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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 18, 2008 1:04 am
por Marino
Câmara aprova o ingresso da Venezuela no Mercosul
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da Agência Câmara

O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira, por 265 votos a 61 e seis abstenções, o Projeto de Decreto Legislativo, que contém o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul. O protocolo foi assinado em Caracas, em 4 de julho de 2006, pelos países integrantes do bloco e pela Venezuela. A matéria segue para o Senado.

A proposta entrou na pauta depois de muitas tentativas de acordo sobre a seqüência das matérias a serem votadas. O plenário então inverteu a pauta para analisar, como primeiro item, o requerimento de urgência para o projeto sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul.

Apenas o PSDB se manifestou contra a matéria, por considerar que há o risco de o governo do presidente Hugo Chávez ficar contra determinada negociação do bloco que dependa de aprovação unânime.

O deputado José Genoíno (PT-SP) contestou a posição do PSDB, que considerou ideológica e prejudicial à integração econômica da América do Sul.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 18, 2008 10:25 am
por ciclope
A idéia e simples. Mantenha os amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda.
A beleza da coisa e a seguinte: Para entrar ele teve que concordar com diversos entraves para uma possível intervenção, mesmo que indireta em outras nações sul-americanas. Violalas simplesmente destruiria a sua imagem de bom moço.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 18, 2008 12:39 pm
por Vinicius Pimenta
Também acho que é interessante a estratégia de colocá-la ainda mais sob nossa observação. O Mercosul tem regras que podem segurar um pouco o Chávez. Mas é preciso que o bloco esteja unido para que essas regras sejam mantidas. É bem capaz do Chávez querer colocar as manguinhas de fora.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 8:39 am
por cvn73
19/12/2008 - 07h41
Liderança do Brasil esbarra em desarmonia da AL, diz "Economist"

da Folha Online

Em sua edição mais recente, a revista britânica "The Economist" traz um artigo onde analisa a política externa brasileira e afirma que as intenções do governo Lula de colocar o país no papel de liderança na América Latina esbarram na "harmonia ilusória" da região.

No artigo intitulado "The Samba Beat, With Missteps" ("O Ritmo do Camba, com Passos em Falso", em tradução livre), a publicação britânica cita a importância simbólica da 1ª Cúpula das Américas e do Caribe, realizada nesta semana na Bahia e onde, pela primeira vez, todos os países da região se encontraram sem a presença dos Estados Unidos ou de europeus.

"A mensagem foi de que é o Brasil --com uma economia crescente e um presidente popular-- quem agora lidera a região, e não os EUA. [...] Mas a realidade foi modesta. A cúpula envolveu três encontros separados, em cada um dos quais os desejos fraternais foram nublados pelas diferenças políticas."

Entre estas diferenças, a revista cita o fato de os membros do Mercosul não terem conseguido chegar a um acordo sobre a Tarifa Externa Comum e de a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) não ter avançado na escolha de um secretário-geral.

Abordagem dura

A revista ainda afirma que muitos dos objetivos em política externa dos primeiros anos do governo Lula foram frustrados pela relutância da China em reformar o Conselho de Segurança da ONU, pelo fracasso da Rodada Doha e pelas dificuldades em atingir consensos no Mercosul.

Analisando a política brasileira para América Latina, a publicação diz que, em seu primeiro mandato, Lula foi "caloroso" com os regimes de esquerda da região, citando a boa relação com Hugo Chávez. "Mas a promessa de Lula de ser generoso com os vizinhos menores não foi recíproca", diz a revista, que enumera os problemas que o país teve com o boliviano Evo Morales, que em 2006 nacionalizou parte das operações da Petrobras no país.

Segundo a "Economist", isso levou a uma "abordagem mais dura" em política externa, citando o fato de o país ter convocado seu embaixador em Quito depois que o presidente do Equador, Rafael Correa, expulsou a empreiteira Odebrecht do país e ter se recusado a pagar uma dívida com o BNDES.

A relutância do Brasil em renegociar o Tratado de Itaipu com o presidente paraguaio Fernando Lugo também é citada pela revista.

"O encontro desta semana pode ser a semente de um clube latino-americano, mas apesar da cordialidade, a harmonia regional continua ilusória. Os EUA terão em breve um novo líder popular, que vai ser a estrela da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, em abril. O Brasil, de fato, se tornou muito mais influente. Mas este não é o único jogo que está sendo jogado na região".

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 12:26 pm
por ciclope
Realmente, essa matéria disse tudo. Só esperemos que esse endurecimento da política externa seja prá valer. Pois do contrário, não seremos respeitados, pois seremos o famoso cão que ladra...

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 3:09 pm
por Dieneces
O Chávez implodirá o Mercosul . Quanto a Corrêa , Morales e Lugo só vejo uma forma de conviver com eles : Esperar o tempo passar e ir levando "como quem tropeia lesma" ( despacito , no más)...

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 4:19 pm
por Sterrius
Chavez não tem poder politico ou economico pra implodir o mercosul. Ele no maximo pode travar uma ou outra negociação mas a maioria do que ta sendo discutido é lucro pra venezuela.

Logo implodir o mercosul causaria danos a propria venezuela que agora pode importar de seus vizinhos mais barato. (Em troca a gente importa uma quantidade maior movimentando mais ainda economia).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 6:24 pm
por rafafoz
Eu não creio que Chávez implore pelo Mercosul não e nem que o Brasil está assim com tanta moral (com o eixo Bolivariano) de aplicar uma política externa mais rigorosa com tais países, pelo que entendi da matéria o Brasil terá muita dificuldade de conseguir uma liderança na AL, pelos países contrários que não estão permitindo que isso aconteça e por talvez do novo presidente Barack Obama ofuscar Lula em seu primeiro mandato.

Creio que o Brasil está adotando um tom mais cordial para que isso não venha a acontecer, com essa reunião, mas como na matéria mesmo falou, vai se uma tarefa difícil para o Lula, e se conseguir o que ele irá ganhar, além de ter uma bucha em mãos?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Dez 19, 2008 7:06 pm
por Sterrius
O chavez nao ta implorando pelo mercosul. Mas é vantajoso para ele que o mercosul funcione.

Realmente a oposição da esquerda daqueles paises atrasa a influencia brasileira, mas é algo inevitavel pois conforme o Brasil cresce os outros vão mais cedo ou mais tarde ter que aderir ao comercio brasileiro para se desenvolverem ja que é muito mais facil fazer negocio com os vizinhos que com um país de outro continente. (principalmente quando a maioria da conta da infraestrutura de estradas e trens passa pelo Brasil, ou seja, um Peru da vida tem que gastar pouco pra manter 1 estrada que ligue ao Brasil, ja o brasil tem que gastar uma soma de dinheiro bem maior).

Quanto ao Barack Obama realmente a sorte é a AL não ser uma prioridade pra ele. Pois com seu carisma ele realmente diminuiria a influencia brasileira na região. Mas é certo que os EUA não mais terão o controle que tinham na era clinton e anteriores.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Dez 20, 2008 1:07 pm
por ciclope
Com o petróleo há R$35 o barril, o chaves fica sem munição prá contrabalançar com o Brasil por muito tempo. Os seus demais aliados cujas economias dependem dele ou de seus próprios recursos igualmente desvalorizados os forçaram a rever suas posições contrárias ao Brasil.
Se não vai pelo amor vai pela dor.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Dez 21, 2008 12:53 am
por rafafoz
:D heheh.

Bem olhando o lado logístico da coisa, é mais vantajoso fazer negócio (exportar) com o Brasil do que com um país Asiático, por exemplo, diminui o gasto com infra-estrutura, gastos no transporte de carga, etc.
Só que os principais produtos exportados por esses países são petróleo e gás, com exceção do gás o Brasil importa muito pouco petróleo ou talvez nada desses países.
O que de certo modo, não torna o Brasil um de seus principais credores, como a Venezuela e EUA, que mesmo com todos os problemas os EUA ainda são responsáveis pela exportação de boa parte do petróleo Venezuelano.

Na questão de ter poder ou não, eu não faço a mínima idéia de como está o lado diplomático Venezuelano, pois a imprensa só se preocupa com o Equador e o Paraguai e não fala nada sobre a Venezuela (bem falar fala, mais não o que nós queremos realmente saber). O tom da imprensa Brasileira perante os Venezuelanos é até estranho de ameno, nós não vemos a imprensa atacar os Venezuelanos, como ataca o Paraguai e o Equador, ordem de quem isso, o que mais me intriga é que antes a imprensa caia matando em cima da Venezuela em rede nacional e por que agora não o faz mais?. Pois a maioria dos jornais (a maioria dos mais conhecidos pelos leitores) tomarem a mesma atitude e tom pra mim não é algo assim tão normal.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Dez 21, 2008 12:47 pm
por Marino
Globo:
A nova partilha da África

Gigantes emergentes, China e Índia disputam recursos e influência no continente

Leonardo Valente



A disputa não é mais colonial e nem entre potências européias. No início do século XXI, são dois grandes países emergentes que competem de forma acirrada por influência e negócios no gigantesco continente africano. Embaladas pela necessidade cada vez maior de recursos naturais, especialmente petróleo, e pelas oportunidades de um mercado em potencial pouco explorado pelo Ocidente, China e Índia fazem uma espécie de nova partilha, não mais de territórios como em séculos anteriores, mas de acordos entre governos e de contratos milionários. Os dois países juntos já compram 27% das exportações africanas e são responsáveis por metade dos investimentos estrangeiros na região. Junto com o dinheiro vem a influência política, o que está despertando o temor de muitos países, especialmente dos EUA.

- Eles (China e Índia) estão investindo pesado e muito rápido na África. Espero que não repitam os erros que as potências coloniais cometeram no continente. Seria uma ironia observar que antigos colonizadores tentam agora corrigir erros do passado enquanto novos colonizadores tentam repetir esses erros - disse o investidor George Soros durante viagem ao Senegal.

A China, maior investidor na África atualmente, aumentou em mais de 50 vezes suas trocas comerciais com o continente entre 1987 e 2007. Este ano, o comércio com a região nos primeiros nove meses do ano aumentou 59%, chegando a US$83,4 bilhões. Mais de 800 empresas, a maior parte públicas, estão presentes em 48 países africanos. Pequim, que vê na África uma grande oportunidade de suprir parte de sua demanda energética, faz acordos com governos trocando oportunidades de exploração de petróleo por investimentos e empréstimos. Recentemente, investiu US$150 milhões na construção da nova sede da União Africana na Etiópia, num "gesto de boa vontade" com a região. Os chineses também estão comprando milhões de hectares em propriedades para investir na agricultura, voltada para o mercado chinês.

A política do governo é clara e tem sido bem-sucedida na região: ao contrário do Ocidente, não tenta interferir em assuntos internos dos países africanos e negocia de forma pragmática com todo o tipo de governo, dos mais democráticos como África do Sul a ditaduras cruéis como a do presidente Robert Mugabe, do Zimbábue.

- Os chineses fecham contratos com cláusulas que já incluem mão-de-obra própria. Ou seja, levam seus empregados para a África, num esquema de jornada de trabalho e salários mais competitivos que o oferecido por outros países. Essa estratégia ajuda no fechamento das parcerias - diz Williams Gonçalves, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.



Peregrinações a Nova Délhi

Mas ameaças aos interesses econômicos chineses na África são considerados tão graves que fizeram o país, pela primeira vez desde o século XV, anunciar que vai enviar navios de guerra para fora de seu continente: a frota segue este mês para a costa oriental africana para proteger petroleiros da ação de piratas.

A Índia, apesar de ter menos recursos que a China, foi o segundo investidor mais importante na África em 2007. Na tentativa de conquistar maior aproximação política, o governo de Nova Délhi criou um fundo de US$10 bilhões para ajudar projetos humanitários na África. Os indianos, mais necessitados do petróleo africano que os chineses, oferecem parcerias tecnológicas e na área de serviços em troca de contratos na área de energia. Também investem pesado no setor financeiro. No ano passado, compraram o maior banco da África do Sul.

- Vários governantes africanos vão até Nova Délhi tentar fechar acordos pois conhecem os interesses estratégicos da Índia - disse o jornalista indiano radicado nos EUA e pesquisador em relações internacionais Fareed Zakaria.



Brasil ainda investe pouco no continente



Apesar de figurar com China, Índia e Rússia no seleto grupo dos Bric, e de ter grande afinidade cultural com a África, o Brasil ainda investe de forma tímida no continente, segundo especialistas. A maior parte das empresas está concentrada em Angola - especialmente dos setores de construção e infra-estrutura - país em reconstrução e grande produtor de petróleo, o que também tem despertado grande interesse de chineses e indianos. Até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante viagem à África em outubro, chegou a afirmar que os investimentos brasileiros na região "demoram para caramba".

- O Brasil não tem os índices de crescimento e a força econômica da China e da Índia, mas isso só explica parte da presença mais tímida do país na África. A política externa brasileira para o continente não teve continuidade, é cortada por momentos de aproximação e por tempos de total distanciamento. O país não tem um planejamento estratégico de longo prazo para a sua presença na África - disse Williams Gonçalves, professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Em Angola, empresas brasileiras participam da construção de rodovias, viadutos, shoppings e empreendimentos imobiliários. Empresas como a Petrobras também procuram ampliar parcerias energéticas e grandes de lojas brasileiras começam a investir no mercado voltado para as classes mais altas em Luanda. No entanto, os chineses começam a ofuscar a presença brasileira.

- A China tem investido em contratos energéticos milionários com o governo angolano e oferecido uma série de benefícios e possibilidades de investimentos. A presença chinesa em Angola é tão grande que já existem três vôos semanais entre Luanda e Pequim, e quase sempre estão lotados - contou o especialista em economia política internacional Andrea Goldenstein. (L.V.)

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Dez 21, 2008 1:07 pm
por ciclope
A política externa brasileira está total mente voltada para a unificação da America do sul. O que me entristece é que mesmo assim ela está sendo conduzida de forma errada pelos nossos diplomatas, não é que seja culpa da classe como um todo. A culpa dessa política errada e daqueles que os comanda.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Ter Dez 23, 2008 6:44 pm
por Clermont
IMPÉRIO INCOERENTE: O Caso para sair da OTAN.

Por Doug Bandow – 18 de dezembro de 2008 – Taki’s Magazine (takimag.com).

Outra conferência da OTAN, outro exemplo de futilidade geopolítica. No recente encontro ministerial da aliança, os europeus rechaçaram a pressão de Washington para acelerar o ingresso da Geórgia e Ucrânia. A OTAN está se aproximando de seu sexagésimo aniversário, e está, totalmente, privada de uma raison d’être. A organização mudou de uma aliança militar visando à segurança dos Estados Unidos, para o equivalente internacional de um clube de cavalheiros. Apenas Washington tem o dever de proteger a todos.

A América e a Europa devem continuar a cooperar em questões de interesse comum. Mas já é tempo para Washington devolver a segurança européia para a Europa.

Em 1948, o mundo estava em meio à Guerra Fria. Uma Europa devastada pela guerra, permanecia em estagnação econômica, vulnerável à subversão comunista, à movimentos democráticos de esquerda e à pressão soviética. Joseph Stalin talvez nunca tenha contemplado uma invasão do Ocidente, mas uma aliança liderada pelos Estados Unidos tornou-se a maneira óbvia para, nas imortais palavras de Lorde Hasting Ismay, manter os russos fora, os americanos dentro e os alemães embaixo.

Na época, o relacionamento servia aos interesses dos Estados Unidos. A dominação da Eurásia por uma potência hegemônica hostil criaria um ambiente geopolítico instável e perigoso. Um escudo de defesa americano daria à Europa tempo para se recuperar economicamente, se estabilizar politicamente e se reforçar militarmente. A aliança foi criada em momento e circunstância particulares para servir a uma necessidade temporária. O presidente Dwight Eisenhower preveniu contra a transformação dos europeus em dependentes permanentes de um “bolsa-segurança”.

Por volta de 1980, a justificativa para a OTAN tinha ficado cada vez mais esfarrapada. O esclerosado império soviético ainda era mau, porém, totalmente despreparado para desfechar uma guerra de conquista rumo ao Atlântico. Embora os europeus fossem, totalmente, capazes de defenderem-se, eles viam pouca ameaça de Moscou e recusaram-se a aumentar seus estabelecimentos militares ou apoiar as prioridades estratégicas de Washington, alhures, ao redor do globo. Com a ascensão de Mikhail Gorbatchev e a subseqüente dissolução da União Soviética e do Pacto de Varsóvia, a OTAN perdeu seu propósito essencial.

Os Estados Unidos não mais confrontavam uma potência hegemônica, hostil, que dirá uma que fosse capaz de conquistar a maior parte da Europa e da Ásia. Enquanto os antigos aliados soviéticos olhavam para o oeste, não havia ninguém para a América ou a Europa se defenderem. Embaraçados funcionários da aliança debateram sobre a concessão de novas missões para a organização anti-soviética, tais como combater o tráfico de drogas e promover a proteção ambiental. Talvez a única coisa que os advogados da OTAN não sugeriram foi transformar tanques em bibliotecas móveis para distribuir literatura inspiracional para jovens desprivilegiados, por todo o continente.

Nenhuma dessas missões substitutas propostas fazia o menor sentido. Com a ameaça soviética eliminada, a aliança anti-soviética deveria, ou ser desmobilizada ou entregue aos europeus. Ao invés, a OTAN tornou-se um fim, antes do que um meio, para ser preservado, sem levar em contas as circunstâncias, e seus apoiadores fincaram o pé em dois novos papéis.

O primeiro era conduzir atividades “fora da área” – ação militar em regiões não relacionadas com a defesa da Europa. No entanto, a unidade européia foi muito rara, quando era discutível se a segurança do continente estava em risco (observem a disputa sobre a construção de um gasoduto para a Rússia). Quanto mais longe a aliança se movia, menos acordo os membros podiam alcançar. Hoje, a política para com a Rússia divide, não só a Europa da América, mas a Europa Ocidental da Oriental. Mesmo quando a maioria dos estados favorece a ação militar, como nos Bálcãs, poucos podem ou irão contribuir, significativamente, com forças militares, para reais propósitos de combate.

Embora os europeus tenham estado ocupados com missões de pacificação, em muitos lugares – dois anos atrás, o senador John McCain saudou o fato de que “todo membro do último período de expansão está, atualmente, contribuindo para operações da OTAN” – eles possuem muito pouca capacidade de combate. Enquanto servia como representante permanente da América para a OTAN, o embaixador Nicholas Burns apontou que, apenas, de três a cinco porcento das forças militares européias são desdobráveis além de suas próprias fronteiras, comparados aos, aproximadamente, 75 porcento das forças armadas americanas.

Em 1999, a OTAN foi à guerra contra a Sérvia, que nem havia atacado, nem ameaçado atacar um estado-membro. Na prática, isto foi uma operação americana. Como também é o Afeganistão. Os britânicos, dinamarqueses e canadenses, realmente, lutam, mas a maioria dos contingentes da OTAN opera sob regras de engajamento burocráticas, ou “salvaguardas nacionais,” e, com freqüência, longe de onde seriam necessárias. A resistência ao apelo de Washington por mais tropas para o Afeganistão demonstra os limites do suposto papel da OTAN. Ainda pior, nações como a Albânia e a Estônia fornecem números minúsculos de tropas para uma ou outra operação e esperam auxílio financeiro e garantias de segurança em troca. A revista The Economist, hilariamente, chama tais nações “valiosos aliados em lugares, tais como o Iraque e Afeganistão – pequenos em números, porém, fortes em simbolismo.” A ênfase devia ser em pequenos, e com freqüência, muito pequenos, “em números”. Os Estados Unidos suportam o ônus primário das operações de combate, enquanto “OTAN”, realmente, quer dizer “americanos e os outros”.

Mesmo quando as contribuições européias têm algum valor, a OTAN é desnecessária. Na prática, tais missões da “OTAN” são, essencialmente, coalizões lideradas pelos Estados Unidos que poderiam ser organizadas fora da estrutura normal da aliança. Washington recebe pouco benefício militar, em troca da proteção de aliados que preferem dispender dinheiro em seus generosos estados de bem-estar social.

A segunda nova tarefa para a OTAN deveria ser o auxílio a integração de novos recém-libertos estados da Europa Central e Oriental, no Ocidente. O Presidente do Comitê de Relações Externas (e futuro vice-presidente dos EUA), senador Joe Biden, observou, no início deste ano: “Durante os anos 1990, a OTAN tornou-se uma força para a promoção de uma Europa única e livre, de modos que seus fundadores, jamais imaginaram, completamente, eu acho.” Este é um objetivo digno, mas enquanto o ingresso na aliança possa demonstrar um favorecimento pelos aliados, ele fornece, apenas, limitada assistência na tranformação de sistemas políticos autoritários e econômicos coletivistas. O Plano de Ação de Ingresso cita “demonstração de empenho para o governo da lei e dos direitos humanos” e “promoção de estabilidade e bem-estar por meio de liberdade econômica, justiça social e responsabilidade ambiental.” No entanto, a OTAN não tem nenhuma especialização particular em promover o processo democrático, a regra da lei, a economia de mercado, “justiça social”, sociedade civil e, sim, “responsabilidade ambiental”.

Em contraste, estes são objetivos que a União Européia é, de longe, mais capacitada para cumprir. A UE exige modificações legais e políticas, e impõe seus padrões com algum rigor. A organização pode aplicar sanções e impor regras, mesmo depois de um país entrar: a UE, recentemente, suspendeu alguns programas de auxílio na Bulgária, devido a persistente corrupção governamental. Se a OTAN tem qualquer valor, é como aliança militar, não uma variante internacional do selo de aprovação do INMETRO.

Mas a falta de propósito não impediu a OTAN de continuar a expandir-se para estados de decrescente relevância geopolítica para a América. Após o colapso da União Soviética, a Europa Central e Oriental correu para ela. Então, vieram as nações bálticas, levando a aliança para dentro de 96 Km de São Petersburgo. Os estados balcânicos, com a Macedônia se atrasando, apenas devido a uma esotérica disputa de nomes com a Grécia, integrante da OTAN. “Uma vez que a Albânia e a Croácia, formalmente, juntarem-se a OTAN, seus povos poderão saber que, se alguma nação ameaçar sua segurança, cada membro de nossa aliança estará ao seu lado,” exultou o presidente George W. Bush. E a administração Bush continua a pressionar, apesar da forte oposição de vários membros do núcleo da OTAN, pela inclusão da Geórgia e da Ucrânia.

O que o Ocidente, que dirá, apenas, os Estados Unidos, está conseguindo com esta expansão indiscriminada?

Funcionários falam muito de estabilidade e democracia, enquanto o Washington Post publica editoriais sobre “defender a independência dos vizinhos democráticos da Rússia”. Gary Schmitt e Mauro De Lorenzo, do American Enterprise Institute se preocupam com a “lei internacional, segurança energética, futuro da OTAN e a credibilidade da América quando se trata de apoiar novas democracias.” Os senadores Lindsey Graham e Joe Lieberman escreveram um artigo espalhafatoso sobre o “desafio, por Moscou, à ordem política e aos valores no coração do continente.”

Ninguém, no entanto, parece falar sobre segurança – pelo menos, para os Estados Unidos e a Europa Ocidental. Eles não falam, porque não podem.

Seis décadas atrás, Washington salvaguardou um continente crítico - que ele havia acabado de ajudar a se livrar da dominação nazista alemã -, do que se temia ser uma agressão comunista soviética. Hoje, os Estados Unidos, promiscuamente, distribuem garantias de segurança para pequenos países, muitos dos quais tem mais a temer da instabilidade doméstica do que ataque externo, e nenhum dos quais, jamais, foi considerado como de importância para a segurança americana. Dados os critérios atuais, ou falta de critérios, para ingresso, haverá alguma nação não-qualificada para se juntar? Por quê não a Armênia, Nepal, Chade e Indonésia? Talvez Tonga, Brasil e Granada? Ou, até mesmo, a Rússia, como Victoria Nuland, representante permanente da América para a OTAN, propôs dois anos atrás?

Apesar da persistente instabilidade e rebelião na Europa Central e Oriental, durante toda a Guerra Fria, Washington, sensatamente, recusou a considerar ir à guerra para libertar a Alemanha Oriental, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia e a Polônia, de novo. Quando os americanos falavam de “Nações Cativas”, eles, tipicamente, queriam dizer os três estados bálticos, mas nunca advogaram bombardear Moscou para resgatar os prisioneiros. E ninguém passou muito tempo se preocupando sobre a Croácia ser parte da Iugoslávia, Albânia sendo o único posto avançado maoísta na Europa, ou a Geórgia e a Ucrânia sendo parte da União Soviética, como foram da Rússia Tzarista. A liberdade em todos estes casos, foi reconhecida como questão de simpatia, não de interesse nacional.

De fato, permanecer como o membro dominante da OTAN não faz sentido algum para os Estados Unidos, em qualquer nível. Primeiro, a América permanece um colosso, responsável por, aproximadamente, metade do gasto militar global. Ela não enfrenta nenhum rival hegemônico, nenhuma potência alternativa que possa competir, que dirá, derrotar Washington – mesmo em sua própria vizinhança.

A China vem em segundo lugar, em gasto militar, mas iniciou a partir de uma base muito menor e está focada em conter a intervenção americana, ao longo de suas fronteiras. A Rússia é, somente, o terceiro lugar, e perdeu qualquer pretensão de alcance global, exceto com seu arsenal nuclear. Será preciso muito mais do que os estimados 70 bilhões de dólares anuais de gasto militar anual de Moscou – aproximadamente, um sétimo dos atuais gastos militares da América, excetuando-se o dispendido no Iraque/Afeganistão -, para permitir-lhe rivalizar com Washington. Não há hegemonia global nenhuma, além daquela dos Estados Unidos.

Segundo, a Rússia é incapaz de dominar, seja a Ásia ou a Europa. A China é uma pretensa superpotência emergente, enquanto os membros da União Européia já gastam e constroem mais do que a Rússia, militarmente. Apesar das professadas pretensões de poder do governo Putin, as forças armadas convencionais da Rússia tem pouco alcance, além de suas fronteiras imediatas. E não é muito provável que isto mude muito no futuro; na verdade, com o declínio dos preços do petróleo e a quebra nos valores de mercado, Moscou é mais fraca, hoje, do que durante sua guerra de agosto com a Geórgia. Com um PIB e população maiores, até mesmo do que a América, os europeus podem sobrepujar a Rússia, não importa o quanto mais Moscou devote à suas forças armadas.

Terceiro, a expansão da OTAN em qualquer direção multiplica os riscos, antes do que as vantagens. Enquanto os membros originais da aliança gastavam o mínimo possível com as forças armadas, a Grã-Bretanha e a França, ao menos, mantinham forças armadas competentes e bem-equipadas. Nenhum dos novos membros da OTAN são capazes de defenderem-se, que dirá, efetuarem qualquer empenho significativo de combate, além-mar. Mas todos tem uma variedade de fraquezas internas, disputas de fronteira e conflitos internacionais. Trazer países como Albânia, Geórgia e Macedônia para a aliança cria, sempre, novos riscos sem nenhuma vantagem correspondente.

O mais sério destes perigos é a confrontação com uma Rússia, nuclearmente armada. Durante a Guerra Fria, Washington compreendia que garantias de defesa e desdobramentos de tropas, como parte de uma aliança militar, significavam uma disposição de ir à guerra. O potencial de escalada para armas nucleares, constantemente, pressionava ambos os lados para recuarem da retórica, algumas vezes, superaquecida. Pontos de crises, tais como Berlim e Cuba eram tão temidos porque o que estava em jogo era considerado como elevado demais.

O fim da Guerra Fria pareceu eliminar a assustadora perspectiva de um conflito se transformar em nuclear, seja por erro ou desespero. Mas, a batalha de agosto, no Cáucaso, ressuscitou esta possibilidade. Em setembro, o presidente George W. Bush anunciou: “É importante para o povo da Lituânia saber que, ao se comprometer, os Estados Unidos falam sério.” Incluindo trocar Washington e Nova York por Vilna e Kaunas, ou Tbilisi e Kutaisi?

Na verdade, tolamente, expandindo a aliança para a fronteira da Rússia ajudou a criar a crise com Moscou. Vladimir Putin pode ser implacável e autoritário, mas o público russo o apoia por razões que os fazedores de política não podem desconsiderar. Embora a administração de Bush I tenha prometido não expandir a OTAN, em troca de uma retirada pacífica soviética da Europa Central e Oriental, a administração Clinton, rapidamente, estendeu a aliança anti-soviética até as fronteiras da Rússia. A guerra contra a Sérvia - e seu subseqüente desmembramento -, ignorou os tradicionais interesses de segurança de Moscou, tratando a recém-rebaixada superpotência como se ela não fosse de importância alguma.

Para a maioria dos russos, estender a OTAN para as antigas repúblicas constituintes da União Soviética, para os Bálcãs e, até mesmo, para territórios de há muito tempo parcelas da Rússia imperial – e, cada vez mais distantes dos tradicionais interesses de segurança ocidentais – parecia mais com uma política consciente de cerco. Dizer aos russos que a OTAN não deseja fazer nada com o país deles, enquanto a aliança pula até suas fronteiras, sugere que os ocidentais acreditam que os russos são uns otários, o que, decididamente, eles não são. A conversa de adicionar a Geórgia e a Ucrânia deu a Moscou mais evidências das presumíveis intenções maléficas do Ocidente.

Ainda assim, expandir a OTAN, com suas promessas de defesa coletina, não é o bastante para alguns analistas. Kim Holmes da Heritage Foundation escreve: “Os Estados Unidos precisam dar garantias especiais de segurança para a Polônia, os países bálticos e outros estados da OTAN na região.”

É hora para repensar a OTAN.

A aliança é um meio, não uma finalidade. E a finalidade da OTAN já foi cumprida, a Europa já se recuperou dos horrores da Segunda Guerra Mundial; o Oeste e o Leste já se reuniram; o continente é capaz de agrupar qualquer tamanho e qualidade de força militar que desejar. As forças e garantias americanas não são necessárias para impedir sua subjugação por forças externas, sejam as a da Rússia ou, ainda mais implausivelmente, de algum outro estado hostil.

No entanto, a OTAN é inadequada para transformar a si mesma para a consecução de outros objetivos. Ela é, em seus fundamentos, uma aliança militar – ninguém precisa de uma segunda União Européia. Os senadores Graham e Lieberman reconhecem que a organização não tem nenhum outro papel sério quando pedem pelo “revigoramento da OTAN como aliança militar, não apenas como política.” O ministro do exterior polonês Radoslaw Sikorski apresentou um ponto similar após a Guerra Russo-Georgiana: “A OTAN precisa recuperar seu papel, não só com aliança mas como organização militar”.

Após seis décadas, no entanto, deveria estar óbvio que não há nenhum apoio real entre as mais importantes potências européias para um semelhante esforço. E não há razão alguma para Washington continuar a preencher este vazio.

Se a Geórgia ou Ucrânia, Albânia ou Croácia, ou mesmo Estônia ou Polônia, devem gozar o benéfico de um escudo multilateral contra um possível revanchismo russo, é questão para o restante da Europa decidir. Em primeiro lugar, estes países deveriam fazer mais por si mesmos. Por exemplo, nem Polônia, nem Ucrânia precisam ser sacos de pancada militares. Varsóvia está anunciando um programa militar de modernização multibilionário e o presidente ucraniano Viktor Yushchenko está pressionando seu governo para aumentar os gastos com a defesa. A Geórgia precisa se preocupar mais com a proteção ao seu território do que em participar nas missões dos EUA e da OTAN, alhures. (também ajudaria se tais nações não dessem início a conflitos com a Rússia, como, tem se tornado cada vez mais claro, fez Tbilisi.)

Estes países, também, deveriam trabalhar juntos para assegurar que qualquer agressão por Moscou irá sair caro, tão caro que não irá valer a pena. Cooperação regional similar está ocorrendo entre Finlândia, Noruega e Suécia. Além do mais, o restante da Europa deveria avaliar o risco de agressão russa e a apropriada resposta. A instabilidade na periferia da Europa é, de longe, uma preocupação maior para Berlim, Paris, Londres e Roma do que para Washington. É tempo para eles assumirem a responsabilidade primária por sua segurança continental.

O ponto não é que os Estados Unidos devam ser indiferentes ao destino do restante do mundo, mas que eles devam ser o eqüalizador extra-continental, antes do que o interventor de primeiro recurso. Os europeus tem, de longe, mais em risco em qualquer conflito continental e podem gastar um bocado mais com suas forças armadas para impedir agressão e vencer qualquer guerra. Deixem que eles façam isto. Washington deve ser vigilante e prevenida, pronta para ajudar a impedir uma possível potência hegemônica de conquistar o controle da Eurásia. O que, hoje em dia, quer dizer vigiar uma potência que não existe. Se um tal poder surgir, em algum futuro próximo, irá ser a China, não a Rússia.

Deixar a OTAN para os europeus significa não influenciar suas decisões de defesa. A Europa está cheia de conversa sobre fazer mais, militarmente. O presidente da França (e, atualmente, da União Européia) Nicolas Sarkozy bravateia sobre aprovar o Tratado de Lisboa e criar uma força mais robusta da UE. Karsten Voigt, que coordena as relações germano-americanas em Berlim, expressa esperança por “uma parceria igual” em “política externa e de segurança”.

Mas, de fato, há pouco sentimento na Europa para galgar os passos necessários para criar o tipo de forças armadas coletivas, necessárias para ser tratada como grande potência. O secretário da defesa britânico John Hutton previne: “O sucesso no Afeganistão está emergindo, rapidamente, como o teste da relevância da OTAN nesta nova era pós-Guerra Fria.” De outro modo, “a OTAN se arriscará a ser irrelevante.” Daniel Korskik, do Conselho Europeu sobre Relações Externas, de forma semelhante, sustenta, “O Afeganistão irá ser contemplado em Washington como teste da verdade se os Europeus podem ser levados à sério como parceiros estratégicos.” Se eles fracassarem, como certamente irão, está tudo bem. Eles não tem entusiasmo algum pela campanha anti-terrorista militarizada (e, por causa disso, mal-conduzida) de Washington.

Os europeus tem pouco entusiasmo pela defesa da Europa. Os ministros da UE, recentemente, concordaram em criar uma força de desdobramento de 60 mil soldados – mas só “nos anos vindouros”, seja lá o que isso queira dizer. O povo e os políticos da Europa podem contemplar o risco de guerra como pequeno demais para exigir a concessão de mais recursos para sua forças armadas. Eles podem decidir que os leste-europeus e outros não estão em perigo real, ou não valem a pena ser salvos. Está tudo jóia, também. Após seis décadas tratando a Europa como uma beneficiária indefesa, Washington deveria, metaforicamente, chutar sua criança para fora da casa, deixando os europeus com total controle e responsabilidade por seu próprio destino.

Além do mais, entregar a OTAN para a Europa não iria, de modo algum, limitar a formação de futuras “coalizões de boa-vontade” para cooperarem em expedições militares alhures. Reconhecer a ameaça para o comércio europeu representada pela crescente pirataria, levou a UE a enviar uma pequena força naval para patrulhar as águas ao largo da Somália. Mesmo assim, é improvável que a maioria dos estados europeus se junte, entusiasticamente, em conflitos reais, que exijam grandes forças: observem a relutância em enviar uma força de pacificação para o Congo ou transformar a missão de monitoramento do cessar-fogo em operação de pacificação na Geórgia, que dirá, engajar-se em combate no Afeganistão. No melhor dos casos, a aliança encoraja alguns países que, de outro modo, não iriam participar, a adularem Washington, ao enviarem, relutantemente, forças mínimas, obstruídas por salvaguardas nacionais. O preço para os Estados Unidos, por tal “ajuda’ não é digno de ser pago.

A política externa americana, e as instituições criadas para sua promoção, deveriam refletir as circunstâncias geopolíticas. A OTAN foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial, para conter a União Soviética, durante a Guerra Fria. A aliança cumpriu seu objetivo. É tempo de Washington e a Europa avançarem.

O que virá a seguir, tratando-se da segurança européia? É problema dos europeus. Os americanos passaram as últimas seis décadas tomando conta de amigos e aliados, por todo o mundo. É tempo de eles começarem a tomar conta de si mesmos.


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Doug Bandow foi Assistente Especial do presidente Ronald Reagan. Ele é autor de Foreign Follies: America’s New Global Empire.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 24, 2008 4:04 am
por Dieneces
Perdoem-me amigos foristas mas vocês parecem ainda não conhecer o Chávez. Ele é diferente de tudo que vocês já conheceram antes . Esse homem é uma mistura de Louco com Lunático . Ele se acha uma mistura de Jesus Cristo com Joana D'arc . Não botem fé nele . Vai acabar na graxeira .