Fórum Defesa Brasil

Não tenho como verossímil esta história de caças por produtos agricolas. Para mim, não passa de mais uma noticia plantada. Mas, esta é minha opinião.

Parece que não é não.
Tem falas "aspadas" nos jornais, ou seja, falas literais, direto da boca do declarante.

Compramos Meteor por Algodao... e quase levamos Lightning pela "ponte Rio-Niteroi" ...

Depois disso nada mais me espanta.

[]s
CB_Lima

A França não libera mercado agrícola por meros 36 caças, navios, parceria estratégia ou sei lá o que. Por que simplesmente os fazendeiros a fim de proteger as suas vaquinhas dirão "Aller à la merde. Son ananeiros". Pode parecer, mas não estou brincando.

Portanto, a discussão deveria ser em outro nível e envolver outras coisas. Apesar de achar que achar que o FX foi para o saco ou, no mínimo, para o próximo presidente ou presidenta que pode e deve ter uma outra visão da situação com desdobramentos indefinidos.

Esta questão agrícola foi levantada por certos setores, que tentaram incluí-la numa questão totalmente diversa. Os jornais refletiram esta tentativa.
Só isso.

Dando um pitaco no assunto F-18 e Su-35 - transferências.

Até hoje ainda se fala em transferência de tecnologia para aquisição de "apenas 36 caças". Este nº é para o primeiro lote. Por tudo o que já foi mostrado/declarado/cantado em verso e prosa por aqui e na mídia escrita, ouvida e falada deste país, o próprio NJ já declarou isto, este nº é de 120 para mais, dentro de um prazo de uns 20 anos. Para 36 caças ninguém transfere nada e acredito que não há nenhum burro na FAB e no GF para tentar este tipo de negociação com quem quer que seja.
A Boeing jurou que faria a transferência para a FAB, mas, quando foram ver o que era isto, veio a digníssima sra. Secretária de Estado e colocou ordem no galinheiro, esclarecendo que esta transferência seria APENAS A NECESSÁRIA. Ficou no ar: necessária para quem? O que seria considerado necessário? E por quanto tempo isto duraria até que embargassem a dita cuja?
Em suma, os EUA não fazem transferência, mesmo que tenham prometido e jurado fazer, mas, sacramentar... é outra estória (com "e" mesmo). É um direito deles e a isto eles são fiéis.
Portanto, concordo com o Delta em nº, gênero e grau - assim como o Su-35BM, o F-18 não teria que estar na listinha. Usaram 2 pesos e 2 medidas.
Outra coisa: o Brasil é o COMPRADOR, o CLIENTE. Não tem que fazer adaptações em suas necessidades para que os EUA as atendam da maneira que eles acham que deve ser.
Aos EUA cabe atender ou não estas necessidades. Eles é quem tem de correr atrás para ver como podem fazer isto, caso resolvam atender aos requisitos.

Estes aeronautas da S.List. tsc tsc tsc. Sempre com as cabeças nas nuvens. Pijama neles o mais rápido possível. Fui

Editado pelo autor.

Ele está falando do pessoal do COPAC.

Eu fico pensando, sobre isso de TOTs, se não estaria aí a razão desse atraso todo: será que não exigimos mais do que eles consideram aceitável? Sabe alguém aí qual a diferença de uma aeronave capaz de ataque nuclear para uma que não é? Eu realmente não sei (sei que há ou não existiria Mirage 2000N) mas fico pensando se não estamos querendo algo que nos possa levar a esse ponto com nossos caças...

Olá

A partir do momento em que um pais exige o conhecimento necessario para mudar certos modos de operacao dos radares e tambem criar a sua propria (e exclusiva) compatibilizacao do sistema de armas alem de alterar sistemas mais complexos como os de Guerra Eletronica por exemplo, isso em funcao de limitações existentes na filosofia "modular" que faz parte dessas aeronaves, de certo modo faz com que os fabricantes entreguem sempre um pouco mais do que os seus governos (e eles) gostariam...

Dai vem problemas tanto de "propriedade intelectual" e como agregar valor a elas, quanto questoes mais "estrategicas".

Um exemplo bobo: Compatibilizar o Derby em qualquer um dos 3, exige mudança no radar para esse conversar com o Derby, existe algo relacionado ao FBW por conta de você passar a utilizar uma "carga" inicialmente nao "computada", mudanças no Datalink, entendimento do computador de bordo que o "Derby" existe, e ensaios e ensaios e ensaios.

Você faz isso e passa a conhecer mais e mais a aeronave, de certo modo exige que o fabricante de certo modo ensine determinados "pulos do gato" para que a sua aeronave opere aquele míssil de forma mais eficiênte possível. Daí você cria os seus próprios manuais e a sua aeronave passa a ser diferente das demais que saem da fábrica, o que poderia incomodar o fabricante e dependendo do quanto a coisa aumente também "o pai" da criança.

E daí vem duas alternativas: "Não!" ou "$$$$$$$$$$$$$$$$"

Um exemplo de "Não" foi a história da compatibilização do Piranha no F-5... um exemlpo de $$$$$$$$$$$$ foi o caso do Cayman nos F-5 (rolou um certo "Nao" também).

É claro que esses são exemplos que são bem mais complexos do que eu escrevi, e a questão se aprofunda mais ainda e sim, você poderia aprender a compatibilizar armamento nuclear sim

[]s
CB_Lima

Santiago escreveu:Reforçando o que Jobim disse em relação às carências em relação a ToT da proposta russa para o F-X2, segue abaixo artigo de 2008, cujo autor, Bill Sweetman, cita como fonte representantes da própria Sukhoi sobre o episódio da eliminação do Su-35: "Brazil’s offset requirements were also unrealistic for the Russian side". Os requerimentos de ToT do Brasil não eram realistas para o lado russo. Isso eliminou o Su-35, segundo NJ.

Ares
A Defense Technology Blog

Second Su-35 Airborne
Posted by Bill Sweetman at 10/7/2008 6:33 AM CDT

Maxim Pyadushkin reports: The second prototype of Sukhoi Su-35 multirole fighter made its maiden flight in Komsomolsk-on-Amur on October 2, staying airborne for about an hour checking engine and flight control modes. A third aircraft is in assembly at Komsomolsk-on-Amur, but with no firm flight date.



The single-seat Su-35 (or Su-27M2) combines the proven Su-27 airframe with more powerful 117S engines and revised avionics, including a new radar and cockpit and three-dimensional thrust vectoring. The first prototype flew in February this year. Sukhoi reports that it has flown 40 times and demonstrated supercruise speed. The second aircraft, says Sukhoi, will allow flight tests to be competed in 2009. The first deliveries are planned for 2011. The Su-35 failed to make the short list for Brazil’s new fighter, losing to Boeing F-18E/F, Dassault's Rafale and Saab's Gripen NG. A Sukhoi source complains that the Brazilian choice was affected by political reasons. Brazil’s offset requirements were also unrealistic for the Russian side, he adds.

Pic: Sukhoi

A questão é que os demais concorrentes, incluindo os gringos, dentro de seus termos, aceitaram esses requisitos e aceitaram colocar isso no papel. Os russos, não. Daí, dançaram.

Túlio escreveu:Ele está falando do pessoal do COPAC.

Eu fico pensando, sobre isso de TOTs, se não estaria aí a razão desse atraso todo: será que não exigimos mais do que eles consideram aceitável? Sabe alguém aí qual a diferença de uma aeronave capaz de ataque nuclear para uma que não é? Eu realmente não sei (sei que há ou não existiria Mirage 2000N) mas fico pensando se não estamos querendo algo que nos possa levar a esse ponto com nossos caças...

O contrato é muito complexo...

Sds.

Obrigado, Túlio!
Diante deste esclarecimento, faço questão de tirar o comentário de meu último post, deixando aqui minhas desculpas ao Luis pelo mau entendido.

Bender escreveu:

Túlio escreveu:Ele está falando do pessoal do COPAC.

Eu fico pensando, sobre isso de TOTs, se não estaria aí a razão desse atraso todo: será que não exigimos mais do que eles consideram aceitável? Sabe alguém aí qual a diferença de uma aeronave capaz de ataque nuclear para uma que não é? Eu realmente não sei (sei que há ou não existiria Mirage 2000N) mas fico pensando se não estamos querendo algo que nos possa levar a esse ponto com nossos caças...

O contrato é muito complexo...

Sds.

Oi Bender

Você diria que o contrato já está sendo preparado e discutido, e que quando o rafale for anunciado já estará tudo adiantado

Túlio escreveu:Ele está falando do pessoal do COPAC.

Eu fico pensando, sobre isso de TOTs, se não estaria aí a razão desse atraso todo: será que não exigimos mais do que eles consideram aceitável? Sabe alguém aí qual a diferença de uma aeronave capaz de ataque nuclear para uma que não é? Eu realmente não sei (sei que há ou não existiria Mirage 2000N) mas fico pensando se não estamos querendo algo que nos possa levar a esse ponto com nossos caças...

Possivelmente, detalhes. Porém uma aeronave capaz de efetuar ataques terrestres e marítimos é capaz efetuar um ataque nuclear sem grandes dificuldades. Até o A1 pode virar bombardeiro nuclear ( ). O que não justifica o atraso. ToTs não são milagres. Apenas uma ajudinha para sair queimando por aí e reduzir o gap tecnológico. O que vai colocar o país no mesmo patamar tecnológico dos países de ponta é investimento em pesquisa e desenvolvimento. Por que ninguém vende o "pulo do gato", mas tecnológica madura ou velha que logo será ultrapassada por coisa melhor ainda em desenvolvimento. Os ToTs a nível de empresa é a mesma lógica. O que justifica o atraso são fatos que levam a não efetivar a escolha e, o contrato, é muito complexo que demandará alguns meses de intensas negociações para ser efetivado. Seguramente extrapola um ano, além do tempo demanda pelos tramites burocráticos. Resumindo, fica para o próximo presidente.

A eleição está começando a bombar. Estamos em idos de maio