Mas agora fiquei com uma dúvida:
Dado que esta paragem do A-12 se deveu a manutenção e não modernização, isso significa que ele desde que foi comprado à França e desde que chegou ao RJ nunca chegou a estar na activa?
Ou chegou ainda a navegar por uns tempos?
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Vinícius:
É óbvio que quem está nos quarteis sabe mais que nós.
Pelo menos nos aspectos técnicos, e sobretudo têm contacto directo com as limitações orçamentais, com as contingências políticas que às vezes não libertam as verbas para acelerar os programas, com problemas de última hora que sempre surgem.
Provavelmente, se dependesse dos militares brasileiros, a
Barroso já teria sido incorporada e até já teriam começado a construir mais unidades.
Por exemplo, os nosso NPO's a serem construidos em Viana, e dos quais 2 já flutuam, demoram mais tempo a serem incorprados na Armada que a construção e incorporação de um cruzador AB americano.
E olhe que os nossos NPO's não são nada de inovador ou revolucionário, nem em termos de plataformas, nem em termos de sistemas electrónicios ou de armas.
E para mais, agora que os 2 primeiros estavam prontos a serem entregues, parece que surgiu um problema nos motores italianos, o que vai atrasar em um ano (
) a entrega dos 2 primeiros NPO's à nossa Marinha.
Mas todos esses problemas não impedem que nestes foruns não se discuta, não se interrogue, não se questione.
Porque se tudo se se limitasse ao absolutamente factual, então em vez de fóruns, haveria um simples site, onde se reproduziriam os comunicados oficiais dos ramos das FA's e o Diário do Governo, e nada mais.
Porque isso é que são os factos.
Os Fóruns são para discutir.
Uns concordam com o A-12, outros nem tanto, uns gostariam que o Brasil se dotasse já de fragatas de defesa aérea, ou se dotasse o A-12 já com pelo menos 2 CIWS, outros acham que não, e outros ainda nem sabem qual será o futuro da marinha daqui a 15 anos.
Para isso existem os fóruns, para que se discuta, se divulgue, se interrogue.
Mas nenhum de nós é militar, pelo menos em posição de decidir.
De resto, e em última análise, nem são os militares que decidem, mas quem dá as verbas, que é o poder político em Brasília no vosso caso, ou no nosso caso, em Lisboa.
O que me parece, e daí as minhas reservas relativamente ao
S. Paulo é que a sua existência compromete outros programas que para mim trariam ao Brasil outras capacidades.
Mas essa é só a minha opinião, e eu respeito quem ache que o Brasil terá mais a ganhar com a posse de um PA convencional.