GEOPOLÍTICA
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- J.Ricardo
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Re: GEOPOLÍTICA
Nem precisam, é só pegar, pertence a eles, nisso não adianta nada a cara fechada versão Bad Dilma.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- Boss
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Re: GEOPOLÍTICA
Ah sim, só o excedente é que vem para nós, se eles usarem toda a parte deles eles estarão no seu direito.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- rodrigo
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Re: GEOPOLÍTICA
OTAN - Está Desintegrando!
Publicado em El Pais Espanha - No Box abaixo o texto original
Tradução via Blog Cesar Maia
(El País, 11) 1. O Afeganistão e a Líbia mostraram as vergonhas da OTAN. Se no país asiático levaram-se anos para colocar ordem e disciplina na confusão existente, na Líbia bastaram 11 semanas para que muitos aliados comecem a ficar com pouca munição. E não só isso. Estas campanhas mostraram que há uma aliança de duas velocidades, com parceiros dispostos a suportar custos e outros que só pensam em como tirar proveito dela. Mas essa história vai acabar, porque nos Estados Unidos está chegando ao poder uma nova geração sem sensibilidade para a defesa da Europa. Assim, ou a Europa contribui para a sua própria segurança, ou ficará sem o apoio dos EUA. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu, ontem, em Bruxelas, Robert Gates, Secretário de Defesa dos EUA, em um discurso de despedida em que não poupou ninguém.
2. Os europeus não querem investir na defesa e apenas cinco dos 28 parceiros da OTAN (EUA, Reino Unido, França, Grécia e Albânia) superam os 2% do PIB comprometidos com essa questão. Em tempos de grave crise financeira, diz Gates, o que se tem que fazer é, se não gastar tanto, gastar melhor, à procura de capacidades especializadas que sejam de interesse comum. Identificou como exemplos a Noruega e a Dinamarca, que somente com 12% das aeronaves na Líbia, atacaram cerca de um terço dos objetivos, e também valorizou a Bélgica e o Canadá. "Esses exemplos são exceções", disse, sem querer reeditar em público as críticas realizadas na quarta-feira em relação a países como Espanha, Países Baixos ou a Turquia, por não contribuírem tanto como poderiam para o esforço comum.
3. O Secretário de Defesa assinalou que nos anos da Guerra Fria, Washington contribuía com metade do orçamento aliado. Hoje, sua participação supera 75%. "Vai-se acabar o desejo e a paciência do Congresso em gastar cada vez mais fundos preciosos em nome de alguns países que não parecem dispostos a dedicar os recursos necessários para sua própria defesa", previu Gates. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu. Mas esse fim não é inevitável, apontou: “Faz falta a liderança de dirigentes políticos e da classe política desse continente". Uma solução que, por enquanto, parece distante
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... ntegrando-
Publicado em El Pais Espanha - No Box abaixo o texto original
Tradução via Blog Cesar Maia
(El País, 11) 1. O Afeganistão e a Líbia mostraram as vergonhas da OTAN. Se no país asiático levaram-se anos para colocar ordem e disciplina na confusão existente, na Líbia bastaram 11 semanas para que muitos aliados comecem a ficar com pouca munição. E não só isso. Estas campanhas mostraram que há uma aliança de duas velocidades, com parceiros dispostos a suportar custos e outros que só pensam em como tirar proveito dela. Mas essa história vai acabar, porque nos Estados Unidos está chegando ao poder uma nova geração sem sensibilidade para a defesa da Europa. Assim, ou a Europa contribui para a sua própria segurança, ou ficará sem o apoio dos EUA. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu, ontem, em Bruxelas, Robert Gates, Secretário de Defesa dos EUA, em um discurso de despedida em que não poupou ninguém.
2. Os europeus não querem investir na defesa e apenas cinco dos 28 parceiros da OTAN (EUA, Reino Unido, França, Grécia e Albânia) superam os 2% do PIB comprometidos com essa questão. Em tempos de grave crise financeira, diz Gates, o que se tem que fazer é, se não gastar tanto, gastar melhor, à procura de capacidades especializadas que sejam de interesse comum. Identificou como exemplos a Noruega e a Dinamarca, que somente com 12% das aeronaves na Líbia, atacaram cerca de um terço dos objetivos, e também valorizou a Bélgica e o Canadá. "Esses exemplos são exceções", disse, sem querer reeditar em público as críticas realizadas na quarta-feira em relação a países como Espanha, Países Baixos ou a Turquia, por não contribuírem tanto como poderiam para o esforço comum.
3. O Secretário de Defesa assinalou que nos anos da Guerra Fria, Washington contribuía com metade do orçamento aliado. Hoje, sua participação supera 75%. "Vai-se acabar o desejo e a paciência do Congresso em gastar cada vez mais fundos preciosos em nome de alguns países que não parecem dispostos a dedicar os recursos necessários para sua própria defesa", previu Gates. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu. Mas esse fim não é inevitável, apontou: “Faz falta a liderança de dirigentes políticos e da classe política desse continente". Uma solução que, por enquanto, parece distante
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... ntegrando-
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Sterrius
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Re: GEOPOLÍTICA
O que falta na otan é falta de um objetivo que una todos os participantes.
Na guerra fria era a Russia, todos sabiam disso e tinham medo da invasão russa. Hoje isso não existe.
E os paises pequenos pouco ou nenhum interesse tem em ajudar a pagar as aventuras dos EUA, frança e inglaterra ao redor do mundo. (Eu chamo de aventura pq tirando a primeira guerra do golfo nenhum conflito depois de Saddam ameaçou a venda de petroleo ou o trafego maritimo pelo mediterraneo ou mesmo a estabilidade da região).
Tb so citei esses 3 paises pq geralmente eles são a força motriz das sanções e pedidos de intervenção.
Na guerra fria era a Russia, todos sabiam disso e tinham medo da invasão russa. Hoje isso não existe.
E os paises pequenos pouco ou nenhum interesse tem em ajudar a pagar as aventuras dos EUA, frança e inglaterra ao redor do mundo. (Eu chamo de aventura pq tirando a primeira guerra do golfo nenhum conflito depois de Saddam ameaçou a venda de petroleo ou o trafego maritimo pelo mediterraneo ou mesmo a estabilidade da região).
Tb so citei esses 3 paises pq geralmente eles são a força motriz das sanções e pedidos de intervenção.
Re: GEOPOLÍTICA
Depois de dar este peso todo à Rio Tinto na economia paraguaia eles vão sentir saudades do terrível "imperialismo brasileiro"...
- J.Ricardo
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Re: GEOPOLÍTICA
Concordo, quem conhece as "travessuras" da Rio Tinto tem medo do que eles represetam...
Quem quiser pesquisar procure pela "revolução dos cocos".
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Re: GEOPOLÍTICA
17/06/2011 - 18h00
Preservação da Amazônia é questão global, não do Brasil, diz Ban Ki-moon
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira em Brasília que está "muito preocupado" com a redução das florestas mundo afora e que o desmatamento da Amazônia não diz respeito somente ao Brasil, mas a todos os países.
"Espero que o governo brasileiro, o Parlamento, todas as indústrias alimentícias e comunidades envolvidas discutam esse assunto sinceramente e seriamente, tendo em mente que esta não é uma questão brasileira, é uma questão global", disse Ban a jornalistas.
Segundo Ban, por abrigar a maior floresta do mundo, as ações do Brasil no combate ao desmatamento terão grande impacto nos esforços globais sobre o tema.
"O desmatamento mundial representa 20% das emissões de gases de efeito estufa. Precisamos parar com essa tendência", afirmou.
A coletiva encerrou o giro do secretário-geral pela América do Sul. Nesta semana, antes de visitar o Brasil, onde se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e com ministros de Estado, ele esteve na Colômbia, na Argentina e no Uruguai.
Horas antes, Ban recebeu a notícia de que o Conselho de Segurança da ONU recomendou que ele seja eleito para um novo mandato de cinco anos à frente das Nações Unidas. A recomendação deve ser submetida a votação na Assembleia Geral da ONU na próxima terça-feira.
Ban disse que colocará "humildemente" sua candidatura à apreciação dos Estados-membros da ONU. "Se eu for confirmado pela Assembleia Geral para um segundo mandato, eu estarei muito mais motivado, honrado e preparado para continuar trabalhando".
Ban voltou a defender que a América do Sul amplie sua atuação na ONU e elogiou os esforços da região em promover relações sul-sul.
Disse ainda que, caso seja reeleito, suas prioridades serão costurar um acordo global sobre mudanças climáticas na Conferência de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em 2012, garantir melhores condições para a saúde de mães e crianças e ampliar a assistência humanitária da ONU a vítimas de conflitos armados.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/06/ ... -moon.jhtm
Preservação da Amazônia é questão global, não do Brasil, diz Ban Ki-moon
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira em Brasília que está "muito preocupado" com a redução das florestas mundo afora e que o desmatamento da Amazônia não diz respeito somente ao Brasil, mas a todos os países.
"Espero que o governo brasileiro, o Parlamento, todas as indústrias alimentícias e comunidades envolvidas discutam esse assunto sinceramente e seriamente, tendo em mente que esta não é uma questão brasileira, é uma questão global", disse Ban a jornalistas.
Segundo Ban, por abrigar a maior floresta do mundo, as ações do Brasil no combate ao desmatamento terão grande impacto nos esforços globais sobre o tema.
"O desmatamento mundial representa 20% das emissões de gases de efeito estufa. Precisamos parar com essa tendência", afirmou.
A coletiva encerrou o giro do secretário-geral pela América do Sul. Nesta semana, antes de visitar o Brasil, onde se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e com ministros de Estado, ele esteve na Colômbia, na Argentina e no Uruguai.
Horas antes, Ban recebeu a notícia de que o Conselho de Segurança da ONU recomendou que ele seja eleito para um novo mandato de cinco anos à frente das Nações Unidas. A recomendação deve ser submetida a votação na Assembleia Geral da ONU na próxima terça-feira.
Ban disse que colocará "humildemente" sua candidatura à apreciação dos Estados-membros da ONU. "Se eu for confirmado pela Assembleia Geral para um segundo mandato, eu estarei muito mais motivado, honrado e preparado para continuar trabalhando".
Ban voltou a defender que a América do Sul amplie sua atuação na ONU e elogiou os esforços da região em promover relações sul-sul.
Disse ainda que, caso seja reeleito, suas prioridades serão costurar um acordo global sobre mudanças climáticas na Conferência de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em 2012, garantir melhores condições para a saúde de mães e crianças e ampliar a assistência humanitária da ONU a vítimas de conflitos armados.
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/06/ ... -moon.jhtm
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Re: GEOPOLÍTICA
"O que o Brasil faz é uma grande diferença para a campanha global contra o desmatamento. Não é um assunto somente do Brasil. É uma questão mundial."
Essa e a declaracao completa dele. Talvez ele tenha sido infeliz ao se expressar sobre o assunto.
Ele pode ter dito que nossas acoes fazem diferenca no mundo todo. A outra interpretacao e que a questao e de responsabilidade do mundo todo, nao so do Brasil. Isso e desrespeitoso, principalmente em visita ao pais.
Vou procurar saber mais.
Essa e a declaracao completa dele. Talvez ele tenha sido infeliz ao se expressar sobre o assunto.
Ele pode ter dito que nossas acoes fazem diferenca no mundo todo. A outra interpretacao e que a questao e de responsabilidade do mundo todo, nao so do Brasil. Isso e desrespeitoso, principalmente em visita ao pais.
Vou procurar saber mais.
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Re: GEOPOLÍTICA
Charlemagne
On target
Robert Gates’s parting shot exposes Europe’s military failings
Jun 16th 2011 | from the print edition
http://www.economist.com/node/18836734
THREE months into the war in Libya, and confident talk of Muammar Qaddafi’s forces being broken by NATO’s bombs is being accompanied by worries that the alliance itself is feeling the strain of a prolonged campaign. The British naval chief says that, if the war drags on beyond the autumn, he will have to take “challenging decisions” about how to deploy his ships. His French counterpart complains that if his only carrier, the Charles de Gaulle, remains off Libya for the rest of the year it will have to be out of service for maintenance throughout 2012. Norway, one of the few stalwarts ready to bomb Colonel Qaddafi’s forces, says its small air force can no longer cope: it will cut back operations now, and cease them altogether on August 1st.
Yet it was a thunderous parting shot from Robert Gates, the outgoing American defence secretary, that most cruelly exposed Europe’s shortcomings. At the outset Europeans relied on the Americans to lead the operation in Libya. Now under NATO control, they still depend on America to identify targets and provide air-to-air refuelling. American experts were rushed in to boost NATO’s command centre in Naples. “The mightiest military alliance in history is only 11 weeks into an operation against a poorly armed regime in a sparsely populated country,” Mr Gates pointed out. “Yet many allies are beginning to run short of munitions, requiring the US, once more, to make up the difference.”
The underlying reason for these failings is no secret. Most Europeans spend too little on defence, and what they do is often wasted. That Europeans would struggle, militarily and politically, to maintain tens of thousands of troops in far-off Afghanistan is understandable. That they should be tiring in a limited air campaign on Europe’s own borderlands (less intense than the Kosovo war of 1999, for instance) suggests something bigger is amiss.
Libya reveals an uncomfortable fact about NATO. Its military strength is determined mainly by what America is ready to put in. Without America, the military punch of even the most powerful European members, Britain and France, is limited. What is more, as Mr Gates also said, Europeans should not take America’s commitment for granted. He is among the last American cold warriors to hold office; a new generation of leaders may not share his attachment to the alliance, and may even come to see it as a burden. Unless Europe does more, NATO faces “collective military irrelevance” and a “dim and dismal future”.
Mr Gates’s words may be dismissed as the curmudgeonly mutterings of a retiring politician. Every American administration has hectored the Europeans about burden-sharing. John Foster Dulles, Eisenhower’s secretary of state, threatened an “agonising reappraisal” in 1953. American leaders invariably come to value the Europeans as useful political allies if not military ones. Even the unilateralist George Bush junior made up with his European critics. Amid the agonies of Iraq, American generals took to quoting Churchill: “There is at least one thing worse than fighting with allies—and that is to fight without them.”
NATO has survived long past its initial mission of confronting the Soviet Union. It frets endlessly about its purpose, but is now busier than ever. And yet there is a mental change, says Kurt Volker, a former American ambassador to NATO. “For Europeans NATO means America; for America it means Europe. It no longer belongs to any of us.” This estrangement could worsen. With the end of the cold war, America’s security concerns have shifted from Europe to the Middle East, South Asia and, ultimately, to a rising China. Europe should take care of its own security; its value lies in what help it can give.
But the debt crisis means that European countries are cutting defence spending. Just three now reach NATO’s target of spending at least 2% of GDP on defence: Britain, France, and Greece. Several spend 1% or less. This compares with America’s commitment of some 5% of GDP. As America, too, starts to pare back defence, it will become more critical of European free-riders.
Big bucks, small bangs
Libya is a warning. America no longer expects to lead military action; even its backseat role is controversial at home. The southern Mediterranean should be of vital importance to Europeans. If they cannot act here, what is the point of their spending $275 billion on defence? In these days of austerity, Europeans will not suddenly spend more. But they could at least spare defence the biggest cuts—and they could co-ordinate better to ensure that NATO retains a balance of forces.
Now, more than ever, Europeans need to get more bangs for their bucks. They have more soldiers than America, but can deploy far fewer abroad. Their budgets are fragmented among lots of armies, navies and air forces. Europe produces 20 different kinds of armoured vehicles, six types of attack submarines and three of fighter jets. With the cost of military equipment rising faster than inflation, European countries plainly need to find greater economies of scale. This does not imply creating a European army, as some favour. That would be a recipe for paralysis: just try sending the Franco-German brigade to Afghanistan, let alone Libya. Instead Europeans need to specialise and, when they do similar things, they should pool equipment.
None of this is easy. Countries want neither to depend on others nor to be dragged into somebody else’s war. Some have defence industries to prop up. But Denmark has given up submarines, letting it play a bigger role in Afghanistan and Libya. Several countries share C-17 transport aircraft. Last year’s Franco-British defence pact points the way: the two countries will co-operate in, among other things, nuclear tests, aircraft-carrier operations and a joint expeditionary force, as well as unglamorous but vital support tasks. The lesson is clear: pool it or lose it.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... r?page=0,1
A podridão parecia definido em autocratas para com a queda da União Soviética. Democracia tornou-se a única maneira respeitável de governar. Foi o " fim da história ". Para a década seguinte, as perspectivas pareciam sombrias como novas democracias se enraizou na Ásia, Europa Oriental, e América Latina. Mas, gradualmente, se reuniram autocracia. Ditadores e ditadores aprendeu a atravessar os movimentos de uma eleição, mantendo o poder.
As técnicas não eram tão complicada uma vez que você pegou o jeito deles. Se você tivesse dinheiro suficiente você pode subornar eleitores indecisos o suficiente: Pense as eleições de 2007 na Nigéria. Na falta deste, o seu exército poderia intimidar os partidários de seu adversário para ficar em casa: (Zimbabwe, 2008). Como uma opção padrão, você poderia sempre miscount dos votos, à la Quênia em 2007.
Embora essas técnicas foram suficientes para frustrar o "fim da história", eles não desafiá-lo intelectualmente. Mas a ascensão da China fez exatamente isso: autocracia apareceu para superar a democracia em entregar o desenvolvimento econômico ea paz social. Estados, uma vez-não como Ruanda colocar números impressionantes, seguindo o modelo chinês: a abundância de Estado liderado o crescimento, mas a liberdade muito pouco. Autoritária cidades-estados como Cingapura e Dubai subiu para proeminência global. Na África, autocratas viu que não poderia apenas recorrer à fraude para ganhar as eleições, eles poderiam manter a cabeça erguida ao fazê-lo.
Em 2010, a autocracia parecia ser tão firmemente de volta no negócio que Laurent Gbagbo, o ditador da Costa do Marfim, sentiu-se encorajado a dar o passo final na degradação da democracia. Gbagbo sucumbiu ao calcanhar de Aquiles de autocratas: servilismo. Qualquer observador informado poderia ter dito a ele que ele não tinha chances de ganhar uma eleição justa. Mas sua comitiva não se atreveu a dizer a verdade ao poder. Então, foi enganado por seu Gbagbo bajuladores que ele realmente convidou as Nações Unidas para observar as eleições e pronunciar-se sobre o resultado. As Nações Unidas devidamente anunciou que tinha perdido. O que se seguiu foi o culminar lógico de uma década em que a democracia tinha sido neutralizados por truques dos operadores históricos baixo e alto crescimento da China. Em que poderia ter sido o golpe de misericórdia para a democracia na África, Gbagbo declarou-se para ser o vencedor , apesar da votação.
E então veio o desastre de 2011, que em seus primeiros meses já era um ano negro nos anais da autocracia. Fora do azul, as duas forças útil de fazer batota e China foram contrabalançadas por duas novas forças e completamente diferentes: uma de cima para baixo, o outro de baixo para cima.
cont.
No ano passado, escrevi na política externa, "matéria bandidos, e quando eles governam, eles fazem os Estados fracos mais fracos." Estados falidos como o Zimbábue não são simplesmente o produto de má sorte, eles são invariavelmente o resultado de decisões feitas por homens terríveis terrível.
O que vimos em 2011 não é o fim de autocratas. Mas talvez a história em breve será mais depois de tudo.
A podridão parecia definido em autocratas para com a queda da União Soviética. Democracia tornou-se a única maneira respeitável de governar. Foi o " fim da história ". Para a década seguinte, as perspectivas pareciam sombrias como novas democracias se enraizou na Ásia, Europa Oriental, e América Latina. Mas, gradualmente, se reuniram autocracia. Ditadores e ditadores aprendeu a atravessar os movimentos de uma eleição, mantendo o poder.
As técnicas não eram tão complicada uma vez que você pegou o jeito deles. Se você tivesse dinheiro suficiente você pode subornar eleitores indecisos o suficiente: Pense as eleições de 2007 na Nigéria. Na falta deste, o seu exército poderia intimidar os partidários de seu adversário para ficar em casa: (Zimbabwe, 2008). Como uma opção padrão, você poderia sempre miscount dos votos, à la Quênia em 2007.
Embora essas técnicas foram suficientes para frustrar o "fim da história", eles não desafiá-lo intelectualmente. Mas a ascensão da China fez exatamente isso: autocracia apareceu para superar a democracia em entregar o desenvolvimento econômico ea paz social. Estados, uma vez-não como Ruanda colocar números impressionantes, seguindo o modelo chinês: a abundância de Estado liderado o crescimento, mas a liberdade muito pouco. Autoritária cidades-estados como Cingapura e Dubai subiu para proeminência global. Na África, autocratas viu que não poderia apenas recorrer à fraude para ganhar as eleições, eles poderiam manter a cabeça erguida ao fazê-lo.
Em 2010, a autocracia parecia ser tão firmemente de volta no negócio que Laurent Gbagbo, o ditador da Costa do Marfim, sentiu-se encorajado a dar o passo final na degradação da democracia. Gbagbo sucumbiu ao calcanhar de Aquiles de autocratas: servilismo. Qualquer observador informado poderia ter dito a ele que ele não tinha chances de ganhar uma eleição justa. Mas sua comitiva não se atreveu a dizer a verdade ao poder. Então, foi enganado por seu Gbagbo bajuladores que ele realmente convidou as Nações Unidas para observar as eleições e pronunciar-se sobre o resultado. As Nações Unidas devidamente anunciou que tinha perdido. O que se seguiu foi o culminar lógico de uma década em que a democracia tinha sido neutralizados por truques dos operadores históricos baixo e alto crescimento da China. Em que poderia ter sido o golpe de misericórdia para a democracia na África, Gbagbo declarou-se para ser o vencedor , apesar da votação.
E então veio o desastre de 2011, que em seus primeiros meses já era um ano negro nos anais da autocracia. Fora do azul, as duas forças útil de fazer batota e China foram contrabalançadas por duas novas forças e completamente diferentes: uma de cima para baixo, o outro de baixo para cima.
cont.
No ano passado, escrevi na política externa, "matéria bandidos, e quando eles governam, eles fazem os Estados fracos mais fracos." Estados falidos como o Zimbábue não são simplesmente o produto de má sorte, eles são invariavelmente o resultado de decisões feitas por homens terríveis terrível.
O que vimos em 2011 não é o fim de autocratas. Mas talvez a história em breve será mais depois de tudo.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: GEOPOLÍTICA
terra.com.br
China pede que EUA fiquem fora de disputa marítima regional
22 de junho de 2011
A China pediu nesta quarta-feira aos Estados Unidos que não se envolvam na disputa de vários países da Ásia pelas águas no Mar do Sul da China, afirmando que a interferência dos norte-americanos pode piorar a situação. Essa foi a advertência mais direta feita pelo governo chinês a Washington ns últimas semanas.
O vice-ministro de Relações Exteriores, Cui Tiankai, fez o comentário para um pequeno grupo de repórteres estrangeiros, antes de um encontro entre autoridades chinesas e norte-americanas no Havaí, neste fim de semana, num momento da maior escalada da tensão regional nos últimos anos por reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.
As tensões no Mar do Sul da China aumentaram nos últimos meses diante da preocupação da China em ser mais firme em relação às águas, das quais uma parte é também reivindicada por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã. Acredita-se que a área seja rica em petróleo e gás.
"Os Estados Unidos não são uma parte interessada na disputa no Mar do Sul da China, portanto, é melhor que os Estados Unidos deixem que a disputa seja resolvida entre os Estados com reivindicações", disse Cui.
"Embora alguns amigos dos americanos possam querer que os Estados Unidos ajudem nesta matéria, nós apreciamos seu gesto, mas é mais comum que tais gestos somente tornem as coisas mais complicadas", disse ele.
"Se os Estados Unidos querem ter um papel, podem aconselhar prudência para os países que têm adotado ações provocativas e lhes pedir que sejam mais responsáveis em seu comportamento", afirmou Cui.
"Acredito que cada país esteja na realidade brincando com fogo e espero que o fogo não ganhe impulso dos Estados Unidos."
A China quer que as disputas sejam resolvidas unilateralmente, mas outros países, como as Filipinas, defendem uma solução multilateral.
O porta-voz da chancelaria filipina, Eduardo Malaya, disse a jornalistas em Manila que a questão "afeta não apenas os países com reivindicações, mas toda a região e além dela, e por isso requer uma abordagem multilateral". Ele não mencionou os Estados Unidos.
Cui enfatizou que a China "não é responsável pela disputa" e disse estar cada vez mais preocupado com o que considera freqüente provocações de outros países. Ele será um dos anfitriões no fim de semana de consultas com o subsecretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell.
"Estamos preocupados pelos eventos recentes no Mar do Sul da China, mas nós não somos a parte que provocou esses incidentes", disse ele.
"Se vocês examinarem de perto os fatos, vão reconhecer quais são os países que ocuparam ilegalmente ilhas que estão sob soberania de outros países. Não foi certamente a China. Quais são os países que fizeram mais para explorar reservas de gás e petróleo na região? Não foi certamente a China."
"Quais os países que demonstraram ou usaram força contra pescadores de outros países? Novamente, não foi a China."
China pede que EUA fiquem fora de disputa marítima regional
22 de junho de 2011
A China pediu nesta quarta-feira aos Estados Unidos que não se envolvam na disputa de vários países da Ásia pelas águas no Mar do Sul da China, afirmando que a interferência dos norte-americanos pode piorar a situação. Essa foi a advertência mais direta feita pelo governo chinês a Washington ns últimas semanas.
O vice-ministro de Relações Exteriores, Cui Tiankai, fez o comentário para um pequeno grupo de repórteres estrangeiros, antes de um encontro entre autoridades chinesas e norte-americanas no Havaí, neste fim de semana, num momento da maior escalada da tensão regional nos últimos anos por reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.
As tensões no Mar do Sul da China aumentaram nos últimos meses diante da preocupação da China em ser mais firme em relação às águas, das quais uma parte é também reivindicada por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã. Acredita-se que a área seja rica em petróleo e gás.
"Os Estados Unidos não são uma parte interessada na disputa no Mar do Sul da China, portanto, é melhor que os Estados Unidos deixem que a disputa seja resolvida entre os Estados com reivindicações", disse Cui.
"Embora alguns amigos dos americanos possam querer que os Estados Unidos ajudem nesta matéria, nós apreciamos seu gesto, mas é mais comum que tais gestos somente tornem as coisas mais complicadas", disse ele.
"Se os Estados Unidos querem ter um papel, podem aconselhar prudência para os países que têm adotado ações provocativas e lhes pedir que sejam mais responsáveis em seu comportamento", afirmou Cui.
"Acredito que cada país esteja na realidade brincando com fogo e espero que o fogo não ganhe impulso dos Estados Unidos."
A China quer que as disputas sejam resolvidas unilateralmente, mas outros países, como as Filipinas, defendem uma solução multilateral.
O porta-voz da chancelaria filipina, Eduardo Malaya, disse a jornalistas em Manila que a questão "afeta não apenas os países com reivindicações, mas toda a região e além dela, e por isso requer uma abordagem multilateral". Ele não mencionou os Estados Unidos.
Cui enfatizou que a China "não é responsável pela disputa" e disse estar cada vez mais preocupado com o que considera freqüente provocações de outros países. Ele será um dos anfitriões no fim de semana de consultas com o subsecretário de Estado dos EUA, Kurt Campbell.
"Estamos preocupados pelos eventos recentes no Mar do Sul da China, mas nós não somos a parte que provocou esses incidentes", disse ele.
"Se vocês examinarem de perto os fatos, vão reconhecer quais são os países que ocuparam ilegalmente ilhas que estão sob soberania de outros países. Não foi certamente a China. Quais são os países que fizeram mais para explorar reservas de gás e petróleo na região? Não foi certamente a China."
"Quais os países que demonstraram ou usaram força contra pescadores de outros países? Novamente, não foi a China."
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA
ESTADO DE MINAS
Forças carentes
É preciso melhorar os recursos orçamentários para a área militar brasileira
Si vis pacem, para bellum é uma antiga e sábia expressão latina que significa "se queres a paz, prepara-te para a guerra" – porque ela sempre vem. Infelizmente, nossos governantes, ao longo da nossa história, se embriagaram com a estupidez de achar que o pacifismo e o não imperialismo nacionais imunizariam o Brasil contra as guerras, como se essa fosse uma decisão exclusivamente unilateral.
Se por um lado o Brasil se orgulha de ser um país pacifista, de honrar os lemas "ordem e progresso" da sua bandeira nacional e de se tornar uma potência mundial, por outro se esquece que a soberania nacional tem um elevado custo e a história demonstra que o povo que não estiver disposto a lutar pela sua paz não a merece. Desde o término da Guerra do Paraguai (1870), o destino nos tem proporcionado o usufruto de um período sem guerras, que estamos retribuindo com a ingratidão de lançarmos nossas Forças Armadas ao ostracismo operacional.
Nesse interregno, tivemos na Segunda Guerra Mundial um vergonhoso episódio do despreparo militar nacional, pois a participação da nossa Força Expedicionária Brasileira (FEB) naquele conflito armado foi salva exclusivamente pela bravura e heroísmo dos nossos pracinhas. Entretanto, se são eles os únicos brasileiros em mais de 100 anos que realmente combateram na guerra em defesa do país, hoje não recebem nem sequer a devida reverência da pátria amada.
Atualmente, sob o ponto de vista de emprego militar para a defesa nacional, as Forças Armadas brasileiras são não operacionais. Isso significa que são capazes de lutar, mas não de vencer, porque tropas operacionais são forjadas nas lides do emprego em combate e não dentro dos quartéis. Esse é o contexto das Forças Armadas brasileiras, cuja situação é idêntica ao cirurgião que nunca operou, ao engenheiro que nunca construiu, e pior, ao militar que nunca combateu. Pois os nossos atuais comandantes militares, em suas longas carreiras profissionais, nem sequer viveram o "bom combate" como os nossos queridos e corajosos pracinhas, conquanto ostentem medalhas, muitas medalhas.
Inúmeros são os problemas desse quadro de falência múltipla, como: destinação às Forças Armadas de ínfimos recursos orçamentários, majoritariamente empregados em despesas com pessoal e custeio; política nacional de defesa historicamente desencontrada e retórica; defasagem doutrinária de emprego militar; sucateamento do arsenal e indústria bélicos; crescente defasagem e dependência tecnológicas; obscuridade nos gastos com aquisição de equipamentos militares exclusivamente à mercê de critérios políticos e personalistas; deficiências de integração tático-operacional no emprego em conjunto dos elementos de combate das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica); desvio funcional e priorização de atividades subsidiárias em detrimento das operacionais; cultura de valorização da atividade meio e esvaziamento da atividade fim; poder militar nacional superdimensionado, estruturado exclusivamente em ilhas de excelência das Forças Armadas; grave evasão, notadamente dos quadros de oficiais; e fuga dos jovens da carreira militar, que, embora vocacionados, acertadamente não se submetem a uma vida indigna de baixos vencimentos.
Essa conjuntura de flagrante vulnerabilidade do poder militar do país, além de comprometer a soberania nacional, inviabiliza a pretensão internacional dos nossos governantes de levar o Brasil a conquistar assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como membro permanente. Pura ingenuidade imaginar que o seleto grupo das maiores potências bélicas do mundo (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) aceitará o ingresso de um membro com poder militar não operacional, como o Brasil. A comemorar, apenas o patriotismo exacerbado dos militares brasileiros, submetidos aos imperativos de uma vida totalizante, de renúncia e dedicação exclusiva ao país, embora marcada por indesejáveis privações impostas à família militar. Portanto, há muito por fazer, a começar pela rediscussão do papel constitucional das Forças Armadas brasileiras e do assistencialista serviço militar obrigatório, pois guerras não são vencidas apenas com o patriotismo de bravos soldados, mas por Forças Armadas profissionais e operacionais.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
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Si vis pacem, para bellum é uma antiga e sábia expressão latina que significa "se queres a paz, prepara-te para a guerra" – porque ela sempre vem. Infelizmente, nossos governantes, ao longo da nossa história, se embriagaram com a estupidez de achar que o pacifismo e o não imperialismo nacionais imunizariam o Brasil contra as guerras, como se essa fosse uma decisão exclusivamente unilateral.
Se por um lado o Brasil se orgulha de ser um país pacifista, de honrar os lemas "ordem e progresso" da sua bandeira nacional e de se tornar uma potência mundial, por outro se esquece que a soberania nacional tem um elevado custo e a história demonstra que o povo que não estiver disposto a lutar pela sua paz não a merece. Desde o término da Guerra do Paraguai (1870), o destino nos tem proporcionado o usufruto de um período sem guerras, que estamos retribuindo com a ingratidão de lançarmos nossas Forças Armadas ao ostracismo operacional.
Nesse interregno, tivemos na Segunda Guerra Mundial um vergonhoso episódio do despreparo militar nacional, pois a participação da nossa Força Expedicionária Brasileira (FEB) naquele conflito armado foi salva exclusivamente pela bravura e heroísmo dos nossos pracinhas. Entretanto, se são eles os únicos brasileiros em mais de 100 anos que realmente combateram na guerra em defesa do país, hoje não recebem nem sequer a devida reverência da pátria amada.
Atualmente, sob o ponto de vista de emprego militar para a defesa nacional, as Forças Armadas brasileiras são não operacionais. Isso significa que são capazes de lutar, mas não de vencer, porque tropas operacionais são forjadas nas lides do emprego em combate e não dentro dos quartéis. Esse é o contexto das Forças Armadas brasileiras, cuja situação é idêntica ao cirurgião que nunca operou, ao engenheiro que nunca construiu, e pior, ao militar que nunca combateu. Pois os nossos atuais comandantes militares, em suas longas carreiras profissionais, nem sequer viveram o "bom combate" como os nossos queridos e corajosos pracinhas, conquanto ostentem medalhas, muitas medalhas.
Inúmeros são os problemas desse quadro de falência múltipla, como: destinação às Forças Armadas de ínfimos recursos orçamentários, majoritariamente empregados em despesas com pessoal e custeio; política nacional de defesa historicamente desencontrada e retórica; defasagem doutrinária de emprego militar; sucateamento do arsenal e indústria bélicos; crescente defasagem e dependência tecnológicas; obscuridade nos gastos com aquisição de equipamentos militares exclusivamente à mercê de critérios políticos e personalistas; deficiências de integração tático-operacional no emprego em conjunto dos elementos de combate das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica); desvio funcional e priorização de atividades subsidiárias em detrimento das operacionais; cultura de valorização da atividade meio e esvaziamento da atividade fim; poder militar nacional superdimensionado, estruturado exclusivamente em ilhas de excelência das Forças Armadas; grave evasão, notadamente dos quadros de oficiais; e fuga dos jovens da carreira militar, que, embora vocacionados, acertadamente não se submetem a uma vida indigna de baixos vencimentos.
Essa conjuntura de flagrante vulnerabilidade do poder militar do país, além de comprometer a soberania nacional, inviabiliza a pretensão internacional dos nossos governantes de levar o Brasil a conquistar assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como membro permanente. Pura ingenuidade imaginar que o seleto grupo das maiores potências bélicas do mundo (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) aceitará o ingresso de um membro com poder militar não operacional, como o Brasil. A comemorar, apenas o patriotismo exacerbado dos militares brasileiros, submetidos aos imperativos de uma vida totalizante, de renúncia e dedicação exclusiva ao país, embora marcada por indesejáveis privações impostas à família militar. Portanto, há muito por fazer, a começar pela rediscussão do papel constitucional das Forças Armadas brasileiras e do assistencialista serviço militar obrigatório, pois guerras não são vencidas apenas com o patriotismo de bravos soldados, mas por Forças Armadas profissionais e operacionais.
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A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
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Re: GEOPOLÍTICA
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Si vis pacem, para bellum é uma antiga e sábia expressão latina que significa "se queres a paz, prepara-te para a guerra" – porque ela sempre vem. Infelizmente, nossos governantes, ao longo da nossa história, se embriagaram com a estupidez de achar que o pacifismo e o não imperialismo nacionais imunizariam o Brasil contra as guerras, como se essa fosse uma decisão exclusivamente unilateral.
Se por um lado o Brasil se orgulha de ser um país pacifista, de honrar os lemas "ordem e progresso" da sua bandeira nacional e de se tornar uma potência mundial, por outro se esquece que a soberania nacional tem um elevado custo e a história demonstra que o povo que não estiver disposto a lutar pela sua paz não a merece. Desde o término da Guerra do Paraguai (1870), o destino nos tem proporcionado o usufruto de um período sem guerras, que estamos retribuindo com a ingratidão de lançarmos nossas Forças Armadas ao ostracismo operacional.
Nesse interregno, tivemos na Segunda Guerra Mundial um vergonhoso episódio do despreparo militar nacional, pois a participação da nossa Força Expedicionária Brasileira (FEB) naquele conflito armado foi salva exclusivamente pela bravura e heroísmo dos nossos pracinhas. Entretanto, se são eles os únicos brasileiros em mais de 100 anos que realmente combateram na guerra em defesa do país, hoje não recebem nem sequer a devida reverência da pátria amada.
Atualmente, sob o ponto de vista de emprego militar para a defesa nacional, as Forças Armadas brasileiras são não operacionais. Isso significa que são capazes de lutar, mas não de vencer, porque tropas operacionais são forjadas nas lides do emprego em combate e não dentro dos quartéis. Esse é o contexto das Forças Armadas brasileiras, cuja situação é idêntica ao cirurgião que nunca operou, ao engenheiro que nunca construiu, e pior, ao militar que nunca combateu. Pois os nossos atuais comandantes militares, em suas longas carreiras profissionais, nem sequer viveram o "bom combate" como os nossos queridos e corajosos pracinhas, conquanto ostentem medalhas, muitas medalhas.
Inúmeros são os problemas desse quadro de falência múltipla, como: destinação às Forças Armadas de ínfimos recursos orçamentários, majoritariamente empregados em despesas com pessoal e custeio; política nacional de defesa historicamente desencontrada e retórica; defasagem doutrinária de emprego militar; sucateamento do arsenal e indústria bélicos; crescente defasagem e dependência tecnológicas; obscuridade nos gastos com aquisição de equipamentos militares exclusivamente à mercê de critérios políticos e personalistas; deficiências de integração tático-operacional no emprego em conjunto dos elementos de combate das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica); desvio funcional e priorização de atividades subsidiárias em detrimento das operacionais; cultura de valorização da atividade meio e esvaziamento da atividade fim; poder militar nacional superdimensionado, estruturado exclusivamente em ilhas de excelência das Forças Armadas; grave evasão, notadamente dos quadros de oficiais; e fuga dos jovens da carreira militar, que, embora vocacionados, acertadamente não se submetem a uma vida indigna de baixos vencimentos.
Essa conjuntura de flagrante vulnerabilidade do poder militar do país, além de comprometer a soberania nacional, inviabiliza a pretensão internacional dos nossos governantes de levar o Brasil a conquistar assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como membro permanente. Pura ingenuidade imaginar que o seleto grupo das maiores potências bélicas do mundo (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) aceitará o ingresso de um membro com poder militar não operacional, como o Brasil. A comemorar, apenas o patriotismo exacerbado dos militares brasileiros, submetidos aos imperativos de uma vida totalizante, de renúncia e dedicação exclusiva ao país, embora marcada por indesejáveis privações impostas à família militar. Portanto, há muito por fazer, a começar pela rediscussão do papel constitucional das Forças Armadas brasileiras e do assistencialista serviço militar obrigatório, pois guerras não são vencidas apenas com o patriotismo de bravos soldados, mas por Forças Armadas profissionais e operacionais.
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É preciso melhorar os recursos orçamentários para a área militar brasileira
Si vis pacem, para bellum é uma antiga e sábia expressão latina que significa "se queres a paz, prepara-te para a guerra" – porque ela sempre vem. Infelizmente, nossos governantes, ao longo da nossa história, se embriagaram com a estupidez de achar que o pacifismo e o não imperialismo nacionais imunizariam o Brasil contra as guerras, como se essa fosse uma decisão exclusivamente unilateral.
Se por um lado o Brasil se orgulha de ser um país pacifista, de honrar os lemas "ordem e progresso" da sua bandeira nacional e de se tornar uma potência mundial, por outro se esquece que a soberania nacional tem um elevado custo e a história demonstra que o povo que não estiver disposto a lutar pela sua paz não a merece. Desde o término da Guerra do Paraguai (1870), o destino nos tem proporcionado o usufruto de um período sem guerras, que estamos retribuindo com a ingratidão de lançarmos nossas Forças Armadas ao ostracismo operacional.
Nesse interregno, tivemos na Segunda Guerra Mundial um vergonhoso episódio do despreparo militar nacional, pois a participação da nossa Força Expedicionária Brasileira (FEB) naquele conflito armado foi salva exclusivamente pela bravura e heroísmo dos nossos pracinhas. Entretanto, se são eles os únicos brasileiros em mais de 100 anos que realmente combateram na guerra em defesa do país, hoje não recebem nem sequer a devida reverência da pátria amada.
Atualmente, sob o ponto de vista de emprego militar para a defesa nacional, as Forças Armadas brasileiras são não operacionais. Isso significa que são capazes de lutar, mas não de vencer, porque tropas operacionais são forjadas nas lides do emprego em combate e não dentro dos quartéis. Esse é o contexto das Forças Armadas brasileiras, cuja situação é idêntica ao cirurgião que nunca operou, ao engenheiro que nunca construiu, e pior, ao militar que nunca combateu. Pois os nossos atuais comandantes militares, em suas longas carreiras profissionais, nem sequer viveram o "bom combate" como os nossos queridos e corajosos pracinhas, conquanto ostentem medalhas, muitas medalhas.
Inúmeros são os problemas desse quadro de falência múltipla, como: destinação às Forças Armadas de ínfimos recursos orçamentários, majoritariamente empregados em despesas com pessoal e custeio; política nacional de defesa historicamente desencontrada e retórica; defasagem doutrinária de emprego militar; sucateamento do arsenal e indústria bélicos; crescente defasagem e dependência tecnológicas; obscuridade nos gastos com aquisição de equipamentos militares exclusivamente à mercê de critérios políticos e personalistas; deficiências de integração tático-operacional no emprego em conjunto dos elementos de combate das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica); desvio funcional e priorização de atividades subsidiárias em detrimento das operacionais; cultura de valorização da atividade meio e esvaziamento da atividade fim; poder militar nacional superdimensionado, estruturado exclusivamente em ilhas de excelência das Forças Armadas; grave evasão, notadamente dos quadros de oficiais; e fuga dos jovens da carreira militar, que, embora vocacionados, acertadamente não se submetem a uma vida indigna de baixos vencimentos.
Essa conjuntura de flagrante vulnerabilidade do poder militar do país, além de comprometer a soberania nacional, inviabiliza a pretensão internacional dos nossos governantes de levar o Brasil a conquistar assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), como membro permanente. Pura ingenuidade imaginar que o seleto grupo das maiores potências bélicas do mundo (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) aceitará o ingresso de um membro com poder militar não operacional, como o Brasil. A comemorar, apenas o patriotismo exacerbado dos militares brasileiros, submetidos aos imperativos de uma vida totalizante, de renúncia e dedicação exclusiva ao país, embora marcada por indesejáveis privações impostas à família militar. Portanto, há muito por fazer, a começar pela rediscussão do papel constitucional das Forças Armadas brasileiras e do assistencialista serviço militar obrigatório, pois guerras não são vencidas apenas com o patriotismo de bravos soldados, mas por Forças Armadas profissionais e operacionais.
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A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
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Re: GEOPOLÍTICA
José Luís Fiori: “A geopolítica angloamericana”
“Venho hoje reafirmar uma das mais antigas,
uma das mais fortes alianças que o mundo já viu.
Há muito é dito que os Estados Unidos e a Grã Bretanha
compartilham de uma relação especial”
Barack Obama: “Discurso no Parlamento Britânico”, em 25/5/ 2011
Por José Luís Fiori
Existe uma idéia generalizada de que a Geopolítica é uma “ciência alemã”, quando na verdade ela não é nem uma ciência, nem muito menos alemã. Ao contrário da Geografia Política, que é uma disciplina que estuda as relações entre o espaço e a organização dos estados, a Geopolítica é um conhecimento estratégico e normativo que avalia e redesenha a própria geografia, a partir de algum projeto de poder específico, defensivo ou expansivo. O “Oriente Médio”, por exemplo, não é um fenomeno geográfico, é uma região criada e definida pela política externa inglesa do século XIX, assim como o “Grande Médio Oriente”, é um sub produto geográfico da “guerra global ao terrorismo”, do governo Bush, do início do século XXI. Por outro lado, a associação incorreta, da Geopolítica com a história da Alemanha, se deve a importância que as idéias de Friederich Ratzel (1844-1904) e Karl Haushofer (1869-1946) tiveram – direta ou indiretamente – no desenho estratégico dos desastrosos projetos expansionistas da Alemanha de Guilherme II (1888-1918) e de Adolf Hiltler (1933-1945). Apesar disto, as teorias destes dois geógrafos transcenderam sua origem alemã, e idéias costumam reaparecer nas discussões geopolíticas de países que compartilham o mesmo sentimento de cerco militar e inferioridade na hierarquia internacional. Mas a despeito disto, foi na Inglaterra e nos Estados Unidos que se formularam as teorias e estratégias geopolíticas mais bem sucedidas da história moderna.
Sir Walter Raleigh (1554-1618), conselheiro da Rainha Elizabeth I, definiu no fim do século XVI, o princípio geopolítico que orientou toda a estratégia naval da Inglaterra, até o século XIX. Segundo Raleigh, “quem tem o mar, tem o comércio do mundo, tem a riqueza do mundo; e quem tem a riqueza do mundo, tem o próprio mundo”. Muito mais tarde, quando a marinha Britânica já controlava quase todos os mares do mundo, o geógrafo inglês Halford Mackinder (1861-1947) formulou um novo princípio e uma nova teoria geopolítica, que marcaram a política externa inglesa do século XX. Segundo Mackinder, “quem controla o “coração do mundo” comanda a “ilha do mundo”, e quem controla a ilha do mundo comanda o mundo”. A “ilha do mundo seria o continente eurasiano, e o seu “coração” estaria situado – mais ou menos – entre o Mar Báltico e o Mar Negro, e entre Berlim e Moscou. Por isto, para Mackinder, a maior ameaça ao poder da Inglaterra seria que a Alemanha ou a Rússia conseguissem monopolizar o poder dentro do continente eurasiano. Uma idéia-força que moveu a Inglaterra nas duas Guerras Mundiais, e que levou Winston Churchill a propor – em 1946 — a criação da “Cortina de Ferro” que deu origem a Guerra Fria.
Do lado norte-americano, o formulador geopolítico mais importante da primeira metade do século XX, foi o Almirante Alfred Mahan (1840-1914), amigo e conselheiro do Presidente Theodor Roosevelt, desde antes da invenção da Guerra Hispano-Americano, no final do século XIX. A tese geopolítica fundamental de Mahan, sobre a “importância do poder naval na história”, não tem nenhuma originalidade. Repete Walter Raleigh, e reproduz a história da Marinha Britânica. E o mesmo acontece com as idéias de Nicholas Spykman (1893-1943), o geopolítico que mais influenciou a estratégia internacional dos EUA na segunda metade do século XX. Spykman desenvolve e muda um pouco a teoria de Mackinder, mas chega quase às mesmas conclusões e propostas estratégicas. Para conquistar e manter o poder mundial, depois da Segunda Guerra, Spykman recomenda que os EUA ocupem o “anel” que cerca a Rússia, do Báltico até a China, aliando-se com a Grã Bretanha e a França, na Europa, e com a China, na Ásia.
No cômputo final, o que diferencia a geopolítica anglo-americana é a sua pergunta fundamental: “que partes do mundo há que controlar, para dominar o mundo”. Ou seja, uma pergunta ofensiva e global, ao contrário dos países que se propõem apenas a conquista e o controle de “espaços vitais” regionais. Além disto, a Inglaterra e os EUA ganharam, e no início do século XXI, mantém sua aliança de ferro com o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia: derrotaram e cercaram a Rússia; mantém seu protetorado atômico sobre a Alemanha e o Japão; expandiram sua parceria e seu cerco preventivo da China; estão refazendo seu controle da África; e mantém a América Latina sob a supervisão da sua IVº Frota Naval. E acabam de reafirmar sua decisão de manter sua liderança geopolítica mundial.
Existe, entretanto, uma grande incógnita no horizonte geopolítico anglo-americano. Uma vez conquistado o poder global, é indispensável expandi-lo, para mantê-lo. Mas, para onde expandi-lo?
–
José Luís Fiori é professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro “O Poder Global”, da Editora Boitempo, 2007
http://www.outraspalavras.net/2011/06/2 ... americana/
“Venho hoje reafirmar uma das mais antigas,
uma das mais fortes alianças que o mundo já viu.
Há muito é dito que os Estados Unidos e a Grã Bretanha
compartilham de uma relação especial”
Barack Obama: “Discurso no Parlamento Britânico”, em 25/5/ 2011
Por José Luís Fiori
Existe uma idéia generalizada de que a Geopolítica é uma “ciência alemã”, quando na verdade ela não é nem uma ciência, nem muito menos alemã. Ao contrário da Geografia Política, que é uma disciplina que estuda as relações entre o espaço e a organização dos estados, a Geopolítica é um conhecimento estratégico e normativo que avalia e redesenha a própria geografia, a partir de algum projeto de poder específico, defensivo ou expansivo. O “Oriente Médio”, por exemplo, não é um fenomeno geográfico, é uma região criada e definida pela política externa inglesa do século XIX, assim como o “Grande Médio Oriente”, é um sub produto geográfico da “guerra global ao terrorismo”, do governo Bush, do início do século XXI. Por outro lado, a associação incorreta, da Geopolítica com a história da Alemanha, se deve a importância que as idéias de Friederich Ratzel (1844-1904) e Karl Haushofer (1869-1946) tiveram – direta ou indiretamente – no desenho estratégico dos desastrosos projetos expansionistas da Alemanha de Guilherme II (1888-1918) e de Adolf Hiltler (1933-1945). Apesar disto, as teorias destes dois geógrafos transcenderam sua origem alemã, e idéias costumam reaparecer nas discussões geopolíticas de países que compartilham o mesmo sentimento de cerco militar e inferioridade na hierarquia internacional. Mas a despeito disto, foi na Inglaterra e nos Estados Unidos que se formularam as teorias e estratégias geopolíticas mais bem sucedidas da história moderna.
Sir Walter Raleigh (1554-1618), conselheiro da Rainha Elizabeth I, definiu no fim do século XVI, o princípio geopolítico que orientou toda a estratégia naval da Inglaterra, até o século XIX. Segundo Raleigh, “quem tem o mar, tem o comércio do mundo, tem a riqueza do mundo; e quem tem a riqueza do mundo, tem o próprio mundo”. Muito mais tarde, quando a marinha Britânica já controlava quase todos os mares do mundo, o geógrafo inglês Halford Mackinder (1861-1947) formulou um novo princípio e uma nova teoria geopolítica, que marcaram a política externa inglesa do século XX. Segundo Mackinder, “quem controla o “coração do mundo” comanda a “ilha do mundo”, e quem controla a ilha do mundo comanda o mundo”. A “ilha do mundo seria o continente eurasiano, e o seu “coração” estaria situado – mais ou menos – entre o Mar Báltico e o Mar Negro, e entre Berlim e Moscou. Por isto, para Mackinder, a maior ameaça ao poder da Inglaterra seria que a Alemanha ou a Rússia conseguissem monopolizar o poder dentro do continente eurasiano. Uma idéia-força que moveu a Inglaterra nas duas Guerras Mundiais, e que levou Winston Churchill a propor – em 1946 — a criação da “Cortina de Ferro” que deu origem a Guerra Fria.
Do lado norte-americano, o formulador geopolítico mais importante da primeira metade do século XX, foi o Almirante Alfred Mahan (1840-1914), amigo e conselheiro do Presidente Theodor Roosevelt, desde antes da invenção da Guerra Hispano-Americano, no final do século XIX. A tese geopolítica fundamental de Mahan, sobre a “importância do poder naval na história”, não tem nenhuma originalidade. Repete Walter Raleigh, e reproduz a história da Marinha Britânica. E o mesmo acontece com as idéias de Nicholas Spykman (1893-1943), o geopolítico que mais influenciou a estratégia internacional dos EUA na segunda metade do século XX. Spykman desenvolve e muda um pouco a teoria de Mackinder, mas chega quase às mesmas conclusões e propostas estratégicas. Para conquistar e manter o poder mundial, depois da Segunda Guerra, Spykman recomenda que os EUA ocupem o “anel” que cerca a Rússia, do Báltico até a China, aliando-se com a Grã Bretanha e a França, na Europa, e com a China, na Ásia.
No cômputo final, o que diferencia a geopolítica anglo-americana é a sua pergunta fundamental: “que partes do mundo há que controlar, para dominar o mundo”. Ou seja, uma pergunta ofensiva e global, ao contrário dos países que se propõem apenas a conquista e o controle de “espaços vitais” regionais. Além disto, a Inglaterra e os EUA ganharam, e no início do século XXI, mantém sua aliança de ferro com o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia: derrotaram e cercaram a Rússia; mantém seu protetorado atômico sobre a Alemanha e o Japão; expandiram sua parceria e seu cerco preventivo da China; estão refazendo seu controle da África; e mantém a América Latina sob a supervisão da sua IVº Frota Naval. E acabam de reafirmar sua decisão de manter sua liderança geopolítica mundial.
Existe, entretanto, uma grande incógnita no horizonte geopolítico anglo-americano. Uma vez conquistado o poder global, é indispensável expandi-lo, para mantê-lo. Mas, para onde expandi-lo?
–
José Luís Fiori é professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro “O Poder Global”, da Editora Boitempo, 2007
http://www.outraspalavras.net/2011/06/2 ... americana/
Alberto -