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Re: União Europeia

Enviado: Seg Nov 23, 2020 1:14 pm
por prometheus
Penguin escreveu: Seg Nov 23, 2020 12:42 pm
prometheus escreveu: Seg Nov 23, 2020 12:19 pm

Geralmente não só o idioma, como a cultura em geral, com os costumes e religião inclusive... A discrepância religiosa tb é uma forma de segregação étnica, e tb, em certa medida, contribui p inimizade, como está acontecendo na Europa recentemente...

De qualquer forma, disso sabemos bem, desde os portugueses com sua colonização com um ótimo arcabouço jurídico.


Posteriormente, Getúlio Vargas, ao perceber a imigração contumaz e massiva de estrangeiros e a manutenção dos costumes dele em regiões inclusive fronteiricas do Brasil, instituiu uma campanha de nacionalização, com a implementação do ministério da educação, a obrigação e oficialização do ensino de português, a criação da lei de cotas de imigração e até mesmo desmembramento de territórios e unidades federativas estratégicas, como Foz do Iguacu, por exemplo.

Mas parece que já desaprendemos um pouco... ao elevar Amapá e Roraima a estados-membros federativos. Roraima principalmente, por possuir reservas indígenas claramente isoladas em lugares inóspitos e fronteiriços, falta de integração nacional e e com países belicosos contiguos na região ...

A Dilma, se não me engano, instituiu o ensino obrigatório de espanhol na cadeira escolar, denotando sua política de aproximação com os latinos aqui, mas parece que foi logo revogada no governo temer.

Agora, sobre a Espanha...ela sempre foi historicamente muito centralizada, é um Estado unitário, de forma a custodiar e podar as diversas comunidades locais diversas (Bálcas, galegos e catalães) ainda perpetuando seu sistema central, ela autonomizou seu centralismo autorizando que as chamadas "comunidades autônomas" (seriam espécie de Estados, mas só descentralizados administrativamente) elaborem seus próprios estatutos (isto é, leis para nós) contanto que supervisionados e referendados pelo poder central. Tentativa que os espanhóis encontraram de frear a animosidade dos povos locais e brecar seu movimento separatista, historicamente falando.
É o que aconteceu recentemente com a Catalunha em 2017, só que lá realizaram um plebiscito sem o "referendo" do governo espanhol. Só que só de imaginar que 90% quis se separar já demonstra que o separatismo está bem enraizado no imaginário coletivo catalão... Com a não obrigação do ensino de espanhol, é bem possível que, posteriormente, os catalães obtenham mais "força política" e seu discurso seja mais forte humanitáriamente falando, porquanto a própria Espanha deixou de obrigar seus estudantes a estudar espanhol e até mesmo os cursos, pelo que vi aí, estão sendo afetados...

Logo logo os catalães rediscutem a questão separatista novamente... Não vai demorar muito...
As Comunidades Autônomas da Espanha têm uma grande autonomia. Possuem até idioma próprio. Em Barcelona se fala e se escreve catalão.
Nao, de fato, são sim autônomas, mas supervisionadas. Não possuem autolegislacao ou auto-organizacao, são descentralizados só administrativa e politicamente de acordo c as pretensões centrais. O estado lá é uno, unitário, não é como no nosso federal em que existem diversas pessoas jurídicas c ordenamento próprios (União, Estados, DF e municípios). Na Espanha o território é um só, ele é centralizado, um ente só é dotado de força, ele só delega a execução dos serviços e das políticas públicas de forma descentralizada so. Na realidade alguns autores afirmam que não seria nem unitário nem federal, e sim meramente regional mesmo, tal como na Itália.

Abs

Re: União Europeia

Enviado: Seg Nov 23, 2020 11:34 pm
por Penguin
prometheus escreveu: Seg Nov 23, 2020 1:14 pm
Penguin escreveu: Seg Nov 23, 2020 12:42 pm

As Comunidades Autônomas da Espanha têm uma grande autonomia. Possuem até idioma próprio. Em Barcelona se fala e se escreve catalão.
Nao, de fato, são sim autônomas, mas supervisionadas. Não possuem autolegislacao ou auto-organizacao, são descentralizados só administrativa e politicamente de acordo c as pretensões centrais. O estado lá é uno, unitário, não é como no nosso federal em que existem diversas pessoas jurídicas c ordenamento próprios (União, Estados, DF e municípios). Na Espanha o território é um só, ele é centralizado, um ente só é dotado de força, ele só delega a execução dos serviços e das políticas públicas de forma descentralizada so. Na realidade alguns autores afirmam que não seria nem unitário nem federal, e sim meramente regional mesmo, tal como na Itália.

Abs
Não é bem assim.
A Espanha possui Municípios com alcaldes (prefeitos) e consejales (vereadores) eleitos. Possuem até fazendas locais para arrecadar certos tributos.
Artículo 142.
Las Haciendas locales deberán disponer de los medios suficientes
para el desempeño de las funciones que la ley atribuye a las Corporaciones respectivas y se nutrirán fundamentalmente de tributos propios
y de participación en los del Estado y de las Comunidades Autónomas.
Um conjunto de Municípios formam as Províncias. Seu governo e administração está atribuído aos deputados provinciais, eleitos. Um conjunto de províncias forma a Comunidade Autônoma:
Artículo 143.
1. En el ejercicio del derecho a la autonomía reconocido en el
artículo 2 de la Constitución, las provincias limítrofes con características históricas, culturales y económicas comunes, los territorios insulares y las provincias con entidad regional histórica podrán acceder a
su autogobierno y constituirse en Comunidades Autónomas con
arreglo a lo previsto en este Título y en los respectivos Estatutos.
2. La iniciativa del proceso autonómico corresponde a todas las
Diputaciones interesadas o al órgano interinsular correspondiente y
a las dos terceras partes de los municipios cuya población represente, al menos, la mayoría del censo electoral de cada provincia o isla.
Estos requisitos deberán ser cumplidos en el plazo de seis meses
desde el primer acuerdo adoptado al respecto por alguna de las Corporaciones locales interesadas.
As Comunidade Autônomas seria o equivalente aos Estados do Brasil. Possuem poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, autonomia financeira e um conjunto amplo de competências constitucionais (veja o artigo 148 Competencias de las Comunidades Autónomas da CONSTITUCIÓN ESPAÑOLA: https://www.boe.es/legislacion/document ... ELLANO.pdf). Se vacilar têm mais autonomia que um Estado Federal Brasileiro.

Comunidades Autonomas:
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Provincias (50):
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Municipios:
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[]s

Re: União Europeia

Enviado: Ter Nov 24, 2020 5:54 am
por P44
Faxixtax everywhere


Re: União Europeia

Enviado: Ter Nov 24, 2020 12:33 pm
por prometheus
Penguin escreveu: Seg Nov 23, 2020 11:34 pm
prometheus escreveu: Seg Nov 23, 2020 1:14 pm

Nao, de fato, são sim autônomas, mas supervisionadas. Não possuem autolegislacao ou auto-organizacao, são descentralizados só administrativa e politicamente de acordo c as pretensões centrais. O estado lá é uno, unitário, não é como no nosso federal em que existem diversas pessoas jurídicas c ordenamento próprios (União, Estados, DF e municípios). Na Espanha o território é um só, ele é centralizado, um ente só é dotado de força, ele só delega a execução dos serviços e das políticas públicas de forma descentralizada so. Na realidade alguns autores afirmam que não seria nem unitário nem federal, e sim meramente regional mesmo, tal como na Itália.

Abs
Não é bem assim.
A Espanha possui Municípios com alcaldes (prefeitos) e consejales (vereadores) eleitos. Possuem até fazendas locais para arrecadar certos tributos.
Artículo 142.
Las Haciendas locales deberán disponer de los medios suficientes
para el desempeño de las funciones que la ley atribuye a las Corporaciones respectivas y se nutrirán fundamentalmente de tributos propios
y de participación en los del Estado y de las Comunidades Autónomas.
Um conjunto de Municípios formam as Províncias. Seu governo e administração está atribuído aos deputados provinciais, eleitos. Um conjunto de províncias forma a Comunidade Autônoma:
Artículo 143.
1. En el ejercicio del derecho a la autonomía reconocido en el
artículo 2 de la Constitución, las provincias limítrofes con características históricas, culturales y económicas comunes, los territorios insulares y las provincias con entidad regional histórica podrán acceder a
su autogobierno y constituirse en Comunidades Autónomas con
arreglo a lo previsto en este Título y en los respectivos Estatutos.
2. La iniciativa del proceso autonómico corresponde a todas las
Diputaciones interesadas o al órgano interinsular correspondiente y
a las dos terceras partes de los municipios cuya población represente, al menos, la mayoría del censo electoral de cada provincia o isla.
Estos requisitos deberán ser cumplidos en el plazo de seis meses
desde el primer acuerdo adoptado al respecto por alguna de las Corporaciones locales interesadas.
As Comunidade Autônomas seria o equivalente aos Estados do Brasil. Possuem poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, autonomia financeira e um conjunto amplo de competências constitucionais (veja o artigo 148 Competencias de las Comunidades Autónomas da CONSTITUCIÓN ESPAÑOLA: https://www.boe.es/legislacion/document ... ELLANO.pdf). Se vacilar têm mais autonomia que um Estado Federal Brasileiro.

Comunidades Autonomas:
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Provincias (50):
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Municipios:
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[]s
Penguin, eu fiz toda uma explanação aqui no meu computador acerca da teoria geral de estado me baseando na constituição espanhola e etc, negritando as partes mais importantes, e comparando com o sistema federativo brasileiro e de outros países, mas, por algum motivo, quando fui prever meu post, tive de confirmar meu cadastro de novo e pedi toda a postagem... enfim...

Não farei de novo, francamente, mas meu ponto é: a Espanha é um estado unitário descentralizado administrativa e politicamente. Não é uma federação. Numa federação, como a nossa, o poder é dividido entre os estados, e não somente delegado. E mais, numa federação, diferente de um unitarismo central, há autolegislação - capacidade legislativa de editar próprias leis - e autoconstituição, não somente autoadministração e autogoverno. Na Espanha, como você mesmo poderá constatar, as comunidades autônomas dependem da autorização do poder central, governo espanhol, p criar seus estatutos. Eles dependem disso., logo não possuem autolegislação. A espanha, de fato, historicamente, assim descentralizou-se de forma a frear as diversas discrepantes comunidades insertas em si, cada qual desempenhando sua própria cultura, como no caso dos galegos, catalães e bascos, com suas próprias idiossincrasias, costumes e até oficialização de línguas. Fez isso por necessidade histórica. De fato, podemos concluir que ela, por ter se descentralizado politicamente tb, e não só executivamente, é um meio a meio do unitário com o federal, sendo denominado por alguns autores como "Estado Regional", tal como no caso Italiano também, mas diferente do português e uruguaio, por exemplo.

E sim, no tocante às competências, as elencadas pela constituição espanhola às comunidades são somente de ordem administrativa, p prestação de serviços e execução de políticas públicas, como eu já afirmei. No Brasil nossos entes federados, inclusive municípios, possuem todas essas competências, e até concorrem e ou são comuns c outros entes em outras áreas. Só que na nossa federação, historicamente, o poder é mais centripeto (concentrado p o ente central) por conta da nossa colonização e sabendo que éramos, inicialmente, unitários; muito diferente, por sua vez, dos EUA, em que o poder é mais centrífugo (concentrado nos demais entes regionais) por conta da união consentida das ex 13 colônias em torno de um estado só. Eis porque lá as matérias de direito penal são legisladas pelos Estados... Não que aqui não possam nossos estados legislar sobre essa área, poder até podem, mas de forma específica e adstrita a lei complementar editada pelo congresso.

É bem possível que se o Brasil não tivesse sido unitário, talvez hoje tivesse se desmembrado tal como ocorreu na América espanhola, por meio dos seus diversos caudilhos apoiados por elites económicas locais... Inclusive, nossa constituição da República velha, de 1891, se não me engano, a dos EUA do Brasil, era tal como a americana, e por conta dela diversos movimentos revoltosos se deflagraram, como de canudos, contestado, vacina, chibatas, a federalista e etc etc... todas, ou quase todas, na sua maioria, sendo encabeçadas por elites locais. Não é demais dizer que vem dessa época as práticas clientelistas e coronelistas...

Abs

Re: União Europeia

Enviado: Ter Dez 01, 2020 6:43 am
por Rurst
Jogamos mais com o Mercosul do que com plano de recuperação
Por que esta Espanha de hoje, perdida em suas próprias misérias, esquecendo a América do Sul com tanta tenacidade e persistência? Que erro, por favor, que erro estúpido

Matéria completa no link:

https://blogs.elconfidencial.com/mundo/ ... n_2854252/

Por que esta Espanha de hoje, perdida em suas próprias misérias , esquecendo a América do Sul com tanta tenacidade e persistência? Que erro, por favor, que erro estúpido que ninguém em nossa posição cometeria.

A política bolivariana voltou e vale a pena perguntar: o que aconteceu enquanto não estávamos prestando atenção ? Em que ponto tudo se complicou?

A situação na América Latina é mais uma vez extremamente preocupante. O terremoto provocado pelos jornais panamenhos e o escândalo da construtora Odebrecht mergulharam a região em um oceano de instabilidade política, com inúmeros legisladores, empresários e até chefes de Estado indiciados e condenados a penas de prisão.

Lembremos, por exemplo, o que está acontecendo no Peru, já que constitui uma verdadeira metáfora para o problema subjacente .

O ex-presidente Alberto Fujimori ainda está preso. O ex-presidente Alejandro Toledo está nos Estados Unidos em prisão domiciliar até que seja tomada uma decisão sobre sua extradição. O ex-presidente Alan García cometeu suicídio quando a polícia ia prendê-lo em sua casa. O ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa continuam aguardando a sentença depois de passar vários meses em prisão preventiva. O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski também está em prisão preventiva . O até então presidente, Martín Vizcarra, acaba de ser demitido pelo Parlamento em decisão não isenta de polêmica, pois foram legisladores suspeitos de corrupção que votaram a favor de sua queda. oO presidente em exercício que o substituiu durou menos de uma semana no cargo e o país vive agora um período tenso à espera de novas eleições.

O caso Vizcarra lembra bastante o ' impeachment' contra a ex-presidente Dilma Rousseff , também sob a sombra da Odebrecht. Seu substituto no Planalto, Michel Temer, foi preso logo depois de entregar o bastão a Bolsonaro e continua em prisão domiciliar. E o bandido no impeachment de Dilma Rousseff, a presidente do Parlamento, também acabou na prisão.

Mas não se trata apenas do Brasil ou do Peru. Vimos o que aconteceu na Bolívia após a saída de Evo Morales do poder e o resultado das eleições que mostram um país profundamente dividido. Na Guatemala, o presidente Alejandro Giammattei atravessa uma profunda crise política que terminou na semana passada com o Parlamento em chamas. Apenas cinco anos depois de outra crise política com manifestações de massa obrigou o então presidente Otto Pérez Molina a renunciar ao poder.

Evo Morales, aclamado ao retornar à Bolívia. (Reuters)

O Chile, uma das democracias mais estáveis até hoje, foi abalado por uma profunda agitação social que acabou convencendo a classe política dominante da necessidade de iniciar uma reforma constitucional para acabar com o último legado da ditadura de Pinochet. Na Argentina, após quatro anos de mandato reformista, o kirchnerismo voltou ao poder. No Equador, o presidente Lenin Moreno ainda tenta evitar as inferências de seu antecessor e ex-amigo Rafael Correa, condenado por corrupção e fugido da Justiça equatoriana , compartilhando com Puigdemont o destino de um fugitivo.

Da Venezuela, Nicarágua e Cuba, nada a acrescentar ao que já se sabe, os três se tornaram os últimos parques temáticos do comunismo à custa da perseguição, fome e morte de sua população.

Além dos terríveis efeitos do Covid-19 na região, a instabilidade política, a polarização, o desaparecimento de forças políticas moderadas, o messianismo, o crescimento da pobreza e o colapso da classe média parecem ter se instalado definitivamente. . Dito isto, a Europa tem a sua quota-parte de responsabilidade pelo que acontece. Sim, responsabilidade, sim, por não ter aproveitado o clima favorável dos últimos cinco anos para promover uma cooperação política e económica mais robusta e permanente. E, no caso espanhol, essa responsabilidade deve ser vista como um verdadeiro defeito.

O Mercosul, aliança formada por Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina, equivale à quinta maior economia do mundo se tomada em bloco


As últimas? As dúvidas expressas abertamente por diferentes Estados da União Europeia sobre a assinatura ou não do acordo de livre comércio com o Mercosul. Um acordo que, aliás, vem sendo negociado há não mais e não menos que 20 anos.

O Mercosul, aliança comercial formada por Uruguai, Paraguai, Brasil e Argentina que, considerada em bloco, equivale à quinta maior economia do mundo, constitui um destino para produtos europeus avaliados em 45 bilhões de euros e 23 bilhões em serviços. E um destino para investimentos europeus estimados em 381 bilhões de euros.

Esta aliança comercial entre a UE e o Mercosul significaria, em termos práticos, a integração de um mercado único de quase 800 milhões de habitantes , quase um quarto do PIB mundial e mais de 83 mil milhões de euros. Não existe uma próxima geração da UE que ofereça um motor mais poderoso de recuperação económica.

Caso o acordo se concretize, cerca de 92% das exportações seriam liberalizadas nos dois sentidos , o que significaria cerca de 4.000 milhões de euros poupados anualmente em direitos aduaneiros, o que nesta época de fome não é uma questão menor. Não podemos esquecer que, até à data, o Mercosul continua a ser um mercado muito fechado às exportações europeias, com elevadas barreiras tarifárias e não tarifárias. Se tiver êxito, a UE terá uma vantagem comparativa significativa sobre outros concorrentes, como a China ou os Estados Unidos.

Bem, apesar de tudo, como já disse, a cada dia que passa mais vozes deste lado do Atlântico mostram sua relutância em finalmente aprovar o acordo . Não menos importante, já que a complexidade do texto negociado torna complicado o processo de ratificação sem necessidade de ajuda. Para explicar brevemente. Somente dentro da União Europeia, o acordo requer ratificação tripla, que passa por unanimidade no Conselho, por unanimidade nos parlamentos nacionais e regionais, onde houver poderes (lembre-se do caso do CETA com o Canadá e do bloqueio do Parlamento regional da Valônia , na Bélgica), e uma maioria no Parlamento Europeu. E se tudo isso não bastasse, também exigirá a unanimidade dos parlamentos latino-americanos .

Entre os que se opõem ao acordo, duas almas coexistem. Por um lado, os que se posicionam contra o livre comércio como sistema, porque acreditam que o livre comércio só favorece as multinacionais ou porque acreditam que com este acordo estamos destruindo o planeta. Por outro lado, há quem defenda que devemos fechar o nosso mercado europeu às exportações estrangeiras e promover a produção e o consumo autárquico, mesmo que isso signifique assumir a escassez de certos bens e serviços. Ou seja, a esquerda antiglobalista e a direita protecionista, aliadas curiosas mas eficazes .

Ambos ignoram a realidade de um acordo tão complexo como este. Em primeiro lugar, porque inclui requisitos ambientais alinhados com os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. Se a preocupação é a atitude do governo Bolsonaro com a Amazônia, a lógica parece indicar que será mais fácil forçá-lo a cumprir o que foi assinado (este acordo) do que o que o Brasil não assinou (Paris).

Em segundo lugar, 357 denominações de origem da UE são reconhecidas e protegidas , aliás, o maior número que a UE já conseguiu inserir em um tratado comercial.
Mas é que, além disso, são impostos regimes de segurança em termos de saúde e segurança alimentar que são aqueles de que goza o cidadão europeu. Todas as importações do Mercosul devem se adequar aos padrões europeus.

Em outras palavras, a UE não abriria seus mercados incondicionalmente aos produtos do Mercosul, nem o Mercosul à UE. Para produtos sensíveis, o acesso ao mercado europeu seria limitado e controlado; em muitos casos, mesmo escalonado progressivamente ao longo de 15 anos . E em caso de possíveis distorções devido a aumentos repentinos das importações, a UE poderia aplicar cláusulas de salvaguarda e mecanismos de compensação aos setores afetados.

Sou o primeiro a argumentar que os acordos comerciais da UE devem incorporar necessariamente aspectos políticos, como a protecção dos direitos humanos, a promoção da democracia e a luta contra as alterações climáticas. Esta é a forma como a UE molda um mundo frequentemente demasiado selvagem; trocando democracia e liberdade pelo comércio.

Por isso, acredito firmemente que não podemos perder a oportunidade que este acordo com o Mercosul representa . Não só pelas implicações econômicas, mas também pelas geopolíticas.

A América é o continente que mais se assemelha à União Europeia em valores morais, é a nossa continuação e nós somos vossos


Nos tempos atuais de recessão e coronavírus, desperdiçar os efeitos benéficos do acordo mais quantitativa e qualitativamente ambicioso que a UE já negociou afetaria não apenas os cidadãos e as empresas de ambas as regiões, mas também a credibilidade dos vinte e sete como um bloco político. , questionando nossos princípios em favor do multilateralismo e de um sistema de comércio baseado em regras.

A América é o continente que mais se assemelha à União Europeia em valores morais, é a nossa continuação e nós deles.
Renunciar a ser parceiro na América do Sul é deixar a China e suas empresas um campo livre e a porta para a Europa aberta. Nossa verdadeira ressurreição econômica depende mais do Mercosul do que do plano de recuperação.

E, além disso, se a Europa sair da América do Sul, os chineses não só instalarão ali suas fábricas e sua forma de manufatura, mas também seu desprezo pela democracia.Por mais paradoxal que possa parecer, o Mercosul é onde continua a construção da União Europeia .

Re: União Europeia

Enviado: Sex Dez 11, 2020 7:26 am
por cabeça de martelo
Acordo fechado em Bruxelas sobre orçamento comunitário e fundo de recuperação

https://observador.pt/2020/12/10/acordo ... cuperacao/

Bazuca aprovada!!!!!!

Re: União Europeia

Enviado: Dom Dez 13, 2020 5:54 pm
por Túlio
cabeça de martelo escreveu: Sex Dez 11, 2020 7:26 am Acordo fechado em Bruxelas sobre orçamento comunitário e fundo de recuperação

https://observador.pt/2020/12/10/acordo ... cuperacao/

Bazuca aprovada!!!!!!

Imagem



:twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: União Europeia

Enviado: Seg Dez 14, 2020 8:36 am
por cabeça de martelo
Não tenhas dúvidas!!!

Re: União Europeia

Enviado: Qua Dez 16, 2020 5:08 am
por P44

Re: União Europeia

Enviado: Qua Dez 16, 2020 11:34 am
por J.Ricardo
Resumindo, o que há de ruim no texto, desculpem, mas não estou com ânimo pra ler toda a notícia... :mrgreen:

Re: União Europeia

Enviado: Qua Dez 16, 2020 2:20 pm
por Túlio
J.Ricardo escreveu: Qua Dez 16, 2020 11:34 am Resumindo, o que há de ruim no texto, desculpem, mas não estou com ânimo pra ler toda a notícia... :mrgreen:
Sei lá se é bom ou ruim, aprovaram uma lei que impede que GAYS adotem crianças.

E nem tenho opinião sobre isso. :? :? :? :?

Re: União Europeia

Enviado: Qua Dez 16, 2020 2:58 pm
por cabeça de martelo
European Parliament and Council agree EU's military budgets
by Brooks Tigner

The European Commission’s proposed budgets for the European Defence Fund (EDF) and military mobility were sewn up with a final nod on 14 December from the European Parliament toward the Council. The resulting political agreement – which now awaits official enactment in the coming weeks – will institutionalise the EU’s entry into the fields of defence research and capability development.

This agreement seals the work done over many years,” François-Xavier Bellamy, French member of the European Parliament who negotiated the EDF, declared in a press release published by his European People’s Party on 14 December. “It will eventually have a lasting positive impact on industry and employment by supporting European value chains in the fields of security and defence and by investing in long-term research and development.”

In a Commission press release the same day, Thierry Breton, European Commissioner for the internal market, hailed the agreement as a “major breakthrough” for supporting defence industrial co-operation. “A more integrated, innovative and competitive European defence technological and industrial base is essential for a stronger, more resilient and strategically autonomous Europe,” he said.

Under the EU’s 2021-27 Multiannual Financial Framework (MFF) general budget, the EDF is allocated EUR7.953 billion (USD9.7 billion) and military mobility EUR1.691 billion.

Re: União Europeia

Enviado: Qua Dez 16, 2020 2:59 pm
por J.Ricardo
Túlio escreveu: Qua Dez 16, 2020 2:20 pm
J.Ricardo escreveu: Qua Dez 16, 2020 11:34 am Resumindo, o que há de ruim no texto, desculpem, mas não estou com ânimo pra ler toda a notícia... :mrgreen:
Sei lá se é bom ou ruim, aprovaram uma lei que impede que GAYS adotem crianças.

E nem tenho opinião sobre isso. :? :? :? :?
:oops:

Putz, desculpe o erro, me referia a essa notícia:

https://observador.pt/2020/12/10/acordo ... ecuperacao

Re: União Europeia

Enviado: Qui Dez 17, 2020 11:43 am
por cabeça de martelo
Sweden ups defense budget 40% due to regional tensions
By: The Associated Press

STOCKHOLM — Sweden’s parliament on Tuesday approved a 40 percent increase in the defense budget for 2021-2025 because of tensions in the Baltic Sea region in recent years, with officials saying Russia is the main reason for the move.

The 349-member Riksdag assembly approved the largest hike in 70 years, bringing the annual defense budget by 2025 to 89 billion kronor (U.S. $11 billion).

Defence Minister Peter Hultquist told the assembly before the series of votes that “it is the largest investment since the 1950s.”

The proposal was put forward in October by Sweden’s two-party Social Democrat-Green Party minority government, and it received immediate backing from two smaller opposition groups.

The government described it as sending a signal after Russia’s 2014 annexation of Crimea, repeated airspace violations by Russian military aircraft in the neighboring Baltics and a military buildup in Russia’s exclave of Kaliningrad, which sits across the Baltic Sea from Sweden.

“There is much to suggest that Russia’s military capabilities in absolute terms will increase throughout the next 10-year period,” the adopted proposal read.

The plan will see the armed forces grow from the current 55,000 positions to 90,000 by 2030. Several disbanded regiments will be reestablished and the number of conscripts will increase to 8,000 annually, which is a doubling compared with 2019. The Navy will receive new equipment and there will be upgrades in armament.

Sweden currently spends 1.1 percent of gross domestic product on defense. Guidelines issued by NATO, of which Sweden isn’t a member, advise that members spend 2 percent, although many do not achieve that target.

In December 2017, Sweden decided to establish the nation’s first new military regiment since World War II — a unit of 350 soldiers based on the strategically important Baltic Sea island of Gotland.

In the same year, Sweden also introduced a selective military draft for men and women, having previously abolished a men-only draft in 2010.

https://www.defensenews.com/global/euro ... -tensions/

Re: União Europeia

Enviado: Seg Dez 28, 2020 8:40 pm
por knigh7
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