CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Mazocam
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4246 Mensagem por Mazocam » Sex Nov 07, 2014 7:38 pm

P44 escreveu:
Clermont escreveu:E o engraçado é que o "progressista" governo socialista francês já declarou que discorda da decisão e não reconhecerá o Estado da Palestina.
hollande é um insulto á história da França e do combate pela Liberdade

Eles devem estar esperando a resposta de Berlin :D




Lirolfuti
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4247 Mensagem por Lirolfuti » Qui Nov 20, 2014 8:11 am

Horror na sinagoga

ORIENTE MÉDIO
Dois palestinos invadem templo judaico em Jerusalém e usam cutelo, machado e pistola para matar quatro rabinos.Netanyahu promete resposta com "punho de ferro", ordena prisão de familiares dos militantes e demolição de casas. Obama pede calma
RODRIGO CRAVEIRO

Um atentado palestino com requintes de crueldade, em Jerusalém Oriental, agravou a tensão no Oriente Médio, atraiu a repulsa da comunidade internacional e levou Israel a anunciar uma resposta com “punhos de ferro”. “Nós estamos no meio de uma batalha por Jerusalém, nossa capital eterna”, proclamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que acusou o Hamas, a Jihad Islâmica e a Autoridade Palestina de disseminarem “incontáveis calúnias e mentiras contra o Estado de Israel”. “Eles dizem que os judeus estão contaminando o Monte do Tempo. Dizem que nós queremos destruir seus locais sagrados e que desejamos mudar os arranjos para oração lá. É tudo mentira”, acrescentou o premiê, que instou a população a não fazer justiça com as próprias mãos.

Por volta das 7h (1h em Brasília), os primos Ghassan Abu Jamal, 32 anos, e Oday Abu Jamal, 22, invadiram uma sinagoga ultraortodoxa no bairro de Har Nof . Armados com um cutelo, um machado e uma pistola, mataram quatro rabinos — três de dupla cidadania israelo-americana e um britânico (veja o quadro) — e feriram nove pessoas, cinco delas gravemente, antes de serem executados. No fim da noite de ontem, um policial atingido pelos extremistas também morreu.

“No meio da Shacharit (oração diária matinal), enquanto se envolviam no tallit e no tefillin (vestimentas tradicionais), quatro rabinos foram abatidos, quatro judeus puros e inocentes. Os animais que cometeram esse massacre vieram carregados com grande ódio procedente da incitação contra o povo judeu e seu país”, declarou Netanyahu, que ordenou a demolição de casas das famílias de Ghassan e Oday, no bairro de Jabal Mukaber, em Jerusalém Oriental. Ao menos 12 parentes dos extremistas, incluindo a mulher, a mãe e o irmão de Ghamal, foram detidos. As Brigadas Abu Ali Mustafa, a ala militar da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), reivindicaram a autoria do ataque, um dos mais sangrentos em anos.

O chefe de governo culpou indiretamente o presidente palestino, Mahmud Abbas. “Sem enviar terroristas para que cometam atentados, ele deixa a incitação à violência correr solta no seio da Autoridade Palestina”, disse. Por sua vez, Abbas divulgou um comunicado por meio do qual “condena o ataque aos fiéis judeus em seu local de oração e condena o assassinato de civis, não importa quem o faça”. Em uma medida polêmica, o ministro da Segurança Pública, Yitzhak Aharonovitch, anunciou que Israel vai aliviar os controles sobre o porte de armas, a fim de garantir a autodefesa. Por sua vez, o presidente norte-americano, Barack Obama, condenou “o terrível ataque” e pediu “calma” aos dois lados. “Neste momento delicado em Jerusalém, é muito importante que os líderes israelenses e palestinos e que as pessoas comuns atuem juntos para reduzir as tensões, rejeitar a violência e buscar um caminho para a paz”, alertou. O FBI, a polícia federal dos EUA, vai ajudar nas investigações.



Por telefone, Ghazi Hamad, líder e porta-voz do movimento fundamentalista islâmico Hamas (leia Três perguntas para), afirmou ao Correio que o massacre em Jerusalém era esperado, mas negou envolvimento da facção. “O que ocorreu hoje (ontem) foi o resultado da política maluca e de confrontação do governo Netanyahu, que se lança rumo a uma nova intifada”, advertiu. “Netanyahu não pode ficar acima da lei internacional. Ele confisca nossas terras e impõe bloqueios a Gaza. Nunca desistiremos”, acrescentou. Sami Abu Zuhri, também porta-voz do Hamas, admitiu que o grupo conclama novas operações similares.

Caos e pânico

Mati Goldstein, oficial chefe do serviço de resgate internacional Zaka, foi um dos primeiros a chegar à sinagoga, cinco minutos após o ataque. “Muitas pessoas gritavam, foi algo difícil de ver. É de partir o coração pensar nos restos mortais, na carne e nos corpos”, relatou ao Correio, por telefone. “Os dois terroristas entraram com uma pistola e com um cutelo enorme. As vítimas não tiveram chance. Algumas foram abatidas a tiros e golpeadas várias vezes com a lâmina”, lamentou. Também socorrista, Yossi Frankel chamou de “caos e de desastre” o que viu. “Nenhuma palavra pode descrever o que testemunhamos lá. Sou voluntário há 11 anos. Foi o pior atentado que já presenciei. Os rabinos foram mortos a sangue frio”, contou, também por telefone. Milhares de judeus acompanharam os funerais.

Professor de relações internacionais da Universidade de Nova York, Alon Ben-Meir não descarta que a extrema-direita pressione Netanyahu a uma resposta mais dura. “A situação em Jerusalém está cada vez mais tênue, e qualquer reação importante dos israelenses apenas vai instigar mais violência por parte dos palestinos. Netanyahu faria bem se trabalhasse com Abbas para reduzir as tensões e prevenir mais derramamento de sangue”, comentou por e-mail. O especialista adverte que o alívio nas restrições ao porte de armas pode enviar uma mensagem errada aos extremistas. “As forças israelenses deveriam reforçar a segurança em Jerusalém, e não buscar encorajar o vigilantismo entre a população”, concluiu Ben-Meir.
Três perguntas para
GHazi Hamad, vice-chanceler, porta-voz e líder do Hamas

Como o Hamas avalia o atentado contra a sinagoga em Jerusalém?

Isso é um desdobramento da revolta que há dois meses afeta Jerusalém. No mês passado, o governo e as forças de ocupação israelenses fizeram muitas coisas para atingir os palestinos em Jerusalém. Eles permitiram a expansão de assentamentos em locais sagrados, especialmente na Mesquita de Al-Aqsa.

Permitiram aos colonos entrarem na mesquita. Um garoto palestino foi morto em Jerusalém. Ontem (segunda-feira), enforcaram um motorista de ônibus palestino. Todos os dias, vemos políticas malucas do governo israelense e dos extremistas de direita de Israel. Eles tentam expulsar os palestinos de Jerusalém e derrubam casas. Nas últimas duas semanas, os palestinos começaram a fazer protestos. Se Israel não parar, isso vai virar um novo levante. Não se pode ter muita paciência por muito tempo.

Mas esse ataque foi uma operação do Hamas?

O Hamas não tem responsabilidade sobre a ação em Jerusalém. Mas isso é uma confluência natural, um resultado dos crimes israelenses contra nosso povo.

A terceira intifada já começou?

Os nomes “intifada”, “revolução” ou “levante” são errados. O que existe é uma confrontação à ocupação. Precisamos de uma batalha contra essa ocupação até estabelecermos nosso Estado soberano. Nós esperamos que a batalha continuará. Espero que a situação se deteriore, especialmente em Jerusalém.
http://www.assuntosmilitares.jor.br/201 ... agoga.html




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4248 Mensagem por cassiosemasas » Sáb Abr 04, 2015 2:09 pm

Bairro de Rafah, na faixa de Gaza, homenageia soldados brasileiros

TULIO SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GAZA

Al Brazil começa onde termina o asfalto. Numa mesquita modesta, homens fazem a oração do meio da tarde. Ao lado, garotos jogam futebol numa das várias quadras espalhadas pelo bairro da cidade de Rafah, extremo sul da faixa de Gaza, a poucos metros da fronteira com o Egito.

O bairro Al Brazil homenageia os soldados brasileiros do Batalhão Suez, que atuou na região como parte de forças de paz da ONU de 1956 a 1967, entre duas guerras entre Israel e Egito –a de Suez e a dos Seis Dias.

Jindi Abu Taha, 68, mora em Al Brazil desde os quatro anos. Em 1948, com a proclamação do Estado de Israel e a guerra que se seguiu, sua família fugiu com ele no colo de Beersheva, hoje em Israel, para Gaza. Abu Taha tinha por volta de dez anos quando chegaram os primeiros soldados da ONU.

Imagem
Crianças brincam em campo de futebol no bairro de Al Brazil, em Rafah (faixa de Gaza)

"Esta área aqui estava cheia de brasileiros. Tudo isso era o Campo Brasil", afirma, enquanto rascunha um mapa mostrando onde funcionaram algumas das instalações brasileiras.

Na mais próxima, há um carro virado e retorcido em frente a um prédio bombardeado, alvos da Força Aérea israelense nos confrontos do ano passado. "Ali, eu e outras crianças costumávamos ficar assistindo aos brasileiros cortando o cabelo", completa Abu Taha, sorrindo.

No terraço do pequeno prédio onde mora com a família, Kamal al Akras, 64, recorda-se de quando os israelenses, tempos depois de tomar o controle de Gaza na Guerra dos Seis Dias, tentaram mudar o nome da vizinhança de Al Brazil para Al Nahla.

A expressão em árabe quer dizer "abelha de mel" e homenagearia um judeu que teria morrido no local e teria sido encontrado com tâmaras doces ainda intactas, preservadas em seu bolso, semanas depois.

"Os moradores não permitiram e mantiveram o nome em homenagem aos brasileiros, que eram muito queridos. A maioria nem acreditou na história", diz.

Em alguns momentos, a conversa com ele é interrompida pelo barulho da movimentação de blindados egípcios do outro lado da fronteira. Após mais disparos e explosões, uma fumaça negra sobe no horizonte.

Akras mostra no celular um vídeo do filho Hussain, que, em meio aos mísseis e foguetes da última guerra em Gaza e procurado por integrantes do Hamas, grupo extremista que controla a faixa, entrou num dos túneis para o Egito e reapareceu meses depois, na Suécia.

Akras pergunta o nome do "Cristo de braços abertos", enquanto um vizinho questiona se a presidente Dilma Rousseff era mesmo integrante da "resistência", expressão muita utilizada entre palestinos. Ele se diz grato pelo apoio do Brasil à criação de um Estado palestino.

Ele se lembra, rindo, de quando, aos 14 anos, foi com amigos até a cerca do Campo Brasil assistir a uma partida entre soldados brasileiros e indianos –o jogo, tenso e disputado, terminou em pancadaria. "Todos gostavam dos brasileiros. Eram os únicos que iam a todos os eventos, todas as festas, e não somente às brasileiras."

Akras diz que a vida hoje no bairro é mais difícil. "Com os túneis [clandestinos entre Gaza e Egito] operando, era bom. Havia de tudo um pouco, trigo, cimento, não sentíamos tanto o cerco. Agora, com eles fechados [pelos egípcios], é diferente."

Morando em frente a outro campo de terra onde garotos jogam bola, Ansaf, que perdeu um filho na guerra, lembra que às vezes os brasileiros distribuíam pão e carne aos refugiados.

Ao se despedir, em tom de brincadeira, ela pergunta: "Os brasileiros irão voltar para tomar conta do campo?".

INFLUÊNCIA EGÍPCIA


Como a fronteira com o Egito está a poucos metros e se veem guardas egípcios no alto de torres de observação, a influência do país vizinho é significativa –um dos jovens, jogando descalço, veste o uniforme do time do Al-Ahly, do Cairo.

Várias das construções exibem marcas de balas, algumas delas nas paredes há mais de uma década. Rafah sempre esteve na linha de frente das guerras em Gaza.

Seguindo pelas ruas de terra, ouve-se à distância constante som de armas de fogo automáticas intercalado por disparos isolados, de diferentes calibres. "Tudo do lado egípcio", afirma um morador.

Chegando ao fim de Gaza, onde terminam as ruas, palestinos armados sobem uma pequena barricada improvisada de terra.

Do outro lado da fronteira, apenas um muro separa a Rafah egípcia de sua homônima palestina.

Ao final de outra rua, com mais prédios crivados de balas, dois jovens se exercitam correndo em outro campo em frente a um café.

Uma faixa vermelha estendida exibe uma montagem com a foto do português Cristiano Ronaldo ao lado do argentino Lionel Messi e os dizeres "Café Estrelas do Brasil", em árabe.

Percebendo o erro, um dos frequentadores conserta: "Neymar número um".

O gerente, que faz as vezes de segurança, concorda em posar para uma foto, fuzil Kalashnikov em mãos.

"Eu também sou brasileiro", brinca um vizinho, apontando para um senhor que dizem lembrar da época dos brasileiros no local.

Fonte.




...
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4249 Mensagem por FCarvalho » Dom Abr 05, 2015 8:00 pm

Para se ver que onde o profissionalismo e as qualidades humanas dos nossos soldados consegue enraizar-se profundamente, deixando marcas, nos lugares por onde esteve.
Gaza é só um exemplo dentre tantos.
Imagine-se se tivéssemos mais e melhores condições, o quanto não poderíamos estar fazendo agora por outros povos.
Nas minhas contas, são ao menso entre 6 e 8 missões das quais poderíamos estar participando no mesmo nível da Minustah, mas que infelizmente por causa da bestialidade que é esse nosso desgoverno, estamos a "pirigar" naquela missão e a improvisar na próxima, que nem se sabe se iremos.

abs




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4250 Mensagem por J.Ricardo » Seg Abr 06, 2015 12:08 pm

Só acho que essas missões deveriam ter tempo determinado de duração, a MINUSTAH já se tornou quase que uma ocupação, já são praticamente 11 anos, já deu nosso tempo por lá...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4251 Mensagem por Wingate » Seg Abr 06, 2015 12:38 pm

J.Ricardo escreveu:Só acho que essas missões deveriam ter tempo determinado de duração, a MINUSTAH já se tornou quase que uma ocupação, já são praticamente 11 anos, já deu nosso tempo por lá...
Mais uma estrela em nossa bandeira... :evil:

Wingate




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4252 Mensagem por LeandroGCard » Sex Out 09, 2015 5:58 pm

E vai começar de novo... .
Em dia sangrento, seis morrem em Gaza e Hamas pede intifada
No dia mais violento dos novos conflitos, israelense fere quatro árabes com faca

O Globo / Com com agências internacionais - 09/10/2015

JERUSALÉM - Soldados israelenses atiraram contra palestinos na fronteira da Faixa de Gaza nesta sexta-feira, matando seis palestinos e ferindo 60 que atiravam pedras em manifestação de apoio aos protestos em Jerusalem, informaram fontes médicas em Gaza. A ação tinha como objetivo conter um manifestação árabe em andamento.

O exército israelense afirmou que cerca de 200 palestinos chegaram a menos de 100 metros de distância da cerca de fronteira no nordeste de Gaza, o que fere a zona de segurança imposta por Israel de 300 metros do limite. Os palestinos atiraram pedras e lançaram pneus em chamas em direção aos soldados israelenses do outro lado.

A manifestação árabe apoiava os palestinos em protesto em Jerusalém e na Cisjordânia, onde uma onda de violência se espalha na última semana. Os árabes protestam contra ação policial israelense nos arredores da mesquita de al-Aqsa, local sagrado para os muçulmanos, na Cidade Velha de Jerusalém.

O líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, convocou os palestinos a fortalecer a luta contra Israel e disse que a onda de violência em Jerusalém e na Cisjordânia é o começo de uma nova insurreição.

— Esta sexta-feira, é o dia da fúra. É o dia que vai representar o começo de uma nova intifada na terra da Palestina — disse Haniyeh aos seguidores após orações, chamando os palestinos que esfaquearam israelenses de “heróis”. — Gaza está do lado da batalha em Jerusalém. Gaza está inteiramente pronta.

MAIS ATAQUES COM FACA

Três operários palestinos e um funcionário municipal foram esfaqueados na cidade de Dimona, ao sul de Israel, nesta sexta-feira. A polícia informou que um único suspeito israelense está preso, motivo aparentemente é “nacionalista”.

O prefeito de Dimona, Benny Biton, afirmou à uma rádio israelense que o suspeito mora na cidade e é conhecido da polícia. Segundo o “Haaretz”, o premier Benjamin Netanyahu condenou fortemente os ataques, afirmando que a violência contra árabes inocentes é inaceitável.

— Israel é um país de lei e ordem — afirmou. — Nós levamos justiça a qualquer responsável por ato de violência, de qualquer lado, judeu ou árabe.

O funcionário municipal, aparentemente da Cisjordânia, segundo o jornal israelense “Haaretz”, foi o primeiro a ser atacado. Cerca de 45 minutos depois do primeiro ataque, os três operários palestinos foram abordados pelo criminoso, que foi preso no local do crime. De acordo com o “Haaretz”, duas das vítimas se feriram moderadamente e outras duas sofreram ferimentos leves.

— Um homem jovem, por volta dos 20 anos, estava deitado na calçada. Ele estava consciente, mas sofrendo com o ferimento da faca no tronco. Assim que o vimos, levamos para a ambulância e cuidamos dele e aí levamos para o hospital — afirmou Orgad Cohen, médico que tratou a primeira vítima, ao “Haaretz”.


Os ataques seguem uma onda de violência em ascenção entre iraelenses e palestinos desde a semana passada.

Na quinta-feira, outros seis israelenses foram vítimas de ataques com facas em quatro episódios separados de ataques com faca em Jerusalém e na Cisjordânia. Um palestino, que tentou ferir um soldado de Israel, foi morto com um tiro. Em resposta a mais ataques, Netanyahu pediu apoio da oposição e dos palestinos para conter a onda de tensões.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/em-dia-sa ... -intifada-
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4253 Mensagem por LeandroGCard » Dom Out 18, 2015 10:24 am

É assim que o ódio mais profundo começa: Na educação das crianças :? .
Além dos muros
Em escolas de Israel e Palestina, textos didáticos ensinam crianças a se odiar mutuamente. Professores descrevem vizinhos como alguém a ser temido e reforçam estereótipos

Adriana Carranca - 17 Outubro 2015

Em escolas de Israel e Palestina, textos didáticos ensinam crianças a se odiar mutuamente. Professores descrevem vizinhos como alguém a ser temido e reforçam estereótipos. Nas aulas de geografia, mapas ignoram a existência do outro. Cada lado glorifica a si mesmo, enquanto ofende a imagem do "inimigo". As afirmações constam de um estudo de 2013 conduzido por especialistas em educação das Universidades de Tel-Aviv, Belém e Yale, e financiado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Entre outros dados, o estudo apontou que 84% das referências a israelenses encontradas nos livros palestinos são negativas, enquanto nos livros israelenses os palestinos são descritos de forma negativa em quase metade (48%) das referências - o número sobe para 73% nas escolas ortodoxas.

Lembrei-me desse estudo na medida em que uma nova onda de violência se desenrolava nos últimos dias na região. Desde o fim de setembro, sete judeus israelenses morreram em pelo menos trinta destes ataques, com facas e armas de pequeno porte. Em resposta, mais de trinta palestinos foram mortos em confronto com forças israelenses.

Há um componente novo no conflito de décadas: os últimos ataques contra israelenses não foram cometidos por grupos terroristas organizados, como no passado, mas por iniciativa de palestinos comuns. Na maioria, jovens. Em abril do ano passado, o Conselho de Relações Externas já alertava para a possibilidade de uma nova onda de violência, catapultada pela "frustração", principalmente de jovens, diante das promessas de um Estado palestino nunca criado, a deterioração da economia nas áreas árabes e a contínua expansão de assentamentos israelenses.

Mas essa nova onda de violência, é preciso lembrar, teve início com a morte de um bebê de dezoito meses e sua mãe no vilarejo palestino de Duma, na Cisjordânia, queimados dentro de casa em um ataque de colonos. Na parede, eles escreveram em hebraico: "revanche". Ataques similares têm ocorrido em escala crescente, pela iniciativa individual de radicais que decidiram fazer o que acreditam ser justiça com as próprias mãos e expulsar os palestinos do que defendem serem suas terras. Foram pelo menos quatrocentos ataques em 2013 e trezentos no ano passado - quando as ações entraram pela primeira vez na lista de atentados terroristas do Departamento de Estado dos EUA.

É uma geração alimentada por frustração, ódio e desconfiança, criada em um ambiente de apartheid social e levada a acreditar, por ambos os lados, que a simples aceitação da existência do outro é uma ameaça à sua própria.

Sem entrar na discussão sobre os motivos que levaram ao bloqueio à Faixa de Gaza, oito anos dessa política de isolamento fizeram com que o Hamas se tornasse a única voz para uma geração de palestinos, que cresceu sem jamais ver ou ter contato com um judeu israelense sem uniforme de combate. Sua única imagem de Israel é a de soldados que bombardeiam suas escolas e matam amigos, parentes e vizinhos - a investigação da ONU sobre a última guerra na Faixa de Gaza, concluída em abril, apontou que as ações militares de Israel mataram pelo menos 44 civis palestinos que haviam se abrigado dos conflitos em sete escolas sob tutela da organização. Na Cisjordânia, o que os palestinos sabem sobre Israel está fatalmente associado aos colonos, muros, soldados e checkpoints.

Do outro lado dessa fronteira forjada, israelenses não conhecem nada sobre os palestinos que vivem em Gaza além do temor dos mísseis disparados de seu território por terroristas. Muitos judeus em Israel nunca tiveram contato com um palestino. O resultado é o que vemos agora.

Árabes israelenses, que costumam servir de exemplo de convivência pacífica e integração social para a Knesset, saíram em massa às ruas do norte de Jerusalém na terça-feira em protesto contra a violência e o que consideram uma política discriminatória. A última vez que o setor árabe de Israel protestou em tão grande número contra o governo foi em 2000 - era o início da segunda Intifada.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4254 Mensagem por P44 » Ter Nov 17, 2015 10:51 am

Espanha emite mandado de captura contra Netanyahu

RTP 17 Nov, 2015, 10:20 / atualizado em 17 Nov, 2015, 11:09 | Mundo

A Justiça espanhola deu ordens à Polícia e à Guarda Civil para deterem o primeiro ministro israelita e seis outros responsáveis israelitas, se algum destes entrar em território espanhol. O mandado diz respeito ao massacre da "Flotilha da Liberdade", em 2010.

A noíticia, publicada no diário Latin American Herald Tribune, refere que o mandado de captura foi emitido pelo juiz espanhol Jose de la Mata. :arrow: http://www.laht.com/article.asp?Article ... ryId=12395

As outras seis personalidades israelitas visadas pelo mandado são o antigo ministro da Defesa, Ehud Barak; o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman; o então ministro dos Assuntos Estratégicos, e actual ministro da Defesa, Moshe Ya'alon: o antigo ministro do Interior, Eli Yishai; o então ministro sem pasta, Benny Begin; e o vice-almirante, directo responsável pela operação, Maron Eliezer.

O processo aberto contra estes sete arguidos corre no Tribunal Nacional de Espanha e diz respeito ao ataque de forças militares israelitas contra o navio "Mavi Marmara", integrado na "Flotilha da Liberdade", que transportava ajuda humanitáriaa para Gaza.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Emmanuel Nachshon, reagiu à notícia, declarando, segundo citação do Jerusalem Post: “Consideramo-la [a ordem judicial] como uma provocação. Estamos a trabalhar com as autoridades espanholas para que ela seja cancelada. Esperamos que isto acabe rapidamente".

http://www.rtp.pt/noticias/mundo/espanh ... _n874527?8




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4255 Mensagem por mmatuso » Sáb Nov 21, 2015 9:07 pm

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-c ... de-israel/
No link tem um audio de um argentino/judeu tenente-coronel David Ram do exército de Israel falando da estrutura deles.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4256 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 21, 2016 3:07 pm

Israel mostrando o tipo procura com os palestinos:
ISRAEL VAI RECUPERAR TERRAS NO VALE DO JORDÃO

http://shalom-israel-shalom.blogspot.com.br/ - 21/01/2016

370 acres de terrenos agrícolas na região do vale do Jordão a sul de Jericó irão ser nacionalizados como parte das terras do estado de Israel. Este é o maior plano de anexação desde 2014.
Parte desta área a Norte da cidade de Almog tem sido trabalhada nestes últimos anos por agricultores israelitas.

Para justificar estas acções, Israel tem feito uso de uma lei otomana de 1858 através da qual uma terra que não esteja sendo trabalhada durante vários anos pode reverter para a propriedade do estado.

Esta nova medida foi aprovada por entidades governamentais israelitas e deve receber a aprovação final durante as próximas semanas.

Israel tem recentemente enfrentado duras críticas tanto da União Europeia como dos EUA sobre as "reais intenções" do estado judaico relacionadas com as políticas de "anexação" de territórios localizados para além da "linha verde".

Para falar a verdade, Israel não tem que se preocupar com as opiniões dos outros, uma vez que não está a fazer mais do que ocupar aquilo que já lhe pertence de direito.

Shalom, Israel!
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4257 Mensagem por Sterrius » Qui Jan 21, 2016 8:05 pm

wow.... recorrer a uma lei de 1858 é baixo até pra israel.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4258 Mensagem por prp » Ter Jan 26, 2016 4:15 pm

Sterrius escreveu:wow.... recorrer a uma lei de 1858 é baixo até pra israel.
Que isso cara, eles recorrem a acontecimentos que ocorreram no ano 70 DC, uma lei de 1858 é praticamente de ontem para eles. :lol:




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4259 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Jan 26, 2016 8:36 pm

prp escreveu:
Sterrius escreveu:wow.... recorrer a uma lei de 1858 é baixo até pra israel.
Que isso cara, eles recorrem a acontecimentos que ocorreram no ano 70 DC, uma lei de 1858 é praticamente de ontem para eles. :lol:
Bingo. Argumento fatal.

[018]




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#4260 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Jan 26, 2016 9:06 pm

Tem político israelense que recorre a um livro escrito não-se-sabe-exatamente-quando, isso é política, não é preciso de fatos, apenas pretextos.




"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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