BOLÃO DO DB - O que vai vir?
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- soultrain
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Prick,
Mesmo que assim seja, só a diferença no tamanho da antena tornam os dois radares em classes diferentes em alcance, discriminação, definição etc.
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Mesmo que assim seja, só a diferença no tamanho da antena tornam os dois radares em classes diferentes em alcance, discriminação, definição etc.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Só se os radares foram iguais, porque vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência. Além disso, num radar AESA o que importa são a quantidade de elementos de uma antena. Assim, para haver uma comparação, as duas antenas terão que ter, exatamente, a mesma arquitetura, e a potência do radar ser, a mesma.soultrain escreveu:Prick,
Mesmo que assim seja, só a diferença no tamanho da antena tornam os dois radares em classes diferentes em alcance, discriminação, definição etc.
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E,finalmente, saber qual a diferença de alcance proporcionado por um maior número de elementos, como já sabemos, um RCS duas vezes maior, não significa, que o caça será rastreado numa distância duas vezes maior. Pergunto, qual será a diferença que um maior número de elementos ativos num radar AESA, proporciona no alcance do radar? Na capacidade de rastreio? E basta só o maior número de elementos? Ou é necessário um processador mais rápido? Mais memória? O software de comando e controle do radar tb influi?
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
PRick escreveu:Só se os radares foram iguais, porque vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência. Além disso, num radar AESA o que importa são a quantidade de elementos de uma antena. Assim, para haver uma comparação, as duas antenas terão que ter, exatamente, a mesma arquitetura, e a potência do radar ser, a mesma.soultrain escreveu:Prick,
Mesmo que assim seja, só a diferença no tamanho da antena tornam os dois radares em classes diferentes em alcance, discriminação, definição etc.
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E,finalmente, saber qual a diferença de alcance proporcionado por um maior número de elementos, como já sabemos, um RCS duas vezes maior, não significa, que o caça será rastreado numa distância duas vezes maior. Pergunto, qual será a diferença que um maior número de elementos ativos num radar AESA, proporciona no alcance do radar? Na capacidade de rastreio? E basta só o maior número de elementos? Ou é necessário um processador mais rápido? Mais memória? O software de comando e controle do radar tb influi?
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Olá PRick,
existe um grande erro na seguinte afirmação: "vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência." Isto é pra lá de falso, dê uma olhada na Internet mesmo, procurando sobre antenas e transmissores de sinais. Você encontrará algo muito básico dizendo que uma antena mal projetada influência fortemente o alcance das transmissões. Não adianta aumentar a potência do transmissor, é necessário ter uma antena compatível.
Um transmissor potente envia um sinal forte, mas se a antena for pequena, ela não conseguirá captar sinais fracos do eco-radar. Estes sinais que retornam são muitíssimos fracos, principalmente para alvos muito distantes. Assim sendo, se a antena não for grande e sensível o bastante, o sinal de retorno não será processado como deveria, ou seja, a grosso modo estamos dizendo que o radar não capta o alvo desejado.
Em relação ao "número de elementos ativos no radar", posso lhe dizer que está relacionado a sensibilidade da antena, mas isso não garante nada, considerando apenas este item. O que você tem que analisar é a "densidade" de elementos por polegada quadrada. Os radares atuais possuem mais ou menos a mesma densidade. Levando isso em consideração, o que muda (mais uma vez) é o tamanho da antena, pois uma antena maior apresentará mais "elementos ativos" que uma antena menor (pois possuem a mesma densidade). Logo um radar com antena maior será sempre mais efetivo que um radar com antena menor (considerando a mesma geração dos radares comparados).
Capacidade de rastreio: não depende da antena e os elementos ativos, depende da capacidade de processamento do radar (computador interno). Considerando que os radares de mesma geração possuem praticamente a mesma capacidade de rastreio, isso então não conta para análise do alcance (para radares modernos).
As demais perguntas foram indiretamente respondidas, ou seja, um computador rápido e com grande quantidade de memória não representa problema atualmente, visto que computador e memória é algo "barato" hoje em dia e estes hardwares para radar não difere muito do que existe para uso doméstico (falo da tecnologia em si e não da questão de estabilidade do hardware que é outro assunto).
O software é a parte mais delicada, continua sendo até nos dias de hoje. Um software mal implementado produz um radar sub-utilizado. Mas deixo claro que o software não influencia para aumentar o alcance de detecção do radar, ele contribui para não deixar o alcance ser menor do que o que foi projetado. Assim sendo, um ótimo software não tem como otimizar o alcance radar, ou seja, um ótimo software não aumenta o alcance de um radar com antena pequena se comparado com um radar com antena grande.
Abraços,
Orestes
Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Orestes,orestespf escreveu:PRick escreveu: Só se os radares foram iguais, porque vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência. Além disso, num radar AESA o que importa são a quantidade de elementos de uma antena. Assim, para haver uma comparação, as duas antenas terão que ter, exatamente, a mesma arquitetura, e a potência do radar ser, a mesma.
E,finalmente, saber qual a diferença de alcance proporcionado por um maior número de elementos, como já sabemos, um RCS duas vezes maior, não significa, que o caça será rastreado numa distância duas vezes maior. Pergunto, qual será a diferença que um maior número de elementos ativos num radar AESA, proporciona no alcance do radar? Na capacidade de rastreio? E basta só o maior número de elementos? Ou é necessário um processador mais rápido? Mais memória? O software de comando e controle do radar tb influi?
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Olá PRick,
existe um grande erro na seguinte afirmação: "vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência." Isto é pra lá de falso, dê uma olhada na Internet mesmo, procurando sobre antenas e transmissores de sinais. Você encontrará algo muito básico dizendo que uma antena mal projetada influência fortemente o alcance das transmissões. Não adianta aumentar a potência do transmissor, é necessário ter uma antena compatível.
Um transmissor potente envia um sinal forte, mas se a antena for pequena, ela não conseguirá captar sinais fracos do eco-radar. Estes sinais que retornam são muitíssimos fracos, principalmente para alvos muito distantes. Assim sendo, se a antena não for grande e sensível o bastante, o sinal de retorno não será processado como deveria, ou seja, a grosso modo estamos dizendo que o radar não capta o alvo desejado.
Em relação ao "número de elementos ativos no radar", posso lhe dizer que está relacionado a sensibilidade da antena, mas isso não garante nada, considerando apenas este item. O que você tem que analisar é a "densidade" de elementos por polegada quadrada. Os radares atuais possuem mais ou menos a mesma densidade. Levando isso em consideração, o que muda (mais uma vez) é o tamanho da antena, pois uma antena maior apresentará mais "elementos ativos" que uma antena menor (pois possuem a mesma densidade). Logo um radar com antena maior será sempre mais efetivo que um radar com antena menor (considerando a mesma geração dos radares comparados).
Capacidade de rastreio: não depende da antena e os elementos ativos, depende da capacidade de processamento do radar (computador interno). Considerando que os radares de mesma geração possuem praticamente a mesma capacidade de rastreio, isso então não conta para análise do alcance (para radares modernos).
As demais perguntas foram indiretamente respondidas, ou seja, um computador rápido e com grande quantidade de memória não representa problema atualmente, visto que computador e memória é algo "barato" hoje em dia e estes hardwares para radar não difere muito do que existe para uso doméstico (falo da tecnologia em si e não da questão de estabilidade do hardware que é outro assunto).
O software é a parte mais delicada, continua sendo até nos dias de hoje. Um software mal implementado produz um radar sub-utilizado. Mas deixo claro que o software não influencia para aumentar o alcance de detecção do radar, ele contribui para não deixar o alcance ser menor do que o que foi projetado. Assim sendo, um ótimo software não tem como otimizar o alcance radar, ou seja, um ótimo software não aumenta o alcance de um radar com antena pequena se comparado com um radar com antena grande.
Abraços,
Orestes
Mas quem aqui está considerando que uma antena foi mal projetada? Em tese, a falta de uma antena maior pode ser compensada por maior potência do sinal. Estou falando em tese, com todos os sistemas dentro do padrão normal, ora com algum erro sério de projeto, qualquer sistema ficará abaixo da média, mas isso não é o que ocorre no caso. Para saber o alcance do radar, somente, o tamanho da antena não será o suficiente, será necessário saber a potência do radar.
E não concordo com várias de suas afirmações:
1- 02 radares da mesma geração podem ter capacidade bem diferentes entre si, porque as tecnologia aplicadas podem ser muito distintas, sobretudo, na qualidade dos componentes:
2- A sua afirmação dizendo que antenas dos radares atuais tem mais ou menos a mesma densidade é ótima, na verdade é sem sentido, fale para alguém que o resultado de uma soma é mais ou menos 5. Não dá para comparar tecnologias de radar tão distintas por generalidades. Uma antena mais moderna, com maior tecnologia, pode ser mais densa, a ponto de ter capacidade semelhante a uma antena maior.
Depois você confirma o óbvio, ou você acha que não sabia as respostas para as perguntas. Minhas perguntas foram uma provocação, para pensarmos o seguinte, um radar é muito mais que apenas tamanho de antena e potência de sinal. Ainda mais para o mundo moderno, o passado acabou, os radares anteriores não podem mais ser comparados com os atuais.
Vocês estão conduzindo o debate para o lugar errado, em alcance de radar, quando o que se deve buscar é um conjunto melhor, feito segundo um conceito mais avançados para o TO. O que se busca é o rastreio em maior distância possível, e a tarefa é melhor realizada por sistema passivos, do que com o radar. Pelo simples uso da física básica. Antes isso não era possível, mas agora sim, daí repito, o RADAR ESTÁ DEIXANDO DE SER O SENSOR PRIMÁRIO DOS CAÇAS.
Dentro deste conceito, F-22, F-35, Rafale e Gripen estão indo para o lado certo, enquanto SU-35, Typhoon estão indo para a direção errada. O que vale é um conjunto que previlegia a atuação discreta e o uso de redes integradas, aonde o papel do caça é ser o soldado, quer dizer, não se dá a soldados sensores de CI3 estratégicos, eles ficam com as aeronaves dedicadas. Ao que muitos respondem, mas os caças estão cada vez melhores, e eu diria: e custando um fortuna. Isso para mim segue a lógica da industria que fabrica o caça e não a realidade do TO. Ora se estou criticando os F-35 e F-22, exatamente, porque tentar fazer tudo, a um custo proibitivo, a lógica seria, reduzir os custos para fazer algo mais coerente, dentro de custos aceitáveis. Deixando para mísseis e UACV´s as tarefas mais arriscadas.
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Carlos,Carlos Mathias escreveu:"Eu não preciso provar nada, basta entrar no site da Thales e ler... A pergunta continua, quantos alvos o Irbis rastreia a 400 km ?"
Entrei no site da KNAAPO e descobri que são 30 alvos à 350/400Km.
Você poderia me passar aonde achou esta informação, procurei e não achei.
Abraços,
Heronim
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Olá PRick,PRick escreveu:Orestes,orestespf escreveu:
Olá PRick,
existe um grande erro na seguinte afirmação: "vc pode compensar a diferença no tamanho da antena, pela aumento da potência." Isto é pra lá de falso, dê uma olhada na Internet mesmo, procurando sobre antenas e transmissores de sinais. Você encontrará algo muito básico dizendo que uma antena mal projetada influência fortemente o alcance das transmissões. Não adianta aumentar a potência do transmissor, é necessário ter uma antena compatível.
Um transmissor potente envia um sinal forte, mas se a antena for pequena, ela não conseguirá captar sinais fracos do eco-radar. Estes sinais que retornam são muitíssimos fracos, principalmente para alvos muito distantes. Assim sendo, se a antena não for grande e sensível o bastante, o sinal de retorno não será processado como deveria, ou seja, a grosso modo estamos dizendo que o radar não capta o alvo desejado.
Em relação ao "número de elementos ativos no radar", posso lhe dizer que está relacionado a sensibilidade da antena, mas isso não garante nada, considerando apenas este item. O que você tem que analisar é a "densidade" de elementos por polegada quadrada. Os radares atuais possuem mais ou menos a mesma densidade. Levando isso em consideração, o que muda (mais uma vez) é o tamanho da antena, pois uma antena maior apresentará mais "elementos ativos" que uma antena menor (pois possuem a mesma densidade). Logo um radar com antena maior será sempre mais efetivo que um radar com antena menor (considerando a mesma geração dos radares comparados).
Capacidade de rastreio: não depende da antena e os elementos ativos, depende da capacidade de processamento do radar (computador interno). Considerando que os radares de mesma geração possuem praticamente a mesma capacidade de rastreio, isso então não conta para análise do alcance (para radares modernos).
As demais perguntas foram indiretamente respondidas, ou seja, um computador rápido e com grande quantidade de memória não representa problema atualmente, visto que computador e memória é algo "barato" hoje em dia e estes hardwares para radar não difere muito do que existe para uso doméstico (falo da tecnologia em si e não da questão de estabilidade do hardware que é outro assunto).
O software é a parte mais delicada, continua sendo até nos dias de hoje. Um software mal implementado produz um radar sub-utilizado. Mas deixo claro que o software não influencia para aumentar o alcance de detecção do radar, ele contribui para não deixar o alcance ser menor do que o que foi projetado. Assim sendo, um ótimo software não tem como otimizar o alcance radar, ou seja, um ótimo software não aumenta o alcance de um radar com antena pequena se comparado com um radar com antena grande.
Abraços,
Orestes
Mas quem aqui está considerando que uma antena foi mal projetada? Em tese, a falta de uma antena maior pode ser compensada por maior potência do sinal. Estou falando em tese, com todos os sistemas dentro do padrão normal, ora com algum erro sério de projeto, qualquer sistema ficará abaixo da média, mas isso não é o que ocorre no caso. Para saber o alcance do radar, somente, o tamanho da antena não será o suficiente, será necessário saber a potência do radar.
E não concordo com várias de suas afirmações:
1- 02 radares da mesma geração podem ter capacidade bem diferentes entre si, porque as tecnologia aplicadas podem ser muito distintas, sobretudo, na qualidade dos componentes:
2- A sua afirmação dizendo que antenas dos radares atuais tem mais ou menos a mesma densidade é ótima, na verdade é sem sentido, fale para alguém que o resultado de uma soma é mais ou menos 5. Não dá para comparar tecnologias de radar tão distintas por generalidades. Uma antena mais moderna, com maior tecnologia, pode ser mais densa, a ponto de ter capacidade semelhante a uma antena maior.
Depois você confirma o óbvio, ou você acha que não sabia as respostas para as perguntas. Minhas perguntas foram uma provocação, para pensarmos o seguinte, um radar é muito mais que apenas tamanho de antena e potência de sinal. Ainda mais para o mundo moderno, o passado acabou, os radares anteriores não podem mais ser comparados com os atuais.
Vocês estão conduzindo o debate para o lugar errado, em alcance de radar, quando o que se deve buscar é um conjunto melhor, feito segundo um conceito mais avançados para o TO. O que se busca é o rastreio em maior distância possível, e a tarefa é melhor realizada por sistema passivos, do que com o radar. Pelo simples uso da física básica. Antes isso não era possível, mas agora sim, daí repito, o RADAR ESTÁ DEIXANDO DE SER O SENSOR PRIMÁRIO DOS CAÇAS.
Dentro deste conceito, F-22, F-35, Rafale e Gripen estão indo para o lado certo, enquanto SU-35, Typhoon estão indo para a direção errada. O que vale é um conjunto que previlegia a atuação discreta e o uso de redes integradas, aonde o papel do caça é ser o soldado, quer dizer, não se dá a soldados sensores de CI3 estratégicos, eles ficam com as aeronaves dedicadas. Ao que muitos respondem, mas os caças estão cada vez melhores, e eu diria: e custando um fortuna. Isso para mim segue a lógica da industria que fabrica o caça e não a realidade do TO. Ora se estou criticando os F-35 e F-22, exatamente, porque tentar fazer tudo, a um custo proibitivo, a lógica seria, reduzir os custos para fazer algo mais coerente, dentro de custos aceitáveis. Deixando para mísseis e UACV´s as tarefas mais arriscadas.
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eu não disse que alguém falou em antenas mal projetas, disse que se isto acontecer (para um transmissor de rádio qualquer, não falei especificamente em radar) não adianta ter potência de sobra que nada vai dar certo. A intenção neste ponto (quando falei de antenas "problemáticas") é que não se projeta um transmissor isoladamente da antena, estas duas coisas estão casadas. Se você tiver alguma limitação na antena (vale para radar), não adianta fabricar um transmissor super potente, pois o mesmo não vai conseguir aumentar a potência emitida pela antena.
Explico, existem duas coisas para se considerar, a primeira é a potência do transmissor em si, a segunda é a potência emitida pela antena, são coisas distintas. Não adianta tentar empurrar um sinal em uma antena se ela não dá conta do recado.
Explico mais uma vez, quase tudo em teoria eletro-magnética tem um paralelo em problemas mecânicos, as equações que modelam o fenômeno são praticamente as mesmas, o que muda são as leituras de fenômenos físicos diferentes. Assim sendo, podemos comparar a antena e transmissor de um radar com uma bomba de água e um tubo para conduzir a água (cano de PVC, por exemplo). Se o cano for fino e a bomba de água potente, chega um momento que o cano não dá vazão a um grande volume de água, ou seja, o cano é o limitador do número de litros de água por segundo que passa por ele, ou ainda, o cano é o "gargalo" do sistema. Se você deseja maior volume de água do outro lado lançado pela bomba, você terá que usar um cano maior. Existem leis físicas pra isso, mas não vou postá-las pra não encher o saco, mas deixo claro que este assunto é minha área.
Portanto, deixo claro que não adianta aumentar a potência do transmissor com a intenção de se conseguir uma maior potência emitida pela antena, isto é, uma antena-radar pequena é sim o gargalo do sistema como um todo.
Vamos agora aos pontos que você discorda:
1) eu não disse que dois radares de mesma geração têm a mesma capacidade, disse que dois radares de mesma geração usam, em geral, a mesma idéia de construção, a mesma tecnologia. Qualidade de componentes??? Você só tem acesso a um componente moderno se dispõe da tecnologia de construção, se ele não tem qualidade, o equipamento não funciona, não é confiável. Logo esta idéia de componente de baixa qualidade não faz sentido quando se trata de tecnologia de ponta, ou se tem, ou não tem tal tecnologia. Isto não é computador, isto não é aparelho de TV, é algo muito mais avançado, que não é do tipo se queimar, troca por outro. Confiabilidade é a palavra em meios militares.
2) Obrigado pelo "sem sentido". Você escreve o que quer, sem fundamento, sem estudo, mas procurando algo que lhe convém. Digo uma coisa, sou da área, sou doutor no assunto, matemática é só o nome da minha área, não se esqueça. Portanto falo sabendo o que escrevo. Vou repetir para ser mais didático, talvez dê certo desta vez.
A densidade de elementos ativos em uma antena pode ser compreendida com uma analogia da densidade de cluster em HD´s (de computador). O tamanho dos discos internos que compõem um HD é do mesmo tamanho (até hoje), assim a forma de aumentar a capacidade de um HD é aumentando a densidade de trilhas e cluster, ou seja, permitir que o disco tenha mais "elementos" por polegada quadrada e uma cabeça de leitura/escrita que consiga ler os dados de forma eficiente.
No caso das antenas de radar o processo é o mesmo, se você tem que usar uma antena de tamanho fixo (seja por qual motivo for), para não perder rendimento é necessário ter mais elementos ativos por polegada quadrada. Isto é a tecnologia em si, quando o tempo passa novas tecnologias permitem inserir mais elementos por polegadas quadradas.
Os fabricantes de HD´s (Seagate, Maxtor, Samsung, etc.), que são concorrentes e possuem praticamente as mesmas soluções e tecnologias (mas com construções às vezes diferentes), fazem produtos (HD´s) de maneira muito próxima um dos outros, com um levando vantagem hoje e outro amanhã. Da mesma forma os fabricantes de radares estão nesta situação, são competitivos e possuem soluções e tecnologias semelhantes (se não for assim, quebram e outro entrar no lugar), mas não iguais. Isto faz com que radares de mesma geração possuam tecnologia muito próximas (equivalentes, mas não iguais), de forma tal que o número de elementos ativos presentes nas antenas de mesma geração seja praticamente os mesmos, não influindo aí algo absurdo, pois o erro cometido é mínimo, não faz tanta diferença na prática.
Você fala que uma antena mais moderna e com maior tecnologia pode ser mais densa a ponto de ter capacidade semelhante a uma antena maior. Errado, em relação a antenas de gerações anteriores, sim, pode acontecer. Em relação a tecnologias da mesma época (geração), não. Existem limitações físicas para tais coisas, algo que não depende da vontade de querer fazer. Mas façamos o seguinte, antes de dizer que eu estou errado neste ponto, apresente uma referência técnica, que pode até ser da Internet, e que confirme sua idéia. Se não conseguir, eu provo aqui o contrário, vou encher este tópico de fórmulas e contas.
Veja o que você escreveu: "Vocês estão conduzindo o debate para o lugar errado, em alcance de radar, quando o que se deve buscar é um conjunto melhor, feito segundo um conceito mais avançados para o TO.". Errado mais uma vez, PRick, você é que está fazendo uma condução que lhe é conveniente, tentando a torto e a direito justificar as sérias limitações do radar do Rafale. Prefiro as pessoas que reconhecem as limitações de um equipamento, que são consciente sobre os prós e contras.
O assunto aqui é alcance de radares em geral, tentar colocar outro sensor no meio da discussão para tentar mostrar que o Rafale é bom, é brincadeira. O bicho é cego que dói, estão até usando binóculo em Rafales (Afeganistão). Agora você apela para a antena do radar do Rafale, imaginando que os franceses são maravilhosos e possuem tecnologia o bastante para fazer uma antena pequena e com as mesmas capacidades de uma antena moderna e maior.
Pergunto: será que os franceses têm tal capacidade/tecnologia??? Acho que não mesmo. Explico, se tivessem, o RBE-2 teria um alcance divulgado muito maior do que vemos por aí. Mas eles estariam usando as tais tecnologias novas no AESA! Será??? E por que este radar/antena não fica prontos? Respondo: estão com sérios problemas, projeto não maduro e estável, tecnologia não dominada ainda, mas nada impede que consigam um dia (quando???).
Sua frase: "o RADAR ESTÁ DEIXANDO DE SER O SENSOR PRIMÁRIO DOS CAÇAS". Meu comentário: sem comentário, melhor avisar isso para o resto do mundo, até para os americanos que ainda insistem em fazer radares cada vez mais potentes.
Olha a historinha da mãe que dizia que só o seu filho marchava corretamente no desfile, estando todos os outros marchando fora do ritmo!!!
Abraços cordiais,
Orestes
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Perfeito Orestes,
Assino por baixo.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Orestes,
A grande potência do Irbis (se ele um dia ficar pronto) terá como ponto negativo ser facilmente detectado por um RWR, no caso do Rafale o Spectra poderá usar o Irbis contra o SU-35. Embora tenham dito que o Irbis tem LPI, até agora não achei nenhuma referência quanto a isso, peço que se alguém tem a informação passe por favor.
Entre no site da Thales e verá que o RBE2 PESA não está mais no catalogo, portanto as próximas entregas deverão ser do RBE2 AESA.
Agora, esta história de binóculo no lugar de radar eu estava levando na brincadeira, mas vejo que você realmente acredita nisso... eu hein...
Quanto a desconsiderar o Spectra do Rafale é estranho, o conceito do Rafale é usar um conjunto de sensores, fundindo as informações para o piloto, já o SU-35 e o Typhoon utilizam grande potência do radar. Veja que o F-22 é muito mais sofisticado que o Rafale, SU-35 e Typhoon, já que reúne grande potência de radar com LPI.
Abraços,
Heronim
A grande potência do Irbis (se ele um dia ficar pronto) terá como ponto negativo ser facilmente detectado por um RWR, no caso do Rafale o Spectra poderá usar o Irbis contra o SU-35. Embora tenham dito que o Irbis tem LPI, até agora não achei nenhuma referência quanto a isso, peço que se alguém tem a informação passe por favor.
Entre no site da Thales e verá que o RBE2 PESA não está mais no catalogo, portanto as próximas entregas deverão ser do RBE2 AESA.
Agora, esta história de binóculo no lugar de radar eu estava levando na brincadeira, mas vejo que você realmente acredita nisso... eu hein...
Quanto a desconsiderar o Spectra do Rafale é estranho, o conceito do Rafale é usar um conjunto de sensores, fundindo as informações para o piloto, já o SU-35 e o Typhoon utilizam grande potência do radar. Veja que o F-22 é muito mais sofisticado que o Rafale, SU-35 e Typhoon, já que reúne grande potência de radar com LPI.
Abraços,
Heronim
Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Heronim, TODOS os caças modernos fazem isso cara. O problema é que dada a miopia do RBE, a Dassault está enaltecendo o que ela tem de melhor.
E isso de pegar o sinal e tal, é muito bom, mas e daí? Vai seguir em frente e se detectado a mais de 100Km, sendo alvo de uma saraivada de mísseis. Ou vai dar a volta no avião. Mas estamos falando de um cone de radar com mais de 250Km e cobrindo até 120º para ambos os lados do avião. sabemos que um LO visto pela lateral aumenta muito seu RCS, logo a aproximação lateral na verdade denunciará mais rápido ainda o avião.
No caso do F-16, eles estavam enfrentando um caça com um radar que serve num F-5, uma coisinha fraquinha mesmo. Então puderam aproximar-se para o tiro com o MICA, ou seja, 60Km. Agora e se fosse um SU-35-1? A 60Km eles(Rafales) já estariam travados e já haveria sido feito disparos muita antes. Não haveria chance de se disparar os MICA.
O Su-35-1 tem uma rede de dados por fibra ótica que funde as informações de todos os sensores e apresenta o cenário para o piloto. Ora, a questão é que além de uma belíssima suíte de guerra eletrônica, este avião tem um dos melhores e mais potentes radares do mundo. Isso, mais 14 mísseis ar-ar permite que se atire muito antes, levando o inimigo e entrar em defensiva e perdendo a iniciativa no combate.
Não se desconsidera nem se duvida da excelência do Spectra, aliás essa é uma área que os franceses dominam e muito bem. Mas não é possível que absolutamente todos os fabricantes de caças corram atrás de radares cada vez mais potentes e apenas a Dassault descobriu a pólvora do combate aéreo. É mais fácil admitir que o RBE saiu aquém do desejado, ou a concorrência andou mais rápido.
Quer ver outra situação? Um Su-35-1 com seu radar em potência máxima procurando alvos no céu. O Spectra vai achar esse e guiar o ataque contra este alvo, mas podem haver até 16 SU-35-1 com radares desligados e sendo alimentados com as informações deste único radar ligado, um farolão que atrai a atenção contra ele. Jamais os Rafales se darão conta da aproximação dos outros aviões, pois seus radares estarão desligados, mas estarão o tempo todo sendo vistos e serão atacados de surpresa.
Lembre-se sempre que um caça de 1m2 que passar num arco de 120º em azimute e elevação vai ser visto à aproximadamente 140NM, ou 90NM para um caça de 0,1m2. Ou seja, muito antes que possa ser lançado qualquer míssil pelo Rafale, mesmo um Meteor. Mas por outro lado, o restante do grupo de SUs vai saber da presença dos Rafales via datalink com tempo suficiente para um ataque bem planejado.
O Rafale tem ótimas qualidades, ninguém seria louco de negar que se trata de um grande avião. Mas o radar é fraco sim, destoa demais do conjunto.
E isso de pegar o sinal e tal, é muito bom, mas e daí? Vai seguir em frente e se detectado a mais de 100Km, sendo alvo de uma saraivada de mísseis. Ou vai dar a volta no avião. Mas estamos falando de um cone de radar com mais de 250Km e cobrindo até 120º para ambos os lados do avião. sabemos que um LO visto pela lateral aumenta muito seu RCS, logo a aproximação lateral na verdade denunciará mais rápido ainda o avião.
No caso do F-16, eles estavam enfrentando um caça com um radar que serve num F-5, uma coisinha fraquinha mesmo. Então puderam aproximar-se para o tiro com o MICA, ou seja, 60Km. Agora e se fosse um SU-35-1? A 60Km eles(Rafales) já estariam travados e já haveria sido feito disparos muita antes. Não haveria chance de se disparar os MICA.
O Su-35-1 tem uma rede de dados por fibra ótica que funde as informações de todos os sensores e apresenta o cenário para o piloto. Ora, a questão é que além de uma belíssima suíte de guerra eletrônica, este avião tem um dos melhores e mais potentes radares do mundo. Isso, mais 14 mísseis ar-ar permite que se atire muito antes, levando o inimigo e entrar em defensiva e perdendo a iniciativa no combate.
Não se desconsidera nem se duvida da excelência do Spectra, aliás essa é uma área que os franceses dominam e muito bem. Mas não é possível que absolutamente todos os fabricantes de caças corram atrás de radares cada vez mais potentes e apenas a Dassault descobriu a pólvora do combate aéreo. É mais fácil admitir que o RBE saiu aquém do desejado, ou a concorrência andou mais rápido.
Quer ver outra situação? Um Su-35-1 com seu radar em potência máxima procurando alvos no céu. O Spectra vai achar esse e guiar o ataque contra este alvo, mas podem haver até 16 SU-35-1 com radares desligados e sendo alimentados com as informações deste único radar ligado, um farolão que atrai a atenção contra ele. Jamais os Rafales se darão conta da aproximação dos outros aviões, pois seus radares estarão desligados, mas estarão o tempo todo sendo vistos e serão atacados de surpresa.
Lembre-se sempre que um caça de 1m2 que passar num arco de 120º em azimute e elevação vai ser visto à aproximadamente 140NM, ou 90NM para um caça de 0,1m2. Ou seja, muito antes que possa ser lançado qualquer míssil pelo Rafale, mesmo um Meteor. Mas por outro lado, o restante do grupo de SUs vai saber da presença dos Rafales via datalink com tempo suficiente para um ataque bem planejado.
O Rafale tem ótimas qualidades, ninguém seria louco de negar que se trata de um grande avião. Mas o radar é fraco sim, destoa demais do conjunto.
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Todos quem ? Cite exercícios.Carlos Mathias escreveu:Heronim, TODOS os caças modernos fazem isso cara. O problema é que dada a miopia do RBE, a Dassault está enaltecendo o que ela tem de melhor.
Detectar é uma coisa, travar o alvo é outra, o Irbis trava em alvos até no máximo 150 km.E isso de pegar o sinal e tal, é muito bom, mas e daí? Vai seguir em frente e se detectado a mais de 100Km, sendo alvo de uma saraivada de mísseis. Ou vai dar a volta no avião. Mas estamos falando de um cone de radar com mais de 250Km e cobrindo até 120º para ambos os lados do avião. sabemos que um LO visto pela lateral aumenta muito seu RCS, logo a aproximação lateral na verdade denunciará mais rápido ainda o avião.
Como disse acima, não seria isto.No caso do F-16, eles estavam enfrentando um caça com um radar que serve num F-5, uma coisinha fraquinha mesmo. Então puderam aproximar-se para o tiro com o MICA, ou seja, 60Km. Agora e se fosse um SU-35-1? A 60Km eles(Rafales) já estariam travados e já haveria sido feito disparos muita antes. Não haveria chance de se disparar os MICA.
O OSF detecta a 90 km, e como dito acima, o Irbis trava o alvo até 150 km, como a assinatura do Rafale é reduzida trava bem mais perto.O Su-35-1 tem uma rede de dados por fibra ótica que funde as informações de todos os sensores e apresenta o cenário para o piloto. Ora, a questão é que além de uma belíssima suíte de guerra eletrônica, este avião tem um dos melhores e mais potentes radares do mundo. Isso, mais 14 mísseis ar-ar permite que se atire muito antes, levando o inimigo e entrar em defensiva e perdendo a iniciativa no combate.
Não se desconsidera nem se duvida da excelência do Spectra, aliás essa é uma área que os franceses dominam e muito bem. Mas não é possível que absolutamente todos os fabricantes de caças corram atrás de radares cada vez mais potentes e apenas a Dassault descobriu a pólvora do combate aéreo. É mais fácil admitir que o RBE saiu aquém do desejado, ou a concorrência andou mais rápido.
Quer ver outra situação? Um Su-35-1 com seu radar em potência máxima procurando alvos no céu. O Spectra vai achar esse e guiar o ataque contra este alvo, mas podem haver até 16 SU-35-1 com radares desligados e sendo alimentados com as informações deste único radar ligado, um farolão que atrai a atenção contra ele. Jamais os Rafales se darão conta da aproximação dos outros aviões, pois seus radares estarão desligados, mas estarão o tempo todo sendo vistos e serão atacados de surpresa.
Lembre-se sempre que um caça de 1m2 que passar num arco de 120º em azimute e elevação vai ser visto à aproximadamente 140NM, ou 90NM para um caça de 0,1m2. Ou seja, muito antes que possa ser lançado qualquer míssil pelo Rafale, mesmo um Meteor. Mas por outro lado, o restante do grupo de SUs vai saber da presença dos Rafales via datalink com tempo suficiente para um ataque bem planejado.
Você compara o futuro radar do SU-35 com o antigo radar do Rafale, acho melhor aguardar os acontecimentos. E este alcance de 400 km sem travar o alvo serve de pouca coisa.O Rafale tem ótimas qualidades, ninguém seria louco de negar que se trata de um grande avião. Mas o radar é fraco sim, destoa demais do conjunto.
Abraços,
Heronim
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Sim, e não foi nenhuma novidade.Carlos Mathias escreveu:Heronim, você já leu sobre isso aqui?
http://www.aviapedia.com/video/new-mig-35-ols-video
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Carlos,Carlos Mathias escreveu:"Eu não preciso provar nada, basta entrar no site da Thales e ler... A pergunta continua, quantos alvos o Irbis rastreia a 400 km ?"
Entrei no site da KNAAPO e descobri que são 30 alvos à 350/400Km.
Você poderia me passar aonde achou esta informação, procurei e não achei.
Abraços,
Heronim
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Re: BOLÃO DO DB - O que vai vir?
Sim, mas lá não são confirmadas as informações que você passou.Carlos Mathias escreveu:No site da KNAAPO.
Abraços,
Heronim