knigh7 escreveu: Ter Nov 16, 2021 12:26 am
Pela palestra da Artilharia há 2 aos e meio atrás, o M-198 seria um "fill Gap" até termos condições financeiras para termos um obuseiro moderno.
Sim, há muitos obuseiros no mercado. Mas o M-198, além de ser barato e bom, nos daria folga afim de aguardarmos condições para escolher a alternativa definitiva. Nas fotos apresentadas como o obuseiro futuro e NOVO do EB figuravam 2: o M-777 (excelente e leve) e o Soltam.
Nós já ouvimos aqui muitas vezes essa história de "solução temporária" até que um dia quem sabe o Brasil acorde e se interesse por defesa ou que haja disponibilidade de recursos, blá, blá, blá...
Ao final e ao cabo, não raras vezes, terminamos com o temporário virando definitivo.
Duvido que isto não se repita novamente com os dois obuseiros citos. Até porque, as quantidades aventadas sequer cobrem todas as necessidades das OM de artilharia que hoje temos em demanda.
As vezes fico me perguntando por que a Colômbia consegue comprar os LG-1 Mk III franceses, mesmo que em pequenas quantidades, com espaço e disposição para comprar mais, dentro das suas limitações e possiblidades, e um país como o Brasil com um exército de capacidade financeira/orçamentária muito maior que o EC e não conseguimos, ou não queremos, comprar um simples obuseiro leve 105 novo, mas ao contrário, fazemos gestão para conseguir algo usado e guardado em depósitos empoeirados em algum deserto dos USA. Só porque é mais "baratinho". Sinceramente, é sem cabimento esse tipo de coisa.
Com tanta gente vendendo obuseiros novos a rodo mundo afora é um despropósito isso de ficar fuçando coisas no lixo alheio a espera de dias melhores. Me sinto um idiota quando vejo esse tipo de comportamento do cmdo do EB. Há mas nós temos o Astros 2020! F...-se. Se temos é porque alguém acreditou que poderíamos ter, e de fato ele está aí, aos trancos e barrancos, mas está. Longe de ser o suficiente, mas temos, e melhor, fabricamos ele aqui. Enfim.
Temos na conta os L-119/M-119, os LG 1 Mk III franceses e o Boran turco em 105mm a disposição no mercado. Os chineses também possuem obuseiros neste calibre, apesar de que nenhuma peça é AR. Mas isso com certeza não é um problema para eles. Qual o problema de botar essa gente para brigar e nos vender seus produtos nas melhores condições a nosso favor? Dizer que estes obuseiros novos são muito caros está fora de cogitação.
Já na seara dos obuseiros 155 AR e AP existe uma miríade de modelos e exportadores. É a mesma situação. Coloca essa gente para brigar e nos oferecer a melhor solução, com direito a tot, off set e tudo o mais que pudermos perdir.
Nos RO da VBOAP SR pode ver a priori como o EB espera ganhar com a aquisição de material novo. E não é pouca coisa que se pede, pelo contrário. Não duvido que o mesmo se aplique a novos obuseiros leves e aos AR/AP pesados. Não que eu goste da ideia de colocar todos os ovos na mesma cesta, mas atualmente, com a artilharia precisando substituir praticamente todas as suas bocas de fogo pra ontem, é mister que um contrato com no máximo dois fornecedores pode resolver tudo isso aí.
Puxando a sardinha para a minha brasa outra vez, se a Avibrás fosse esperta, faria uma visita de amigo à Denel e conversaria com eles longamente. Ambas empresas teriam muito a ganhar, e a aprender, em uma eventual parceria em matéria de artilharia. E no mínimo resolveria metade de nossos problemas nesta área, senão todos, caso o investimento fosse realmente visto no longo prazo.
Mas esse sou eu de novo falando sozinho aqui com os meus botões.