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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Ago 05, 2011 1:54 pm
por DELTA22
Os EUA um muro com o México e Israel outro... :roll:

Novidade nenhuma. Arame farpado é "ficha"... [002]

[]'s.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Ago 05, 2011 2:42 pm
por WalterGaudério
DELTA22 escreveu:Os EUA um muro com o México e Israel outro... :roll:

Novidade nenhuma. Arame farpado é "ficha"... [002]

[]'s.
Nós precisamos de um bem grande entre a nossa fronteira com a Bolívia e a fronteira com o Paraguai.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Ago 05, 2011 3:33 pm
por J.Ricardo
Ow loco, sem a concorrência dos produtos "importados" pela fronteira, a inflação dispara!!! :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Ago 05, 2011 9:04 pm
por Paisano
Uma janela no pensamento estratégico de Dilma Rousseff

Fonte: http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-b ... sseff.html
por Luiz Carlos Azenha

Obviedade: o Brasil é uma potência econômica em ascensão.

Em breve, será necessário colocar alguns dentes na política externa do barão do Rio Branco.

1. Submarinos, inclusive o tocado por energia nuclear (aqui, o Brasil precisa avançar na idea do enriquecimento conjunto de urânio com os vizinhos);

2. Caças;

3. Indústria nacional para reduzir dependência de armamentos importados;

4. Programa espacial soberano, sem cessão de Alcântara.

Isso é necessário não só à defesa da Amazônia e do pré-sal, mas à projeção do Brasil no Atlântico sul, em parceria com a Argentina.

O livro Um Rio Chamado Atlântico, do embaixador Alberto da Costa e Silva — dentre muitos que existem na mesma linha — mostra como as economias do Brasil e da costa ocidental da África foram integradas sob o império português.

Nossa vocação é o Atlântico, não apenas de olho na outra margem, na costa da África.

Depois da biodiversidade da Amazônia e das profundezas do pré-sal, as fronteiras da Ciência e da riqueza estão no espaço e no fundo do mar.

É a vocação brasileira, com sua imensa costa. Dizem os militares: é a Amazônia azul.

Dotar a política externa brasileira de alguns dentes requer muito tato, muita experiência internacional.

O Brasil precisa fazer isso sem afastar os vizinhos, sem esvaziar a Unasul, nem permitir que os Estados Unidos explorem as dissensões regionais em proveito próprio.

Sem jogar por terra a longa campanha por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Ancorando a Venezuela, a Colômbia e o Peru na, por assim dizer, “dimensão atlântica” do Brasil.

Quem melhor capacitado para liderar este processo que um ex-chanceler, reconhecido em todo mundo por sua capacidade de negociação e pelo apego às soluções políticas para as crises internacionais?

Mais do que nunca, política externa e Defesa são duas faces da mesma moeda.

Você entregaria esta tarefa, que equivale a atravessar a loja de cristais sem quebrar peças, a Nelson Jobim ou a Celso Amorim?

PS do Viomundo: Não posso perder a janela do bom humor, reproduzindo o comentário de um leitor do Conversa Afiada, o Madeira: “Jobim entrou para o folclore nacional pelo gosto exótico de vestir farda militar sendo ele um ministro da defesa civil, uma espécie de rambo tupiniquim da melhor idade. Quem vai sentir muita saudade do Jobim além do PIG é a embaixada americana”.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Ago 06, 2011 2:07 am
por cassiosemasas
Paisano escreveu:Uma janela no pensamento estratégico de Dilma Rousseff

Fonte: http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-b ... sseff.html
por Luiz Carlos Azenha

Obviedade: o Brasil é uma potência econômica em ascensão.

Em breve, será necessário colocar alguns dentes na política externa do barão do Rio Branco.

1. Submarinos, inclusive o tocado por energia nuclear (aqui, o Brasil precisa avançar na idea do enriquecimento conjunto de urânio com os vizinhos);

2. Caças;

3. Indústria nacional para reduzir dependência de armamentos importados;

4. Programa espacial soberano, sem cessão de Alcântara.

Isso é necessário não só à defesa da Amazônia e do pré-sal, mas à projeção do Brasil no Atlântico sul, em parceria com a Argentina.

O livro Um Rio Chamado Atlântico, do embaixador Alberto da Costa e Silva — dentre muitos que existem na mesma linha — mostra como as economias do Brasil e da costa ocidental da África foram integradas sob o império português.

Nossa vocação é o Atlântico, não apenas de olho na outra margem, na costa da África.

Depois da biodiversidade da Amazônia e das profundezas do pré-sal, as fronteiras da Ciência e da riqueza estão no espaço e no fundo do mar.

É a vocação brasileira, com sua imensa costa. Dizem os militares: é a Amazônia azul.

Dotar a política externa brasileira de alguns dentes requer muito tato, muita experiência internacional.

O Brasil precisa fazer isso sem afastar os vizinhos, sem esvaziar a Unasul, nem permitir que os Estados Unidos explorem as dissensões regionais em proveito próprio.

Sem jogar por terra a longa campanha por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Ancorando a Venezuela, a Colômbia e o Peru na, por assim dizer, “dimensão atlântica” do Brasil.

Quem melhor capacitado para liderar este processo que um ex-chanceler, reconhecido em todo mundo por sua capacidade de negociação e pelo apego às soluções políticas para as crises internacionais?

Mais do que nunca, política externa e Defesa são duas faces da mesma moeda.

Você entregaria esta tarefa, que equivale a atravessar a loja de cristais sem quebrar peças, a Nelson Jobim ou a Celso Amorim?

PS do Viomundo: Não posso perder a janela do bom humor, reproduzindo o comentário de um leitor do Conversa Afiada, o Madeira: “Jobim entrou para o folclore nacional pelo gosto exótico de vestir farda militar sendo ele um ministro da defesa civil, uma espécie de rambo tupiniquim da melhor idade. Quem vai sentir muita saudade do Jobim além do PIG é a embaixada americana”.

:D :D :D bem humorado o texto...acho que Nelson Jobim, levou o barco até onde podia(ou dava conta).E acho que sim, na atual conjuntura, um "cara" como Celso Amorim pode dar bons resultados.
Podem falar mau, mas de boba, dona Vana não tem nada!

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Ago 11, 2011 4:40 pm
por thelmo rodrigues
COBIÇA NA AMAZÔNIA


REFLEXÕES DO BLOG ‘DEMOCRACIA&POLÍTICA’:

O mapa acima indica como a Amazônia está cada vez mais sendo asfixiada com áreas indígenas, áreas de conservação florestal etc. Além dessas indicadas, muitas outras já estão em processo de criação na FUNAI e IBAMA. O mapa já está bem mais colorido.

Em geral, nossa imprensa e autoridades são ingênuas sobre o assunto, e não percebem que há interesses capciosos das grandes potências que orientam e financiam ONGs para esse resultado. Brasileiros repetem conceitos (como “herança da humanidade”) que carregam objetivos estrangeiros de congelar maiores áreas para futuro usufruto deles, impedindo a incorporação daquela região ao desenvolvimento brasileiro.

Isso já vem ocorrendo há muito tempo.

Por exemplo, o “Paris Match”, de maio de 1990, publicou agressiva reportagem afirmando “que é legítimo instalar na Amazônia Forças Militares das Nações Unidas” e que “é preciso campanha internacional para salvar os Yanomami”. A imprensa brasileira, ingenuamente, reportou aquela iniciativa francesa como benéfica. O jornal “Correio Braziliense” de 05/05/1990 colocou-a sob o cândido título: “França vai ajudar Yanomami”… Ou é inocência extrema ou claro envolvimento favorável à campanha financiada pelo governo francês.

Enormes áreas indígenas na região de fronteira, até sem índios para justificá-las, são perigosos embriões de futuras perdas territoriais para o Brasil. Hoje, já há comoção internacional (com apoio da nossa grande mídia) para qualquer presença institucional brasileira nessas áreas.

É lógico que a ocupação e a exploração da Amazônia não podem ser predatórias e descontroladas. Deve haver legislação para regulá-las e controle governamental.

Mas não sejamos inocentes. Entidades estrangeiras (precisamente identificadas), sob disfarces “humanitários”, enviaram vultosos recursos financeiros para atividades típicas de germinação de futuros movimentos separatistas. Como? Ao destinarem (documentadamente) recursos para as seguintes campanhas para:

– a demarcação de fronteiras de imensos territórios (algumas áreas têm 30.000 hectares por índio, contando desde os recém-nascidos!). Coincidentemente, as novas áreas no Brasil avançam suas fronteiras sobre as jazidas minerais descobertas, ou sobre regiões onde está prevista a construção de hidrelétricas, ou estradas, ou vias fluviais importantes, ou onde as fronteiras são simples “linhas secas” virtuais, sem a presença de rios para delimitá-las;

– a autodeterminação política, econômica e até de autodefesa daquelas comunidades;

– que haja o isolamento cultural (de “preservação inviolável da cultura”), de não-incorporação à sociedade nacional;

– a propriedade integral para os índios dos bens naturais, do solo e do subsolo;

– a instituição formal de nacionalidade indígena diversa da brasileira; e outras.

ALGUNS FATOS ESTARRECEDORES:

PRESSÃO DO GOVERNO DOS EUA

Em 14 de junho de 1991, o Senado dos Estados Unidos da América enviou a George Bush (pai) documento apresentando as questões que aquele presidente norte-americano deveria decidir no encontro (que ocorreu uma semana depois) com o presidente Fernando Collor. Assinaram o documento os senadores Alan Cranston, Edward M. Kennedy, Paul Welstone, Dennis DeConcini, Daniel Patrick Moynithan, Albert Gore Jr., Tom Harkin e Tim Mirth.

Basicamente, dizia o documento, “é essencial que o Presidente Collor assegure imediatamente que o território Yanomami seja legalmente demarcado na sua totalidade”. “Esta agenda é de vital interesse para ambos os países”. No original, “It is essential that President Collor ensure that the entire, continuous Yanomami área be legally demarcated immediately.” “This agenda is of vital concern to both our nations”.

Aquela área já havia sido identificada (pelo Projeto RADAM) como riquíssima em cassiterita (estanho), ouro e diamantes. Inclusive, a crescente e grande produção brasileira de cassiterita já gerara reclamações de grandes empresas euroamericanas na Ásia, que antes, praticamente, monopolizavam o mercado do estanho.

Collor logo obedeceu. Atendeu às reivindicações dos EUA e das grandes potências e criou, com o prestimoso apoio do seu Ministro da Justiça, Jarbas Passarinho, o território da nova e grande “Nação Yanomami” (Portaria nº 580 de 15/11/1991). Somente no tocante à área dentro do Brasil, ela é maior que Portugal ou a Áustria.

Collor criou o território daquela “Nação” exatamente conforme a proposta de delimitação preparada no exterior muito antes, no fim dos anos setenta, e trazida para o Brasil pela então fotógrafa suíça Cláudia Andujar, que veio a ser a presidente da ONG CCPY (Comissão para a Criação do Parque Yanomami) [ela recebeu, por aquele trabalho, elevadas homenagens e comendas nacionais de FHC].

Aquele plano estrangeiro foi logo transformado, sem modificações (a não ser o sentido inverso usado na descrição dos acidentes geográficos limítrofes do território da nova “nação”) em projeto de lei (nº 365) do Senado, pelo senador Severo Gomes. A referida área por ele proposta era idêntica ao território que veio a ser criado pelo Presidente Collor.

GOVERNO ITALIANO E PARLAMENTO EUROPEU

O então Ministro do Tesouro Italiano Giuliano Amato informou à imprensa (jornal “Il Messaggero de 04/04/1989) suas ações junto ao Parlamento Europeu e ao Banco Mundial para a suspensão de todos os financiamentos que contribuissem para o aproveitamento pelo Brasil de recursos minerais da Amazônia e para a construção de hidrelétricas naquela região. Declarou que os recursos ambientais não são mais um bem nacional. São supranacionais. Por isso, todos os governos devem agir em defesa da Amazônia contra o aproveitamento pelos brasileiros dos seus recursos.

ATÉ O PAPA JOÃO PAULO II

O Papa João Paulo II, durante sua visita a Madagascar em 1989, afirmou: …”as fronteiras devem ser ultrapassadas sem obstáculo. O exemplo ecológico da Amazônia não pode ser considerado um assunto interno do Brasil. É urgente que a comunidade internacional se dê os meios jurídicos e técnicos para impedir os abusos inspirados no egoísmo de alguns”.

Creio ser este assunto importante. Ele era, nos anos 90, ridicularizado na nossa grande mídia como “paranóia de nacionalistas jurássicos”.

Acrescentei, a seguir, dois artigos aqui postados no semestre inicial (2008) deste blog. Acredito que eles ajudam a melhor expressar essas preocupações:

PROJETO CALHA NORTE
Terça-feira, 10 de junho de 2008

“Recebi, na madrugada desta terça-feira, no rodapé do artigo “Fundo Soberano do Brasil”, uma interessante pergunta de leitor:

“MARISCO disse… 10 de Junho de 2008, 03:50”:
Discute-se muito a causa indígena. Quem menos é ouvido é o índio. No entanto, me parece que a elite, em algum momento, produziu algo de interessante: o Projeto Calha Norte. Realmente vale a pena?
Por onde anda esse projeto? Precisamos iniciar a discussão e aprofundar o debate.
Espero que este blog se pronuncie.”

Em atendimento ao pedido do visitante do blog, resolvi escrever este texto.

“Prezado leitor,

Muito interessante a sua lembrança.

O desprotegido e desassistido índio merece e deseja melhor qualidade de vida, saúde, educação, como todo ser humano. Alguns deles preferem, talvez por desconhecimento de benefícios ou medo de mudanças, manterem-se no estágio primitivo. Outros preferem integrar-se e usufruir da civilização. Cada índio, como indivíduo, tem suas preferências. Não tem cabimento escolhermos e impormos autoritariamente para eles em bloco, com amparo em leis supostamente “nobres”, a obrigatória e definitiva permanência isolada naquele estágio pré-histórico.

Quanto ao “Projeto Calha Norte”, procurei conhecê-lo e, desde o seu início, percebi que ele foi capciosamente rotulado de muitas coisas sem cabimento. Logicamente, com interesses escusos. Uns diziam que era de interesse “das elites”. Outros diziam que era expansionista militar e que ameaçava os demais países vizinhos. E muitos outras caracterizações pejorativas. Ele foi, e até hoje é, muito criticado, desde o primeiro momento em que foi concebido. Especialmente pelos meios de comunicação, no Brasil e no exterior, e por pessoas que ouviam dizer, mas que nem sabiam no que ele consistia.

O “The New York Times”, em 11/11/1985, dedicou meia página fortemente crítica ao projeto (“militarização da Amazônia”, “etnocida” etc). A grande imprensa e as TVs do Brasil, a CNBB e outros grupos de interesse também fizeram tudo para barrar o Calha Norte.

Aliás, a direita nacional e internacional sempre foram espertas em agir com inteligentes subterfúgios. Para atiçar a nossa desavisada esquerda contra algo que ela, direita, também era contra, no Brasil bastava dizer que o projeto “X” era da elite, ou “loucura de militares saudosos da ditadura”, para que todos os puros de espírito fossem furiosos contra o alvo, o qual não passava de uma toalha vermelha abanada pelos espertos toureiros.

Pensei na época: se o Calha Norte era uma ação infelizmente minúscula, porém normal e obrigatória do Estado brasileiro, de estar presente no território nacional, por que tamanha reação norte-americana e de toda a grande imprensa nacional, por eles notoriamente colonizada? Será que o Calha Norte já era uma ameaça tão grande aos interesses futuros dos EUA, pelo fato de o Brasil pensar em olhar para aquela região amazônica, mesmo que com ações muito pequenas e simbólicas?

O projeto, em resumo, era uma microscópica tentativa de presença do Estado brasileiro naquela despopulada região.

Não existem “vazios”. Onde não há o Estado, onde não há lei, outros se apossam sem o mínimo controle: exploradores clandestinos de recursos minerais e florestais, madeireiras ilegais, nacionais e estrangeiras, invasores de terras, estranhas “missões religiosas” estrangeiras, contrabandistas, terroristas de países vizinhos, narcotraficantes e outros dessa laia.

Disse microscópica presença institucional brasileira porque, praticamente, apenas as Forças Armadas, especialmente o Exército, cumpriram a sua pequenina parte.

Mas, preencher o imenso “vazio” com somente sete pelotões (30 homens cada um) ao longo de 6.770 km de perímetro ao norte do Rio Amazonas, numa faixa de fronteira de 150 km de largura, significa 210 soldados para tomar conta de mais de 1.000.000 km², área maior que a França e a Espanha reunidas! (4.760 Km2 por militar!) É ridículo. Mais ridículo ainda é o ardil da imprensa dos EUA e da mídia nacional de rotular aquela ação como “ocupação militar da Amazônia”…

O projeto, quanto aos índios, somente previa a maior ação e presença da FUNAI à maneira dela, dentro da legislação em vigor, para o apoio às carentes comunidades indígenas. Nada além disso. Para a saúde, previa postos de atendimento, aproveitando as instalações para isso disponibilizadas nos pelotões. Para a Fazenda, previa a fiscalização do contrabando e do descaminho e a regulação do comércio fronteiriço. Para o MRE, previa o adensamento dos marcos de fronteira.

Mas ninguém quis ir para lá. Somente as Forças Armadas foram, construíram aqueles simbólicos pelotões, suas pistas de pouso e lá continuam isoladas do mundo imbuídas do valor patriótico daquela presença, mesmo que ela seja ínfima por culpa nossa, por não receberem adequados recursos orçamentários.

IMPRENSA EUROPÉIA E NORTE-AMERICANA

Desde aquela época da concepção do Calha Norte, houve a intensificação das campanhas da imprensa americana e europeia contra “o saque que o Brasil estava fazendo na reserva de verde e de oxigênio da Humanidade”. Várias reportagens, como a do italiano “L’Espresso” em 1989, ilustravam com mapas “o roubo brasileiro” na exploração mineral de Carajás, do petróleo em Urucu, com as hidrelétricas de Samuel, Balbina, Tucuruí, as zonas agrícolas em Rondônia. Expressou que “estava chegando a hora de colocar tropas da ONU para defender a Amazônia, patrimônio e herança da Humanidade”. Algumas matérias, como a do “The New York Times” de 11/11/1985, apontaram suas críticas contra “o genocida e dispendiosíssimo Projeto Calha Norte” [o orçamento do projeto “dispendiosíssimo” era menor do que o, na mesma época, destinado à despoluição do Lago Paranoá, em Brasília...]

O Leblon é melhor, também acho, inclusive para ficar nos bares vendo a paisagem e criticando o Calha Norte de militarista, de exterminador de índios e de violentador da Amazônia “herança da Humanidade” (sic)…

EM TEMPO: AMAZÔNIA, UMA REFLEXÃO
Sábado, 7 de junho de 2008

“Recebi de várias fontes na internet um instigante texto sobre estranhos interesses sobre a Amazônia. Não sei a origem, nem seu autor. Ele está em consonância com os diversos artigos deste blog sobre as explícitas ingerência e cobiça de outros Estados quanto àquela região.

“Você consegue entender isso?

Tabela——————–Vítimas da seca—-Índios da Amazônia

Quantos?———————-10 milhões———-230 mil
Sujeitos à fome?——————-Sim————–Não
Passam sede?———————-Sim————–Não
Subnutrição————————Sim————–Não
ONGs estrangeiras ajudando——Nenhuma———–350

Provável explicação:

A Amazônia tem: ouro, nióbio, petróleo, água doce, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam dezenas de trilhões de dólares.

O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos.

Tente entender:

Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.

Agora uma pergunta: Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?

http://planobrasil.com/2011/08/11/cobica-na-amazonia/

É uma reflexão interessante.”

Fonte: Democracia e Política

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Ago 14, 2011 5:24 pm
por DELTA22
Moçambique oferece terras a agricultores brasileiros

DE OLHO NA EXPERTISE BRASILEIRA NO TRATO COM O CERRADO, GOVERNO DO PAÍS AFRICANO DISPONIBILIZA “TRÊS SERGIPES” PARA SOJA; MINISTRO DA AGRICULTURA AFRICANO ESPERA REPETIR BRASIL DOS ANOS 1930

13 de Agosto de 2011 às 20:57

247 – O governo de Moçambique ofereceu aos agricultores brasileiros 6 milhões de hectares (o equivalente a três Sergipes) no norte do país para a plantação de soja, algodão e milho. A informação está em matéria de capa da Folha de S.Paulo deste domingo. Os moçambicanos estão de olho na expertise dos brasileiros no trato com o cerrado e propõem concessão por 50 anos, renováveis por mais 50. Os agricultores brasileiros teriam de pagar apenas R$ 21 ao ano por hectare utilizado.

A utilização das terras de Moçambique está sendo vista pelos agricultores brasileiros como oportunidade para expandir a produção diante dos impedimentos ambientais e do aumento do preço das terras no Brasil. “Moçambique é um Mato Grosso no meio da África, com terra de graça, sem tanto impedimento ambiental e frete muito mais barato para a China”, disse Carlos Ernesto Augustin, presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), à jornalista Patrícia Campos Mello, autora da reportagem.

Segundo o ministro da Agricultura de Moçambique, José Pacheco, as autoridades locais querem repetir o que o Brasil "fez no cerrado 30 anos atrás”. O Brasil já mantém um posto avançado em Moçambique por meio da Embrapa, por meio do projeto Pro-Savana, com a Agência Brasileira de Cooperação e a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Esse é o maior projeto da Embrapa fora do país e consiste no teste de sementes de algodão, soja, milho, sorgo e feijão do cerrado brasileiro com o objetivos de adaptá-las ao norte de Moçambique.

http://brasil247.com.br/pt/247/agro/117 ... leiros.htm

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Ago 14, 2011 8:50 pm
por FOXTROT
terra.com.br

Egito acusa jordaniano e israelense de espionagem
14 de agosto de 2011

Um cidadão jordaniano e outro israelense serão julgados no Egito, o segundo à revelia, por acusações de espionagem a favor dos serviços secretos de Israel, informou neste domingo a agência oficial de notícias Mena. O jordaniano, engenheiro de telecomunicações, e o israelense, membro do Mossad, comparecerão diante da Tribunal Superior de segurança do Estado, segundo a Mena, acusados de ter "conspirado a favor de um estado estrangeiro com o objetivo de prejudicar os interesses nacionais do Egito".

O cidadão da Jordânia foi preso em abril e vem sendo investigado por "atividades de espionagem cometidas junto com seu cúmplice israelense a favor dos serviços de inteligência de Israel", explicou a agência oficial egípcia. O oficial israelense teria encarregado o engenheiro a recrutar egípcios que trabalham no setor das telecomunicações "para obter informações técnicas".

Os dois homens também estão sendo acusados de elaborar um sistema que permitia a Israel grampear conversas telefônicas egípcias.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Ago 14, 2011 10:35 pm
por delmar
Moçambique oferece terras a agricultores brasileiros

DE OLHO NA EXPERTISE BRASILEIRA NO TRATO COM O CERRADO, GOVERNO DO PAÍS AFRICANO DISPONIBILIZA “TRÊS SERGIPES” PARA SOJA; MINISTRO DA AGRICULTURA AFRICANO ESPERA REPETIR BRASIL DOS ANOS 1930
.......
....
13 de Agosto de 2011 às 20:57
Muitos anos atras, numa galáxia distante, num planeta azul, um país chamado Paraguai fez a mesma oferta e milhares de agricultores mudaram de país em busca da terra prometida...além dos Brasiguaios agora vamos ter os Brasimbiques.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 1:26 am
por Sterrius
So que era interessante pra gente o Paraguai se desenvolver e estabilizar a fronteira.

O que ganhamos nesse caso? Nao lembro direito do acordo de moçambique com a embrapa.
Apesar que do jeito que moçambique anda evoluindo, mesmo ganhando nada é um investimento de longo prazo para a relação entre os 2 paises. (Eles podem virar facil uma potencia agricola, 45% das terras deles são cultivaveis).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 9:12 am
por delmar
Sterrius escreveu:So que era interessante pra gente o Paraguai se desenvolver e estabilizar a fronteira.

O que ganhamos nesse caso? Nao lembro direito do acordo de moçambique com a embrapa.
Apesar que do jeito que moçambique anda evoluindo, mesmo ganhando nada é um investimento de longo prazo para a relação entre os 2 paises. (Eles podem virar facil uma potencia agricola, 45% das terras deles são cultivaveis).
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é um convênio entre o governo de Moçambique e a Embrapa para estimular a agricultura naquele país, algo muito positivo. Ensinar novas técnicas aos agricultores daquele país capacitando-os a produzirem mais, com novas variedades de plantas e melhores sementes.Beleza.
Outra coisa é levar empresários aqui do Brasil para Moçambique para fazerem grandes plantações nas quais os moçambicanos só vão entrar como peões, ganhando uma merreca. É o caminho certo para novos conflitos agrários naquele país e depois alguns aqui no DB passarem a dizer que temos que "defender os nossos investimentos" naquele país. Quem quizer ir para Moçambique que vá, por sua conta e risco, mas não venha pedir pinico depois.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 10:20 am
por suntsé
delmar escreveu:
Sterrius escreveu:So que era interessante pra gente o Paraguai se desenvolver e estabilizar a fronteira.

O que ganhamos nesse caso? Nao lembro direito do acordo de moçambique com a embrapa.
Apesar que do jeito que moçambique anda evoluindo, mesmo ganhando nada é um investimento de longo prazo para a relação entre os 2 paises. (Eles podem virar facil uma potencia agricola, 45% das terras deles são cultivaveis).
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é um convênio entre o governo de Moçambique e a Embrapa para estimular a agricultura naquele país, algo muito positivo. Ensinar novas técnicas aos agricultores daquele país capacitando-os a produzirem mais, com novas variedades de plantas e melhores sementes.Beleza.
Outra coisa é levar empresários aqui do Brasil para Moçambique para fazerem grandes plantações nas quais os moçambicanos só vão entrar como peões, ganhando uma merreca. É o caminho certo para novos conflitos agrários naquele país e depois alguns aqui no DB passarem a dizer que temos que "defender os nossos investimentos" naquele país. Quem quizer ir para Moçambique que vá, por sua conta e risco, mas não venha pedir pinico depois.
Eu estava pensando justamente, nisso.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 10:45 am
por Slotrop
Devemos então assumir a nossa mediocridade e não aproveitar possiveis lucros em outros países por medo de não conseguir defende-los?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 11:24 am
por suntsé
Slotrop escreveu:Devemos então assumir a nossa mediocridade e não aproveitar possiveis lucros em outros países por medo de não conseguir defende-los?
bom, infelizmente. Conheço a mentalidade da nossa política. E tenho certeza que se o caldo engrossar não vamos conseguir defende-los mesmo.

Não conseguimos defender nossos cidadãos em países vizinhos, quando mais em uma país que fica lá no oceano indico.


Neste contexto devemos assumir que nossa país é fraco e tem lideres que sofrem de mediocridade crônica.

È minha opinião. gostaria que o Brasil fosse uma super-potência ou tivesse o mínimo de dentes e garras e atitude para fazer respeitar os interesses dos nossos cidadãos, mas somos um povo "pacifico" (para com outros povos é claro).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Seg Ago 15, 2011 12:00 pm
por Slotrop
Todos gostariamos que essa atitude do nosso país mude no futuro, e acho que a chance de isso acontecer vai ser maior se tiver gente que investiu la fora cobrando do nosso governo uma ação.

Investimentos grandes no exterior são um grande estimulo para o desenvolvimentos das forças armadas de um país, quanto mais a nossa iniciativa privada se internacionalizar mais eles vão cobrar a defesa de nossos interesses, a a cobrança de quem tem controle do capital pode ser bastante persuasiva.

Olha a França na Africa, os investimentos deles la são um dos motivo pra tererem forças armadas razoaveis, mostraram isso na Costa do Marfim recentemente.