japão

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Re: japão

#406 Mensagem por akivrx78 » Seg Ago 01, 2016 3:50 pm

mmatuso escreveu:Mas os japoneses(o povo e não politicos e interessados) querem que o tratado seja mantido?

Vão viver com o estribo americano para sempre?

O povo em geral quer sim que o tratado seja mantido, com exceção de Okinawa a população geral do Japão ainda acredita que se os militares japoneses não tiverem rédeas eles voltariam a sair por ai dando passeios como no passado.

A geração pós-guerra, de certa forma apoia que se deve ampliar as capacidades apenas para contrapor a China, não de igual mas adquirir a capacidade de inibir qualquer ataque, eles parecem temer mais a China do que a URSS no passado.

Devido as 2 décadas perdidas os japoneses na atualidade não tem mais sonho de se tornarem uma Potência isto inclui todas as áreas para eles tentar manter o status atual é o mais importante.




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Re: japão

#407 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 02, 2016 7:52 am

Japão pela primeira vez, dedica capítulo para as leis de segurança em defesa papel branco

8 horas atrás

TÓQUIO - O Japão pela primeira vez dedicou um capítulo à legislação para a Paz e Segurança em sua defesa anual de papel branco que foi aprovado pelo Conselho de Ministros na terça-feira (02 de agosto).

Esta envolveu reinterpretando a Constituição pacifista do pós-guerra para permitir que militares do Japão, as Forças de Auto-Defesa (SDF), o direito de exercer a legítima defesa coletiva e ir para a ajuda de nações aliado sob ataque.

A legislação, que foi aprovada em setembro do ano passado, é de "importância histórica e tem sido muito apreciada e favorecido pela comunidade internacional", disse o papel branco.

"O ambiente de segurança que cerca o Japão tornou-se cada vez mais grave. Em meio a isso, aplicar a legislação para assegurar e contribuir para a paz e estabilidade da comunidade regional e internacional é mais importante do que nunca", disse o jornal.

Ele observou que países como aliados do Japão nos Estados Unidos e na Austrália, bem como os agrupamentos como a ASEAN ea União Europeia têm "fortemente apoiado a medida que é essencial para o fortalecimento da aliança militar EUA-Japão".

Imagem
Um grupo de ilhas em disputa, Uotsuri ilha (em cima), Minamikojima (inferior) e Kitakojima, conhecido como Senkaku no Japão e Diaoyu na China é visto no Mar da China Oriental.

História relacionada

papel de defesa do Japão diz ações China em águas disputadas ascender a 'fato consumado

Mas o que é deixado de mencionar é a oposição à lei da China e da Coreia do Sul, onde as ações do Japão durante a Segunda Guerra Mundial ainda irritar.

O jornal adianta que US aliança militar -Japão é a pedra angular da segurança do Japão, e a presença militar americana no Japão contribui para a defesa do país, e age como uma forma de dissuasão contra ameaças externas.

Mas também observou que o estacionamento de tropas norte-americanas nas ilhas de Okinawa do sul têm causado transtornos para os moradores lá.

Moradores foram vocal contra uma onda de crimes envolvendo oficiais dos EUA, que em sua maioria envolvidos álcool ao volante. Mas o estupro e assassinato de uma mulher de Okinawa 20 anos de idade, em maio deste ano, supostamente por um trabalhador de base civil norte-americano, tinha reacendeu raiva.

"O Japão planeja fazer novos esforços para conseguir a substituição e retorno de Marine Corps Air Station Futenma mais cedo possível, e para mitigar o impacto sobre Okinawa de forma rápida", disse o papel branco.

No mês passado, o governo nacional processou Okinawa sobre a proposta disputada - partindo de uma trégua mediada pelo tribunal que foi alcançado em março.

A recuperação de terra necessária para a nova base exige a aprovação pelo governador Okinawa,Takeshi Onaga rescindiu a aprovação concedida pelo seu antecessor e ambas as partes têm sido envolvido em uma amarga batalha legal.

Os moradores locais se amotinaram contra o plano como recentemente, em 22 de Julho, com cerca de 500 a tropa de choque enfrentando 100 manifestantes virada sobre a poluição sonora e do potencial impacto ambiental.

Enquanto isso, o orçamento de defesa do Japão para o ano fiscal 2016 aumentou marginalmente em 0,8 por cento, para 4,86 trilhões de ienes (US$ 63,7 bilhões), devido aos custos de novo equipamento militar e custos envolvidos na hospedagem de tropas norte-americanas em bases no Japão.

Mas o papel branco também observou que o orçamento de defesa do Japão apenas aumentou 1,01 vezes ao longo da última década, o que é mais baixa do que os Estados Unidos (1,15 vezes), Austrália (1,68 vezes), Coreia do Sul (1,72 vezes), China (3,4 vezes ) e da Rússia (4,62 vezes).

O jornal também disse que vai promover o emprego de soldados do sexo feminino na SDF, e rever as restrições que cercam a sua implantação em papéis tais como pilotar aeronaves de patrulha e helicópteros de ataque marítimo.

http://www.straitstimes.com/asia/east-a ... hite-paper




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Re: japão

#408 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 02, 2016 8:03 am

Japan hypes up "China threat" in defense white paper
Xinhua 2016-08-02 1

TOKYO, Aug. 2 (Xinhua) -- The Japanese government approved a defense white paper for 2016 on Tuesday, summarizing Japan's defense policy changes while smearing China's normal maritime activities to justify Japan's own militarization.

The annual document came after an ad hoc arbitral tribunal with judges mostly picked by Shunji Yanai, a Japanese right-winger, issued a biased and illegal award over the South China Sea dispute.

The Philippines unilaterally filed an arbitration case against China at the tribunal over the South China Sea in 2013.

China has dismissed the ill-founded ruling as "null and void with no binding force."

In the 480-page white paper, Japan devoted some 30 pages making irresponsible remarks on China's national defense and China's normal and legal maritime activities in the East and South China Seas.

Analysts here believe that by playing up the so-called "China threat," the government of Prime Minister Shinzo Abe is attempting to make excuses for amending the post-war pacifist constitution and building up Japan's military.

The white paper also covers Japan's defense policies and changes in defense strategy since last July, including Japan's ever-rising military spending, its enforcement of the new National Defense Program Guidelines, and its attempts to promote arms sales.

It devoted a special chapter to the highly controversial security law that had been steamrolled through the parliament in March by the Abe administration.

It claimed the legislation "safeguards Japan's peace and security" and "international community spoke highly of the security laws," ignoring the fact that the majority of legal experts in the country regarded the security laws as unconstitutional and hundreds of thousands of people have rallied against the laws.

The white paper also stressed the importance of Japan-U.S. military alliance. Regarding the planned relocation of the U.S. air base in Okinawa, the document said relocation to Henoko within the prefecture is the only solution, despite the strong wish of Okinawans to move the base out of the island.

The document also listed other security "concerns," such as those from the Democratic People's Republic of Korea's missile and nuclear programs.

Japan released its first white paper on defense in 1970 and has been compiling new versions annually since 1976.

http://news.xinhuanet.com/english/2016- ... 557825.htm




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Re: japão

#409 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 03, 2016 10:33 am

Reforma no Japão: ministra nacionalista assume pasta da Defesa

03. Agosto 2016 - 12:24
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Tomomi Inada atende a jornalistas em Tóquio

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em posição cômoda após a recente eleição para o Senado, anunciou uma reforma em seu governo, com a permanência de seus homens-chave e a designação de uma mulher nacionalista para o ministério da Defesa, um fato excepcional.

Desde que retornou ao poder no final de 2012, após um primeiro mandato frustrado em 2006-2007, o Partido Liberal Democrata (PLD) de Abe venceu todas as eleições importantes e adotou uma linha de direita, que permanece e é reforçada a cada reconfiguração do governo.

Abe anunciou a permanência do ministro das Finanças e vice-premier Taro Aso, assim como de Fumio Kishida nas Relações Exteriores e do secretário-geral Yoshihide Suga, porta-voz do governo.

Os ministros representam o trio mais importante de seu governo há três anos.

A mudança mais notável é a nomeação para a Defesa, onde sai Gen Nakatani e entra a muito conservadora Tomomi Inada, que foi ministra da Reforma Administrativa em um governo precedente de Abe.

Apenas uma mulher havia sido a titular do ministério da Defesa no Japão: Yuriko Koike (eleita governadora de Tóquio no domingo), mas por apenas algumas semanas em 2007.

Inada, advogada formada pela Universidade de Waseda, deve acompanhar a aplicação concreta da nova interpretação de uma parte da Constituição, possibilitada por recentes leis de defesa e segurança desejadas por Abe e que reforçam as prerrogativas das Forças Armadas japonesas no exterior.

Ela assume o ministério poucas horas depois do lançamento de um míssil norte-coreano, que caiu no Mar do Japão. Além disso, Tóquio reiterou oficialmente na terça-feira a inquietação com as iniciativas de China, que realiza uma política de fatos consumados ao decretar de forma unilateral sua soberania em grandes zonas marítimas da Ásia.

Eleita deputada pela primeira vez em 2005, Inada, de 57 anos, não é bem vista pela China porque visita regularmente o santuário Yasukuni de Tóquio, para irritação de chineses e coreanos, que consideram o santuário xintoísta um símbolo do passado imperialista nipônico.

Yasukuni honra as almas de 2,5 milhões de mortos, incluindo 14 criminosos de guerra condenados pelos Aliados depois da Segunda Guerra Mundial.

Inada tem por meta "defender as tradições e a criatividade japonesas para fazer do Japão um grande país da moral".

Abe também manteve em sua equipe o ministro da Revitalização Econômica, Nobuteru Ishihara, o titular de Assuntos Internos, Sanae Takaichi, e o ministro da Saúde, Yasuhisa Shiozaki.

No ministério da Economia, Comércio e Indústria (Mertu) assume Hiroshige Sejo.

Com a reforma, Abe pretende concentrar o governo na recuperação econômica do país - o Executivo confirmou na terça-feira um plano de 273 bilhões de dólares -, que segue afetado pela deflação há duas décadas.

Ao mesmo tempo, o premier tem grandes ambições nas áreas diplomática e de defesa, com o objetivo final de reformar a Constituição pacifista imposta pelos Estados Unidos, que ocupou o Japão entre 1945 e 1952.

http://www.swissinfo.ch/por/reforma-no- ... a/42348858




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Re: japão

#410 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 03, 2016 10:40 am

Pequim ataca Tóquio pela crítica de assuntos internos da China

A China atacou o Japão nesta quarta (3) pela crítica de suas atividades no mar do Sul da China, que a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, chamou de assunto interno do país.

O Japão apresentou seu Livro Branco anual sobre defesa, onde Tóquio criticou as patrulhas da China na região em disputa.

"O novo livro branco do Japão na área da defesa faz acusações infundadas contra as atividades defensivas e militares da China e interferiu nos assuntos internos da China", afirmou Hua.

A porta-voz disse que Pequim ficou "fortemente insatisfeito" com as reivindicações do Japão e "apresentou uma declaração solene de protesto" ao lado japonês. Ela reiterou que a China nunca vai concordar com a decisão de Haia e continuará patrulhando suas águas territoriais.

Em 12 de julho, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia determinou que Pequim não tem "direitos históricos" sobre os territórios em disputa no mar do Sul da China. As autoridades chinesas, no entanto, rejeitam a jurisdição de Haia para resolver a questão, e anunciaram que vão ignorar a decisão do tribunal.

Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns deles, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China em relação a uma série de territórios no mar do Sul da China no Tribunal Internacional do Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.

O Livro Branco, ou Relatório Branco, é um documento oficial publicado por um governo ou uma organização internacional a fim de servir de informe ou guia sobre algum problema e a forma como enfrentá-lo. Também pode ser um informe governamental que descreve uma política, geralmente de longo prazo.
http://www.youtube.com/watch?v=4h_KEi2B ... e=youtu.be




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#411 Mensagem por akivrx78 » Sáb Ago 06, 2016 8:16 am

China critica duramente ministra do Japão por se esquivar de perguntas sobre massacre de Nanjing

Economia19 horas atrás
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Nova ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada © Reuters. Nova ministra da Defesa do Japão, Tomomi Inada

PEQUIM (Reuters) - A China acusou a nova ministra da Defesa do Japão nesta sexta-feira de distorcer levianamente a história depois que ela se recusou a dizer se tropas japonesas massacraram civis na China durante a Segunda Guerra Mundial.

Tomomi Inada, parlamentar de 57 anos conhecida por sua interpretação revisionista das ações do Japão nos tempos da guerra, assumiu o cargo na quinta-feira e se esquivou repetidamente durante um briefing à imprensa quando lhe indagaram se ela repudiava as atrocidades japonesas.

A China lembra constantemente seu povo do massacre de 1937, no qual afirma que soldados japoneses mataram 300 mil pessoas em sua capital de então.

Um tribunal pós-guerra dos Aliados estimou o saldo de mortes em 142 mil, mas alguns políticos e estudiosos japoneses conservadores negam que o massacre tenha acontecido.

Em um comunicado publicado em seu microblog, o Ministério da Defesa chinês expressou "indignação" com os comentários de Inada e disse haver indícios irrefutáveis do massacre de Nanjing.

"Sua negação clara de... fatos é simplesmente uma tentativa de acobertar o histórico de agressões do Japão e desafiar a ordem internacional ressuscitando o militarismo", afirmou o ministério.

Na quinta-feira, Inada disse aos repórteres que se as ações de guerra do Japão devem ou não ser descritas como uma invasão "depende do ponto de vista da pessoa" e acrescentou não achar "apropriado" comentar o assunto.

(Por Michael Martina; reportagem adicional de Tim (SA:TIMP3) Kelly e Nobuhiro Kubo, em Tóquio)
http://br.investing.com/news/economy-ne ... ing-196198




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Re: japão

#412 Mensagem por akivrx78 » Sáb Ago 06, 2016 8:41 am

Trump fala em compromisso de 'mão-dupla' com nações protegidas pelos EUA

05. Agosto 2016 - 23:01

O candidato à Casa Branca, Donald Trump, em Ashburn, no dia 2 de agosto de 2016

O candidato à Casa Branca, Donald Trump, atacou o Japão, aliado americano, nesta sexta-feira (5), expressando sua frustração sobre Washington defender a nação asiática, mas se os Estados Unidos forem atacados, os japoneses podem "sentar em casa e ver sua televisão Sony".

O nomeado candidato Republicano lançou o ataque durante um discurso em Iowa, onde retomou suas críticas aos países que não utilizam seu "peso" em termos de contribuição financeira à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e aos países como Japão e Coreia do Sul que recebem a proteção dos EUA.

"Vocês sabem que temos um tratado com o Japão, onde se o Japão for atacado, nós temos que usar toda a força dos Estados Unidos", disse Trump.

"Se formos atacados, o Japão não tem que fazer nada. Eles podem sentar em casa e ver sua televisão Sony, certo?".

Trump acrescentou que os Estados Unidos protegem o Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Arábia Saudita e outras nações, e "eles não pagam nada perto de quanto isso custa".

"Eles tem que pagar. Porque isso não é há 40 anos", adicionou.

"Isso tem que ser uma via de mão-dupla".

A aliança do Japão com Washington tem sido a base de sua defesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e o país ainda abriga 47.000 tropas americanas.

Trump mexeu com a preocupação internacional em abril ao assinalar que os Estados-membros da Otan deveriam começar a pagar uma "fatia justa", e que o Japão e a Coreia do Sul deveriam estar preparados para se armarem a fim de impedir uma ameaça da Coreia do Norte.

"Pode ser que o Japão tenha que se defender contra a Coreia do Norte", disse Trump nesta sexta-feira.

"Vocês sempre tem que estar preparados para andar", disse Trump sobre conseguir aliados que carreguem seu peso financeiro.

"Eu não penso que nós iremos andar, eu não penso que isso será necessário. Embora possa ser".

http://www.swissinfo.ch/por/trump-fala- ... a/42355818
Para mim ele é inteligente o Japão arca com cerca de 120% dos custos dos americanos instalados em seu território em 2016 foi US$10 Bilhões de dólares, a Coreia do Sul é outro assunto eles pagam menos de US$2 Bilhões por ano.

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Se os tais aliados tiverem de ampliar seus gastos quem vai faturar com isto?




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Re: japão

#413 Mensagem por akivrx78 » Seg Ago 08, 2016 5:48 am

Japan's Chinese dilemma
Jonathan Eyal
11 hours ago

While Japan is clearly determined to stand up to China, the Japanese appear uncertain in managing their strategic competition with the Chinese, lacking both a coherent plan and national consensus.

LONDON • Fresh from his fourth straight national election victory, Japanese Prime Minister Shinzo Abe now enjoys the most solid political backing of any leader in his country's post-war history; his party dominates both Houses of Parliament, opposition parties are in complete disarray, and no other politician enjoys a higher personal approval rating than him.

So it was predictable that, with the electoral hurdles safely behind him, Mr Abe should turn his attention to the one topic which, after the economy, he cares most about: that of fixing Japan's military and amending its security posture.

In quick order, Tokyo issued a new defence White Paper which identifies the "growing assertiveness" of China as Japan's most serious challenge. Mr Abe also appointed a hard-line lawmaker famous for her revisionist views of Japan's wartime actions as his new defence minister. And if this was not enough, he reiterated his determination to use the crushing parliamentary majority he now enjoys to remove from Japan's Constitution provisions which restrict his ability to deploy or use military force.

China's response was equally predictable: Beijing expressed "strong dissatisfaction" with and "resolute opposition" to Japan's defence White Paper, and slammed its new defence minister for "recklessly misrepresenting history".

But much of this reaction is exaggerated, for the reality remains that, while Japan is clearly determined to stand up to China, the Japanese are still fumbling into a strategic competition with the Chinese which they seem to scarcely comprehend, and on which Mr Abe still does not enjoy the necessary political consensus inside Japan.

The scale of Japan's rearmament ambitions is no longer in doubt. The country is already America's biggest and closest technological partner on missile defence. Japanese pilots will begin flying the new F-35 stealth jets by the end of this year, the first in an estimated batch of 42 which will give Japan a long sought-after ground attack capability. Meanwhile, the Japanese are already operating the 19,500-ton Izumo, a ship they coyly classify for political reasons as a "destroyer" despite the fact that it has a 250m-long flight deck which makes it look suspiciously like an aircraft carrier. Also, the Japanese navy will be commissioning an identical ship by March next year.

In sheer numbers, however, Japan's military remains puny in comparison to that of its potential rival; it has only 243,000 soldiers, a tenth of China's. Japan also has less than a third of the Chinese air force's inventory. At every level, therefore, the Japanese seek to compensate for quantity with quality. And, for the moment, they have succeeded. For, despite all their sabre-rattling over the disputed Senkaku/Diaoyu islands, military planners in Beijing know that the Chinese navy is still no match for that of Japan.

Still, as Soviet dictator Joseph Stalin once memorably put it: "Although quality is always preferable to quantity, quantity has a quality all of its own." Even if Japan's technological lead is sustained, the sheer size of the Chinese military means that, sooner rather than later, Japan will be relegated to a marginal and subsidiary position in Asia, always inferior to that of China.

TOKYO IN DENIAL?

Adapting to this inferior position will ultimately require a huge psychological change in Japan's thinking and actions, and there is no indication that the process of adaptation is even contemplated in Tokyo. For largely understandable diplomatic reasons, the latest Japanese defence White Paper says virtually nothing on the topic. But even in private, Japanese leaders and strategic thinkers prefer to find every excuse to avoid answering this bigger question.

Some military planners just wish to concentrate on what they believe is an imminent threat of a Chinese seizure of some Japanese-owned disputed islands, something which could inflict a catastrophic psychological blow on Japan, and could even discredit the Japanese-US military alliance. Meanwhile, Japanese politicians expect the rest of the world to come up with a grand strategy to contain China. And too many people in Tokyo seem to hold on to the dream that Japan would ultimately be saved by the eruption of troubles inside China which will prevent that giant from throwing its weight around the region.

Japan is hardly the only country gasping - and often in vain - for a policy of dealing with China which is both feasible and logical and stands a chance of being effective; many other nations are in a similar position. But the dilemma is more acute and more urgent for Japan, and its politicians' ability to engage in spurious arguments as a sort of "displacement therapy" for dealing with realities is second to none.

One such irrelevant dispute is about the need to change Japan's post-war Constitution in order to remove restrictions on the country's use of military force; Mr Abe has long argued that this is an essential part of Japan's renewed defence strategy, and the latest defence White Paper devotes an entire chapter to this topic, for the first time ever.

But as every decision-maker in Tokyo knows, no such constitutional amendment is likely, and none is required either. For although Mr Abe has the necessary parliamentary majority to start the amendment process, the Komeito party which is part of his coalition does not agree with him on what bits of the Constitution need changing.

Nor do the majority of the Japanese public, many of whom are still attached to the "peaceful" provisions of their Constitution. But although that does place some restrictions on the way Japan can dispatch its troops to help its allies in a future confrontation, the Constitution itself still allows the Japanese government plenty of scope to defend the nation.

For, as the Germans, who also laboured under the same apprehensions about their own "peaceful Constitution", discovered, when a national consensus exists, constitutional provisions can be neatly re-interpreted in ways which favour national security without the need for a formal legal amendment process. And that's already happened in Japan, whose Constitution decrees that "land, sea and air forces, as well as other war potential, will never be maintained" - but that has not prevented the country from having all of these.

REGIONAL ALLIANCES

Japan's salvation from its current security predicament lies in forging alliances with like-minded countries - not in order to contain China as such, but in order to increase the risk which Chinese decision-makers will have to face if they were to consider any showdown which upsets the regional strategic balance.

The Japanese have done rather well in this respect. They have strengthened their alliance with the United States, and expanded security links with India, Australia and many Asean nations. They have even improved security links with South Korea, partly because of Seoul's own disappointment with Chinese regional behaviour, but also because of North Korea's continued belligerence.

Still, Japan's peculiar inability or unwillingness to settle historic disputes over the country's World War II record continues to plague its global coalition efforts. There is no silver bullet to rip through the tangle of historic, political, legal and emotional disputes with China and South Korea over Japan's brutal colonial rule, its ghastly massacres or the exploitation of slave labour and the so-called "comfort women".

The Japanese are also partially right in arguing that they have often apologised for these episodes, and that many of these disputes are being kept alive merely because it suits other nations to do so.

Nevertheless, was it really wise of Japan to appoint now a new defence minister who is not only famous for doubting the reality of these wartime episodes but also questions the legal basis of the international tribunal which in 1945 passed judgment on key Japanese war criminals?

The row over the new minister erupted last week on the very same day that a Japan-funded "comfort women" foundation was launched in South Korea in a bid to resolve the issue that has poisoned relations between the two nations for decades. Thus, another opportunity for reconciliation gave way to another day of rancour.

The strategic challenge facing Japan is not in doubt; the flotilla of more than 200 Chinese "fishermen" vessels accompanied by Chinese coastguard ships which deliberately strayed into disputed waters near Japan over the weekend are a perfect reminder of what is at stake, and how a conflict between the two nations can flare up in an instant.

Yet despite all its defence white papers, Japan is some way off deciding what it can or should do about its security challenges. And Mr Abe has yet to forge the necessary national agreement on this matter, a consensus based not on fighting the demons of the past, but on an adequate preparation for the threats of the future.

http://www.straitstimes.com/opinion/jap ... se-dilemma




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Re: japão

#414 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 09, 2016 9:20 am

Será que o Japão mudará a Constituição para permitir a aposentadoria do imperador?

The New York Times Jonathan Soble
Em Tóquio (Japão)
09/08/201606h00
Imagem
Era uma espécie de segredo aberto no Japão o fato de o imperador Akihito desejar um privilégio que a maioria das pessoas tem como certo: aos 82 anos, ele quer se aposentar. A pergunta é se os japoneses e seus líderes eleitos permitirão.

Em um discurso extraordinário televisionado na segunda-feira, o popular imperador falou publicamente sobre a questão pela primeira vez. Apesar de suas palavras terem sido caracteristicamente vagas (ele discutiu sua idade, sua agenda diária rigorosa e o que chamou de limitações físicas cada vez maiores), a mensagem foi clara.

"Quando considero que minha forma física está gradualmente declinando, temo que possa se tornar difícil para mim exercer meus deveres como símbolo do Estado com todo meu ser, como tenho feito até agora", disse o imperador em um discurso pré-gravado que durou cerca de 10 minutos e foi transmitido por múltiplas emissoras de televisão japonesas.

Se Akihito abdicar, a ação poderia redefinir a família real do Japão, a monarquia hereditária mais antiga do mundo. Apesar de o imperador agora só ter poder simbólico, uma abdicação também poderia ressuscitar uma questão contenciosa no Japão: o debate sobre permitir que uma mulher ocupe o trono.

Noticiado primeiro em grandes manchetes pela imprensa japonesa em julho, Akihito, que já passou por tratamento para câncer e problemas cardíacos, deseja passar o título ao seu filho, o príncipe herdeiro Naruhito, 56 anos. Naruhito tem o mesmo comportamento discreto de seu pai e, segundo todas as indicações, deseja manter a monarquia apolítica.

Mas a lei japonesa, que diz que o imperador deve servir até a morte, não prevê uma abdicação. O Parlamento teria que mudar a lei para que Akihito abdicasse ao Trono de Crisântemo, que é mantido por sua família há quase 2.700 anos, segundo a genealogia oficial.

Os imperadores japoneses definem as eras no país. Seu calendário singular se baseia em seus reinados: 2016 é expressado como 28º ano de Akihito no trono, e quando seu sucessor assumir, a data reiniciará como Ano Um.

O pai de Akihito, Hirohito, morreu em 1989, no 64º ano de seu reinado, quando tanto a Guerra Fria quanto o boom econômico do Japão chegavam ao fim, intensificando o senso de mudança histórica.

Akihito tem pedido ao Parlamento para mudar as regras, apesar de poder apenas fazê-lo de forma indireta. Seu circunlóquio visa evitar parecer estar interferindo na política, o que é proibido aos imperadores japoneses desde a derrota do país na Segunda Guerra, travada em nome de Hirohito.

Após a guerra, Hirohito chocou seus súditos ao declarar que não era um Deus, derrubando décadas de propaganda do governo e séculos de uma tradição mantida livremente. Uma nova Constituição, imposta pelos vitoriosos Estados Unidos, o destituiu do poder político e relegou a monarquia a um papel puramente cerimonial.

Se o Parlamento atender o desejo de Akihito de abdicar, seria a maior transformação da monarquia japonesa desde a guerra.

http://noticias.uol.com.br/internaciona ... mitira.htm




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Re: japão

#415 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 10, 2016 7:27 pm

'Japão segue política contraditória e pode tornar-se potência nuclear'

10.08.2016

O perfeito da cidade japonesa de Nagasaki criticou o governo japonês por este expressar apoio às forças de contenção nuclear dos EUA, apelando para criar um zona livre de armas nucleares na Ásia do Nordeste.

"O governo japonês, apoiando de um lado a eliminação das armas nucleares, por outro lado, mostra uma posição de dependência em relação às armas de contenção nuclear", disse o perfeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, ao ler a declaração de paz em comemoração ao 71º aniversário dos bombardeamentos de Nagasaki.

O perfeito de Nagasaki ecoou a ideia expressa pelo perfeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, somente três dias atrás, disse o chefe do Centro de Estudos Japoneses do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, Valery Kistanov, em declarações à Sputnik Japão.

"Entretanto, o perfeito de Nagasaki expressou-se de forma mais dura em relação a este assunto. <…> o governo japonês e os políticos japoneses apresentam o Japão como o único país em todo o mundo que sofreu um bombardeamento nuclear. Tendo isso em conta, o Japão pretende ser um líder do movimento pela desnuclearização, mas não abdica do guarda-chuva nuclear", disse o especialista.

Para remover esta controvérsia, o perfeito de Nagasaki propôs ao governo japonês fixar na lei três princípios de desnuclearização: não ter, não produzir e não importar armas nucleares.

"É uma proposta razoável. Esta ideia de assumir a responsabilidade de três princípios nucleares <…> é boa em si mesmo. Entretanto, é possível tanto assumir voluntariamente como desistir deles. Isso, por exemplo, aconteceu com os princípios de não exportar armas assumido pelo Japão. Hoje Tóquio já desistiu deles <…>".

Na opinião de Kistanov isso mostra que, dentro de algum tempo, o Japão pode da mesma forma desistir dos princípios de desnuclearização. Vários analistas já disseram que o Japão está desenvolvendo um potencial de sombra que permite acumular materiais nucleares. Segundo o especialista, numa das reuniões do Comitê para a Desnuclearização da ONU um representante chinês acusou o Japão de possuir 10,8 toneladas de plutônio, o que é suficiente para equipar 1.350 ogivas nucleares.

Kistanov afirmou que, naquela altura, o representante japonês disse que o país não tem planos de desenvolver armas nucleares. Entretanto, a nova ministra de Defesa japonesa afirmou que no futuro a situação pode alterar-se.

"Estas declarações provocaram protestos não somente na China, mas também na Coreia do Sul. Assim, há uma certa contradição em relação a estes três princípios de desnuclearização".

Na opinião do especialista, é pouco provável que o Japão possa fixar estes princípios na lei.

"No Nordeste Asiático podemos observar uma corrida armamentista. O efeito mais negativo sobre a situação na região é a instalação na Coreia do Sul de sistemas de defesa antiaérea, capazes de abater mísseis na atmosfera, bem como no espaço. <…> há rumores de que há uma hipótese de instalar estes sistema norte-americano no Japão", afirmou o especialista acrescentando que tudo isso contradiz o desejo de Tóquio de ser um país sem armas nucleares.




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Re: japão

#416 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 10, 2016 7:30 pm

Japão admite instalar sistema antimísseis por causa de Pyongyang

O líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un

Coreia do Norte realizou vários lançamentos de mísseis de longo, médio e curto alcance desde o início do ano

O Ministério de Defesa do Japão está a estudar adotar o sistema antimísseis norte-americano THAAD, que Seul e Washington deverão instalar em 2017 em território sul-coreano, em resposta aos continuados testes de lançamento de mísseis do regime norte-coreano.

O Japão está a avaliar a possibilidade de implantar o Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) como parte do seu plano para melhorar o sistema de intercetação de mísseis", informou hoje a estação pública japonesa NHK.

A Defesa tinha previsto pedir um reforço de verbas para esta operação no próximo ano, mas decidiu destinar parte do segundo orçamento suplementar do corrente ano fiscal para este fim, explicou a estação japonesa.

O Ministério da Defesa decidiu adiantar o programa porque considera que a Coreia do Norte representa uma grave ameaça para a segurança nacional do Japão.

Pyongyang realizou vários lançamentos de mísseis de longo, médio e curto alcance desde o início do ano.

Após o quarto ensaio nuclear norte-coreano, a 06 de janeiro, seguido, a 07 de fevereiro, do lançamento de um 'rocket', considerado o ensaio disfarçado de um míssil de longo alcance, o Conselho de Segurança da ONU adotou sanções mais pesadas a Pyongyang.

Já na semana passada, a 05 de agosto, a Coreia do Norte disparou dois mísseis de médio alcance, um dos quais caiu a 250 quilómetros da costa japonesa e em águas da zona económica especial (ZEE), o mar patrimonial do Japão.

O primeiro impacto em 18 anos de um projétil norte-coreano em aguas da ZEE do Japão gerou fortes protestos de Tóquio, que considerou haver ameaça à segurança das suas atividades marítima e aeronáuticas.

Alguns dos testes realizados por Pyongyang nos últimos meses foram levados a cabo a partir de plataformas de lançamento móvel (TEL) que, no caso de serem desenvolvidas com êxito, ampliariam as suas capacidades de ataque ao dificultar a deteção dos projéteis.

http://www.dn.pt/mundo/interior/japao-a ... 31030.html




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Re: japão

#417 Mensagem por akivrx78 » Dom Ago 14, 2016 8:30 pm

A mulher que venceu os homens que a acusam de usar maquilhagem

14.08.2016 às 17h00
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Nesta cidade há um “avançado modernismo e um entrosado tradicionalismo” - os homens sempre mandaram. “Não podemos deixar Tóquio nas mãos de uma mulher que usa demasiada maquilhagem”, diz um deles. Mas há uma mulher que que os venceu politicamente - e que vai mandar no que alguns deles sempre acharam que nunca seria governado por uma ela. Portugueses e japoneses que lá vivem contam-nos tudo

Mariana Lima Cunha

Facto relevante para entendermos a dimensão política e social da prosa que há de vir: Tóquio, que vai receber em 2020 os próximos Jogos Olímpicos, é a cidade com maior PIB do mundo – e quando comparada com países inteiros, fica abaixo de apenas 11 (sendo que a sua economia vale mais que a de países como a Austrália e a Coreia do Sul). A mulher eleita para liderá-la - até aqui, Tóquio foi sempre dirigida por homens - tem um currículo à altura e uma vitória política relevante para justificar a esperança que ela própria anuncia a uma cidade que há muito desconfia dos seus governantes: Yuriko Koike sabe falar inglês e árabe de forma fluente, estudou no Egipto e foi jornalista antes de ser seduzida pela política - e ganhou estas eleições por uma margem de quase um milhão de votos para o maior rival, apesar de não ter o apoio do seu próprio partido.

É por todas estas razões – e ainda outras, mas já lá vamos – que o nome de Yuriko Koike chegou aos jornais de todo o mundo - e também por ser a primeira mulher a liderar a cidade. A nova governadora de Tóquio, eleita com 2,9 milhões de votos (batendo assim 21 concorrentes ao mesmo posto), tem uma herança difícil: desde 2012, a cidade já teve quatro governadores e os últimos dois demitiram-se por suspeitas de gestão danosa e corrupção.

“Vou governar Tóquio de uma forma sem precedentes, como uma Tóquio que nunca viram”, prometeu a nova governadora no seu discurso de vitória. André Moreira, designer de jogos de vídeo a viver em Tóquio há cinco anos, explica ao Expresso que a promessa é mesmo aquilo de que os japoneses precisam: “Os recentes escândalos financeiros com os anteriores governadores da cidade podem ter levado os japoneses a tentar um novo rumo. Yuriko Koike pode ter transmitido segurança aos japoneses de que iria praticar uma política limpa”.

Um currículo original

Apesar do passado como jornalista, tradutora e intérprete – Yuriko estudou na Universidade Americana do Cairo e foi lá que tirou o curso de Sociologia e aprendeu árabe antes de voltar ao Japão –, não é uma estranha no mundo da política. Ministra do Ambiente entre 2003 e 2005, mediatizou a sua campanha “Cool Biz”, em que propunha aos homens deixarem de vestir fato e gravata para trabalhar no verão de forma a poupar no ar condicionado.

A mais recente experiência de governação aconteceu em 2007, quando se tornou a primeira ministra da Defesa no feminino noutro Governo do atual primeiro-ministro, Shinzo Abe, para substituir o antecessor Fumio Kumya, depois de este ter sugerido que os ataques nucleares ao Japão no final da segunda guerra mundial teriam sido inevitáveis. Mas a experiência foi curta – Koike só segurou o cargo durante um mês, acabando por se demitir para assumir as responsabilidades por uma fuga de informação na Marinha japonesa.

João Ponces de Carvalho, professor universitário de Cinema que vive no Japão, onde constituiu família, sublinha que a experiência foi de facto “muito efémera” e que “a experiência no Governo não é nada parecida com a gestão de uma autarquia ou de uma zona metropolitana gigantesca como Tóquio”.

A falta de experiência neste tipo de cargos e a recusa do seu próprio partido, o Partido Liberal Democrata de Shinzo Abe, em apoiá-la pareciam ser grandes obstáculos para Koike e foram ultrapassados. Agora, do Japão chegam avisos de que Koike pode ter vencido uma batalha, mas deve sarar as feridas que ficaram. Sayuri Daimon, editor do “The Japan Times”, explica ao Expresso que “no seu primeiro dia [segunda-feira], Koike visitou os gabinetes dos membros do partido para os cumprimentar, mas apenas três deles apareceram para a saudar. Será importante estabelecer um canal de diálogo com eles para poder trabalhar sem percalços”.

Da mesma opinião é Masaru Kohno, professor de Ciência Política na Universidade de Waseda. “Fazer as pazes com os membros da assembleia da prefeitura de Tóquio do seu partido vai ser a primeira e mais desafiante tarefa dos próximos tempos. Não se sabe neste momento se ela vai adotar uma postura mais dura ou conciliadora, mas tem de forjar uma boa relação com eles para o seu mandato.” O professor acrescenta que o facto de não ter tido apoio do partido poderá ter sido precisamente um trunfo para Koike – “os últimos dois governadores, ambos apoiados pelo partido, falharam, e por causa disso qualquer candidato apoiado pelos liberais democratas teria menos hipóteses”. Foi o caso do segundo concorrente ao cargo, Hiroya Masuda, que deu a cara pelo partido e reuniu 1,8 milhões de votos; já o terceiro, o jornalista Shuntaro Torigoe, conseguiu 1,3 milhões de apoiantes (“simplesmente faltavam-lhe ideias políticas”, considera Kohno).

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Maquilhagem

O académico acrescenta que o facto de Yuriko ter sido eleita não deve levar a grandes euforias – “não é como Hillary Clinton tornar-se a mais poderosa líder do mais poderoso país do mundo”. Mas nem toda a gente está de acordo. Depois de Koike ter feito uma campanha em que referiu símbolos femininos como Joana d’Arc e prometeu legislação centrada na igualdade de género para que em Tóquio “tanto homens como mulheres possam brilhar”, está a ser vista como a esperança das mulheres numa sociedade que André Moreira descreve como “muito machista”.

“O Japão é um país com duas facetas marcadas: um avançado modernismo e um entrosado tradicionalismo, que não se coaduna de forma nenhuma com a primeira. O papel da mulher na sociedade ainda é visto com grandes reservas”, explica João Ponces de Carvalho. “Mas a realidade é que os seus opositores e mesmo muitos eleitores veem-na como um homem de saias e dizem que é muito mais terrível e inflexível do que um homem”.

Os ataques começaram por chegar mesmo do próprio partido, nomeadamente da boca do antigo governador da capital: “Não podemos deixar Tóquio nas mãos de uma mulher que usa demasiada maquilhagem”. O comentário, repudiado pelos apoiantes de Koike, mereceu apenas uma resposta da candidata que diz admirar políticas como Hillary Clinton ou Margaret Thatcher: “Já estou habituada”.

A arquiteta Ana Silva Menino, portuguesa a viver em Zurique e que morou durante quase um ano em Tóquio (onde tenciona regressar, “sem dúvida”), cedo se apercebeu das desigualdades de género que ali se vivem: “Algo em que reparei imediatamente foi a escassez de mulheres no mercado de trabalho. Não só no Japão mas como um pouco por toda a Ásia, é ainda bastante patente o papel da mulher enquanto doméstica e mãe”.

As promessas de Koike não se referem apenas às mulheres – ela diz querer uma sociedade mais igual também entre os vários grupos sociais e apoio para os mais velhos. André Moreira explica que “as mulheres têm uma forte esperança nas decisões de Yuriko Koike”. “Existe uma grande vontade de querer que o país melhore a nível das condições para a criação de crianças, pois a população está cada vez mais envelhecida - e devido a esse mesmo facto, o apoio aos idosos também se torna num ponto indispensável daqui para a frente”.

Rigor e coerência, o lema dos próximos quatro anos

As palavras de ordem de Yuriko, assegura a arquiteta portuguesa, são “rigor e coerência” e poderão ser importantes para enfrentar não só os escândalos financeiros que afligem a cidade como o grande desafio dos próximos quatro anos: a realização dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio, até agora envolta em polémica. Ana Menino pertencia ao escritório que ganhou o segundo concurso para a construção do estádio polémico – o primeiro, da arquiteta Zaha Hadid (que faleceu recentemente), acabou por ser rejeitado devido aos elevados custos.

Para mais, o logótipo inicial também teve de ser recusado por acusações de plágio – e as acusações de corrupção no que toca à escolha da cidade como a próxima anfitriã dos Jogos continuam.

“A derrapagem e o descontrolo de custos para o evento são assim temas fulcrais nos próximos tempos, e sinto que é esperado que Koike cumpra a promessa de liderar Tóquio de forma rigorosa e transparente”, explica a arquiteta. André Moreira partilha a mesma opinião: “Numa altura em que os Jogos Olímpicos de 2020 se aproximam, penso que também não é tempo para andar com brincadeiras financeiras que possam pôr em risco o sucesso dos mesmos, bem como a imagem do país que seria transmitida a todo o mundo”.

“Ela está agora sob imenso escrutínio para garantir que não tem esqueletos no armário. Tem de ir ao Rio de Janeiro para o início dos Jogos, por isso não vai poder começar a fazer muito para já”, explica Chris Betros, editor do “Japan Today”. Resta saber se quando voltar Yuriko vai cumprir as promessas que fez aos japoneses – e cumprir, ao contrário dos seus antecessores, o mandato até ao verão dos próximos Jogos Olímpicos.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... aquilhagem
Sobre o escândalo de 2007 foi sobre o oficial da marinha japonesa que era casado com uma chinesa e vendeu dados sigilosos do sistema Aegis para o governo chinês.




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Re: japão

#418 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 17, 2016 8:32 pm

Biden reacende discussões sobre armas nucleares e Forças Armadas no Japão

Uma declaração do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que os EUA "escreveram a Constituição do Japão para dizer…

Uma declaração do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que os EUA “escreveram a Constituição do Japão para dizer que eles não podem ser uma potência nuclear” recebeu atenção no Japão, onde possíveis mudanças na Carta sobre o tema são discutidas. Biden usou a frase na segunda-feira na Pensilvânia, durante um discurso no qual criticou o candidato republicano à presidência, Donald Trump.

Em entrevistas, Trump sugeriu que se o Japão se recusar a pagar mais pelo apoio à presença militar americana no leste asiático, o país pode ter de se defender sozinho sem a ajuda dos EUA – talvez até adquirindo suas próprias armas nucleares. Biden criticou a fala, dizendo que Trump encoraja outros países a desenvolverem armas nucleares. “Ele não entende que escrevemos a Constituição do Japão para dizer que eles não poderiam ser uma potência nuclear?”, questionou o vice-presidente.

A declaração foi publicada em grandes meios da imprensa do Japão. Em vários deles, foi notado que é pouco usual que uma graduada autoridade americana coloque a questão nesses termos tão francos.

A Constituição japonesa, adotada em 1947, foi escrita sob ocupação dos EUA, que começou após o fim da Segunda Guerra. Autoridades dos EUA escreveram uma versão inicial e modificaram o texto após consultas com autoridades do Japão, segundo historiadores. A Carta foi aprovada pelo Parlamento japonês.

A Constituição japonesa, porém, não menciona especificamente armas nucleares. Em seu artigo 9, a Carta diz que o país “renuncia para sempre à guerra” e diz que o Japão nunca terá forças terrestres, marítimas ou aéreas. Desde os anos 1950, o Japão tem mantido forças de autodefesa, que segundo os militares é constitucional, pois não envolve a participação em guerras.

Em 24 de junho, um porta-voz do governo japonês disse que é “impossível” que o país tenha armas nucleares. Para parlamentares conservadores, o Japão deve reescrever a Constituição. O premiê Shinzo Abe tem dito que deseja que o Parlamento comece a discutir mudanças constitucionais, mas não especificou que mudanças almeja. Fonte: Dow Jones Newswires.

http://liberal.com.br/mundo/biden-reace ... ao-419154/
A declaração dele causou uma revolta em fóruns japoneses por ter sido feita de forma direta e clara se a intenção era minimizar possíveis estragos do Trump ele acabou colaborando...




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Re: japão

#419 Mensagem por mmatuso » Qui Ago 18, 2016 11:24 am

Resumo: Trump pode ser importante para o japão sair debaixo da saia dos EUA e voltar a ser uma potência. Voltar a ser gente grande.




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Re: japão

#420 Mensagem por akivrx78 » Sex Ago 19, 2016 9:10 pm

Japão aposta em caça de combate não tripulado e maior verba para defesa

DA REUTERS
19/08/2016 12h28 - Atualizado às 12h29

O Japão pretende desenvolver o protótipo de um caça de combate por controle remoto em duas décadas com ajuda do setor privado, segundo um documento visto pela Reuters.

O plano será anunciado neste mês, quando o Ministério da Defesa também vai revelar um pedido de orçamento recorde de 5,16 trilhões de ienes, o equivalente a US$ 51 bilhões, para o ano fiscal de 2017.

A estratégia ocorre no momento em que as tensões aumentam no mar do Leste da China, e a Coreia do Norte intensifica seu lançamento de mísseis, disseram autoridades governamentais com conhecimento direto do tema.

O plano de tecnologia militar quer, primeiro, poder desenvolver uma aeronave de vigilância não-tripulada na próxima década e, dez anos mais tarde, um caça de combate por controle remoto, afirma o documento.

O aumento do orçamento em relação à verba autorizada para este ano (5,05 trilhões de ienes) assinala o quinto aumento anual sucessivo requerido pelo ministério, que está empenhado em fortalecer as defesas do Japão no momento em que Pyongyang reforça sua tecnologia de mísseis balísticos.

Imagem
Sul-coreanos assistem a lançamento de míssil norte-coreano no início do mês, em programa de TV

Porém, um analista de assuntos militares afirmou que o orçamento é insuficiente. "O clima de segurança que cerca o Japão é severo, por causa da Coreia do Norte e China", disse Takashi Kawakami, especialista em segurança na universidade Takushoku. "Eu creio que não é suficiente."

O ministério também vai alocar recursos do orçamento para compra da versão atualizada do jato de combate tático F-35, produzido pela norte-americana Lockheed Martin Corp, disse uma fonte.

A tensão na região cresceu neste mês depois que um número elevado de embarcações da guarda costeira da China e outros navios navegaram próximas de ilhas disputadas no mar do Leste da China.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016 ... fesa.shtml
http://kaito1412.wp-x.jp/wp-content/uploads/2014/10/UAV_Flying.jpg
http://blogs.c.yimg.jp/res/blog-e1-8e/ddogs38/folder/451272/20/22920420/img_4?1322416490

Sobre Uavs já era esperado por isto faz tempo, a única coisa que mudou será a inclusão da iniciativa privada para transformar estes projetos em alguma coisa realmente viável.

http://www.youtube.com/watch?v=4qRe0-IVFXU


Este da TEAD em tamanho maior seria interessante pelo sistema de propulsão híbrido, abaixo um prototipo em escala de tamanho reduzido, ele utiliza duas micro turbinas para gerar eletricidade para os 6 motores elétricos.

https://www.josys.jp/application/files/8014/6181/8079/tead01.jpghttps://www.josys.jp/application/files/1714/6181/8078/tead03.jpghttp://response.jp/imgs/thumb_h2/1046782.jpg

https://i.ytimg.com/vi/8US0Gf5rY_s/maxresdefault.jpg
http://www.aero.jaxa.jp/publication/column/0241.html
O ano passado a Jaxa testou a primeira aeronave com motor híbrido, o sistema funciona da seguinte forma para ganhar altitude se utiliza o motor a combustão e ao diminuir a altitude utilizando a velocidade e a sustentação aerodinâmica o motor entra no modo de recarga da bateria, diferente do Eua que o setor militar traz avanços científicos para a iniciativa privada no Japão a iniciativa privada avança mais rápido que alguns centros de pesquisas japoneses.




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