Fábio Machado escreveu: ↑Sex Out 04, 2019 9:17 pm
Alguma noticia da vinda dos M198?
Fico pensando agora se há realmente necessidade de manter obuseiros AP nas artilharias divisionárias já que o tipo de emprego destas não demanda um vetor do tipo, com os modernos AR 155 de hoje podendo realizar plenamente a tarefa de apoio de fogo estratégico em nível divisão ou mais.
Além disso, alguém sabe dizer qual o tipo de obuseiro usados nos GAC das bdas cav mec?
Creio que seria mais efetivo manter todos os M-109A5 nas bgdas bldas oferecendo maior e melhor capacidade de apoio de fogo.
Quanto aos M-198, em matéria da T&D deste ano sobre a artilharia de campanha, é dito que foi vistoriado um lote de 120 M-198 oferecidos para o EB via EDA, mas que não foram considerados um bom negócio tendo em vista as quantidades necessárias demandadas pelos estudos feitos pelo pessoal da artilharia, além de não haver garantias de reposição de peças e manutenção pós-venda. Ou seja, os 120 são poucos para o que a artilharia precisa em termos de obuseiros AR 155.
Acho difícil neste momento qualquer outro tipo de investimento na artilharia que não os M-109A5, cujo segundo lote precisa ser modernizado, e os que hora chegaram recebidos, testados, operados e certificados em todos os requisitos da modernização. E isso vai levar tempo e dinheiro.
Parece que a configuração final da artilharia AP no EB vai ficar assim.
2 GACAP com 16 M109A5BR Plus e 8 M992A2 cada.
2 GACAP com 16 M109A5 recuperados mas por enquanto não modernizados e 8 M992A2 cada.
Dois M109A5 foram para escola pra treinamento estático.
Os 22 M109A5 e os 8 M992A2 restantes serão usados para treinamento e spare parts.
Os M109A3 spare parts
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Out 31, 2019 12:25 pm
por FCarvalho
É o que há no momento para a artilharia AP-SL.
Ainda assim fosse eu extinguiria ou transformaria os GAC-AP das AD, que para mim não fazem sentido nenhum, e colocaria no lugar mais obuseiros 155 AR modernos.
As bgdas cav mec continuam com os vestutos M-101 e no aguardo de uma decisão sobre se vai ter ou não os obuseiros AP-SR.
abs
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Seg Nov 04, 2019 12:47 pm
por Túlio
Eu tenho cá uma dúvida: por Howitzer (Obuseiro) eu conhecia peças de tubo relativamente curto e que disparavam munição pesada de baixa velocidade em trajetória curva, um meio-termo entre Mrt e Can. P ex, um 155 tinha tubo geralmente ali por L33 e no máximo L39. Hoje parece haver uma espécie de "corrida" para alongar cada vez mais os tubos e aumentar a velocidade (e, por conseguinte, o alcance) das munições, sendo já comuns os tubos L52 e havendo inclusive uma proposta para a Pç do M109 chegar a L58 (a do M107 era L60).
O nome mais correto para eles já não deveria ser CANHÃO? Pois a trajetória é cada vez mais tensa e o alcance cada vez maior, a ponto de superarem o M107 (40 km HERAP), que é canhão (gun), não obuseiro (howitzer)...
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Ter Nov 19, 2019 7:32 pm
por Paulo Bastos
Obuseiros M109 A5+ BR realizam primeiros disparos no Brasil
Ontem, no dia 18 de novembro, no Campo de Instrução de Santa Maria (CISM), ocorreram os Tiro de Aceitação das Viaturas Blindada de Combate Obuseiro Autopropulsado (VBC OAP) M109 A5+ BR, pertencentes ao 3° Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (3º GAC AP), o ‘Regimento Mallet’.
Eu tenho cá uma dúvida: por Howitzer (Obuseiro) eu conhecia peças de tubo relativamente curto e que disparavam munição pesada de baixa velocidade em trajetória curva, um meio-termo entre Mrt e Can. P ex, um 155 tinha tubo geralmente ali por L33 e no máximo L39. Hoje parece haver uma espécie de "corrida" para alongar cada vez mais os tubos e aumentar a velocidade (e, por conseguinte, o alcance) das munições, sendo já comuns os tubos L52 e havendo inclusive uma proposta para a Pç do M109 chegar a L58 (a do M107 era L60).
O nome mais correto para eles já não deveria ser CANHÃO? Pois a trajetória é cada vez mais tensa e o alcance cada vez maior, a ponto de superarem o M107 (40 km HERAP), que é canhão (gun), não obuseiro (howitzer)...
Túlio, a maioria dos obuseiros também pode desempenhar o papel de um canhão, pois podem executar disparos em trajetórias mais tensas (veja que os disparos do teste do M109 A5+ BR foram assim e tanto que os soviéticos/russos ainda mantem munições HEAT em seus obuseiro para emergências), podendo ser sim chamados de "canhões obuseiros", termo que era muito empregado na Segunda Grande Guerra, e que tinha como seu grande expoente o famoso Ordnance QF 25-pounder, também conhecido como "25 Libras" ou "88 inglês".
Todavia, como essas armas tem como função o tiro em profundidade, com trajetória balística, o termo obuseiro ainda é o mais adequado, pelo menos em minha opinião.
Forte abrAÇO,
Paulo Bastos
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qua Nov 20, 2019 10:52 pm
por FCarvalho
Artilharia da Denel atinge alvo a 76,2 km de distância
19 de novembro de 2019
Supondo que não teremos muitos obuseiros AR 155 para operar no futuro, dado que somente as AD os possuirão - apenas 3 GAC, salvo engano - me parece ser destacável os resultados obtidos nos últimos anos com a família os G/T-5 e G/T-6.
Para um exercito pouco ou nada acostumado com tecnologia, e menos ainda em operar vastas quantidades de equipamentos modernos, longo alcance, sistemas avançados de guiamento, rusticidade, disponibilidade e facilidade de manutenção e operação, além de uma base comum logística para toda uma família de obuseiros deve ser algo a se levar em conta. E isso o material sul africano, como dito na matéria, tem sido a referência para o mundo todo.
Melhor ter pouco e do melhor, do que muito mas não tão bom assim. Minha opinião, claro.
abs
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Nov 21, 2019 10:33 am
por gabriel219
O que me restringe a esse sistema é o peso do reparo do obuseiro, ultrapassando o limite do KC-390.
Se a Denel conseguisse diminuir o peso para caber no KC-390, está de excelente tamanho. Só escolheria outro canhão, no caso o M777ER, para padronizar com os M777/39 que o EB tanto deseja.
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Nov 21, 2019 12:42 pm
por Túlio
Não vejo vantagem alguma em gastar uma fortuna (em dólares) para ter um Howitzer capaz de fazer o que o ASTROS já faz. Com muito menos (e em reais) se conclui o desenvolvimento do SS-40G e, se for julgado necessário*, de versões guiadas do SS-60/80. Pagar para desenvolver coisas aqui - e que já conhecemos bem - oferece muito melhor relação custo-benefício do importar ou fazer sob licença. E o ASTROS municiado, abastecido e com os operadores cabe com folga no -390.
* - Como os SS-60/80, ao invés de ogiva simples, levam submunições, nem vejo vantagem em serem guiados. Os Saud os usam no Yemen contra os Houthis e estão bem satisfeitos com os estragos que os bichinhos causam...
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Enviado: Qui Nov 21, 2019 3:24 pm
por Brasileiro
Os foguetes não guiados atingem uma determinada área, onde as submunições são dispersas. Essa área corresponde a uma dispersão aleatória que não se tem muito controle. Então, para conseguir uma determinada "densidade" de fogo sobre uma determinada área, é preciso disparar uma quantidade grande de munições. A vantagem do foguete guiado é a necessidade de dar menos tiros para alcançar a mesma densidade, concentrando o fogo sobre uma área menor. Então você consegue uma maior eficiência (menos disparos para um mesmo efeito), provavelmente menores custos, e menores danos colaterais.