Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
Srs, PARABÉNS pelas considerações aqui postas... muito interessante... em breve apresentarei as minhas... acabei de ingressar no Fórum... as idéias q vi aqui são todas bem apresentadas e, o mais importante... plausíveis...
Gerson Monteiro, Rio-RJ.
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- gabriel219
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- gabriel219
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
Apesar de serem dois caças diferentes e ser no DCS, vou postar o vídeo aqui para ilustrar bem como as táticas citadas por mim, de utilizar a cadeia de montes para mascarar o RCS do F-5EBR contra os R-27ER - os R-77 Venezuelanos são de primeira geração, ainda com alcance similar ao Derby - dos Su-30MKV seriam extremamente efetivos, fazendo com que os F-5EBR pudessem disparar seus Derby a 20 mil pés e depois realizar manobra para abaixo dos montes, impedindo de serem detectados de volta pelos Sukhoi. Em contrapartida, os Sukhois Venezuelanos não poderiam realizar a mesma manobra, já que estariam em uma região de superfície mais plana e bem abaixo:
E aqui vemos um Su-35SM e o R-37M, que talvez seja o melhor míssil BVR Russo, um dos melhores disponíveis no mercado, chegando a Mach 6.7 e com guiagem de radar ativo, sendo expectado receber radar AESA. Bem diferentes do Su-30MKV2, que tem um radar muito menos capaz que o Irbis-E e possuem o R-27ER, que não é um míssil confiável, como já demonstrado em combates reais.
Do outro lado é um EF-2000T3 com o Meteor, talvez o melhor míssil BVR na atualidade.
Ambos, nesse cenário, contam com AEW&C, o que ajuda a detectar no meio da topografia.
No caso do cenário que coloquei entre Brasil x Venezuela, reiterando, o Brasil teria a possibilidade de usar a topografia para apenas deixar os E-99 realizando rastreamento, enquanto os F-5EM ficariam on-station, abaixo das montanhas, indetectáveis, pois a Venezuela não dispõe de AEW&C para voar alto o suficiente e longe para conseguir ter uma boa cobertura, detectando alvo que possam estar no negativo das formações geológicas. E, como eu havia dito antes, os Sukhois não poderão recorrer a mesma tática, pois eles estariam em um ambientes onde a topografia é mais plana e com variação de altitudes mínimas, praticamente deixando-os em "campo aberto", facilmente detectáveis. Teriam que depender do ECM das suas aeronaves, o que é quase inexistente nos Su-30MKV2.
E aqui vemos um Su-35SM e o R-37M, que talvez seja o melhor míssil BVR Russo, um dos melhores disponíveis no mercado, chegando a Mach 6.7 e com guiagem de radar ativo, sendo expectado receber radar AESA. Bem diferentes do Su-30MKV2, que tem um radar muito menos capaz que o Irbis-E e possuem o R-27ER, que não é um míssil confiável, como já demonstrado em combates reais.
Do outro lado é um EF-2000T3 com o Meteor, talvez o melhor míssil BVR na atualidade.
Ambos, nesse cenário, contam com AEW&C, o que ajuda a detectar no meio da topografia.
Tanto o EF-2000 quanto o Su-35S conseguem bem disfarçar seus sinais, tanto do R-37M quanto do Meteor, até chegarem a quase num combate WVR. Neste caso, o Su-35S consegue a vantagem ao atingir a área e utilizar as montanhas para se livrar do tracking dos Meteor, pois disparou o R-37M para o Typhoon tomar postura defensiva, conseguiu se esconder do primeiro Meteor, sobe e começa a adotar postura ofensiva de hit-and-run, disparando seus R-37M, com dados do AEW&C A-50 e voltando para a cobertura das montanhas. É basicamente o que poderíamos fazer nessa situação.gabriel219 escreveu: ↑Sáb Jul 18, 2020 6:48 pm
P1: Região onde fica o Monte Roraima, com altitude variando entre 416 metros até 2.104 metros, com média de 892 metros;
P2: Região abrangendo Cerro Marahuaca e Jaua, com altitude variando entre 543 metros até 2.150 metros, com média de 935 metros;
P3: Região com 1.446 metros de altitude máxima;
P4: Região próxima a Puerto Ayaccucho, Serrania Guanay, com altitude variando entre 330 metros até 1.889 metros, com média 523 metros; e
P5: Região de aproximação dos caças Su-30MK2V, onde a altitude máxima é de 300 metros.
A topografia da região serviria para esconder caças Brasileiros, voando em velocidade subsônica, para não serem detectados por radares aéreos (Su-30MK2V) e terrestres (principalmente o JYL-1). A região que fica entre a aproximação dos Su-30MK2V (P5) e a região de ocultação dos caças é formada por grandes montes e montanhas, com altitude de 800 metros ou 600 metros acima do nível da região de aproximação. Isso dificultaria muito e até impediria que os F-5M, on station fossem detectados pelos Su-30MK2V. Já os Su-30MK2V estariam em um "campo" mais aberto, sem grandes diferenças no terreno, onde seriam facilmente detectados pelos E-99. Com os F-5EM sendo informados sobre a localização dos Su-30MK2V, subiriam e voariam há grande altitude e em velocidade Mach 1.4, disparando seus I-Derby ER ou o I-Derby, assim estendendo o alcance letal - não o alcance máximo - dos seus mísseis e desceriam até a cobertura, utilizando interferidores eletrônicos para despistarem possíveis tentativas de traqueamento dos Su-30MK2V, tentando disparar mísseis R-27 contra os F-5EM.
No caso do cenário que coloquei entre Brasil x Venezuela, reiterando, o Brasil teria a possibilidade de usar a topografia para apenas deixar os E-99 realizando rastreamento, enquanto os F-5EM ficariam on-station, abaixo das montanhas, indetectáveis, pois a Venezuela não dispõe de AEW&C para voar alto o suficiente e longe para conseguir ter uma boa cobertura, detectando alvo que possam estar no negativo das formações geológicas. E, como eu havia dito antes, os Sukhois não poderão recorrer a mesma tática, pois eles estariam em um ambientes onde a topografia é mais plana e com variação de altitudes mínimas, praticamente deixando-os em "campo aberto", facilmente detectáveis. Teriam que depender do ECM das suas aeronaves, o que é quase inexistente nos Su-30MKV2.
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
Operación Pandora – Estudo da hipótese de invasão venezuelana ao território brasileiro
Por Raphael Ferreira e Silva
Major do Quadro de Material Bélico, Pós-Graduação em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais em 2015; Especialização em Gestão e Assessoramento de Estado-Maior pela Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército em 2023
https://www.forte.jor.br/2023/12/10/ope ... rasileiro/
Por Raphael Ferreira e Silva
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- FCarvalho
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
O texto é bem claro e objetivo, e nos dá uma boa dimensão da tarefa árdua que é a defesa da região norte, sem os provimentos necessários.
Do ponto de vista prático, a tal da lógica da Defesa com ffaa's baseadas em capacidades, mobilidade e modernidade não passa de historia para inglês ver. E, por óbvio, não funciona.
Todo mundo continua trabalhando de costas um para os outros, e independente de qualquer planejamento comum. E o MD, que deveria servir de ponte e agregador, não serve para nada, além de manter a canga política sobre as tropas. O EMCFA idem.
Vamos ser honestos, o Maduro não é burro o suficiente para botar um pé aqui dentro, e pior ainda, entrar no país vizinho sabendo que vai perderia o cargo, e quiçá a vida, em uma intervenção yankee no TO sul americano. E o companheiro em Brasília vai assistir de camarote, sem mover um músculo. E ainda vai agradecer o favor ao tio Sam.
Como sempre disse aqui, na pior das hipóteses, deveríamos ter aqui 9 bda ind sl, todas quaternárias e completas. Seriam 36 BIS à altura do desafio que é defender a região, sem precisar pedir penico para tropa nenhuma de fora.
Mas é mais fácil o exército cortar OM por aqui do que reforçar e\ou reorganizar as poucas que já existem.
Do ponto de vista prático, a tal da lógica da Defesa com ffaa's baseadas em capacidades, mobilidade e modernidade não passa de historia para inglês ver. E, por óbvio, não funciona.
Todo mundo continua trabalhando de costas um para os outros, e independente de qualquer planejamento comum. E o MD, que deveria servir de ponte e agregador, não serve para nada, além de manter a canga política sobre as tropas. O EMCFA idem.
Vamos ser honestos, o Maduro não é burro o suficiente para botar um pé aqui dentro, e pior ainda, entrar no país vizinho sabendo que vai perderia o cargo, e quiçá a vida, em uma intervenção yankee no TO sul americano. E o companheiro em Brasília vai assistir de camarote, sem mover um músculo. E ainda vai agradecer o favor ao tio Sam.
Como sempre disse aqui, na pior das hipóteses, deveríamos ter aqui 9 bda ind sl, todas quaternárias e completas. Seriam 36 BIS à altura do desafio que é defender a região, sem precisar pedir penico para tropa nenhuma de fora.
Mas é mais fácil o exército cortar OM por aqui do que reforçar e\ou reorganizar as poucas que já existem.
Carpe Diem
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
Cenário criado para a Operação Guararapes, um exercício de guerra de resistência realizado pela 16ª Brigada de Infantaria de Selva durante a 1ª fase da Operação Amazônia 2021.
A força inimiga é caracterizada como uma coalização internacional que invadiria a Amazônia Ocidental com uma força de valor corpo de Exército constituída por 5 divisões de infantaria.
O EB inicialmente defenderia com as 4 brigadas de infantaria de selva do Comando Militar da Amazônia..
A força inimiga é caracterizada como uma coalização internacional que invadiria a Amazônia Ocidental com uma força de valor corpo de Exército constituída por 5 divisões de infantaria.
O EB inicialmente defenderia com as 4 brigadas de infantaria de selva do Comando Militar da Amazônia..
- FCarvalho
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.
"guerra de resistência"... a eterna maldição doutrinária da região norte.
É por isso que nada se faz e se cria aqui.
E defender um espaço do tamanho do CMA com 4 bdas contra 5 DE é no mínimo absurdo e beira a irracionalidade.
Ou simplesmente é falta do que fazer mesmo.
É por isso que nada se faz e se cria aqui.
E defender um espaço do tamanho do CMA com 4 bdas contra 5 DE é no mínimo absurdo e beira a irracionalidade.
Ou simplesmente é falta do que fazer mesmo.
Carpe Diem