Túlio escreveu:Bueno, mantenho meu ponto de vista, que não foi realmente refutado com isenção (se é que foi realmente LIDO assim). E não posso negar que me inclino a favor do que disse o Prepe: um gigante não cai sem estrondo.
Tulio, os dois pensadores que coloquei aqui, não sem querer, apontam para um forma bem diversificada de pensamento ao analisar o mundo. E ambos propõe uma novas concepções, como a "ascenção pacífica" e a visão de sistemas de mundo dissociadas do mundo puramente nacional.
Isso opera uma verdadeira revolução na maneira de pensar o mundo, tanto o presente como o futuro.
Desse ponto de vista, a vitória do modelo capitalista ocidental, enfraquece os países centrais, o G7, e vê a antiga ex-URSS como um apêndice que concordava e reforçava a concentração nos países centrais.
Na medida que, o mundo era rigidamente dividido em duas esferas de influência(concebido em IALTA), você tinha uma hierarquia rígida onde a riqueza circulava e se concentrava.
De modo claro, existia uma ordem estamental no mundo capitalista. Só por isso os EUA e a Europa Ocidental conseguiram a concentração de riqueza alcançada.
Então nesse tipo de análise, o fim da URSS foi fator decisivo para o fim da hegemonia dos EUA. Dado que a URSS era fundamental para a muntenção da natureza estamental do capitalismo até 1980. Assim, Wallerstein fala que a Guerra do Vietnã não foi apenas um derrota dos EUA, mas também da URSS. Na medida que provocou uma crise de IALTA, quer dizer demonstrou que o mundo bi-polar era artificial, não representava o mundo inteiro. O Vietnã fortaleceu a terceira via, ou melhor, o fim da bipolaridade.
A teoria do sistema ganha mais corpo ainda na década de 1990, na medida que, a vitória do capitalismo ocidental avançava para o resto da humanidade, incluindo os 2/3 da população mundial que estava fora dele. A perda de importância do centro do sistema é acentuada, exatamente, porque atores regionais se tornaram mais eficientes que o centro do sistema. E num mundo sem barreiras geopolíticas, isso é ácido para as nações menos eficientes. Quer dizer, Wallerstein fala em externalidades, coisas como a migração da produção onde a mão de obra é mais barata.
Do ponto de vista geopolítico teremos a repartição do mundo em regiões, tendo em cada uma delas algumas potências ou potência regional cuidando de sua estabilidade.
O perigo é repetirmos o que se passou antes da Primeira Guerra Mundial.
Agora, fica claro, porque o Brasil defende tanto uma reforma no CS, é preciso que esses novos donos de quintais, tenham condições de negociar entre si, para evitar o que ocorreu antes da Primeira Guerra Mundial.
Um novo CS deve ter uns 10 países permanentes, além dos 05 integrantes atuais, Brasil, India, Afríca do Sul e um grande país mulçumano terão que ser fazer representar(Indonésia ou Paquistão). Japão e Alemanha seriam os canditados naturais para a última vaga. Cada um desses atores seriam uma espécie de pequeno Xerife, cuidando da estabilidade de seu quintal.
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