Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://br.noticias.yahoo.com/s/20022011 ... -suez.html
Navios do Irã cruzam o Canal de Suez
26 minutos atrás
CAIRO - Pela primeira vez desde a Revolução Islâmica de 1979, navios militares iranianos cruzaram o Canal de Suez, informa neste domingo a TV estatal iraniana "Alalam". As duas embarcações - uma fragata e um navio de suprimentos - passaram pela via estratégica rumo ao Mar Mediterrâneo. Elas se dirigem para o litoral da Síria, país que tem uma aliança estratégica com o regime iraniano.
A autorização para a travessia foi dada pelo governo interino do Egito, que assumiu o país após a queda do presidente Hosni Mubarak, na semana passada. Segundo autoridades do Exército egípcio a permissão foi concedida porque o pedido iraniano "se ajusta ao direito internacional" e porque não consta que as embarcações transportassem qualquer material nuclear ou químico.
Aliados ocidentais do Egito estão atentos a mudanças na política do país africano em relação a seus vizinhos. O governo de Israel deixou claro o seu descontentamento com a decisão. As autoridades israelenses desconfiam das intenções iranianas e dizem que a movimentação pelo canal não passa de uma "provocação".
Navios do Irã cruzam o Canal de Suez
26 minutos atrás
CAIRO - Pela primeira vez desde a Revolução Islâmica de 1979, navios militares iranianos cruzaram o Canal de Suez, informa neste domingo a TV estatal iraniana "Alalam". As duas embarcações - uma fragata e um navio de suprimentos - passaram pela via estratégica rumo ao Mar Mediterrâneo. Elas se dirigem para o litoral da Síria, país que tem uma aliança estratégica com o regime iraniano.
A autorização para a travessia foi dada pelo governo interino do Egito, que assumiu o país após a queda do presidente Hosni Mubarak, na semana passada. Segundo autoridades do Exército egípcio a permissão foi concedida porque o pedido iraniano "se ajusta ao direito internacional" e porque não consta que as embarcações transportassem qualquer material nuclear ou químico.
Aliados ocidentais do Egito estão atentos a mudanças na política do país africano em relação a seus vizinhos. O governo de Israel deixou claro o seu descontentamento com a decisão. As autoridades israelenses desconfiam das intenções iranianas e dizem que a movimentação pelo canal não passa de uma "provocação".

- EDSON
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
19/02/2011 - 21h14
Tribunal Administrativo do Egito aprova primeiro partido islâmico
CAIRO, 19 Fev 2011 (AFP) -O Tribunal Administrativo do Egito aprovou, este sábado, a formação do partido islamita Wassat Al Gadid, o primeiro do país, que durante anos tentava se legalizar, informou a agência oficial Mena.
O tribunal "aprovou a formação do partido Wassat Al Gadid, que o Comitê de Partidos Políticos se havia negado a legalizar até agora", informou Mena, e acrescentou que o tribunal considera "ilegítimas" as decisões tomadas por este comitê.
O Wassat Al Gadid foi fundado em 1996 por ex-membros da Irmandade Muçulmana que interpretam de forma mais liberal a religião islâmica, mas suas demandas de legalização foram rejeitadas em várias ocasiões pelo organismo, que foi dissolvido.
Este comitê estava dirigido pelo secretário-geral do Partido Nacional Democrata (PND), do ex-presidente Hosni Mubarak, expulso do poder pela pressão dos manifestantes em 11 de fevereiro.
O programa de Wassat Al Gadid "contribui para a vida política" do país, considerou o tribunal.
Tribunal Administrativo do Egito aprova primeiro partido islâmico
CAIRO, 19 Fev 2011 (AFP) -O Tribunal Administrativo do Egito aprovou, este sábado, a formação do partido islamita Wassat Al Gadid, o primeiro do país, que durante anos tentava se legalizar, informou a agência oficial Mena.
O tribunal "aprovou a formação do partido Wassat Al Gadid, que o Comitê de Partidos Políticos se havia negado a legalizar até agora", informou Mena, e acrescentou que o tribunal considera "ilegítimas" as decisões tomadas por este comitê.
O Wassat Al Gadid foi fundado em 1996 por ex-membros da Irmandade Muçulmana que interpretam de forma mais liberal a religião islâmica, mas suas demandas de legalização foram rejeitadas em várias ocasiões pelo organismo, que foi dissolvido.
Este comitê estava dirigido pelo secretário-geral do Partido Nacional Democrata (PND), do ex-presidente Hosni Mubarak, expulso do poder pela pressão dos manifestantes em 11 de fevereiro.
O programa de Wassat Al Gadid "contribui para a vida política" do país, considerou o tribunal.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Protestos parecem que continuam na Libia, Baheim, Siria, Argélia, Senegal, Iemen e retornaram a tunisia. É difícil as ditaduras sobreviverem nesse ambiente...
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- Bourne
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Esses protestos parecem indicar um mundo árabe rumo a criar regimes mais abertos e próximos a sociedade. Não relacionados a extremismos ou movimentos anti-ocidentais/norte-americanos. Mesmo no Irã e Libia que saudaram o movimento no Egito sofrem movimentos de protestos fortes pedindo a mesma coisa em outros países com governos autoritário. O que pode surgir são governos bem mais maduros e instituições mais firmes nos países árabes.
Editado pela última vez por Bourne em Dom Fev 20, 2011 8:31 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Líbia: testemunhas ouvem intensos tiroteios em Trípoli
20 de fevereiro de 2011 • 20h08
CAIRO, 20 Fev 2011 (AFP) -Intensos tiroteios foram ouvidos na noite de domingo no centro da capital líbia, Trípoli, informaram à AFP várias testemunhas contatadas por telefone.
Fonte: Terra
20 de fevereiro de 2011 • 20h08
CAIRO, 20 Fev 2011 (AFP) -Intensos tiroteios foram ouvidos na noite de domingo no centro da capital líbia, Trípoli, informaram à AFP várias testemunhas contatadas por telefone.
Fonte: Terra
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
CNN Breaking News
Reports: Benghazi now in the hands of Libyan protesters
http://edition.cnn.com/2011/WORLD/afric ... tml?hpt=T1
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
CNN Breaking News
The son of Libyan leader Moammar Gadhafi promises widespread reforms and warns of "civil war" if protests go on.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
]]Rodrigoiano escreveu:Líbia: testemunhas ouvem intensos tiroteios em Trípoli
20 de fevereiro de 2011 • 20h08
CAIRO, 20 Fev 2011 (AFP) -Intensos tiroteios foram ouvidos na noite de domingo no centro da capital líbia, Trípoli, informaram à AFP várias testemunhas contatadas por telefone.
Fonte: Terra
Parece que a polícia da Líbia passou o sarrafo nos manifestantes em Benghazi(onde o Kadafi não é muito popular), falam em mais de 200 mortos.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Filho de Kadhafi alerta para riscos de guerra civil na Líbia

O filho do presidente líbio Muammar Kadhafi apareceu esta noite na televisão líbia para advertir a população que o país corre sérios riscos de entrar numa guerra civil. Saif Kadhafi lança acusações aos estados islâmicos vizinhos, que diz estarem a conspirar contra a Líbia, e avisa que o exército está com o presidente e vai lutar até ao fim.
Na comunicação ao país, Saif Kadhafi considerou que a diversidade étnica está a ser um fator favorável à crise e à fragmentação nacional, mas admitiu que o exército - mal treinado e mal armado - não soube reagir aos protestos populares e que a polícia também cometeu erros perante os manifestantes.
Por outro lado, o filho do presidente Kadhafi rejeita os números que estão a ser avançados no que respeita ao balanço de vítimas, negando a existência de centenas de mortos, como refere a comunicação social internacional.
O último balanço da organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch aponta para 233 mortos.
Face à repressão militar e policial que se vive nas ruas, com os manifestantes a serem alvo de forte violência, vários líderes tribais acenaram a Kadhafi com um boicote à exportação de petróleo se as tropas não inverterem o sentido da sua actuação.Líderes tribais desligam-se de Kadhafi e há já quem aponte a saída do ditador como única solução para calar os protestos
Milhares de pessoas desceram às ruas de Tripoli entoando cânticos anti-Kadhafi, com os media internacionais a darem conta de disparos das forças de segurança. São ainda descritas cenas de carros e edifícios incendiados na zona da capital.
De acordo com a agência France Press, um edifício governamental de Tripoli está em chamas: "Posso ver a Assembleia do Povo a arder e os bombeiros estão a tentar apagar as chamas, descreveu um repórter da AFP.
Antes, testemunhos ouvidos por telefone contaram à agência francesa que manifestantes tomaram a sede de uma televisão e de uma rádio públicas na capital, onde foram igualmente incendiadas esquadras de polícia e instalações dos comités revolucionários.
O filho do ditador admitiu que a população tomou o controlo de várias bases militares, tendo ainda sido roubadas armas, peças de artilharia e tanques. O filho de Muammar Kadhafi apela a um diálogo nacional para evitar uma guerra civil
Na sua alocução televisiva, Said Kadhafi apontou o dedo aos estados islâmicos vizinhos, que acusa de conspirarem contra o regime. Advertindo a população para um caos iminente, o herdeiro do presidente teme que os protestos possam afundar o país numa guerra civil que custará aos líbios toda a sua riqueza em petróleo e gás natural.
Numa altura em que nas ruas se exige já a saída de Muammar Kadhafi, o filho do presidente anunciou que a Assembleia Geral do Povo vai reunir-se hoje. Said Kadhafi deixou a promessa de trabalho sobre um plano de reformas para o país, bem como uma nova constituição.
http://ww1.rtp.pt/noticias/?t=Filho-de- ... ut=10&tm=7
O filho do presidente líbio Muammar Kadhafi apareceu esta noite na televisão líbia para advertir a população que o país corre sérios riscos de entrar numa guerra civil. Saif Kadhafi lança acusações aos estados islâmicos vizinhos, que diz estarem a conspirar contra a Líbia, e avisa que o exército está com o presidente e vai lutar até ao fim.
Na comunicação ao país, Saif Kadhafi considerou que a diversidade étnica está a ser um fator favorável à crise e à fragmentação nacional, mas admitiu que o exército - mal treinado e mal armado - não soube reagir aos protestos populares e que a polícia também cometeu erros perante os manifestantes.
Por outro lado, o filho do presidente Kadhafi rejeita os números que estão a ser avançados no que respeita ao balanço de vítimas, negando a existência de centenas de mortos, como refere a comunicação social internacional.
O último balanço da organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch aponta para 233 mortos.
Face à repressão militar e policial que se vive nas ruas, com os manifestantes a serem alvo de forte violência, vários líderes tribais acenaram a Kadhafi com um boicote à exportação de petróleo se as tropas não inverterem o sentido da sua actuação.Líderes tribais desligam-se de Kadhafi e há já quem aponte a saída do ditador como única solução para calar os protestos
Milhares de pessoas desceram às ruas de Tripoli entoando cânticos anti-Kadhafi, com os media internacionais a darem conta de disparos das forças de segurança. São ainda descritas cenas de carros e edifícios incendiados na zona da capital.
De acordo com a agência France Press, um edifício governamental de Tripoli está em chamas: "Posso ver a Assembleia do Povo a arder e os bombeiros estão a tentar apagar as chamas, descreveu um repórter da AFP.
Antes, testemunhos ouvidos por telefone contaram à agência francesa que manifestantes tomaram a sede de uma televisão e de uma rádio públicas na capital, onde foram igualmente incendiadas esquadras de polícia e instalações dos comités revolucionários.
O filho do ditador admitiu que a população tomou o controlo de várias bases militares, tendo ainda sido roubadas armas, peças de artilharia e tanques. O filho de Muammar Kadhafi apela a um diálogo nacional para evitar uma guerra civil
Na sua alocução televisiva, Said Kadhafi apontou o dedo aos estados islâmicos vizinhos, que acusa de conspirarem contra o regime. Advertindo a população para um caos iminente, o herdeiro do presidente teme que os protestos possam afundar o país numa guerra civil que custará aos líbios toda a sua riqueza em petróleo e gás natural.
Numa altura em que nas ruas se exige já a saída de Muammar Kadhafi, o filho do presidente anunciou que a Assembleia Geral do Povo vai reunir-se hoje. Said Kadhafi deixou a promessa de trabalho sobre um plano de reformas para o país, bem como uma nova constituição.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://www.ionline.pt/conteudo/105907-k ... nvia-c-130
Khadafi reage com política de atirar a matar. Portugal envia C-130
por Joana Viana, Publicado em 21 de Fevereiro de 2011 | Actualizado há 50 minutos
Confrontos entre polícia e manifestantes já terão provocado mais de 200 mortos. Human Rights Watch preocupada com possível "desastre em termos de direitos humanos".
Os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança já terão feito mais de 200 mortos na Líbia, onde a falta de informação e as dificuldades de comunicação têm impedido de saber ao certo o que realmente se passa no país. Enquanto o presidente, Muammar Khadafi, mandou os seus seguidores, a polícia e os militares ocuparem as principais praças de Trípoli, a capital, um dos seus filhos, Saadi, procura abafar com violência os levantamentos no leste do país.
A União Europeia prepara-se para retirar os cidadãos europeus do país. Portuigal já enviou um C-130 para retirar os portugueses da Líbia e o avião deverá aterrar dentro de "três ou quatro horas" em Tripoli.
Duas revoluções populares com objectivos concretizados e 42 anos de poder deram a experiência necessária a Khadafi para se preparar para a eventualidade de vir ele próprio a enfrentar uma revolução nas ruas. Os milhares de opositores ao regime da Líbia que, inspirados pelos povos da Tunísia e do Egipto, começaram a dirigir-se para as praças centrais de várias cidades deram com os locais tomados pelas autoridades. "O regime líbio antecipou isto, portanto as praças em Trípoli estavam ocupadas por forças de segurança, logo o povo não foi autorizado a juntar-se." Mohammed Abdulmalek, director da ONG Libya Watch, explica que esta é uma das razões que tem impedido que os protestos cheguem ao oeste do país, onde ontem foi registada a primeira manifestação - ainda que, segundo testemunhas, esta tenha sido organizada contra a brutalidade do regime, não para o fazer cair.
"Eventualmente, a pressão na capital começou a levar à revolta das pessoas", explicou ainda à Al-Jazeera. A pressão em Trípoli tem aumentado nos últimos dias, havendo notícias de barricadas improvisadas colocadas pelos populares e das forças de segurança confinadas a alguns edifícios, de onde atiradores disparam com balas verdadeiras, numa autêntica "política de atirar a matar" que foi denunciada por testemunhas e várias organizações não governamentais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, veio a público dizer que a repressão dos manifestantes líbios era inaceitável, a única reacção até agora dos governos ocidentais aos acontecimentos na Líbia. Apesar desse silêncio, Khadafi já ameaçou pôr fim à cooperação com a União Europeia em matéria de imigração ilegal caso Bruxelas apoie os protestos contra o regime líbio.
Até agora os protestos poderão já ter feito mais de 200 vítimas mortais, de acordo com relatos de testemunhas e os números divulgados por fontes hospitalares. A Human Rights Watch (HRW) falava, ontem de manhã, em 104 mortos, embora admita que o número é "conservador". "É uma imagem incompleta da situação, porque as comunicações com a Líbia são muito difíceis. Estamos muito preocupados com a possibilidade de estarmos a assistir a um desastre em termos de direitos humanos" no país, avançou à AFP Tom Porteous, director da HRW em Londres.
A repressão violenta dos manifestantes foi ontem descrita por várias testemunhas à Al-Jazeera. As pessoas temem represálias e falam com os jornalistas sob anonimato ou apenas usando o primeiro nome. Ahmed, um empresário de Benghazi, é um deles. "É um grande, grande massacre. Nunca ouvimos nada como isto. É horrível", disse comovido ao site em inglês do canal de televisão do Qatar. Um médico de um dos hospitais de Benghazi - que em apenas três dias recebeu 44 corpos - afirmou que se trata "claramente" de uma estratégia de atirar a matar. "São ferimentos muito graves, que envolvem a cabeça, o peito e o abdómen. São ferimentos provocados por balas disparadas de espingardas a alta-velocidade."
Para além das restrições à entrada de jornalistas no país, o governo de Khadafi tem estado a bloquear o acesso à internet, televisão e rede telefónica. A juntar às denúncias de líbios que não conseguem aceder a websites de média, a Arbor Networks, empresa norte-americana que controla o tráfego cibernético mundial, avançou ontem que, só este fim-de-semana, foram registadas três interrupções abruptas do tráfego de e para a Líbia.
Ontem, um grupo de extremistas islâmicos autodenominado Emirado Islâmico de Bark sequestrou membros das forças de segurança e cidadãos em Al-Baida, no leste do país - garantindo que vai executar os reféns caso o cerco policial não seja levantado.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não é da Libia que importamos gás natural? Ou seja, vamos ficar ainda mais fod..... do que já estamos!!!!!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A único combustível que até era relativamente barato. 11 euros mensais dá (dava) para duas pessoas a tomar banho todos os dias, cozinhar e lavar alguma loiça que não fosse à máquina...
E para juntar à festa, Além do gás natural consumido em casa, A maior central eléctrica de Portugal (Carregado) consome gás natural, portanto... A nossa única sorte é termos uma boa capacidade de armazenamento.
E para juntar à festa, Além do gás natural consumido em casa, A maior central eléctrica de Portugal (Carregado) consome gás natural, portanto... A nossa única sorte é termos uma boa capacidade de armazenamento.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Kadafi diz que vai enfrentar revolta até "último homem em pé"
21 de fevereiro de 2011
O líder líbio, Muammar Kadafi, vai enfrentar a revolta popular "até o último homem que estiver de pé", disse um de seus filhos nesta segunda-feira, após os protestos - antes confinados ao leste do país - chegarem a Trípoli, a capital.
Manifestantes saíram às ruas, líderes tribais falaram contra Kadafi, e unidades do Exército desertaram para a oposição, numa revolta que já matou mais de 200 pessoas.
Um repórter da Reuters viu um incêndio na manhã desta segunda-feira na sede do Congresso Geral Popular, uma espécie de Parlamento.
Benghazi (leste), onde os protestos começaram na semana passada, depois da prisão de um advogado ligado à questão dos direitos humanos, está na prática nas mãos dos moradores, segundo relatos de habitantes. Dezenas de pessoas foram mortas na cidade e em outras localidades do nordeste líbio na semana passada.
Saif al Islam Khadaffi, filho do ditador, apareceu na televisão numa tentativa de simultaneamente ameaçar e acalmar as pessoas. Disse que o Exército vai impor a segurança a qualquer preço, para sufocar uma das revoltas mais sangrentas na atual onda de rebeliões do mundo árabe.
"Nosso moral está elevado,, e o líder Muammar Kadafi está comandando a batalha em Trípoli. Nós estamos por trás dele, assim como o Exército líbio", afirmou. "Vamos continuar lutando até o último homem que estiver de pé, até mesmo à última mulher que estiver de pé (...). Não vamos deixar a Líbia para os italianos ou para os turcos."
Brandindo um dedo para a câmera, ele culpou exilados líbios por fomentarem a violência. Mas também prometeu um diálogo a respeito de reformas e aumentos salariais.
Manhã calma
Um morador de Trípoli disse à Reuters, pedindo para não ser identificado, que as ruas da capital estavam calmas na manhã desta segunda-feira. Não havia sinal da polícia, o que é raro na cidade.
Esse morador relatou que na noite de domingo manifestantes anti-Gaddafi haviam sido substituídos por seguidores do governo, que ficaram até cerca de 5h na região da praça Verde, a principal da capital.
"Depois do discurso de Saif al Islam, o pessoal pró-Kadafi, especialmente jovens, ficaram percorrendo as ruas, particularmente no centro, dando vivas a Gaddafi. Essa gente passou a noite toda acordada (...). Eu diria que havia centenas."
Mas a arenga de Saif al Islam pode não ser suficiente para aplacar a revolta contra Kadafi, no poder desde 1969 - e alvo de uma ira que explodiu depois das recentes revoltas nos vizinhos Egito e Tunísia.
"As pessoas aqui em Benghazi estão rindo do que ele está dizendo. É a velha história de sempre (com promessas de reformas), e ninguém acredita no que ele diz", afirmou à BBC um advogado na segunda maior cidade do país, depois de assistir ao discurso. "Ele é um mentiroso, mentiroso, faz 42 anos que ouvimos essas mentiras."
Os manifestantes em Benghazi fizeram a polícia e o Exército recuarem para seus quartéis, e aparentemente controlam a cidade. Prédios públicos foram incendiados e saqueados. "A segurança agora é feita pelo povo", disse o advogado.
"Jovens com armas estão tomando conta da cidade. Não há forças de segurança em lugar nenhum", disse a professora universitária Hanaa Elgallal à TV Al Jazeera.
Salahuddin Abdullah, que diz ser um dos organizadores do protesto, afirmou, também à Al Jazeera, que "em Benghazi há celebração e euforia, as pessoas estão em êxtase com a situação". "Agora está calmo, a cidade não está mais sob controle militar. Ela está completamente sob controle dos manifestantes."
Ele relatou que os manifestantes estão criando comitês de autogoverno para impor a ordem e distribuir cestas básicas.
Ministros europeus de Relações Exteriores devem condenar a violência na Líbia durante sua reunião nesta segunda-feira, segundo uma nota conjunta. A França afirmou que a comunidade internacional precisa fazer tudo o que puder para evitar uma guerra civil na Líbia.
Nos EUA, uma fonte oficial disse que o governo está analisando o discurso do filho de Gaddafi e considerando "todas as ações apropriadas".
Kadafi diz que vai enfrentar revolta até "último homem em pé"
21 de fevereiro de 2011
O líder líbio, Muammar Kadafi, vai enfrentar a revolta popular "até o último homem que estiver de pé", disse um de seus filhos nesta segunda-feira, após os protestos - antes confinados ao leste do país - chegarem a Trípoli, a capital.
Manifestantes saíram às ruas, líderes tribais falaram contra Kadafi, e unidades do Exército desertaram para a oposição, numa revolta que já matou mais de 200 pessoas.
Um repórter da Reuters viu um incêndio na manhã desta segunda-feira na sede do Congresso Geral Popular, uma espécie de Parlamento.
Benghazi (leste), onde os protestos começaram na semana passada, depois da prisão de um advogado ligado à questão dos direitos humanos, está na prática nas mãos dos moradores, segundo relatos de habitantes. Dezenas de pessoas foram mortas na cidade e em outras localidades do nordeste líbio na semana passada.
Saif al Islam Khadaffi, filho do ditador, apareceu na televisão numa tentativa de simultaneamente ameaçar e acalmar as pessoas. Disse que o Exército vai impor a segurança a qualquer preço, para sufocar uma das revoltas mais sangrentas na atual onda de rebeliões do mundo árabe.
"Nosso moral está elevado,, e o líder Muammar Kadafi está comandando a batalha em Trípoli. Nós estamos por trás dele, assim como o Exército líbio", afirmou. "Vamos continuar lutando até o último homem que estiver de pé, até mesmo à última mulher que estiver de pé (...). Não vamos deixar a Líbia para os italianos ou para os turcos."
Brandindo um dedo para a câmera, ele culpou exilados líbios por fomentarem a violência. Mas também prometeu um diálogo a respeito de reformas e aumentos salariais.
Manhã calma
Um morador de Trípoli disse à Reuters, pedindo para não ser identificado, que as ruas da capital estavam calmas na manhã desta segunda-feira. Não havia sinal da polícia, o que é raro na cidade.
Esse morador relatou que na noite de domingo manifestantes anti-Gaddafi haviam sido substituídos por seguidores do governo, que ficaram até cerca de 5h na região da praça Verde, a principal da capital.
"Depois do discurso de Saif al Islam, o pessoal pró-Kadafi, especialmente jovens, ficaram percorrendo as ruas, particularmente no centro, dando vivas a Gaddafi. Essa gente passou a noite toda acordada (...). Eu diria que havia centenas."
Mas a arenga de Saif al Islam pode não ser suficiente para aplacar a revolta contra Kadafi, no poder desde 1969 - e alvo de uma ira que explodiu depois das recentes revoltas nos vizinhos Egito e Tunísia.
"As pessoas aqui em Benghazi estão rindo do que ele está dizendo. É a velha história de sempre (com promessas de reformas), e ninguém acredita no que ele diz", afirmou à BBC um advogado na segunda maior cidade do país, depois de assistir ao discurso. "Ele é um mentiroso, mentiroso, faz 42 anos que ouvimos essas mentiras."
Os manifestantes em Benghazi fizeram a polícia e o Exército recuarem para seus quartéis, e aparentemente controlam a cidade. Prédios públicos foram incendiados e saqueados. "A segurança agora é feita pelo povo", disse o advogado.
"Jovens com armas estão tomando conta da cidade. Não há forças de segurança em lugar nenhum", disse a professora universitária Hanaa Elgallal à TV Al Jazeera.
Salahuddin Abdullah, que diz ser um dos organizadores do protesto, afirmou, também à Al Jazeera, que "em Benghazi há celebração e euforia, as pessoas estão em êxtase com a situação". "Agora está calmo, a cidade não está mais sob controle militar. Ela está completamente sob controle dos manifestantes."
Ele relatou que os manifestantes estão criando comitês de autogoverno para impor a ordem e distribuir cestas básicas.
Ministros europeus de Relações Exteriores devem condenar a violência na Líbia durante sua reunião nesta segunda-feira, segundo uma nota conjunta. A França afirmou que a comunidade internacional precisa fazer tudo o que puder para evitar uma guerra civil na Líbia.
Nos EUA, uma fonte oficial disse que o governo está analisando o discurso do filho de Gaddafi e considerando "todas as ações apropriadas".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Movimento "do 20 de Fevereiro"
Manifestações pacíficas em Casablanca e Rabat
20.02.2011 - 12:21 Por PÚBLICO
Alguns milhares de marroquinos estão hoje a manifestar-se em Casablanca e Rabat a favor de reformas políticas e de uma limitação dos poderes do rei. Ao fim da manhã não havia informação de qualquer incidente.
O rei de Marrocos, Mohammed VI O rei de Marrocos, Mohammed VI (Jean Paul Pelissier/Reuters)
Em Casablanca, a principal cidade do país, gritou-se “Liberdade, Dignidade, Justiça”, segundo um jornalista da AFP. Cartazes diziam: “O rei deve reinar e não governar” ou “O povo quer uma nova Constituição”. Organizações de esquerda pediam “menos poderes para a monarquia”.
Brahim e Hassan, dois dos jovens que se manifestam em Casablanca, explicaram o que os move: “Não temos nada contra o rei, mas queremos mais justiça e trabalho”, disseram à agência.
Em Rabat, a capital, mais de duas mil pessoas – quatro mil segundo os organizadores – gritaram: “O povo quer mudar”.
Os protestos do movimento “do 20 de Fevereiro”, um apelo a manifestações pacíficas lançada no Facebook , teve a adesão de milhares de simpatizantes, mas ontem Rachid Antid, um dos seus principais dinamizadores, e outros signatários demarcaram-se do protesto invocando divergências ideológicas com uma formação islamista e grupos de esquerda.
Marrocos foi até agora poupado à vaga de constestação que levou ao derrube dos regimes na Tunísia e no Egipto e que nos últimos dias se tem feito sentir sobretudo no Bahrein e na Líbia.
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