CASCAVEL EE 9U MODERNIZADO

[Túlio]

De minha parte, e como AINDA não encontrei maneira mais clara de dizer o quanto deploro quando um Exército que nem MBT possui está aparentemente querendo substituí-lo na caradura por um MGS que custa quase o mesmo mas com capacidades MUITO inferiores, prefiro então que GASTE menos num trambolho que já temos - e que manterá aberta a vaga para MBT - do que em coisa que, bem na manha, ainda vão querer "vender" como substituto ou "complemento" de algum "MMBT" (leia-se IFV com canhãozão).

Fora que a Timeline é simplesmente RIDÍCULA, quando o último chegar os primeiros já estarão tendo que ir pra MLU. PUTZ...

[FCarvalho]

Honestamente, o EB está atirando para todos os lados para ver se pesca alguma coisa. E o que cair na rede é peixe. A tradicional inépcia governamental brasileira em relação aos investimentos na defesa levou as forças armadas a fazerem planos já considerando o corte de verbas, falta de recursos, repactuação de contratos e cronogramas desrespeitados por antecedência. Isto é o cúmulo do ridículo. Não tem planejamento que resolva nada neste país desse jeito.
Modernizar estes blindados é jogar dinheiro fora. Mas na falta de capacidade, diria, competência, de comprar os VBC Cav nas quantidades de que realmente precisa, e ponto final, vê-se esse tipo de coisa acontecer.
Pelo menos vou torcer para que a Equitron ganhe essa merda de concorrência. Eles fizeram um ótimo trabalho antes e podem fazer agora novamente. E é uma empresa nacional com soluções nacionais naquele projeto realidado. A ver se o EB vai deixar a bola rolar ou se vamos ter mais um jogo de cartas marcadas. Até os russos entraram nessa papagaiada.

[gabriel219]

Então o EB está pescando no Rio Tietê, o que fica dentro de SP mesmo e a maior chance de cair na rede é um tolete ou um cadáver, com sorte.

[Túlio]

Então o EB está pescando no Rio Tietê, o que fica dentro de SP mesmo e a maior chance de cair na rede é um tolete ou um cadáver, com sorte.

Fico só a imaginar o que alguns jênios estão armando:


Inventam essa moda de IFV (Freccia) com uma torre enorme e um canhãozão em cima (mas nem a pau que me convencem que é páreo para MBT com blindagem de MBT e L55);

Daí cola, então inventam outra moda, consequência dessa:

Outro IFV, tipo Puma ou Lynx ou melhor ainda, algum DARDO 2(*), com a "grande vantagem" de ser também da IVECO e OTO, com a mesma torre e canhão em cima ("pra baratear ainda mais"), mas com um pouco mais de blindagem.


Alguns anos (e vários bilhões depois) "descobrem" outra vez que fizeram caca com os meus impo$to$. Mas tudo tri, volta-se aos estudos, afinal, sou eu quem está pagando pela farra e não eles.

Depois estranham porque fico emputecido com isso.


(*) - Sobre o Dardo, oficialmente foi mencionado que o Exército da Itália pretende substituí-lo mas não tem intere$$e em desenvolver algo próprio, talvez peguem o Puma ou Lynx Alemão; isso talvez mudasse com uma "mãozinha" do EB.

[FCarvalho]

Da Iveco o máximo que se pode esperar, ou ser dado a ela, é um novo IFV 8x8 baseado no Centauro II, e que poderia servir de complemento ou substituto dos Guarani 6x6 em algumas OM de cav mec e/ou Cav Blda nos EsqCavMec destas bgdas.

No caso das viaturas sobre rodas é praticamente certo que o Centauro II virá a ser montado em Sete Lagoas e seus kits CKD sem maiores problemas ou exigências do EB. Somados aos LMV que também devem ter a sua montagem por aqui, os italianos já vão estar muito bem servidos, e com bastante trabalho, dado que o EB ainda quer, e precisa, desenvolver as VBE da família Guarani, que não por acaso, somam mais de meio milhar de exemplares conforme a organização das bgdas cav e inf mec atual.

Em todo caso, os alemães estão correndo por fora a fim de tentar oferecer uma solução ao VBC CC, que pode ser algo baseado no Puma/Linx, que seria praticamente outro veículo, e os custos derivados, ou eles conseguirem convencer o EB de que podem fazer um Leo 2 com peso inferior a 60 ton e que atenda os requisitos daquele ROB estranho. Penso que é mais fácil o EB aceitar este último do que IFV com canhão. Se conseguirem, e competência não lhes falta, será a segunda base industrial de defesa instalada no sul do país, já que mais para frente o EB também terá que decidir pela futura VBC Fuz, este sim um projeto que irá gerar milhares de unidades a adquirir, além de emprego, renda, impostos e muitas empresas envolvidas na sua produção aqui. Se os alemães podem oferecer um Linx que caiba no bolso do EB, veremos.

[Túlio]

Da Iveco o máximo que se pode esperar, ou ser dado a ela, é um novo IFV 8x8 baseado no Centauro II,

E por quê? O próprio Centauro 2 já é um IFV 8x8 (Freccia) modificado para levar uma baita torre 120 em cima, basta botar de volta a original Hitfist 25 e pronto; alternativamente pegar a versão EVO, com Hitfist 30.

Nem vou dizer mais para pesquisar ou pelo menos ler um post anterior antes de escrever abobrinha...

[J.Ricardo]

Então o EB está pescando no Rio Tietê, o que fica dentro de SP mesmo e a maior chance de cair na rede é um tolete ou um cadáver, com sorte.

Que nada, agora tem bagre africano vivendo lá, o rio tá impregnado dessa praga...

[knigh7]

importante:

A quantidade de VBC 8X8 que o EB pretende comprar é relativamente pequena (entre 100 e 200 unidades). Ora se o palestrante está dizendo (Gen. Villela) que o valor da modernização do Cascavel não deve ultrapassar 30% da nova VBC, então essa modernização é muito trabalho para pouca diferença numérica.

Nós não vamos fabricar aqui as viaturas. Independente do ganhador, será só montagem. Deveríamos pegar o valor a ser investido no Cascavel e usá-lo para acelerar as entregas da nova VBC e, quem sabe, comprar mais unidades no final.

[Túlio]

A quantidade de VBC 8X8 que o EB pretende comprar é relativamente pequena (entre 100 e 200 unidades). Ora se o palestrante está dizendo (Gen. Villela) que o valor da modernização do Cascavel não deve ultrapassar 30% da nova VBC, então essa modernização é muito trabalho para pouca diferença numérica.

Nós não vamos fabricar aqui as viaturas. Independente do ganhador, será só montagem. Deveríamos pegar o valor a ser investido no Cascavel e usá-lo para acelerar as entregas da nova VBC e, quem sabe, comprar mais unidades no final.

Ou pegar esse mesmo dinheiro, arrebanhar os Guaranis do LED (se não me engano eram umas 150 unidades, só não sei se todas das versões originais ou de todas as projetadas, aí daria menos), que são mais antigos, e reformá-los para:

Versão com lançador de ATGM;

Versão capaz de transportar, lançar e recolher um UAV tipo Scan Eagle.

Posso apostar que esses dois juntos custariam menos e seriam muito mais desgraçados que dois Centauros de qualquer versão, mas por uma fração do preço de um só deles. Bobear e até URUTU com SPIKE/Scan Eagle faria o serviço.

[gabriel219]

Eu acho que devíamos ter, como VBR, um Guarani 6x6, canhão 30 mm, Msl AC e drone lançado como um míssil. Existe isso, inclusive operando no Freccia. Porém, um MGS como o Centauro é imprecindível para nós.

Não teremos muitos MBT's e possuir MGS para realizar outras tarefas, como apoio de fogo à Infantaria, seja ela Lv ou Média (Mecanizada), realizar campanha Hit-and-run defensivo, seja para atrazar o inimigo ou cobrir uma retirada e apoio ao Reconhecimento armado, enquanto o MBT faria aquilo que nasceu pra fazer: ação de choque.

Além do mais, esses MGS possuem capacidade de Mobilidade Estratégica, podendo chegar num T.O mais rápido que os MBT's.

Mas colocar um Centauro II num RCM pra fazer reconhecimento armado é um puta disperdício. Eu acharia muito interessante um RCM reformulado, com organização semelhante a um RCB, criando uma nova OM chamada de Regimento/Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado para realizar a antiga função dos atuais RCM/EsqCavMec. Com a Bda Cav Mec substituindo seu RCB por um BIMec.

Espalhavam-se as quatro pelo país - uma em cada área, sendo no Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste - para possuir maior agilidade e rapidez de deslocamento pros T.O's requisitados.

A do Norte poderia bem ser Roraima ou pegando o Sul do Roraima, que é quase Cerrado Novamente ou mesmo duas no CO, sendo uma aonde fica a atual, no MS e outra no Norte do MT, já que essa região é desprovida de GU's e a Bolívia até que tem uma capacidade minimamente respeitável de SK-105.

[FCarvalho]

Ainda penso que dentre as OM de cav e inf mec que o EB dispõe existe espaço para um bldo 6x6 rec e/ou apoio de fogo, como já tinha sido aventado anteriormente, assim como as versões orgânicas já previstas no manual destas unidades.

Não há motivo para que uma versão rec 6x6 do Guarani não possa ser desenvolvida principalmente para as OM de inf mec. Ao menos pelo que pude apurar da organização dos BIMec espaço há para ela seja a nível SU como GU. O que falta talvez ao exército é o bom senso de começar a casa pelo chão e não pelo telhado.

No tópico do Guarani houve um debate recente sobre a organização das bgdas Inf Mec do EB que rendeu algumas boas páginas em que deixei os doc sobre a mesma que é adotada atualmente e os tipos e quantidades de bldos orgânicos de cada OM componente.

Enfim, seja nas Cia Cmdo Ap da Bgda ou dos BIMec o que mais há é discussão, e diria, oportunidades, para uma VBE Rec e VBE Apoio de Fogo, só para ficar nestas que foram citas.

Lamentável esta decisão de querer colocar dinheiro bom em solução ruim.

[FCarvalho]

Agora a curiosidade do século: quanto custa um Guarani 6x6 equipado com uma TORC30 Rec como foi aventado de público pela ARES e oferecida ao exército? Torre inclusive equipada com os mísseis AC agora requeridos no Cascavel.
Uma resposta difícil de saber agora. A não ser que alguém em Brasília resolva perguntar.

[FCarvalho]

Ninguém ainda conseguiu me tirar da cabeça até hoje de que isto aqui seria o substituto ideal para os Cascavel dos EsqCavMec das brigadas de inf mecanizada, e até mesmo para as SU de reconhecimento e/ou apoio de fogo dos BIMec e outras OM.



Agora, qual a dificuldade de fazer isso a custo talvez nem tão maior assim quanto se pretende gastar agora nos EE-9U.



Ambos não concorrem um com o outro e seriam até complementares.

[gabriel219]

Pra que canhão 90 mm pra ApFg??? Esquece isso, no mínimo tem que ser 105 mm. 120 mm é ideal para padronizar e utilizar apenas um tipo de munição para os MGS e MBT.

Esses canhões 90 mm foi uma proposta quebra galho para substituir os canhões Mk3 e ninguém quis. Os que ainda existem, são do século passado e operam canhõds Mk3, ainda da época do EE-9.

[Túlio]

Pra que canhão 90 mm pra ApFg??? Esquece isso, no mínimo tem que ser 105 mm. 120 mm é ideal para padronizar e utilizar apenas um tipo de munição para os MGS e MBT.

Esses canhões 90 mm foi uma proposta quebra galho para substituir os canhões Mk3 e ninguém quis. Os que ainda existem, são do século passado e operam canhõds Mk3, ainda da época do EE-9.

O Mk 8 pouco tem em comum com o Mk 3 além do diâmetro da Mun, e não sei de nada na vizinhança que segure um tirambaço dele. Melhor do que isso? ATGM!!!

Pois vizinho nenhum sequer tem projeto para ADS (e nem nós ).