Fórum Defesa Brasil

N documento do EB fala em: a. Metas do Projeto 2) Realizar, inicialmente, a revitalização e, posteriormente e se for viável, a modernização dos M119 A2.

O que isso quer dizer? Bem, no que eu encontrei por aí sobre este modelo, são modelos M-119 modernizados a partir de 2004. Se todos os que foram elevados para M-119A1 passaram para este padrão não sei dizer, ou se somente uma parte dos M-119 originais. O M-119A3 foram entregues a partir de 2013. Não encontrei nada sobre produção de M-119A2 apenas de modernização dos modelos antigos.

Como está indicado claramente no doc do exército, a aquisição seria do modelo M-119A2, e fala ainda em revitalizar e se possível modernizar estes modelos. Tudo feito no Brasil de preferência. É o que o GT deve apontar a viabilidade.

A ARES já oferece uma série de materiais e recursos para obuseiros de campanha. É a empresa que me lembro de cabeça tem a disposição o tipo de material que o EB requer para revitalizar seus M-101/M-56. Na matéria do Paulo Bastos fala na Imbel. Ela é a fabricante do Gênesis, e portanto, teria imbricação direta com qualquer projeto de modernização destes obuseiros. Creio que haja outras empresas no país que também possam oferecer sistemas que sejam necessários aquele item dos objetivos do projeto.

Suponho que quando o EB está falando em modernização, significa elevar estes obuseiros ao mesmo nível dos M-119A3. Mas pelo tanto que já são usados, me pergunto se seria honesto gastar os poucos recursos que temos em peças que por si só já estão bastante gastas e usadas. E que não necessariamente podem oferecer a melhor relação custo x benefício por mais que sejam baratas de adquirir via FMS. O problema real vem depois, que é basicamente o processo de revitalização e, supostamente, modernização. Me parece que para falar em revitalização estamos falando em peças bem antigas e que devem estar fora de operação há anos. Este projeto pode ser um tiro no pé apesar do baixo valor inicial teoricamente aplicado.

Eu fico ressabiado de termos de nos contentar com este tipo de situação quando poderíamos fazer uma licitação internacional e deixar ingleses, americanos, franceses e turcos se pegarem para nos oferecer a melhor proposta por obuseiros novos. Estes sim admissíveis em uso por mais 30 anos.

Demanda teórica Obuseiros Leves 105mm (18 peças por GAC)

AMAN / ESA / EscLog - 54

Bgda Inf Mtz (5) - 90

Bgda Inf Pqdt / 12a Amv (Lv) / 4a Mth (Lv) - 54

Bgda Inf Slv (6[8]) - 108[144]

Total: 306[342]

Pode-se observar que a demanda do EB para este tipo de material mais que justifica uma concorrência internacional em busca da melhor oferta. Mas talvez não vejamos esta opção ser posta na mesa concretamente. A ver quando o mês de julho chegar.

obs: alguém faz ideia de quanto custa um obuseiro leve 105 no mercado internacional hoje?

Apoio de fogo às Operações em Ambiente de Selva - Coronel Paulo Roberto Côrrea Assis, Exército Brasileiro.

Revista Military Review: Artilharia de Campanha. 1° trimestre de 1992, edição brasileira.

Paginas 55 a 68.

Link: https://books.google.com/books/about/Mi ... Yt6DqUPUYC

Procurei por informações sobre a quantidade de M-119 que foram produzidos e não encontrei nada.

O que há de informação que pode levar a um referencial de tais números é que hoje ele ainda é usado em 3 OM em nível divisão e na 173a Brigada. Isto pode levar a 10 GAC em operação com estes obuseiros. Na teoria, 180 unidades em operação. Diz-se ainda que é utilizado por unidades da guarda nacional americana.

Enfim, espera-se que para as demandas que o EB apresenta, existam no mínimo quantidades fiáveis destes obuseiros que possam cobrir minimamente a retirada dos M-101 das brigadas inf mtz. O que vier depois disso, se vier, estamos no lucro.

The conversion kits will cost about $700,000 each, if and when they reach production. The howitzer’s themselves cost approximately $2.5 million each. The finished product will eventually be delivered to Army and Marines, who are jointly funding the project.

https://www.stripes.com/news/researcher ... s-1.407565

Apesar de ser uma matéria antiga, ela nos dá um certo parâmetro dos valores aproximados com que o EB poderá se deparar no caso de adotar a mesma tática de adoção dos M-119, digamos assim, em relação a eventuais M777 usados do US Army.
Se eles forem liberados para o EB, claro.

Para quem gosta de contabilidade. Os gastos do US Army na modernização dos M-119.

https://www.dacis.com/budget/budget_pdf ... 401_35.pdf

https://www.defensehere.com/eng/defense ... guns/98804

12 LG-1 MK3 para o Exército tailandês por 22,677,763 Euros. Eles já usam o modelo LG-1 MK2. Então, pode-se admitir que não haverá custos extras com itens adicionais para a introdução do obuseiro no exército, caso fosse a primeira compra. Ou se houverem, estão bastante diluídos no contexto da compra.

https://www.ssb.gov.tr/urunkatalog/en/236/

632 páginas de informações sobre produtos turcos. Aqui vai abrir na parte referente a artilharia.

FCarvalho escreveu: ↑Dom Jun 13, 2021 11:50 pm https://www.ssb.gov.tr/urunkatalog/en/236/

632 páginas de informações sobre produtos turcos. Aqui vai abrir na parte referente a artilharia.

Bom, se fosse apenas questão política, por que o pessoal do GEA se deu ao trabalho de experimentar o T-129, já que tudo que vem de lá está sujeito a embargos e coisa do gênero? Igualzinho um certo país do leste europeu recém elevado a império do mal outra vez? E ninguém no mundo que compra sistemas de armas deles tá nem aí para isso e para as firulas norte americanas?

Compras em defesa são sempre políticas. Comprar ou não da Turquia é uma decisão que temos de avaliar todos os pró e contras do negócio. Assim como se faz com qualquer país no mundo. Nem mais, nem menos.

Não estou interessado em que se compre produto A, B ou C deles. Mas saber o que eles são capazes de fazer é bom e temos que ter referência. A Turquia não é um país de um canto do mundo perdido qualquer. E se eles tem problemas políticos com USA, UE e sabe-se lá mais quem, o problema é deles, não nosso. O nosso problema é saber quais produtos nos interessam e, no caso de ser um bom negócio, avaliar a sua compra, ou não.

Ainda falta decidir o que o EB vai querer em termos de Art AP SR e Art AR 155. Nem o M-119 está decidido. Julho é o prazo final para o GT dizer se a compra é viável ou não. Pelo andar da carruagem, acredito vamos ficar a ver navios no que concerne o AP SR ainda por muito tempo, e talvez os M-198 sejam adquiridos ainda que meio a contra gosto apenas para poder encostar de uma vez por todas os anacrônicos M-114, finalmente. E tanto um quanto outro ao que se sabe, teriam que passar por algum tipo de revitalização, e quiçá modernização, sendo o caso. Ou seja, dinheiro gasto multiplicado por 3x, para comprar, revitalizar, e quem sabem, modernizar. Uma conta que para mim seria bem melhor investida se abrirmos concorrências internacionais para adquirir produtos novos, ainda que a conta gotas. Todo mundo que vende no mercado de defesa no Brasil sabe como são as coisas por aqui.

Enfim, para mim é melhor colocar dinheiro bom em produto realmente bom. Mesmo que seja só para "manter a doutrina".

Arsenal de Guerra do Rio revitaliza 29 morteiros pesados 120 mm


https://www.defesaaereanaval.com.br/exe ... dos-120-mm

Não sei se a tecnologia de morteiros evoluiu tanto assim desde que os primeiros modelos apareceram mas, no caso deste morteiro 120 do AGRJ, ele não deveria estar, digamos assim, em sua 2a ou 3a geração desde que foi lançado? Ou simplesmente ele tem recebido melhoramentos pontuais de acordo com as manutenções programadas de sua vida operacional como vista na matéria?
O que de fato torna um morteiro, uma arma tão ou mais antiga que os canhões, realmente um sistema moderno nos dias de hoje? Eletrônicos? Mecânica? Novos materiais e/ou munições?

Os morteiros são peças fundamentais nós dias atuais,acredito que o EB deve dar continuidade a esse projeto e quem sabe utilizar no Guarani ,sem precisar comprar um produto de fora , bem melhor utilizar a tecnologia que temos e aperfeiçoar

A Imbel fez a integração do sistema C2 Genesis com sucesso aos M-109A5+ BR de forma que toda a frota agora poderá receber o mesmo.
Os M-109A5 do segundo lote não tem prazo para receber qualquer modernização por enquanto.
Uma ideia plausível para o futuro seria a troca do tubo original de 39 calibres por um novo em 52 calibres. Opções no mercado não faltam.
Talvez fosse interessante ajustar isso como off set para a aquisição dos obuseiros 155 AP SR.

saiu no boletim do exército(Nº 26/2021) , os m109a5 serão modernizados para o padrão m109a5br+,
também sobre o desenvolvimento de um radar de contra-bateria baseado do m200