilações da oferta.

Não era de se esperar que a Venezuela, com suas enormes reservas de petróleo, tivesse que enfrentar uma crise de energia, com racionamento. Isso mostra falta de planejamento.

O autoritarismo de Chávez virou incerteza regulatória. Ele muda as regras quando quer. As políticas e as econômicas. Tem hostilizado empresas estrangeiras e até o capital nacional privado.

Qualquer divergência com um de seus ditames pode ser suficiente para que desabe sobre a empresa alguma mudança de regra. E tudo tem sempre o objetivo explícito de perseguir qualquer voz discordante.

Recentemente, o Banco Central venezuelano encampou o Banco Federal, uma instituição privada, que acabou sendo estatizada.

Agora fica claro por quê. O banco tinha ações da TV que tem uma posição mais crítica a Chávez, a Globovisión. O governo está anunciando que vai nomear conselheiros para a emissora, coisa que pode fazer, já que é agora um dos acionistas.

A Venezuela já está pagando o custo político de um governo como esse. O país há muito tempo não é uma democracia. As regras das eleições são manipuladas para favorecê-lo; mas quando não favorecem, Chávez tira poderes do administrador de oposição que foi eleito.

A Constituição tem sido alterada com frequência apenas para favorecer seu projeto de eternização do poder. Tudo é tão claramente autoritário que é espantoso que o regime chavista tenha tantos defensores no governo brasileiro.

Nunca é demais dizer: uma coisa é manter boas relações com a Venezuela, outra, diferente, é defender Hugo Chávez. O presidente Lula e seus dois ministros das relações exteriores — Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia — defendem Chávez.

Parecem desconhecer as lições da História de governantes que chegaram ao poder pelo voto e usaram o poder para destruir as bases da democracia que os elegeu.

A Cepal trouxe números inequívocos no relatório divulgado ontem. As projeções da instituição para o crescimento na região são: Brasil, 7,6%; Uruguai, 7%; Paraguai, 7%; Argentina, 6,8%; Peru, 6,7%; Bolívia, 4,5%; Chile, 4,3%, apesar do terremoto; México, 4,1%.
Dois países estão em recessão: Haiti, - 8,5%; e Venezuela, -3%.

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 1:34 pm
por GustavoB
Edu Lopes escreveu:
Colômbia apresenta hoje "provas" contra Venezuela

FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ


A Colômbia promete apresentar hoje na OEA...


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7707 ... uela.shtml
Colômbia descarta pedir punição contra Venezuela na OEA

21 de julho de 2010, em Noticiário Internacional, por Galante .Departamento de Estado dos EUA pede diálogo entre os países para amenizar tensão regional


WASHINGTON – Depois de convocar uma reunião extraordinária no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Colômbia assumiu que não busca uma punição contra o Governo da Venezuela, mas apenas a cooperação, como informaram fontes oficiais colombianas nesta quarta-feira. Em Washington, o Departamento de Estado americano pediu diálogo entre os dois países.

“O que interessa à Colômbia, mais do que qualquer tipo de punição contra os venezuelanos, é que o Governo da Venezuela coopere, como é a sua obrigação”, afirmou o embaixador colombiano na OEA, Luis Alfonso Hoyos, à imprensa local.

A reunião tem como objetivo exigir da Venezuela que colabore nas operações contra chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) que estariam em território venezuelano.

Como requisitado ontem pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, o Governo colombiano disse que apresentará provas recentes da presença dos líderes guerrilheiros no país vizinho, de onde eles teriam comandado operações de sequestro e ataques terroristas.

A reunião foi convocada para esta quinta-feira, em Washington, pelo novo presidente do Conselho Permanente da OEA, o embaixador salvadorenho, Joaquín Alexander Mazza Martelli.

Martelli assumiu o cargo hoje depois da renúncia de seu colega equatoriano, Francisco Proaño, que não queria se ver obrigado a convocar a reunião, pois queria adiá-la para tentar buscar outras maneiras de se solucionar o problema, como disse o chanceler de seu país, Ricardo Patiño.

Segundo Hoyos, o Governo colombiano quer que os Estados-membros da OEA “conheçam claramente a realidade do que tem acontecido nas últimas semanas, dos novos fatos como a presença ativa e consolidada dos chefes do ELN e das Farc na região, e de onde eles estão preparando os ataques contra a Colômbia”.

Reação dos EUA
O departamento de Estado americano assinalou nesta quarta que Washington deseja um diálogo maior entre Venezuela e Colômbia para diminuir a tensão regional. “Certamente apoiamos uma maior interação e cooperação entre Colômbia e Venezuela”, disse o porta-voz Phillip Crowley.

FONTE: Estadão

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 1:48 pm
por Guerra
O contrato, avaliado em US$ 167 milhões, prevê a fabricação de até 100 mil unidades.
para quem achava que dá para trocar fuzil com troco de pinga, aja figado para juntar 167 milhões de dolares

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 1:52 pm
por Bolovo
1670 dolares por fuzil? Tá valendo. Continua sendo troco de pinga. :mrgreen:

Re: CHAVEZ: de novo.

Enviado: Qui Jul 22, 2010 2:04 pm
por Edu Lopes
Há 1,5 mil guerrilheiros das Farc na Venezuela, diz Colômbia na OEA

Segundo embaixador colombiano, há três acampamentos do grupo armado no país vizinho

WASHINGTON - O embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Hoyos, disse nesta quinta-feira, 22, que há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.

Em uma reunião convocada a pedido da Colômbia no órgão, Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho

O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.

As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.

"Temos de dizer ao povo da Venezuela que fiquem atentos à ameaça das Farc", disse Hoyos na reunião, segundo o jornal venezuelano 'El Universal'.

"Tomara todos os países façam da luta contra o terrorismo um marco democrático, como aconteceu com a Colômbia", completou.

Na quarta-feira, o governo colombiano entregou ao embaixador o material a ser apresentado na reunião. Mapas e vídeos seriam provas de que os rebeldes estão no país vizinho.

Hoyos disse também na quarta que a Colômbia não pretende que o governo da Venezuela seja condenado pela OEA com sua petição de uma reunião extraordinária e disse que o que interessa é que seu vizinho do norte "coopere, como é sua obrigação".

A reunião foi convocada após o governo da Venezuela ter negado as acusações colombianas de que importantes chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) estariam em território venezuelano.

Recentemente, a OEA facilitou avanços para a normalização das relações colombianas com o Equador, após uma ofensiva da Colômbia contra um acampamento das Farc em território equatoriano, que rompeu as relações entre os dois países.

As relações entre Bogotá e Caracas estão congeladas desde 28 de julho de 2009 por decisão do presidente venezuelano após a acusações colombianas de que haveria um suposto desvio de armas da Venezuela para as Farc. Chávez disse que tais alegações são "irresponsáveis".

As tensões aumentaram em outubro de 2009, quando a Colômbia assinou um acordo com os Estados Unidos que permite que os americanos utilizem instalações militares no território colombiano para combater o narcotráfico e o terrorismo. Chávez se opõe contundentemente ao acordo, Principalmente por autorizar os soldados americanos a atuar tão perto de seu país.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 4697,0.htm