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Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 11:19 am
por Clermont
pt escreveu:No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.
Boa parte destes, constituida de cristãos, também nunca voltará, no caso de vitória dos rebeldes islâmicos inimigos de Assad.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 11:30 am
por rodrigo
Golpe de mestre da diplomacia russa. Agora liberou a presença de tropas russas e iranianas no teatro, e se algum OTAN quiser, pode ir observar. E tenham cuidado para não serem mortos. Agora, sob pretexto de serem locais de depósito de material sob cuidado internacional, o alto comando sírio e Assad terão refúgios seguros de ataques da OTAN e Israel.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 11:48 am
por FOXTROT
pt escreveu:Esses circunstancialismos apenas demonstram que há muito mais forças em ação na região que russos x americanos. A coisa é muito mais complicada.

O governo americano, já tinha dito que Assad tem que ir embora.
Já tinha dito que as armas químicas eram a linha vermelha.
A utilização de armas químicas pelo regime, encostou os americanos à parede.
Obama ganhou eleições acusando os republicanos de falta de legitimidade para ir para a guerra, logo perderia a cara se fizesse a mesma coisa que o Bush.



A remoção das armas químicas da Síria é uma boa tentativa para salvar a cara, mas é também uma ação em defesa de Israel, porque é exactamente o que Israel quer:
Manter Bashar al Assad no poder, mas retirar-lhe as armas mais letais.
Bashar ficará domado e à mercê de Israel.

Mas independentemente dos golpes de barriga, o regime socialista alauita tem os dias contados. Por muitas garrafas de oxigenio que dêem a Bashar ele sabe que chegou ao fim da linha.

Para já poderá ter evitado ter que fugir pelo esgoto. Mas há muito que tem as barbas de molho. Ele já esgotou todas as possibilidades que tinha para salvar a cara e para sair de cena.


Há ainda que considerar a posição da Turquia, que disse aos americanos que era preciso uma ação continuada contra o regime sírio e que um ataque não serviria de nada.
Depois, John Kerry vem dizer que se prepara um ataque incrivelmente pequeno.
As palavras foram mal escolhidas, porque para os padrões americanos, um ataque incrivelmente pequeno pode ser devastador, mas o que passa é a imagem. Os turcos ficaram irritados, e Obama quase não falou com Erdogan no G20.

No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.

Código: Selecionar todos

A esmagadora maioria dos refugiados não vai voltar com medo de Assad. Milhares de ex-soldados do exército sírio que desertaram, estão na Turquia e no Líbano e não vão voltar porque obviamente serão mortos se Assad os puder matar.
Só este simples facto, gerará uma instabilidade nas fronteiras da Síria, que nunca mais deixará de existir até que Bashar se vá embora.
A família Assad ainda vai dar as cartas por muito tempo, depois desse acordo firmado, os rebeldes que ainda não tiverem se convencido de que ninguém vai arriscar seu pelego por eles, serão dizimados!

Ex-soldados no Líbano já podem encomendar seus caixões, ou podem escolher servirem de alvo ao hesbolá.

Os russos bancaram Al-Assad, essa que é a verdade!

Com o país em turbulência constante, a Síria de pouco serve como aliado para russos e para iranianos.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 1:06 pm
por Wingate
FOXTROT escreveu:
pt escreveu:Esses circunstancialismos apenas demonstram que há muito mais forças em ação na região que russos x americanos. A coisa é muito mais complicada.

O governo americano, já tinha dito que Assad tem que ir embora.
Já tinha dito que as armas químicas eram a linha vermelha.
A utilização de armas químicas pelo regime, encostou os americanos à parede.
Obama ganhou eleições acusando os republicanos de falta de legitimidade para ir para a guerra, logo perderia a cara se fizesse a mesma coisa que o Bush.



A remoção das armas químicas da Síria é uma boa tentativa para salvar a cara, mas é também uma ação em defesa de Israel, porque é exactamente o que Israel quer:
Manter Bashar al Assad no poder, mas retirar-lhe as armas mais letais.
Bashar ficará domado e à mercê de Israel.

Mas independentemente dos golpes de barriga, o regime socialista alauita tem os dias contados. Por muitas garrafas de oxigenio que dêem a Bashar ele sabe que chegou ao fim da linha.

Para já poderá ter evitado ter que fugir pelo esgoto. Mas há muito que tem as barbas de molho. Ele já esgotou todas as possibilidades que tinha para salvar a cara e para sair de cena.


Há ainda que considerar a posição da Turquia, que disse aos americanos que era preciso uma ação continuada contra o regime sírio e que um ataque não serviria de nada.
Depois, John Kerry vem dizer que se prepara um ataque incrivelmente pequeno.
As palavras foram mal escolhidas, porque para os padrões americanos, um ataque incrivelmente pequeno pode ser devastador, mas o que passa é a imagem. Os turcos ficaram irritados, e Obama quase não falou com Erdogan no G20.

No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.

Código: Selecionar todos

A esmagadora maioria dos refugiados não vai voltar com medo de Assad. Milhares de ex-soldados do exército sírio que desertaram, estão na Turquia e no Líbano e não vão voltar porque obviamente serão mortos se Assad os puder matar.
Só este simples facto, gerará uma instabilidade nas fronteiras da Síria, que nunca mais deixará de existir até que Bashar se vá embora.
A família Assad ainda vai dar as cartas por muito tempo, depois desse acordo firmado, os rebeldes que ainda não tiverem se convencido de que ninguém vai arriscar seu pelego por eles, serão dizimados!

Ex-soldados no Líbano já podem encomendar seus caixões, ou podem escolher servirem de alvo ao hesbolá.

Os russos bancaram Al-Assad, essa que é a verdade!

Com o país em turbulência constante, a Síria de pouco serve como aliado para russos e para iranianos.
Ocorrendo o acima, como se posicionará, no futuro, a Al-Qaeda e outros grupos radicais?

Wingate

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 1:18 pm
por Strider
Hesitação de Obama sobre Síria é ironizada nas redes sociais
Várias caricaturas ironizam indecisão de Obama em relação ao ataque.
Presidente dos EUA também é retratado com as orelhas do rato Mickey.

Os simpatizantes e opositores ao regime sírio ironizam sem piedade nas redes sociais as hesitações do presidente americano Barack Obama, que aparece em uma caricatura tirando as pétalas de uma flor enquanto diz: "bombardeio, não bombardeio".

Após uma ofensiva diplomática em busca de apoio para atacar a Síria, o presidente americano está examinando a proposta de Moscou para que Damasco coloque sob controle internacional seu arsenal de armas químicas.
saiba mais

No dia 31 de agosto, o presidente já havia dado a impressão de estar menos decidido que antes, ao anunciar que consultaria o Congresso antes de intervir militarmente na Síria.

"Quando o Congresso me der autorização para atacar, perguntarei a minha esposa Michelle e aos meus familiares políticos. Se disserem que sim, seguirei adiante", afirma o presidente americano com o rosto sério em uma foto publicada no Facebook por um sírio.

Várias caricaturas ironizam a indecisão de Obama e algumas o mostram com as orelhas do rato Mickey.

Entre as piadas que circulam, está a de um jovem que pede a mão de sua namorada, que responde: "Querido, vamos esperar o ataque, depois veremos".

Em outra, um homem diz a sua esposa que precisa alugar uma casa antes do ataque, mas ela prefere esperar, já que 'depois será mais barato'.

Outra mensagem na internet convida os sírios a assinarem um serviço de telefone celular chamado "Kerry, me informe a qualquer custo" sobre a data dos bombardeios.

Num momento em que o regime sírio não tomou medidas excepcionais ante o possível ataque militar, há quem brinque com o pânico que parece tomar conta da região.

"Os israelenses distribuem máscaras de gás, os jordanianos estão em estado de alerta, os turcos mobilizam mísseis antiaéreos dia e noite, os libaneses estão nervosos, os iraquianos estão perdidos e os egípcios estão mais informados do que acontece aqui em relação ao que se passa em seu país (...) Estão certos de que é a Síria que vão atacar?", ironiza um usuário sírio do Facebook.

Inspirando-se na transmissão de partidas de futebol, outros sugerem "instalar telões para que os cidadãos possam ver ao vivo o ataque militar" e aproveitar para organizar "um encontro com narguilé e bebidas".

Já os opositores ao regime de Bashar al-Assad fazem piadas de humor negro.

Assim, uma caricatura mostra Obama em meio a ruínas, com a legenda: 'Tem razão, senhor presidente, espere mais três anos até que tenham dizimado o povo sírio'.

"Quero emitir uma opinião sobre Barack Obama por divulgar informações falsas e atentar contra a tranquilidade pública", indica outro opositor ao regime no Facebook.

O presidente tentou convencer os americanos céticos de seu plano de um ataque militar limitado à Síria, em represália pelo suposto ataque com armas químicas pelo regime de Damasco no dia 21 de agosto que, segundo Washington, deixou mais de 1.400 mortos.

Mas a ideia de uma nova intervenção militar americana no caldeirão no Oriente Médio é muito difícil de vender a cidadãos cansados de guerras e a muitos de seus representantes no Capitólio, que consideram o plano da Casa Branca confuso.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 1:19 pm
por Strider
Países do Golfo Árabe ainda querem medidas de dissuasão contra Síria
Comunicado foi o primeiro emitido pelo Conselho de Cooperação do Golfo.
EUA acusam Assad de ser responsável pelo ataque com armas químicas.

Países do Golfo Árabe renovaram nesta terça-feira (10) a cobrança por medidas de dissuasão do Conselho de Segurança da ONU contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, devido ao ataque com armas químicas que matou centenas de pessoas.

O comunicado foi o primeiro emitido pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), órgão liderado pelos muçulmanos sunitas que é um dos principais apoiadores dos rebeldes que lutam contra Assad, desde que a Rússia revelou uma proposta para evitar ataques militares por meio da entregue de armas químicas sírias.

"O CCG condena o horroroso crime cometido pelo regime sírio ao usar armas químicas banidas internacionalmente, resultando na morte de centenas de civis", disse o ministro das Relações Exteriores do Barein, xeique Khaled bin Ahmed al-Khalifa.

Ele falou no início de uma reunião de chanceleres de seis países, incluindo Arábia Saudita, Kuweit, Catar, Emirados Árabes Unidos e Omã.

"Isso requer que a Organização das Nações Unidas e a comunidade internacional, representada pelo Conselho de Segurança, assumam a responsabilidade", acrescentou.

O xeique pediu por "medidas de dissuasão apropriadas contra aqueles que cometem este crime".

Os Estados Unidos acusam Assad, membro da vertente alauíta do islamismo xiita, de ser responsável pelo ataque com armas químicas contra subúrbios de Damasco no mês passado. Ele nega as conexões.

A proposta russa, aceita pela Síria, oferece ao presidente dos EUA, Barack Obama, uma alternativa aos ataques militares, dias antes de o Congresso norte-americano votar uma autorização para o uso da força.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 4:23 pm
por Clermont
Uns dias atrás, os rebeldes islâmicos tomaram de assalto uma vila cristã de fala aramaica (a língua falada por Jesus Cristo). Vários cristãos foram fuzilados e o restante foi expulso debaixo da ameaça de ou converterem-se ao Islã ou perderem a cabeça.

A coisa vai ficar feia para quem não for muçulmano sunita na Síria. Não é a toa que o papa Francisco anda pedindo preces e jejuns pela paz na região.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 5:23 pm
por Wingate
Strider escreveu:Hesitação de Obama sobre Síria é ironizada nas redes sociais
Várias caricaturas ironizam indecisão de Obama em relação ao ataque.
Presidente dos EUA também é retratado com as orelhas do rato Mickey.

Os simpatizantes e opositores ao regime sírio ironizam sem piedade nas redes sociais as hesitações do presidente americano Barack Obama, que aparece em uma caricatura tirando as pétalas de uma flor enquanto diz: "bombardeio, não bombardeio".

Após uma ofensiva diplomática em busca de apoio para atacar a Síria, o presidente americano está examinando a proposta de Moscou para que Damasco coloque sob controle internacional seu arsenal de armas químicas.
saiba mais

No dia 31 de agosto, o presidente já havia dado a impressão de estar menos decidido que antes, ao anunciar que consultaria o Congresso antes de intervir militarmente na Síria.

"Quando o Congresso me der autorização para atacar, perguntarei a minha esposa Michelle e aos meus familiares políticos. Se disserem que sim, seguirei adiante", afirma o presidente americano com o rosto sério em uma foto publicada no Facebook por um sírio.

Várias caricaturas ironizam a indecisão de Obama e algumas o mostram com as orelhas do rato Mickey.

Entre as piadas que circulam, está a de um jovem que pede a mão de sua namorada, que responde: "Querido, vamos esperar o ataque, depois veremos".

Em outra, um homem diz a sua esposa que precisa alugar uma casa antes do ataque, mas ela prefere esperar, já que 'depois será mais barato'.

Outra mensagem na internet convida os sírios a assinarem um serviço de telefone celular chamado "Kerry, me informe a qualquer custo" sobre a data dos bombardeios.

Num momento em que o regime sírio não tomou medidas excepcionais ante o possível ataque militar, há quem brinque com o pânico que parece tomar conta da região.

"Os israelenses distribuem máscaras de gás, os jordanianos estão em estado de alerta, os turcos mobilizam mísseis antiaéreos dia e noite, os libaneses estão nervosos, os iraquianos estão perdidos e os egípcios estão mais informados do que acontece aqui em relação ao que se passa em seu país (...) Estão certos de que é a Síria que vão atacar?", ironiza um usuário sírio do Facebook.

Inspirando-se na transmissão de partidas de futebol, outros sugerem "instalar telões para que os cidadãos possam ver ao vivo o ataque militar" e aproveitar para organizar "um encontro com narguilé e bebidas".

Já os opositores ao regime de Bashar al-Assad fazem piadas de humor negro.

Assim, uma caricatura mostra Obama em meio a ruínas, com a legenda: 'Tem razão, senhor presidente, espere mais três anos até que tenham dizimado o povo sírio'.

"Quero emitir uma opinião sobre Barack Obama por divulgar informações falsas e atentar contra a tranquilidade pública", indica outro opositor ao regime no Facebook.

O presidente tentou convencer os americanos céticos de seu plano de um ataque militar limitado à Síria, em represália pelo suposto ataque com armas químicas pelo regime de Damasco no dia 21 de agosto que, segundo Washington, deixou mais de 1.400 mortos.

Mas a ideia de uma nova intervenção militar americana no caldeirão no Oriente Médio é muito difícil de vender a cidadãos cansados de guerras e a muitos de seus representantes no Capitólio, que consideram o plano da Casa Branca confuso.
Obama ganhou dos céus uma bela oportunidade de evitar cair de cabeça numa enorme encrenca. Além disso, dentro do Congresso existem elementos que já há muito estão fartos de ver os EUA cobrirem as estripulias de Israel na Palestina e de aturarem a falsidade dos traiçoeiros sauditas que vivem com o punhal eternamente pousado nas costas de seus "aliados".

Seria interessante deixar israelenses, sauditas, sírios, libaneses, jordanianos, etc.. cuidarem de seus próprios problemas, pra variar. Aí o mundo vai comprovar quem são os "mocinhos" e "bandidos" sem a presença do Xerife de plantão... 8-]

Wingate

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 5:48 pm
por EDSON
Clermont escreveu:
pt escreveu:No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.
Boa parte destes, constituida de cristãos, também nunca voltará, no caso de vitória dos rebeldes islâmicos inimigos de Assad.
O Clermont esta certo o Assad não é nenhum herói, ta mais pra vilão mas seu governo é tolerante com as minorias principalmente os cristãos. E estes correm risco de serem riscados da Síria assim como foram do Iraque.

E tem mais como é que se luta uma com o Talibã no Afeganistão e ajuda seus companheiros de ideologia na Síria? Não faz o menor sentido.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 6:04 pm
por EDSON
Síria: Lavrov aplica xeque-mate em Kerry
publicada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:22 e atualizada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:30

Artigo do Moon of Alabama traduzido pelo Vila Vudu

O secretário de Estado Kerry fez discurso inacreditavelmente ridículo[1] hoje na Grã-Bretanha, que está gerando gargalhadas em todo o planeta. Há três pontos a discutir, e começo pelos menores.

Na fala [em 4’20] Kerry diz como o governo Obama atacará a Síria:

“…de modo muito limitado, esforço super focado, de curto prazo, para degradar a capacidade [da Síria] para usar armas químicas, sem assumir a responsabilidade pela guerra civil síria. É exatamente o que estamos dizendo que faremos. Esforço inacreditavelmente limitado. Ora… Já fizemos isso outras vezes! O presidente Reagan teve várias horas e fez vários esforços para mandar um recado a Ghadaffi depois, eu acho, da explosão do Pan Am 103 e outras atividades terroristas.”

Deixando de lado o cômico “ataques inacreditavelmente limitados”, que, seja o que forem, seriam sempre atos de guerra e matariam povo sírio, a lição a extrair do ataque de Reagan à Líbia é exatamente o contrário do que disse Kerry.

Reagan não atacou a Líbia por causa da explosão do avião Pan Am 103 sobre Lockerbie! O Pan Am 103 foi explodido em ataque terrorista em dezembro de 1988 DEPOIS que Reagan atacou a Líbia (“um aviso”) e a família de Ghaddafi, em 1986.[2]

A explosão do Pan Am 103 foi CONSEQUÊNCIA dos ataques de Reagan, não a causa deles. Se se mantém a comparação de Kerry com os ataques à Síria e os EUA atacarem a Síria, então todos devemos esperar mais ataques terroristas a aviões norte-americanos. O Pan An 103 é argumento para NÃO ATACAR a Síria. Kerry, como se vê, não sabe (nem) disso.

Outro ponto são os comentários de Kerry nos quais zomba da credibilidade do presidente sírio [em 1’25, do vídeo]:

“Pessoalmente já o visitei, mandado pela Casa Branca, para confrontá-lo sobre a transferência dos mísseis Scud para o Hizbullah que sabíamos que estava acontecendo e vários tipos de fatos e ele simplesmente negou tudo, na minha cara, apesar das provas que apresentei e do que lhe mostramos.”

Por mais que funcionários de Israel e dos EUA tenham dito tais coisas, há muitas dúvidas de que a Síria transferiu os tais Scuds para o Hizbullah. Os Scuds operam com combustível líquido e, assim, são de difícil operação em combate. Exigem vários caminhões para transportar os mísseis e o combustível corrosivo e horas de preparação. Se a Síria ou o Irã forneceram mísseis ao Hizbullah, do mesmo padrão que os Scuds, teria de ser os Fateh-110, mais modernos e movidos a combustível sólido, muito mais fáceis e rápidos para manusear.

A terceira e maior mancada na fala de Kerry aparece em 0’04 do vídeo:

“… [Assad] poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional ainda essa semana. Entregue. Entregue tudo. E sem demora. E permita total transparência. Mas é claro que ele não fará isso, nem a coisa pode ser feita, é óbvio.”

Soou como fala à toa. Mas já houve notícias na imprensa israelense, de planos para pressionar a Síria a entregar suas armas estratégicas, o que, é claro, deixaria a Síria sem meios para retaliar contra ataques israelenses.

Imediatamente depois da fala de Kerry sobre a Síria entregar as armas químicas, o Departamento de Estado tentou desdizer tudo.[3] Segundos depois da fala, uma porta-voz tentou ‘contextualizar’ o que Kerry dissera:

“O secretário Kerry servia-se de argumento retórico sobre a impossibilidade e a improbabilidade de Assad entregar as armas químicas que negou ter usado” – disse Jen Psaki, porta-voz do DE.

Mas era tarde! O tal “argumento retórico” já fora capturado em voo pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.[4]

“Já encaminhamos ao ministro sírio de Relações Exteriores o oferecimento para que a Rússia trate dessa transferência das armas químicas, e esperamos receber resposta rápida e positiva. E estamos preparados para trabalhar imediatamente com Damasco” – disse Lavrov.

[Nesse momento, 14h08, hora do Brasil, já se sabe que a Síria já aceitou a oferta dos russos (NTs)]

Não é difícil imaginar que a Síria aceite pelo menos parte da ideia encaminhada pelos russos. Por que não? Os russos fariam a operação, em nome da “comunidade internacional”. Com os russos na Síria para essa finalidade, a Síria teria um ‘escudo humano’ que a protegerá de ataques norte-americanos junto ao seu armamento. Por que a Síria não aceitaria se, assim, até a Rússia estaria prestando grande serviço à humanidade, impedindo que os EUA se envolvam na guerra da Síria? Kerry armou uma arapuca, entrou nela com as quatro patas, e a Rússia usou a fala de Kerry para dar-lhe o xeque-mate.

Como Obama convencerá o Congresso a autorizá-lo a bombardear a Síria, se já se criou via tão fácil (em termos) para evitar mais uma guerra?

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 9:27 pm
por Wingate
EDSON escreveu:Síria: Lavrov aplica xeque-mate em Kerry
publicada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:22 e atualizada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:30

Artigo do Moon of Alabama traduzido pelo Vila Vudu

O secretário de Estado Kerry fez discurso inacreditavelmente ridículo[1] hoje na Grã-Bretanha, que está gerando gargalhadas em todo o planeta. Há três pontos a discutir, e começo pelos menores.

Na fala [em 4’20] Kerry diz como o governo Obama atacará a Síria:

“…de modo muito limitado, esforço super focado, de curto prazo, para degradar a capacidade [da Síria] para usar armas químicas, sem assumir a responsabilidade pela guerra civil síria. É exatamente o que estamos dizendo que faremos. Esforço inacreditavelmente limitado. Ora… Já fizemos isso outras vezes! O presidente Reagan teve várias horas e fez vários esforços para mandar um recado a Ghadaffi depois, eu acho, da explosão do Pan Am 103 e outras atividades terroristas.”

Deixando de lado o cômico “ataques inacreditavelmente limitados”, que, seja o que forem, seriam sempre atos de guerra e matariam povo sírio, a lição a extrair do ataque de Reagan à Líbia é exatamente o contrário do que disse Kerry.

Reagan não atacou a Líbia por causa da explosão do avião Pan Am 103 sobre Lockerbie! O Pan Am 103 foi explodido em ataque terrorista em dezembro de 1988 DEPOIS que Reagan atacou a Líbia (“um aviso”) e a família de Ghaddafi, em 1986.[2]

A explosão do Pan Am 103 foi CONSEQUÊNCIA dos ataques de Reagan, não a causa deles. Se se mantém a comparação de Kerry com os ataques à Síria e os EUA atacarem a Síria, então todos devemos esperar mais ataques terroristas a aviões norte-americanos. O Pan An 103 é argumento para NÃO ATACAR a Síria. Kerry, como se vê, não sabe (nem) disso.

Outro ponto são os comentários de Kerry nos quais zomba da credibilidade do presidente sírio [em 1’25, do vídeo]:

“Pessoalmente já o visitei, mandado pela Casa Branca, para confrontá-lo sobre a transferência dos mísseis Scud para o Hizbullah que sabíamos que estava acontecendo e vários tipos de fatos e ele simplesmente negou tudo, na minha cara, apesar das provas que apresentei e do que lhe mostramos.”

Por mais que funcionários de Israel e dos EUA tenham dito tais coisas, há muitas dúvidas de que a Síria transferiu os tais Scuds para o Hizbullah. Os Scuds operam com combustível líquido e, assim, são de difícil operação em combate. Exigem vários caminhões para transportar os mísseis e o combustível corrosivo e horas de preparação. Se a Síria ou o Irã forneceram mísseis ao Hizbullah, do mesmo padrão que os Scuds, teria de ser os Fateh-110, mais modernos e movidos a combustível sólido, muito mais fáceis e rápidos para manusear.

A terceira e maior mancada na fala de Kerry aparece em 0’04 do vídeo:

“… [Assad] poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional ainda essa semana. Entregue. Entregue tudo. E sem demora. E permita total transparência. Mas é claro que ele não fará isso, nem a coisa pode ser feita, é óbvio.”

Soou como fala à toa. Mas já houve notícias na imprensa israelense, de planos para pressionar a Síria a entregar suas armas estratégicas, o que, é claro, deixaria a Síria sem meios para retaliar contra ataques israelenses.

Imediatamente depois da fala de Kerry sobre a Síria entregar as armas químicas, o Departamento de Estado tentou desdizer tudo.[3] Segundos depois da fala, uma porta-voz tentou ‘contextualizar’ o que Kerry dissera:

“O secretário Kerry servia-se de argumento retórico sobre a impossibilidade e a improbabilidade de Assad entregar as armas químicas que negou ter usado” – disse Jen Psaki, porta-voz do DE.

Mas era tarde! O tal “argumento retórico” já fora capturado em voo pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.[4]

“Já encaminhamos ao ministro sírio de Relações Exteriores o oferecimento para que a Rússia trate dessa transferência das armas químicas, e esperamos receber resposta rápida e positiva. E estamos preparados para trabalhar imediatamente com Damasco” – disse Lavrov.

[Nesse momento, 14h08, hora do Brasil, já se sabe que a Síria já aceitou a oferta dos russos (NTs)]

Não é difícil imaginar que a Síria aceite pelo menos parte da ideia encaminhada pelos russos. Por que não? Os russos fariam a operação, em nome da “comunidade internacional”. Com os russos na Síria para essa finalidade, a Síria teria um ‘escudo humano’ que a protegerá de ataques norte-americanos junto ao seu armamento. Por que a Síria não aceitaria se, assim, até a Rússia estaria prestando grande serviço à humanidade, impedindo que os EUA se envolvam na guerra da Síria? Kerry armou uma arapuca, entrou nela com as quatro patas, e a Rússia usou a fala de Kerry para dar-lhe o xeque-mate.

Como Obama convencerá o Congresso a autorizá-lo a bombardear a Síria, se já se criou via tão fácil (em termos) para evitar mais uma guerra?
Mas era tarde! O tal “argumento retórico” já fora capturado em voo pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov
Mas será que não foi essa uma forma bem bolada de "dar às de vila diogo" nessa situação, ainda por cima dando uma de bonzinho? Esse "lapso" está muito suspeito, muito oportuno, bem na hora certa 8-] .

Wingate

Re: Ataque à Síria

Enviado: Ter Set 10, 2013 11:09 pm
por EDSON
Wingate escreveu:
EDSON escreveu:Síria: Lavrov aplica xeque-mate em Kerry
publicada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:22 e atualizada segunda-feira, 09/09/2013 às 20:30

Artigo do Moon of Alabama traduzido pelo Vila Vudu

O secretário de Estado Kerry fez discurso inacreditavelmente ridículo[1] hoje na Grã-Bretanha, que está gerando gargalhadas em todo o planeta. Há três pontos a discutir, e começo pelos menores.

Na fala [em 4’20] Kerry diz como o governo Obama atacará a Síria:

“…de modo muito limitado, esforço super focado, de curto prazo, para degradar a capacidade [da Síria] para usar armas químicas, sem assumir a responsabilidade pela guerra civil síria. É exatamente o que estamos dizendo que faremos. Esforço inacreditavelmente limitado. Ora… Já fizemos isso outras vezes! O presidente Reagan teve várias horas e fez vários esforços para mandar um recado a Ghadaffi depois, eu acho, da explosão do Pan Am 103 e outras atividades terroristas.”

Deixando de lado o cômico “ataques inacreditavelmente limitados”, que, seja o que forem, seriam sempre atos de guerra e matariam povo sírio, a lição a extrair do ataque de Reagan à Líbia é exatamente o contrário do que disse Kerry.

Reagan não atacou a Líbia por causa da explosão do avião Pan Am 103 sobre Lockerbie! O Pan Am 103 foi explodido em ataque terrorista em dezembro de 1988 DEPOIS que Reagan atacou a Líbia (“um aviso”) e a família de Ghaddafi, em 1986.[2]

A explosão do Pan Am 103 foi CONSEQUÊNCIA dos ataques de Reagan, não a causa deles. Se se mantém a comparação de Kerry com os ataques à Síria e os EUA atacarem a Síria, então todos devemos esperar mais ataques terroristas a aviões norte-americanos. O Pan An 103 é argumento para NÃO ATACAR a Síria. Kerry, como se vê, não sabe (nem) disso.

Outro ponto são os comentários de Kerry nos quais zomba da credibilidade do presidente sírio [em 1’25, do vídeo]:

“Pessoalmente já o visitei, mandado pela Casa Branca, para confrontá-lo sobre a transferência dos mísseis Scud para o Hizbullah que sabíamos que estava acontecendo e vários tipos de fatos e ele simplesmente negou tudo, na minha cara, apesar das provas que apresentei e do que lhe mostramos.”

Por mais que funcionários de Israel e dos EUA tenham dito tais coisas, há muitas dúvidas de que a Síria transferiu os tais Scuds para o Hizbullah. Os Scuds operam com combustível líquido e, assim, são de difícil operação em combate. Exigem vários caminhões para transportar os mísseis e o combustível corrosivo e horas de preparação. Se a Síria ou o Irã forneceram mísseis ao Hizbullah, do mesmo padrão que os Scuds, teria de ser os Fateh-110, mais modernos e movidos a combustível sólido, muito mais fáceis e rápidos para manusear.

A terceira e maior mancada na fala de Kerry aparece em 0’04 do vídeo:

“… [Assad] poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional ainda essa semana. Entregue. Entregue tudo. E sem demora. E permita total transparência. Mas é claro que ele não fará isso, nem a coisa pode ser feita, é óbvio.”

Soou como fala à toa. Mas já houve notícias na imprensa israelense, de planos para pressionar a Síria a entregar suas armas estratégicas, o que, é claro, deixaria a Síria sem meios para retaliar contra ataques israelenses.

Imediatamente depois da fala de Kerry sobre a Síria entregar as armas químicas, o Departamento de Estado tentou desdizer tudo.[3] Segundos depois da fala, uma porta-voz tentou ‘contextualizar’ o que Kerry dissera:

“O secretário Kerry servia-se de argumento retórico sobre a impossibilidade e a improbabilidade de Assad entregar as armas químicas que negou ter usado” – disse Jen Psaki, porta-voz do DE.

Mas era tarde! O tal “argumento retórico” já fora capturado em voo pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.[4]

“Já encaminhamos ao ministro sírio de Relações Exteriores o oferecimento para que a Rússia trate dessa transferência das armas químicas, e esperamos receber resposta rápida e positiva. E estamos preparados para trabalhar imediatamente com Damasco” – disse Lavrov.

[Nesse momento, 14h08, hora do Brasil, já se sabe que a Síria já aceitou a oferta dos russos (NTs)]

Não é difícil imaginar que a Síria aceite pelo menos parte da ideia encaminhada pelos russos. Por que não? Os russos fariam a operação, em nome da “comunidade internacional”. Com os russos na Síria para essa finalidade, a Síria teria um ‘escudo humano’ que a protegerá de ataques norte-americanos junto ao seu armamento. Por que a Síria não aceitaria se, assim, até a Rússia estaria prestando grande serviço à humanidade, impedindo que os EUA se envolvam na guerra da Síria? Kerry armou uma arapuca, entrou nela com as quatro patas, e a Rússia usou a fala de Kerry para dar-lhe o xeque-mate.

Como Obama convencerá o Congresso a autorizá-lo a bombardear a Síria, se já se criou via tão fácil (em termos) para evitar mais uma guerra?
Mas era tarde! O tal “argumento retórico” já fora capturado em voo pelo ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov
Mas será que não foi essa uma forma bem bolada de "dar às de vila diogo" nessa situação, ainda por cima dando uma de bonzinho? Esse "lapso" está muito suspeito, muito oportuno, bem na hora certa 8-] .

Wingate
Pior que não o Kerry não é a primeira mancada dele na politica americana ele é muito fraquinho e deixou seu chefe Obama de calça curta.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Qua Set 11, 2013 12:14 pm
por FOXTROT
http://www.cavok.com.br/blog/?p=72150


Esse incidente foi real ou forjado para legitimar a intervenção inglesa?

Quase que leva a um abate duplo! :twisted:


Saudações

Re: Ataque à Síria

Enviado: Qua Set 11, 2013 12:50 pm
por FoxTroop
Forjado não foi. É o dia a dia da coisa e apenas é noticia porque é onde é e na situação que se sabe.

Re: Ataque à Síria

Enviado: Qua Set 11, 2013 2:09 pm
por Wingate
EDSON escreveu:
Wingate escreveu: Mas será que não foi essa uma forma bem bolada de "dar às de vila diogo" nessa situação, ainda por cima dando uma de bonzinho? Esse "lapso" está muito suspeito, muito oportuno, bem na hora certa 8-] .

Wingate
Pior que não o Kerry não é a primeira mancada dele na politica americana ele é muito fraquinho e deixou seu chefe Obama de calça curta.
Sei não...salvo prova em contrário, está me parecendo "staged"...

"Illusion, delusion..." [012]

Wingate