Fórum Defesa Brasil

$$$$ e vontade de fazer.

[]s
CB

Aí é que é: quem vai querer desenvolver um radar AEW por aqui para produzir apenas 5 undes, que é o que temos hoje?
A FAB diz que o número necessário seriam em torno de 15 aeronaves, mas é duvidoso que algum dia cheguemos sequer perto desse número. Não é impossível, mas pra lá de improvável.
Então, no final, mesmo sendo um investimento mais que interessante para nós, acaba que fica sendo algo inviável tendo em vista a (enorme) diferença entre a realidade e o desejo.
Isso inclusive impacta na nossa capacidade geral de demandar outros desenvolvimentos em termos de radares no Brasil. Só ver a quantos passos anda o radar além do horizonte que hora se está desenvolvendo. Para não falar do Scipio...

abs

FCarvalho escreveu: ↑Qua Mai 16, 2018 10:23 pm Aí é que é: quem vai querer desenvolver um radar AEW por aqui para produzir apenas 5 undes, que é o que temos hoje?
A FAB diz que o número necessário seriam em torno de 15 aeronaves, mas é duvidoso que algum dia cheguemos sequer perto desse número. Não é impossível, mas pra lá de improvável.
Então, no final, mesmo sendo um investimento mais que interessante para nós, acaba que fica sendo algo inviável tendo em vista a (enorme) diferença entre a realidade e o desejo.
Isso inclusive impacta na nossa capacidade geral de demandar outros desenvolvimentos em termos de radares no Brasil. Só ver a quantos passos anda o radar além do horizonte que hora se está desenvolvendo. Para não falar do Scipio...

abs

Isso não vai acontecer de jeito nenhum, ao menos enquanto as FFAA continuarem a se portar como se fossem integrantes de Países hostis entre si, senão vejamos:

A chamada "Marinha do Brasil" na verdade o é, como já enjoei de falar, só da Guanabara (RJ); para justificar o FATO de que existe à custa dos impostos pagos por TODO O BRASIL, mantém um arremedo de Guarda Costeira (Distritos Navais) espalhado por algumas províncias com acesso ao mar. Tem seu próprio Centro de Pesquisas (no RJ, claro) que não conversa com os demais.

O Exército Brasileiro de fato se espalha como pode pelo Brasil, até por ser, na verdade, tanto a última trincheira atrás da qual os politiqueiros poderão se abrigar contra a choldra enfurecida quanto a desta própria contra a vagabagem (o Rio é só uma amostra, tá assim de província - especialmente as capitais - querendo GLO também). Em suma, é mais Polícia do que Exército, mesmo que tente ser o que deveria ser. Tem seu próprio Centro de Pesquisas (também no RJ, claro) que não conversa com os demais. O grosso de sua Força Blindada está no extremo mais pacífico do Brasil (RS), o grosso de suas FFEE e o filé da Artilharia (Astros) está todo indo para perto de Brasília. O norte é protegido por Brigadas de Infantaria de Selva, as numerosas partes de planalto têm uma pequena Força de Montanha para protegê-las e o Nordeste tem suas unidades de Caatinga (mas MBT que é bom, necas).

A Força Aérea Brasileira faz parecido com o Exército, desdobrando suas poucas aeronaves de combate do jeito que pode pelo Brasil (mas, inusitadamente, baseia toda a frota de AMX no extremo mais pacífico do Brasil - outra vez RS, e até na mesma cidade, Santa Maria; acho muito legal a BACO mas não sei para que servem aqueles caças, não tem um só supersônico ou mesmo subsônico de ataque na região que não seja nosso e possa atacar a área que ela defende, ou seja, Serra, Litoral Norte - ó eu aqui - e Grande Porto Alegre); o transporte é o mais pulverizado, atuando de N a S, do NE ao SE e CO. Tem seu próprio Centro de Pesquisas (finalmente fora do RJ, em SP) que, só pra variar, não conversa com os demais.

Os Altos-Comandos também mantêm uma relação meramente protocolar, onde se decide alguma manobra conjunta de vez em quando (na qual normalmente se enfrentam, já que são rivais mesmo) mas debater Programas Conjuntos é coisa na qual nem se pensa, muito menos se faz! Não vou repetir os vários exemplos que já elenquei nem acrescentar outros, estamos em um Fórum de Defesa, as pessoas sabem.

Assim, melhor esquecer radar AESA de qualquer tipo, exceto se for importado (e não duvidem que, caso as 3 Forças concluam que precisam, uma vai buscar o grosso dos componentes para fazer um "nacional", outra tenta fazer parecido mas com outra parceria externa e a terceira simplesmente opte por importar de algum outro).

Já dizia o grande filósofo James Hetfield: sad but true...

Bem por ai mesmo...

Os caras tem alergia ate' de treinar pilotos de Helis juntos.

Tem mais Brigadeiros, Generais e Almirantes do que a RAF ou a F Aerea Francesa que tem forc'as de combate de verdade.

Se nem isso muda, quanto mais colocar radar em aviao.

E mesmo esses E-99 se nao fosse a tal da protecao da Amazonia, nem vinham. Para tanto que agora para receberem um update estao nessa embromacao toda.

Obviamente que para funcionar na Am do Sul aonde o resto das FAs vizinhas sao mais ou menos o mesmo lixo esta' otimo.

[]s
CB

O projeto das 4 Tamanduás está estimado entre US$1,6 e US$ 2 bi. Aliás, uma regra no Brasil: um programa acaba custando no mínimo o máximo que eles estimam.

Acham que a MB arriscaria um radar nacional em caras e raras escoltas?

O mesmo caso de tentaram colocar um radar AESA nacional numa rara e cara aeronave AEW&C.

Ou mesmo o caso de uma turbina nacional em aeronaves. "Ah, mas a Ìndia esta empreendendo isso". Mas ela pode se dar ao luxo de perder 1 esquadrão de caças por ano. Nós, não.

Agora, usar o radar nacional para equipar as unidades de artilharia antiaérea, ou no controle do espaço aéreo, no qual eles ficam no chão, não precisam se preocupar com peso, pode ter recobrimento, etc aí sim. Ou então usar a turbina nacional para equipar aeronaves mais simples, mísseis, etc. Esse tipo de coisa é possível.

Eu acho que tem que utilizar os equipamentos nacionais, mesmo sendo inferiores, só assim pode dar folego para a industria investir em melhorias.

Pode ser em fragata, missil ou avião, maior ou menor tem que ser utilizado, não só demostração, mas meios que serão de fato utilizados.

Como dizem, não temos conflitos no horizonte, nossos vizinhos não representam ameaça. Cenário ideal para poder "testar" e evoluir a industria de defesa nacional.

Sad but true,,, mesmo, Túlio. Já dizia o tio Metallica há muitos anos atrás. Mas isso é próprio de países onde educação é apenas mais um corolário institucional da propaganda política.
Agora, para alguma coisa acontecer, ou melhor dizendo, mudar, teríamos que ter um MD que entendesse do assunto de verdade, e mais, tivesse metas e objetivos a serem atingidos.
Poderíamos desenvolver vários tipos de radares aqui, dos mais simples ao mais complexos, desde que houvesse integração de programas e projetos das ffaa1s. Isso é trabalho para o MD. Contudo sem um governo com uma ideia clara sobre como pensar e fazer defesa em termos de gestão, não adianta nada. O MD é letra morta.
Só o SIGAAZ em termos de sistemas poderia aproveitar quase tudo que se está planejando aí em termos de tecnologia em radar, comunicação, C3 Vant''s e por aí vaí.
O VBMT-LR, o Guarani, um CC ou uma nova VBTP-SL são exemplos de fomentos que poderiam ser dado a industria se fossem gestados em nível de MD e não de forças.
O SISFRONT tem que ter intercambialidade com o SISDABRA e o SIGAAZ. Mas como isso vai acontecer se as forças só se trumbicam?
A BID só cresce e aparece se a gestão da defesa mudar das mãos do pessoal de farda para alguém de gravata no planalto central. Mas não temos ninguém para isso.

abs.

Olinda escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 3:26 pmEu acho que tem que utilizar os equipamentos nacionais, mesmo sendo inferiores, só assim pode dar folego para a industria investir em melhorias.

Já conhecemos o resultado disso: acomodação.

A indústria passa a fabricar lixo e usa essa lei para empurrar para as FAs.

Uma comparação com o disponível no exterior é muito saudável, tanto para conseguir uma qualidade adequada quanto para conseguir um preço adequado.

Ainda assim é possível dar fôlego à industria nacional com uma reforma tributária, por exemplo, e, especificamente para a indústria de defesa com tecnologia e capacitação de mão de obra, claro que esse último item só faria diferença se a indústria nacional fosse competitiva internacionalmente, para início de conversa.

knigh7 escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 2:52 pm O projeto das 4 Tamanduás está estimado entre US$1,6 e US$ 2 bi. Aliás, uma regra no Brasil: um programa acaba custando no mínimo o máximo que eles estimam.

Acham que a MB arriscaria um radar nacional em caras e raras escoltas?

Arriscou cara e raras escoltas nacionais, com mísseis nacionais e mais tudo o que deu vontade nacional, mas não quiseram o radar.

knigh7 escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 2:52 pmO mesmo caso de tentaram colocar um radar AESA nacional numa rara e cara aeronave AEW&C.

Numa aeronave nacional, com o máximo de aviônicos "nacionais" mas não quiseram o radar.

Não vou ser radical a ponto de dizer que recusaram porque é um projeto do EB (mas preciso adimitir que é uma hipótese tentadora), acho sim que podem existir motivos plausíveis para a FAB e MB não usarem o SABER 200, talvez esse radar ainda não tenha atingido o nível de sofisticação necessário para ser embarcado em uma aeronave ou corveta, infelizmente não há informações disponíveis suficientes para que possa chegar a uma conclusão.

knigh7 escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 2:52 pmOu mesmo o caso de uma turbina nacional em aeronaves. "Ah, mas a Ìndia esta empreendendo isso".

Esse é um exemplo de produto que não está desenvolvido o bastante para equipar aeronaves, até seus criadores reconhecem isso, ao menos divulgaram informações suficientes para qualquer um chegar a essa conclusão.

Temos capacidade, tecnologia e tempo para desenvolver os insumos necessários aqui.
O que não temos é vontade e organização para isso.
Todos os documentos relativos à política de defesa e BID não passam de papel pra limpar a bunda.

Abs

Publicado: 04/10/2018 17:00
Segunda aeronave radar da FAB é entregue à Embraer para ser modernizada
Projeto de modernização da Força Aérea prevê a atualização dos sistemas das aeronaves E-99



Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Carlos Balbino
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Alle

A Força Aérea Brasileira (FAB) entregou, nesta quinta-feira (04), a segunda aeronave E-99 para a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), responsável pelo processo de modernização do avião radar da FAB. A aeronave foi preparada para ser transferida do Esquadrão Guardião, 2°/6° GAV, sediado na Ala 2, na cidade de Anápolis (GO), para as instalações da empresa contratada em Gavião Peixoto (SP). Essa é mais uma etapa do projeto desenvolvido sob a responsabilidade da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC).

Durante o processo de modernização, serão atualizados o sistema de missão e outros subsistemas relacionados, ampliando as capacidades da aeronave, que atualmente é empregada em operações de controle e defesa do espaço aéreo brasileiro.



“A modernização contribuirá para o emprego mais eficiente do poder aeroespacial brasileiro. Ela é necessária para ampliar o ciclo de vida e elevar a capacidade operacional da aeronave. Vai aumentar o alcance radar, a velocidade de processamento das informações e possibilitar a identificação de alvos com mais antecedência e melhor precisão. Serão ampliados o número de operadores embarcados e de rádios que, com a implementação do novo sistema de comando e controle, vão aperfeiçoar a realização da missão.”, afirmou o Gerente do Projeto E-99M, Coronel Aviador Carlos Sérgio da Costa Lima.

O escopo de trabalho prevê a realização de vários testes em solo e em voo antes de a modernização ser concluída, além da certificação coordenada pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI). A previsão é de que a primeira aeronave fique pronta e seja apresentada para a Força Aérea no primeiro semestre de 2020.

Ao todo, cinco aeronaves vão passar pelo mesmo processo, que promoverá o desenvolvimento e a integração plena dos sistemas até 2022.

E-99



O avião, cuja característica marcante é a antena radar existente na sua parte superior, é capaz de detectar alvos aéreos e transmitir essas informações para os centros de controle em terra. Essas aeronaves foram desenvolvidas a partir do jato de transporte regional Embraer-145.

Os E-99 entraram em operação na FAB em 2002, como parte das aquisições destinadas a compor o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM). Seu radar permite que cumpra missões de alarme aéreo antecipado, incluindo o controle de voos de aeronaves de caça em voos de defesa aérea, coordenação de operações de busca e salvamento e vigilância de fronteiras. Seus sensores, agora em fase de modernização, constituirão o sistema mais avançado e de menor custo para o emprego em missões de controle e alarme em voo.



O E-99 é capaz de fornecer dados de inteligência precisos, em tempo real, sobre aeronaves voando à baixa altitude. Quando os pilotos de caça recebem as suas ordens e partem para as missões de interceptação, as aeronaves E-99 já monitoram o espaço aéreo da região, visualizando toda a área de operação. Qualquer pequeno avião operando sem o conhecimento dos órgãos de controle é monitorado e identificado pelo E-99. A tripulação é habilitada a fazer o controle das aeronaves interceptadoras, conduzindo-as até os tráfegos desconhecidos.

Segundo o Comandante do Esquadrão Guardião, Tenente-Coronel Aviador Pedro Gustavo Schmidt Siloto, essas características evidenciam a relevância do processo de modernização. Para ele, isso permitirá a continuidade da participação com excelência da FAB em missões aéreas compostas e de combate aos tráfegos ilícitos, atuando com protagonismo nas operações interagências como as Operações Ágata e, recentemente, a Operação Óstium.





"Com o advento da tecnologia e de métodos e equipamentos mais eficazes, a modernização desta aeronave primordial para a atuação decisiva do Comando da Força Aérea Brasileira fez-se necessária. Esta ação permitirá que os olhos do esquadrão mantenham-se abertos e atentos, permitindo, inclusive, a expansão de seus horizontes. Assim, mais uma vez, a FAB estará à frente de seu tempo, antevendo as necessidades para a manutenção de uma proteção ideal de todos os nossos 22 milhões de quilômetros quadrados", ressaltou.

Além disso, as aeronaves E-99 têm a capacidade de complementar os sinais dos radares de solo, servindo também como uma reserva de visualização-radar ou de comunicações para o tráfego civil.

Fotos: André Hansen de Oliveira

http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/3 ... odernizada

abs.

arcanjo

Muito bom que esse programa não tenha virado lenda urbana. A lamentar apenas o atraso do mesmo em relação ao cronograma original.
Boa notícia também o aumento do alcance do radar. Sinal de que irão realmente mexer nele e deixar tudo em nível superior ao atual.
A ver como a FAB se vira só com 3 aeronaves para os 22 milhões de km2 que a propaganda diz defender e controlar.
Nem com mágica..

Abs

FCarvalho escreveu: ↑Sex Out 05, 2018 12:10 am Muito bom que esse programa não tenha virado lenda urbana. A lamentar apenas o atraso do mesmo em relação ao cronograma original.
Boa notícia também o aumento do alcance do radar. Sinal de que irão realmente mexer nele e deixar tudo em nível superior ao atual.
A ver como a FAB se vira só com 3 aeronaves para os 22 milhões de km2 que a propaganda diz defender e controlar.
Nem com mágica..

Abs

Em minha opinião a TAB deveria realizar um esforço e pelo menos dobrar o nº de aeronaves R-99/E-99.

Sds

Lord Nauta

Já li não me lembro onde que a FAB tem no 15 o seu número mágico no caso dos AEW.
Quem sabe se arredondando para 17 ela não arranja o que quer.

abs.

Amigos uma pergunta esses aviões E=99 serão modernizados um de cada vez?