Fórum Defesa Brasil

A defesa Anticarro: estabelecimento de um sistema de armas anticarro noescalao brigada; uma proposta para organizacao.

Estudo apresentado pelo Major de Cavalaria Jose Felipe Biasi para a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército em 1984.

Link para a monografia: https://redebie.decex.eb.mil.br/pergamu ... 004683.pdf

Certa vez há muitos e muitos anos atrás, um padre me disse "você como pessoa prática é um ótimo teórico".
Pior que ele estava certo. Vai ver por isso que sou professor.
Olhando esta monografia, de 1984 é possível perceber que no que se refere as nossas forças armadas, a sentença do padre parece se aplicar perfeitamente.
As nossas forças militares são ótimas teóricas enquanto instituições práticas.

abs

O Emprego do armamento anticarro nos pequenos escalões da Força Terrestre e a seleção da melhor opção de armamento

Estudo apresentado pelo Major de Infantaria Jose Olavo Coimbra de Castro para a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército em 1992.

Link para a monografia: https://redebie.decex.eb.mil.br/pergamu ... 005585.pdf

Artigo sobre o míssil anticarro sueco Bofors Bantam Robot 53 escrito por dois ex-militares suecos que serviram no começo dos anos 70 em um pelotão anticarro que operava o sistema.

Link: http://www.gammalstorp.se/Robot53.htm

Estava revendo o programa de atualização do EB 2020-2023 e lá consta sobre a questão dos sistemas anti-carro a aquisição destes no biênio 2022-2023. Ao mesmo tempoo, na parte de C&T consta o desenvolvimento de mísseis AT entre 2020-2023.

Então. O MSS 1.2 sumiu do mapa faz uns 3 ou 4 anos desde a aquisição dos lotes pilotos, dos quais não se sabe os resultados seja no EB como no CFN, que também adquiriu alguns sistemas para avaliação.

Das duas, uma, ou o EB ainda está gastando o que não tem na esperança de fazer essa geringonça de quase 40 anos funcionar, e assim poder dizer que tem a porcaria de um míssil AT nacional, e comprar ele no final deste plano, ou simplesmente está jogando com a sorte e o erário público e vendo no que vai dar. Se funcionar, bom, tem propaganda made in Brasil, se não, pega o que tiver aí de mais acessível no mercado e tapa os buracos com um atraso de mais de meio século.

É vergonha que fala?

abs

Finalmente encontrei o unicórnio!

Posto de tiro do míssil anticarro MILAN em posição de tiro durante exercício realizado pela 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) em 2019.

Fonte: http://www.bdaamv.eb.mil.br/index.php/n ... uarda-2019

Eu realmente já não sei mais se é para ficar feliz, ou se é para chorar mesmo. Mas enfim, melhor isso do que nada.

abs

O EB esconde esse Milan como se fôsse uma arma nuclear.

Deve ser tão raro, mas tão raro usar, que quando resolvem tirar do esconderijo, duas gerações de conscritos já passaram pela brigada sem nunca ter visto um desses. Vai entender.
Aliás, esse sistema já tem mais de vinte anos. Os mísseis já devem ter sua validade expirada uns dez anos atrás.
Vai ver este da foto é só para a molecada ter noção de que existe e como funciona o trambolho.
Não sei se notaram, mas dá para notar a enorme diferença de tamanho entre o Milan e o MSS 1.2 que mesmo depois de mais de 30 anos nunca conseguiu "emagrecer".



abs

Hoje qualquer movimento guerrilheiro do Oriente Médio dá um banho em nós no que diz respeito a operação de armas anticarro. Trata-se de um campo onde estamos muito atrasados e, infelizmente, ainda damos pouca atenção.

Uma curiosidade:

A Força Tarefa britânica que retomou as Falklands em 1982 tinha mais postos de tiro e mísseis AC do que o EB tem hoje. O componente terrestre tinha uma força equivalente a duas brigadas reforçadas.

Somando os Pelotões Anticarro de todos os 8 batalhões de infantaria que combateram na guerra dá 55 postos de tiro.

Se botar uma dotação de munição bem baixa, 5 mísseis por guarnição, dá 275 mísseis ao todo.

E detalhe, nem é dos sistemas mais caros.

abs

Alfa BR escreveu: ↑Qua Set 02, 2020 9:03 am Uma curiosidade:

A Força Tarefa britânica que retomou as Falklands em 1982 tinha mais postos de tiro e mísseis AC do que o EB tem hoje. O componente terrestre tinha uma força equivalente a duas brigadas reforçadas.

Somando os Pelotões Anticarro de todos os 8 batalhões de infantaria que combateram na guerra dá 55 postos de tiro.

Se botar uma dotação de munição bem baixa, 5 mísseis por guarnição, dá 275 mísseis ao todo.

Eu não sei como é agora, mas no meu tempo dizia-se que os Batalhões Paraquedistas Britânicos tinham mais misseis anticarro que muitas brigadas por esta OTAN fora. Salvo erro era uma forma de contrabalançar a ameaça das forças mecanizadas Soviéticas/Russas.

cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Set 02, 2020 10:48 am

Alfa BR escreveu: ↑Qua Set 02, 2020 9:03 am Uma curiosidade:

A Força Tarefa britânica que retomou as Falklands em 1982 tinha mais postos de tiro e mísseis AC do que o EB tem hoje. O componente terrestre tinha uma força equivalente a duas brigadas reforçadas.

Somando os Pelotões Anticarro de todos os 8 batalhões de infantaria que combateram na guerra dá 55 postos de tiro.

Se botar uma dotação de munição bem baixa, 5 mísseis por guarnição, dá 275 mísseis ao todo.

Eu não sei como é agora, mas no meu tempo dizia-se que os Batalhões Paraquedistas Britânicos tinham mais misseis anticarro que muitas brigadas por esta OTAN fora. Salvo erro era uma forma de contrabalançar a ameaça das forças mecanizadas Soviéticas/Russas.

Na época da guerra era assim:

Só?!